Flertando com o desastre: FOMO

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Eu sei que já falei disso outras vezes, mas a situação continua se agravando e, enquanto a situação continuar se agravando, eu vou continuar falando, mesmo sabendo que em larga escala este texto não vai fazer a menor diferença. Bem, o Brasileiro Médio que se dane, dele nós já desistimos faz tempo. Mas vocês, ahhh vocês… Vocês podem refletir.

A sociedade está doente e a doença se chama Rede Social. Mais do que o já falado “uso incorreto”, acredito que agora estejamos diante de um uso compulsivo, uma forma bizarra de vício, uma dependência para a qual não há tratamento porque não se reconhece como uma dependência legítima. Uma parcela significativa da sociedade brasileira, que antes fazia uso de rede social por vaidade, vingança ou para fofoca, agora está viciada em redes sociais e não consegue sair delas mesmo se quiser.

Como todo viciado, estes viciados vão te dizer que param a hora que quiserem. Como todo viciado, estes viciados vão inventar um pretexto socialmente aceitável para continuar perpetrando seu vício. Dirão que usam para falar com os amigos, como se não houvesse outra forma de comunicação gratuita. Dirão que usam para fazer contatos de trabalho, como se não fizessem uso em seus horários de lazer. Dirão qualquer coisa, mas não abrirão mão de suas redes sociais, e passarão cada vez mais tempo nelas, tempo este que se retira do aprimoramento pessoal, da família, dos estudos e dos próprios amigos, para ser mal utilizado e obter nada ou quase nada em retorno.

A necessidade de estar sempre conectado, sempre checando redes sociais com medo de estar perdendo algo já tem até um nome: FOMO, do inglês, Fear of Missing Out (tradução desfavorável: medo de ficar por fora). No português, colocaram um nome bem estranho: Porforofobia, a fobia te “estar por fora”. Usarei o nome em inglês, que é muito mais digno. Pois bem, a pessoa que sofre de FOMO tem medo de que justamente quando ela esteja desconectada aconteça algo nas redes sociais e que ela fique por fora disso. Pessoas “normais” não teriam esse medo, mas as pessoas sugadas pelo mecanismo de funcionamento das redes sociais, onde parecer lindo, feliz e bem sucedido é o que mais importa, temem o “estar por fora”. Quem está por fora não é descolado, não é cool, não é admirado. Quem está por fora é um excluído.

Tal qual adolescentes, ou até mesmo crianças, essas pessoas precisam do olhar do outro para determinar seu valor. Por isso buscam nas redes sociais uma eterna aprovação ostentando uma vida muitas vezes falsa, em busca de uma admiração que determinará como a pessoa pode se sentir a respeito de si mesma. São pessoas que não sabem o seu valor por elas mesmas, precisam que a sociedade as enquadre em um status, em uma escala. Por isso, tal qual adolescentes, elas procuram sempre copiar o bando ao qual se sentem inseridas, em busca de aceitação. Imitam ou se espelham em alguns formadores de opinião daquele “bando”, sem nem ao menos refletir sobre o que estão fazendo e vão vivendo uma vida virtual que muitas vezes lhes toma mais tempo e energia do que a vida real. É essencial para elas estarem sempre presentes, sempre sendo vistas, sempre cientes de tudo.

Estabelecido este mecanismo perverso de funcionamento, as pessoas acometidas de FOMO sentem uma angustia enorme quando passam muito tempo desconectadas, pensando no que está acontecendo, no que está sendo dito, no que estão perdendo. Mais ou menos aquela sensação que a gente sentia na adolescência, quando nossos pais não nos deixavam ir a uma festinha de um colega, a um show ou a qualquer evento onde todo mundo ia. Sabíamos que iríamos ficar “por fora”, meio que excluídos ou até marginalizados e que isso interferiria no nosso status social perante o bando. Só que nós éramos adolescentes, criaturas bobas, imaturas e inseguras. Não se espera esse comportamento de um bando de adultos com profissão e família. Porém, infelizmente, está acontecendo.

Pessoas experimentam uma angústia terrível se ficam muito tempo desconectadas e isso tem desdobramentos cretinos, como por exemplo, acessarem redes sociais nos lugares mais inconvenientes, nas piores horas, sendo rudes com pessoas que mereciam sua total atenção ou até mesmo descuidando de sua própria segurança (sim, tem gente tão viciada que twitta enquanto dirige). Como sempre, na batalha entre o bom senso e o prazer, entre o vício e a razão, vence o pior dos lados. O ser humano é um fraco que sempre tendeu ao vício, à destruição. A situação se agrava porque, ao contrário de drogas, este vício é lícito, é socialmente aceito e se tolera que seja camuflado, que seja coberto por um manto de razões nobres: “estou trabalhando” ou “é rapidinho” ou “é a única forma que tenho de falar com meus amigos”. Um pacto perverso de uma maioria que se beneficia com ele.

E por falar em amigos, muito se fala neles, mas… quem será que são esses amigos de redes sociais? Na minha opinião, em sua maioria, são pessoas que alimentam mutuamente uma neurose por atenção e culto ao ego, estariam mais para troca de favores. Mas se escancarar que é troca de favores, perde o valor, tem que maquiar para que o ego se sinta elogiado. A pessoa te elogia porque você é “LIIIINDAAAAAAA!” e não porque espera um elogio seu de volta. Que porra de amigos são esses que a pessoa tem medo de perder contato se deletar suas redes sociais? No meu conceito de amizade isso não acontece. Será que essa amizade persistiria se o suposto amigo parasse de fazer a manutenção dessa massagem de ego, deixasse de alimentar as necessidades do bando ou até mesmo fosse de encontro a elas? Provavelmente não. São pessoas que elogiam as suas fotos em troca de que você elogie as delas, salvo honrosas exceções. E isso, para mim, passa bem longe do conceito de amizade.

Mas vamos lá, vamos supor que sejam realmente amigos, porque meu ponto aqui nem é criticar as amizades de redes sociais. Sobre o que se conversa com esses “amigos”? Dificilmente se fala sobre algum assunto, hoje em dia, as pessoas viraram assunto. Se fala sobre pessoas, SÓ sobre pessoas, o que é de uma mediocridade que dói. Não importa se é sobre si mesmo ou sobre um terceiro famoso ou não, quase sempre são assuntos desinteressantes: o que a pessoa comprou, o que a pessoa comeu, onde a pessoa está, com quem a pessoa está se relacionando, o que a pessoa está usando… Sério que tem gente com medo de ficar desconectada e perder ISSO? Que triste. QUE TRISTE.

Muitas vezes me perguntei porque tantas informações desnecessárias em redes sociais. Por muito tempo achei que era egocentrismo, mas hoje tenho algumas dúvidas. Uma massa full time conectada por medo de ficar por fora demanda informação nova constantemente, caso contrário, ficariam todos ali, em silêncio, esperando que algo relevante aconteça. A verdade é que o mundo segue no seu ritmo, não anda nem mais rápido, nem mais devagar só porque o ser humano está em surto, e coisas relevantes não acontecem minuto a minuto. Ninguém tem dezenas de notícias interessantes sobre o mundo ou sobre si mesmo para postar durante todo o dia. Resultado: na ânsia por estar sempre conectada, sempre sendo vista, sempre sendo lembrada, a pessoa abre mão do bom senso na escolha das informações que vai postar e começa a apelar. Posta o que comeu, posta se está com diarreia, posta se peidou, posta se peidou molhado e sujou a calças. Muita gente perdeu o filtro nessa ânsia de se fazer sempre presente. É por isso que meu veículo é o blog: UMA intervenção relevante por dia eu garanto, mais do que isso não.

Assim, estas pessoas são duplamente vítimas: não conseguem ficar desconectadas sem ler o que está acontecendo pois sentem essa imensa angústia de estarem por fora e não conseguem mais ter um pingo de privacidade e intimidade por estarem sempre se expondo para serem lembradas e vistas. Graças a esse círculo vicioso, vão, sem se dar conta, aos poucos, abrindo mão de tempo útil que poderia ser muito mais bem gasto. Começa com dez minutos na hora do almoço, que não faz mal nenhum, e quando a pessoa percebe, está na mesa de jantar ignorando a família que está presente à sua frente, usando uma rede social. Sei que são pessoas dignas de pena, cabeça fraca, sugadas por um mecanismo que escraviza gente com baixa autoestima que precisa de alimento para o ego e aceitação compulsivamente e que o certo seria ter pena. Mas eu não consigo mais sentir pena destas pessoas, alterno desgosto e raiva e tendo a me afastar. O problema é: sinto que vou acabar sozinha, porque estas pessoas aumentam a cada dia. Há quem me acuse de falta de jogo de cintura, de me adaptar aos “novos tempos”. Eu, como boa advogada que sou, primo pelo princípio do não retrocesso. Desculpa, mas eu não vou entrar nessa.

Em um mundo de loucos, quem é normal acaba internado com uma camisa de força. Fiz um teste nos últimos meses, vocês sabem, eu estou sempre fazendo dessas experiências antropológicas. Soltei nos mais diversos ambientes, dentro de um contexto coerente e não-forçado que a) eu não acredito em Deus e b) Eu não tenho nenhuma rede social e não pretendo ter. Durante muitos anos, aprendi que divulgar meu ateísmo era o que havia de mais bombástico e recriminável sobre a minha pessoa e o que mais me fechava portas. Pois bem, hoje lhes digo com bastante certeza ser contra redes sociais é um fator de exclusão e reprovação social muito mais forte do que não acreditar em Deus. Isso mesmo, um ateu que socializa no Twitter, Facebook e cia está muito mais inserido do que um católico que se recusa a abrir uma rede social. Surge um novo ateísmo: o ateísmo digital. Se você não acredita em redes sociais, deve ter algo muito errado com você. Ou você tem algo grave a esconder, ou você é autista ou simplesmente uma pessoa muito estranha. Você não é bem vindo no bando que hoje compõe a maior parte da sociedade brasileira. Até em entrevistas de trabalho isso depõe contra você.

A tristeza só aumenta quando constatamos que pessoas com as quais um dia tivemos afinidade foram sugadas por essa “religião” que se tornaram as redes sociais. Tal qual um vocalista de uma banda de rock que joga fora um enorme talento virando evangélico e parando de cantar (eu ainda sinto falta da banda Raimundos, não sei se deu para perceber), amigos que eu considerava cabeças pensantes estão se perdendo nessa imensidão de vazio que é o culto às redes sociais. Não os recrimino somente por terem redes sociais e sim em função do uso que fazem delas. Gente que passa o dia enfiada nesse buraco negro intelectual comentando NADA full time e graças a esse monopólio só sabe falar de Meme, de viral, vida alheia e outras coisas que não me interessam. Gente que, sem se dar conta, tira tempo de áreas importantes de sua vida, e investe, ainda que de forma bem fragmentada, em redes sociais, ou seja, em NADA. Gente que está perdendo seu poder de questionamento e, por consequência, deixando sua inteligência atrofiar.

É a clássica teoria do sapo na panela de água quente: se você joga um sapo em uma panela de água fervendo, ele pula e foge. Mas se você coloca ele em uma panela de água fria e vai aquecendo aos poucos, ele morre queimado sem sair. Se, no primeiro momento em que surgiu uma rede social, alguém convidasse uma dessas pessoas para entrar dizendo “Entra aqui, é para você ficar 8h por dia online”, provavelmente a pessoa teria recusado, dizendo que não tinha tempo para isso. Mas ela entrou planejando ficar 15 minutos, meia hora (o ser humano se engana e se auto-perdoa com uma facilidade absurda). Com o tempo, como todo vício, a coisa foi crescendo aos poucos e o “só mais meia horinha não vai fazer mal” toma a vida da pessoa, até ela chegar ao ridículo de checar redes sociais durante todo o seu dia.

Hoje, temos aos montes pessoas acometidas pelo FOMO, que nem ao menos devem ter noção de sua condição, para as quais não há diálogo possível, pois se lerem este texto vão me chamar de maluca, histérica, exagerada, mal amada ou qualquer coisa pessoal que desqualifique meus argumentos. Pessoas viciadas em redes sociais só falam sobre pessoas, não sabem argumentar em abstrato ou falar sobre situações: “deve ter sido chifrada em rede social por isso está com raiva”. Essa é a capacidade argumentativa. Pessoas que estão emburacadas em uma rotina viciante que não lhes acrescenta nada e não apenas não conseguem sair dela, como ainda nem tem consciência de que não conseguem sair dela. Mediocrização social em larga escala. Viciados que acham seu vício o máximo e não tem qualquer condição emocional de perceber o quanto ele pode ser nocivo, que desaprenderam quais coisas são realmente importantes na vida. Gente que não acorda até que seja tarde demais e perca algo realmente importante por causa do seu vício.

Se você acha que essa história de FOMO é besteira, eu te faço um convite: fique uma semana, apenas UMA SEMANA, sem acessar qualquer rede social. Nem o seu perfil, nem para ler, mesmo que não esteja logado. Simplesmente fique uma semana, apenas uma semana, sem abrir qualquer rede social. Caso você não sinta angústia, urgência em fazê-lo, sentimento de exclusão, ansiedade ou coisas do tipo, eu posso até acreditar que você não é um viciado. Mas não vale inventar desculpas para abrir, mesmo que seja rapidinho (“preciso ver um recado, é coisa do trabalho” e etc). Tem que ser uma semana completa sem acessar, seja como usuário, seja como espectador. Peço a quem fizer o teste que me conte o resultado nos comentários.

Admitir que existe um vício é meio caminho andado para solucionar o problema, há décadas que as principais instituições de tratamento para viciados pregam essa verdade. O mundo mudou, e, com novas dinâmicas de relacionamento, surgiram novos problemas. Viciado não é apenas aquele dependente de uma substância química qualquer, isso é conceito dos anos 80. Hoje podemos ter viciados comportamentais, que negam seu vício se apegando a esse conceito equivocado. Como todo viciado, geram dor e sofrimento a aqueles que os cercam. Não, eles não vendem os eletrodomésticos para comprar a droga, mas provocam dor igual, ou talvez pior, alienando sentimentos, canalizando sua atenção, seu querer, seu Eu para uma rede social, deixando de lado a família e amigos, dando a eles apenas “o que sobra”, seja em matéria de tempo, seja em matéria de disponibilidade emocional. Mesmo que fisicamente passem tempo com a família, emocionalmente sua disponibilidade não é a mesma.

Uma pai que empurra o balanço onde seu filho está sentado no parque mas por dentro está ansioso por abrir o Twitter e ver o que comentaram de alguma coisa que ele escreveu está emocionalmente indisponível. Um namorado que janta com a namorada enquanto cutuca um smartphone para ver o que estão falando em rede social, está emocionalmente indisponível. Graças a isso, pessoas estão parando de perceber pessoas. Um namorado que, talvez, se estivesse atento, perceberia a tristeza nos olhos da namorada e a inclinação dela em trocá-lo por outro mais atento que a está cortejando a qualquer momento. Uma mãe que, talvez, se estivesse mais atenta, perceberia que seu filho está metido em alguma encrenca que ele está procurando esconder mas dando sinais de que está em apuros. Em matéria de ser humano, nem tudo é dito, algumas coisas precisam ser percebidas. E só percebe quem está atento, quem está dedicando atenção total ao outro, investindo na pessoa, presente, interessado. Mas talvez saber o que está acontecendo no trânsito, ou com uma subcelebridade ou até o que estão falando dele mesmo seja mais importante. Uma pena.

Até agora, ainda é possível fugir destas pessoas, mesmo que para isso tenhamos que transitar em um grupo mais seleto (já comentei que amo vocês?). Mas, meu medo é que em breve esse vire o jeito padrão de funcionar da sociedade e, nesse caso, deixaremos de ser cabeças pensantes, para ser cabeças desfuncionais. Porque enquanto a coisa era apenas uma imbecilidade, havia esperanças. Poderia ser um modismo, uma coisa passageira, até que outra imbecilidade toma seu lugar. Mas, na minha opinião, deixou de ser uma imbecilidade e passou a ser um vício. E onde há vício e ser humano coexistindo, é preciso ter medo. O ser humano é falho, fraco e autodestrutivo, não existe criatura mais propensa ao vício do que o ser humano. Se minha hipótese se confirmar e estivermos mesmo diante de um vício, temo que seremos esmagados por uma maioria viciada negadora e esse modo de funcionar, de tocar vida virtual como prioridade, será a nova forma de funcionamento social.

Meu conselho é que se você conseguiu encontrar pessoas que, por um motivo ou por outro, não caíram nesse “vício” digital, nessa “religião” virtual, cuide muito bem delas, sejam elas amigas, namoradas, empregadores, empregados… não importa. Apenas elas poderão dar uma relação completa, saudável e presente, com a disponibilidade emocional que um ser humano com autoestima deseja. Ninguém merece uma pessoa que, nos poucos momentos em que está com você, puxa um smartfone para o que quer que seja. Desculpa, mas quando a pessoa é importante para mim, nem telefonema eu atendo em sua presença. Cuidem bem daqueles que não caíram nessa armadilha, nesse vício. Gente assim está em extinção. E se você anda priorizando redes sociais e anda incapaz de se desligar mesmo na presença de pessoas importantes para você, reflita antes que seja tarde.

Para me agradecer por te angustiar levantando um problema o qual você ainda não havia percebido, para tentar desqualificar meus argumentos fazendo parecer que se trata de algum trauma pessoal meu ou ainda para cuidar bem de mim: sally@desfavor.com

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Comments (133)

  • “Pois bem, hoje lhes digo com bastante certeza ser contra redes sociais é um fator de exclusão e reprovação social muito mais forte do que não acreditar em Deus. ”
    eu nunca fiz este teste mas acredito que seja isso mesmo. eu fico excluída pq não tenho whatsapp, todo mundo fica insistindo pra mim ter, e eu digo q já tenho fb e já é suficiente. e as vzs quando eu digo tenho fb mas não uso (na verdade eu uso moderadamente) e a pessoa me olha como se eu fosse um ET, e não consegue conceber como é uma vida sem redes sociais. e quando eu argumento que meus amigos de verdade não precisam de redes sociais pra falar comigo e que eu não preciso chamar atenção virtualmente pq.. bem, pq não, a pessoa fica ofendida.

    “Se você acha que essa história de FOMO é besteira, eu te faço um convite: fique uma semana, apenas UMA SEMANA, sem acessar qualquer rede social. ”
    eu já fiz esse teste! por DUAS SEMANAS. bem na época dos protestos, que todas as notícias estavam vinculando via fb. sim, eu escolhi o pior momento justamente pq se eu conseguisse superar ele, ia com certeza me livrar do suposto vício. e posso dizer q era vício sim, pq nos 2 primeiros dias fiquei muito ansiosa e angustiada, meu corpo tinha necessidade de acessar o fb. e quanto mais eu via esses efeitos mais eu teimava em cumprir as 2 semanas. só de desaforo! e consegui! depois o fb perdeu totalmente a graça. eu ainda posto coisas e olho qdo eu to no onibus por exemplo, mas é por pouco tempo e pra ver páginas interessantes q eu curto. acho q estou usando de forma normal agora.

    e recomendo a todos os leitores q façam o teste. duas semanas no mínimo (na 1ª vc vai diminuindo o sofrimento, na 2ª vc concretiza a vitória! rsrsr)

    • É isso que muita gente não entende. Não basta CONSEGUIR ficar sem acessar, é preciso conseguir e se sentir em paz. Se a pessoa não acessa e fica ansiosa, angustiada, é sinal de que existe um problema.

  • Ahh, disso eu to tranquila.. acabei de passar 5 dias sem conectar… entrei hoje meio que sem querer, pq recebi uma notificação no meu email, no qual fui marcada… fui ver o que era, vi e sai. Na verdade eu entro no Facebook para mandar alguns recados para determinadas pessoas e para postar besteiras….hahaha (posto imagens engraçadas e afins). Algumas pessoas eu só tenho contato por essa rede, e como não é todo dia que nos comunicamos, e eu recebo a comunicação por email, não é todo dia que eu entro.

    Agora no tempo do Orkut, nossa, era o tempo todo, o dia todo. Os joguinhos que tinha? Eram quase todos. Era impressionante. Não conseguia ficar sem…

    Mas email sim. Email pra mim é todo o dia, o dia todo. Talvez seja por conta do meu trabalho..hehe. Email e páginas aleatórias na internet. Vasculho sempre que posso. E acho algumas coisas interessantes, como por exemplo, esse cara que fiquei conhecendo meio sem querer, vasculhando o YouTube: http://www.youtube.com/watch?v=F6fl5fq6qLs (George Carlin, parece que já faleceu). O cara é muito ácido, sarcástico e adorei a forma como ele se expressa. Adorei os vídeos dele, e recomendo para quem quiser assistir.

    • No caso do seu e-mail, acho que não conta, porque há obrigações de trabalho. O problemático seria se você estivesse angustiada para saber o que os outros estão falando e não quisesse ficar por fora

  • Nem fiquei tão preocupada com o que foi relatado no texto…
    Fiquei mais preocupada de você ainda sentir falta do Rodolfo.

  • Eu não arreganho as pernas nas redes sociais, mas estou sempre olhando elas… Às vezes é mais interessante do que as pessoas com quem estou na vida real. Ás vezes é mais interessante que o trabalho … quando não tem nenhum episódio dos 30 seriados que assisto…

    O pior que eu estava achando minha namorada estranha por não gostar de redes sociais e quase não ficar on line. É, acho que está é certa…

  • Eu tenho um vício pior… 4chan

    E não é por causa do /b/ não, apesar de sempre rolar uma curiosidade mórbida, tem o /pol/ e o /int/ que tem discussões muito interessantes, e digo, tem uns três anos que se eu fiquei um mês sem acessar foi o máximo que consegui.

    Facebook é aquela coisa – eu leio um absurdo, me dá uma vontade de ir lá e começar a escrever, mas aí eu lembro que “vontade é coisa que dá e passa”. Devo acessar dia sim dia não, mas escrever ou comentar algo, difícil. Uma vez por semana, nos fins de semana. No mais, só leio mesmo.

    O Desfavor tá virando um 4chan pra mim. FELIZMENTE, como é só na média um texto por dia, dá pra diminuir bastante. Comentar por aqui, não sei… ainda estou meio reticente com umas coisas aqui e ali.

    Agora posso dizer que me livrei de um vício ‘antigo’: jogos de computador. Hoje eu passo mais tempo lendo coisas no /v/ (ou /vg/) do que efetivamente jogando. Já teve época de virar noite jogando, mas agora é muito difícil. Dois meses e contando, nem Paciência, só um Angry Birds ontem :D

      • Depende. O /pol/ é o núcleo político mais diverso do planeta, de nazistas ocultistas à anarquistas primitivistas – sempre tem um debate com torrentes de materiais e documentos linkados que sempre acrescenta uma coisinha aqui ou acolá. No /sci/ sempre se debatem temas interessantes científicos. Daí tem lugares de ‘dicas’, como no /spo/ ou no /k/ sobre sobrevivência, etc etc. E as discussões mais light sobre videogames, cultura em geral, no /v/ e no /int/.

        MAAAS… todos os outro vinte ‘canais’ são exclusivos de hentai, pornos, memes e ‘lulz’. Se você consegue autocontrole de não perder tempo nos ‘lulz’, você tira algo de interessante. Se você nem olhar pro que tem de repugnante lá até parece legal. Porém tem quem vá lá por curiosidade mórbida e se horripila demais pra voltar pra qualquer canal.

      • Em tempo: eu não recomendo para pessoas como VOCÊ, dada a tua reação com um texto do Chuck Palahniuk que eu li você expressar.

  • Caracaaaa… acho que sou viciada! Mesmo não tendo nada entro e saio do face o dia todo. Até no inema ja abri . Toda vez que comentam algo aue postei ou que eu tbm comentei recebo um alerta. Agora acabei de desligar o computador e estou com celular na cama. E fico nessa punhetação até dormir

  • Há algum tempo que eu estava querendo saber qual é o nome deste vício, e diga-se de passagem, o FOMO é melhor!

    Ok! eu confesso, tenho Facebook, acesso sempre e até atualizo de vez em quando, às vezes perco o meu tempo jogando Candy Crush (haha, mas já faz tempo que não jogo pois entrei na maratona de estudos para concurso), enfim, o que eu quero dizer é que mesmo que eu fique muito tempo sem acessa-lo, como já fiquei, não sinto falta, sério mesmo, antes eu era mais compulsiva quanto às redes sociais, não mais hoje em dia!

    Tenho um conhecido bem próximo que fica, exatamente, O DIA INTEIRO, sem exagero, e sabe fazendo o que? jogando no facebook Candy Crush, Farm Heroes, Pet Rescue e por aí vai, e foi exatamente este fato, além de ter cansado também de facebook, que me fez diminuir drasticamente o tempo a mais que eu perdia ali. Me irrita aos extremos além de me deixar triste, ver esta pessoa grudada no PC o dia inteirinho.

    Hoje acesso muito o Desfavor, amei este blog, embora eu não seja muito de blogs, e mesmo que não concorde com muitas coisas que vocês dizem aqui, eu acho muito inteligente suas argumentações. Isto me torna uma viciada? se for não tem problema, um viciosinho não faz mal a ninguém, hehe.

    • Não, não. Desfavor não vicia, são doses homeopáticas (uma por dia)

      Falando em Candy Crush e similares, poucas coisas me fazem respeitar menos uma pessoa adulta do que ver gente pedindo vida ou coisa do tipo em rede social para os amigos. Por favor, tenham vergonha na cara!

      • Bom, como eu disse não estou jogando mais como antes, mas não ficava pedindo vidas, elas acabavam e pronto, quando juntasse novamente eu jogava mais, mas realmente é muito chato. hehe

              • Caracaaaa… acho que sou viciada! Mesmo não tendo nada entro e saio do face o dia todo. Até no inema ja abri . Toda vez que comentam algo aue postei ou que eu tbm comentei recebo um alerta. Agora acabei de desligar o computador e estou com celular na cama. E fico nessa punhetação até dormir

              • Tentei não entrar nessa do Candy… e consegui.
                Meu único jogo viciante é o the sims, mas gosto de jogar sozinha.
                Crio personagens como o Freddie Mercury, Rafinha Bastos, Obama…e sei que jogo mesmo é pra realizar o meu desejo da mansão própria. Mas quando vejo que estou viciando e tenho mais coisas pra fazer eu passo meses sem jogar.

                Não gosto de interação em tempo real. Tenho pavor de janela de chat piscando, por isso desabilito logo.

                Tenho pânico de quando entro e alguém percebe e quer puxar papo… eu tenho telefone! Quer falar comigo? Me liga.

                Agora, se quer deixar um recado, sem pressão, sem compromisso…deixa que eu respondo com carinho depois.
                Esse último trauma é por ter sido operadora telemarketing receptiva.

      • Falando em Candy Crush e similares, poucas coisas me fazem respeitar menos uma pessoa adulta do que ver gente pedindo vida ou coisa do tipo em rede social para os amigos. Por favor, tenham vergonha na cara!

        Mesmo se fosse meu irmão de 12 anos com essa, eu NÃO respeitava.

    • Eu era viciada de verdade no Orkut. Adorava aquilo lá! Tinha perfil fake e verdadeiro. Amava as comunidades e entrava em várias discussões. Mas o Orkut acabou e eu fiquei sem substitutos. Facebook é chato. Eu até gosto do twitter, mas era viciada mesmo nas comunidades “orkutianas”.

  • Acompanho o blog há um tempinho, o primeiro texto que eu li foi o das verdades sobre a maternidade, que foi compartilhado numa comunidade que eu fazia parte no Facebook. Agora todo dia eu entro para ler os textos novos e vou lendo os mais antigos aos poucos. É tão difícil encontrar algo assim na internet que não quero perder nada.
    Achei muito interessante este tema de redes sociais porque eu era completamente viciada, ainda mais depois que mudei de estado com meu marido e ficamos longe das nossas famílias e amigos. Era um jeito de manter contato com eles no começo, mas depois foi se tornando algo que nem eu conseguia controlar, quando percebia já estava lá lendo besteiras e coisas inúteis.
    Mas o cúmulo mesmo foi quando num dia uma menina começou a postar foto de gente morta, não de tragédias, mas de um menino num caixão, era enterro dele e bateram foto no enterro da criança para postar no “feice”. Dizia ela que era uma forma de protesto por causa da violência. Neste momento percebi que não dava mais aquilo, exclui um monte de gente e fui parando de entrar, tanto que até perguntaram o motivo de eu não estar mais online. No começo foi chato, mas agora não sinto falta.
    Ainda acho difícil ficar sem internet, porque eu leio jornais, faço cursos (a quantidade de cursos online é quase infinita) e vejo muitos vídeos legais no Youtube, mas posso dizer que de redes sociais eu já estou curada.

    • Hoje você faz um bom uso da internet: para se informar, para se aprimorar. Neste caso, não acho que exista nem perda de tempo, nem vício

  • Alguém conhece o site youPix? Basicamente eles falam sobre redes sociais e comportamento jovem, mas vai além de saber o que está rolando nas redes, tem muita análise comportamental sobre as relações das pessoas com as redes, as consequências psicológicas que esta interação traz. Análises bem parecidas com o que está sendo abordado aqui. Inclusive tem uma matéria falando sobre a perda de adeptos ao facebook em função de que as pessoas estão mais interessadas em dialogar! E é nessa preferência que o whatsapp vem ganhando o mercado, ou seja, ainda existe salvação, pessoas ainda estão mais preocupadas na conversa do que em memes. Pelo menos nos Eua (onde foi realizado esse estudo) guarda-se a esperança de libertação dessa doença “psico-virtual”.

    • Eu sempre procuro ver as palestras da Rosana Hermann, que para mim é uma das mulheres mais inteligentes do país e entende de público como ninguém.

      • Nossa!!!! Por coincidência, eu amo todas as poucas pessoas públicas que você elogia, Sally! Rosana é incrível! As palestras dela são muito interessantes. Há uma frase dela que eu adoro: “Toda crítica é uma confissão.”

        Sobre as redes sociais: infelizmente, eu gosto. Eu amava muito o Orkut. Era viciada mesmo. Fiz amigos lá que vejo pessoalmente hoje em dia. Não vejo muita graça no Facebook, mas gosto muito do twitter.

        Porém, concordo com tudo o que você escreveu e procuro não me distrair demais nas redes sociais. O que nem sempre consigo…

        • A Rosana é sensacional. Onde quer que ela pare para falar, eu paro para ouvir. Muitas vezes não concordo com ela, mas mesmo discordando, ela me acrescenta.

          • Curioso, hoje mesmo ‘ a conheci’ por meio de uma entrevista. Fiquei tentada a buscar mais material dela, que bom que vcs falaram, já ia esquecendo.

            E pra contrariar a Sally, vou ver se a Rosana tem twitter… kkkkk

            • Rosana tem Twitter e ADORA

              Se quiser dá uma lida no blog dela, “Querido Leitor” ou procura por palestras no YouTube. Ela é sensacional

              • Vou fazer isso sim, adorei a entrevista que vi dela.
                Já estou seguindo no Twitter, valeu pela dica do blog, vou acompanhar tb.

  • Acho que vou começar esse teste de ficar sem entrar em rede social a partir de hoje haha…se eu lembrar eu comento aqui de novo.

    PS: Não tem nada a ver com o assunto, e como a pergunta é breve acho que não precisaria mandar um e-mail a respeito: alguma chance de rolar um Processa Eu do Melson Nandela?

  • Eu tenho conta no facebook pra ver as atualizações das páginas que eu curto, mas não sentiria falta se eu ficasse uma semana sem entrar. Tive que aceitar como amigo umas pessoas da família e 80% do que elas postam é sobre religião e eu não tenho o mínimo interesse. Confesso que sou viciada no tumblr, já pensei em deletar a minha conta várias vezes mas não consigo… espero que isso mude logo.

  • Boa observação essa de que os BMS acham pior não ter redes sociais do que não ter religião. Mais grave ainda é não clicar em curtir nem compartilhar gifs ou mensagens religiosas. Eu tenho cadastro no Face sem fotos só pra manter contato com as pessoas. As vezes tem gente que mal conheço e me adiciona, daí como eu não fico nessa de Lindaaa, arrasou!!! eles me deletam rapidinho.

  • O pessoal falou nos comentários ai e eu reitero também, e como faz se ficar viciado em blog? Tipo… Desfavor?? Porque confesso que todo dia de manhã pego minha caneca de café e sento no PC pra ler o texto novo! Será que isso é vicio ou não? Se for quero nunca perder esse vicio!!!
    Em facebook eu com certeza não sou viciado, quando ele era novidade cai na besteira de criar uma conta, e maior besteira ainda foi adicionar pessoas do trabalho e conhecidos, pessoas que nem tem afinidade comigo, e o que aconteceu foi que eu me enchi de gente postando besteira, gente hipocrita, que é mais burro que uma mula querendo pagar de intelectual, postando imagenzinha com frase intelectualoide, e por ai vai, e nem comento os crentes postando mensagem religiosa e os memes e piadinhas, isso me irritou tanto, que eu simplesmente parei de acessar, fico meses a fio sem nem entrar em facebook, outro dia entrei pra jogar um puzzle e num deu nem meia hora já perdi a vontade. Detalhe também, nunca postei uma foto ou comentário meu lá, NUNCA!!! No máximo compartilhava coisas que eu achava interessante e as vezes pra dar indireta em algúem, principalmente aqueles crentelhos chatos, com mensagem evangélica, também não tenho foto de perfil, nenhum dado de perfil, e bloquiei absolutamente tudo para exibir apenas pra mim, mesmo estando tudo vazio, e a unica coisa que deixei propositalmente foi, “Religião: Agnóstico”.
    Mas me dei conta agora que tem outro site que se não me engano pode ser considerado uma rede social também, que é o YouTube, esse eu passo mais tempo, vendo videos de canais com assuntos que me interessam, e vez ou outra uma besteira tipo video do Porta dos Fundos, mas em geral são assuntos que me interessam ou canais que acho relevantes, não costumo assistir canais que só falam bobagem, ou canal de algum vlogger egôcentrico que acha que sua opinião é a melhor coisa da internet e ainda ganha dinheiro com isso (vlogger virou modinha). Recomendo o Canal do Otário, Canal do Clarion de Laffalot, e o canal “Honest Movie Trailers” que critica filmes; Será que isso me classifica como viciado em YouTube?

    • Desfavor não vicia, ele não te toma mais do que 10, 15 minutos, não tira tempo de relacionamento, trabalho etc.

      Usar o YouTube para se instruir, se aprimorar, não é vício, é mérito.

      • er… o problema foi que eu andei ficando mais que 10, 15 minutos!!! kkkkk…

        Só lendo os textos Siago Tomir, eu passei várias horas por um pouco mais de uma semana, e convenhamos que é muito engraçado rir das desgraças da vida da Sally, mas não é lá muito instrutivo, tá mais pra entretenimento mesmo, Tipo BBB mas na casa do Somir e da Sally!! kkkk…

        • Mas isso é porque você acabou de chegar e estava lendo textos antigos. Quando a situação se normalizar, você só vai ter um texto por dia para ler!

  • Engraçado, o tempo que as pessoas dedicam a redes sociais e a aplicativos (ou, ao menos, parte dele) poderia ser empregado para se auto-aprimorar, lendo livros, aprendendo idiomas por conta própria, fazer cursos, aprender como consertar coisas em casa, descobrir novos hobbies, até mesmo uma nova graduação, enifm, coisas que, de alguma forma, podem te agregar algo na vida. Depois, quem opta por fazer algo melhor do seu tempo, e consegue se sobressair em alguma coisa, é tido como um nerd, anormal.

    • Não, não. O bonito é ficar o dia todo falando besteira em rede social, lendo notícia de subcelebridade, vendo fotinho engraçadinha e depois, no fim do dia reclamar que ganha pouco, que o patrão é explorador. Assistir aulas de inglês gratuitas online nem pensar, ler livros, artigos ou qualquer coisa com conteúdo sobre sua área de atuação nem pensar. O negócio é ser esperto, burlar o trabalho para ficar em rede social.

  • Rede social em si não é ruim. Como tudo na vida, o equilíbrio é a chave. Mas parece que hoje, andar no equilíbrio entre o saudável e o patológico está fora de moda.
    Me dá muito medo quando vejo uma pessoa ver algo na internet e viciar a tal ponto que adota aquilo para si como próprio, criado por ele mesmo, e como verdade absoluta.
    Me fez pensar bastante Sally, agradeço por isso.

    • É o tipo de armadilha que a pessoa vai caindo aos poucos, sem se dar conta, e sempre se auto-perdoando, sempre achando que está fazendo um uso necessário. As pessoas realmente estão perdendo a noção do que é importante na vida, ou eu é que estou ficando velha e ranzinza… vai saber

    • Adorei seu comentário, Pa. Rede sociais em si não são exatamente um mal. O problema é o uso que se faz delas…

  • Qual é o termo pra quem é viciado no Desfavor? Porque eu sou…
    Faz bem ao meu cérebro e aos meus olhos ler coisas interessantes escritas num bom português, independente de concordar com elas ou não. Às vezes não consigo encontrar nas pessoas da minha convivência o tipo de conversa refinada que encontro aqui. Então sim, sou viciada nisso aqui, e se depender de mim, leio todos os dias.
    Será que ser viciada no Desfavor é um problema?

    • Desfavor não causa vício. Uma postagem por dia te toma no máximo dez minutinhos, isso não prejudica sua vida social, profissional ou familiar.

  • Meu principal vício são os blogs e as notícias, geralmente todas via twitter, faço questão de não ter um seguidor. Só mesmo pessoas relevantes e que divulgam coisas interessantes, cheguei até o desfavor assim. Mas mesmo assim tem hora que enche o saco, quando vc olha abriu VINTE guias e não leu nem 7! Aí eu fecho tudo e me contento em não poder abraçar o mundo… e fico alguns dias fora pois isso se torna um vício mesmo. Não tenho facebook e fico feliz em saber que muita gente tbm não tem em função de achar uma coisa muito superficial (memes? Piadas? E nem vamos falar de instagram).

    • Isso que você faz, para mim, não difere em nada de ler um livro. É uma atividade que te enriquece, te atualiza, te acrescenta conteúdo. Coisa bem diferente de ver blogueiro comentando capítulo de novela ou ficar vendo vídeo de Meme ou foto Selfie no Facebook

      • O melhor foi quando dei um block em um colega. Ele ficou bravo! Só twitta coisas superficiais da vida dele e assuntos fúteis e acha que tem o direito de encher minha timeline com isso… Eu estou muito bem com ZERO seguidores. Devo ser um dos poucos que usa o twitter pra ficar atualizado sobre alguma coisa relevante e isso está ligado diretamente a quem você segue. Daqui a pouco vai ser falta de educação não seguir amigo em rede social. Apesar que pessoas sem simancol já consideram isso.

        • Muita gente se ofende se não é aceita como amiga ou se é excluída, acho que isso já é uma realidade. E a maior parte das pessoas se acha interessante o suficiente para encher a timeline dos outros com detalhes da sua vida que não interessam a mais ninguém.

          • Isso é verdade, no youPix eles criticam bastante essa nova geração que se acham interessantes, especiais e únicos pelo simples motivo de sua existência sem apresentar nada que justifique essas condições.

          • Engraçado que comigo é o contrário: eu posto certas verdades lá no twitter que incomoda tanto aos outros que eles deixam de me seguir! To nem aí!

  • Vou pedir a minha inclusão na lista de animais em extinção.

    Sallyta, será que esse ano rola um texto no melhor estilo “O lado negro da gravidez”, só que com o tema de Natal? Seria um presente e tanto para os impopulares, afinal hipocrisia e Natal andam juntos!

  • Eu sou usuária de uma única rede social. Por várias vezes fiquei sem acessá-la, inclusive desativando a conta. Como disse o Ge, eu tenho a noção de que a uso com moderação, afinal, não sinto a vontade de ficar atualizando, checando a todo momento e acompanhando cada suspiro das pessoas, tampouco postando ou informando qualquer coisa que eu vá fazer. Nas vezes em que fiquei “por fora” perdi algumas coisas, porque esses viciados não são capazes de usar qualquer outro meio de comunicação. Aqui na roça onde moro até mesmo vagas de empregos são anunciadas pelo facebook, e não são anunciadas em qualquer outro meio.
    É incrível você ir a um restaurante e ver as pessoas fotografando o que vão comer, fazendo a porcaria do check in e jogando tudo em instagram, twitter ou facebook e deixando a pessoa que está em sua cia a todo momento de lado por causa disso.
    E mais incrível é o que tu falou, a forma como as pessoas reagem ao saber que você não quer ter um instagram, um twitter ou que “óh meu deus” como você ainda não baixou o whatsapp?! Seremos esmagados pela maioria!
    Tem um vídeo do Pingo na Pia que retrata essa nova e tosca realidade, para quem quiser assistir: http://www.youtube.com/watch?v=cilryd4ytPg

    obs.: Raimundos foi muito bom, mas melhor ainda foi a versão que o Rodolfo ganhou de reggea do manero, virei crente é sensacional! :D

    • Sabe o que me mata? Ver gente batendo papo em rede social sobre o programa que está passando na TV quando existem PESSOAS ao seu lado com as quais ela poderia conversar sobre esse mesmo assunto. Mensagem clara: coleguinhas de rede social são mais interessantes do que quem está ao lado. Acho desaforo e falta de educação.

    • Assisti ao video (será que sou viciado em youtube?), e acho que representa bem isso que a Sally quis dizer quando falou que a pessoa só fala sobre rede social ou internet quando vai conversar com alguém, e isso quando não deixa a pessoa sozinha “emocionalmente” falando, pois está lendo uma mensagem ou falando com alguém, e deixa a pessoa lá com cara de tacho!

      obs.: Também curtia muito Raimundos, tenho CD’s originais deles até hoje, e também fiquei muito triste quando ele saiu pra virar evangélico, e achei a música que o pessoal fez pra ele muito bem feito, o “Reggae do Obreiro”, já ri muito dessa paródia que fizeram pra ele, e como eu admirava ele na época dos Raimundos mas nunca fui em um show nem nada, uma vez soube que ele ia numa igreja que meu irmão crentelho vai, e fui lá só pra conhecer o figura pessoalmente, e até tirei foto com ele, a vontade que eu tinha era de dizer que ele era uma anta por largar o rock, mas por respeito não falei nada, se vcs quiserem eu posto a foto pra vocês verem (com meu rosto desfocado, porque não quero aparecer, sou feio, heheh), só assim pra mim pisar numa igreja!

      • Essa de deixar uma pessoa que está ao seu lado sozinha para ficar em rede social é FALTA DE EDUCAÇÃO, além de ser falta de consideração. Numa boa, onde estão as mães dessas pessoas que não ensinaram noções básicas de cordialidade aos filhos? Parecem crianças: criança quando quer muito um brinquedo ou um desenho esquece do mundo. Só que adultos tem discernimento para saber o quanto magoa esquecer de quem está ao lado. Imperdoável.

        Você deveria ter dito ao Rodolfo que ele é uma anta!

        • kkkkkkk….
          Pois é Sally, eu também acho que eu deveria ter dito pra ele, mas é que como já fazia muito tempo que ele tinha saido da banda e tal, minha raiva pela burrice dele já tinha passado, e eu sou meio tímido com essas coisas de dizer na cara sabe, sem falar que eu tava no território do inimigo, em desvantagem, se bem que no máximo ele ia fazer o que comigo!? me mandar sair fora e me virar a cara? kkkk…
          Vocês conhecem a história que ele conta de como ele se converteu né? Eu já tinha lido muito tempo antes, pois eu queria entender na época o porque de ele ter mudado tão drasticamente, e ele contou ela novamente no dia do culto, exatamente como eu tinha lido, pra quem não sabe, ele acredita que estava com um câncer, no estômago se não me engano, e resumindo, a mulher dele que também era uma porra louca e drogada igual ele também tinha se convertido e levou umas beatas evangélica na casa dele, e ele afirma que não gostava no começo, mas a crentelha lá disse um papo pra ele, numa vibe meio profética, que deus ia salvar a vida dele pra que ele pudesse pregar a palavra de deus, e é essa a história que ele conta, que uma crente salvou ele do câncer em nome de deus, e ele largou toda a fama, dinheiro, drogas e putaria para se converter, agora ele e a mulher dele vão nas igrejas de um grupo evangélico, que não sei se existe em outros estados, chamasse “Bola de Neve”, é uma igreja voltada pra surfistas e skatistas, e se diferencia por ser inclusiva, aceitando todo mundo, independente de como a pessoa esteja vestida, ou seja, ninguém usa terno e gravata, todo mundo vai de camiseta e bermuda de surfista, inclusive o pulpito deles é uma prancha de surf! Mais alguém conhece essa igreja?

  • tenho q confessar q sou viciado em internet , não sou muito de redes sociais mais comecei assim no orkut nas comunidades da vida , hj eu passo mais tempo em blogs e lendo noticias , eu sei q é perda de tempo mas eu não consigo parar vicio é foda

    • Calma aí… ler notícia não é tempo jogado fora, é investir em conhecimento, é estar atualizado! Bem diferente de ficar falando sobre nada em redes sociais, que não te acrescenta porra nenhuma!

  • Andreia Pereira

    Nem preciso fazer teste. Faz meses que nao verifico meu mural e muito menos entro no perfil de ninguém. E estou me sentindo ótima! E pra falar a verdade,a ultima vez que acessei foi para compartilhar um texto seu que achei de extrema importancia e só teve uma “curtida” . E pelo tempo (2 minutos) a pessoa nem leu,foi só para ser simpatica comigo.

    • Porra, no nível mais difícil, o nível 5, tem coisas boçais. O Brasileiro Médio está mesmo muito mal para gerar essa presunção de burrice!

  • Confesso! Estou viciado no desfavor há 1 mês. É realmente sensacional ler um texto que reflete boa parte do que vc pensa e quando não, fazer vc refletir o outro lado por ter uma argumentação bem estruturada. Fiz um facebook há alguns meses por pura pressão social, mas não durou muito tempo, já desativei pq não tenho paciência pra tanta estupidez.
    Discordo somente do ateísmo digital… Quando digo que não tenho facebook, me chamam de estranho. Mas quando digo que sou ateu, me olham com raiva.

  • Sou viciada pra caramba, infelizmente. Mas o meu atual vilão não é nem Facebook e Twitter é o maldito WhatsApp. Meus amigos falam o dia inteiro lá e eu fico curiosa pra saber o que é. É um estupro digital, mas mesmo assim não consigo ficar sem. :(

      • Estou trabalhando para abrir o whatsapp apenas quando saio do trabalho e estou no trajeto de volta para casa, pois é um trajeto relativamente curto. Não daria tempo de aproveitar uma boa leitura, por exemplo. E antes de dormir responder o que achar necessário e pronto. Acredito que desta forma não prejudique ninguém e nem a mim mesma. Quanto às outras redes sociais, ficariam facilmente sem.

        • As pessoas abusam do whatsapp, estou pensando seriamente em deletar o meu. Porque quando você recebe um, nunca sabe se é algo realmente importante ou se é uma besteira do tipo “está chovendo aí?”. A dúvida me faz interromper o que estou fazendo, perder o fio da meada, e na maior parte das vezes é só imbecilidade.

          • Tem um grupo que sigo que postam fotos do que bebem a noite toda…silencio sempre, pois no meio disso tudo ainda tem mensagem importante sobre um grupo voluntário do qual participo… mas tenho vontade de mandar o acervo para os AA.

            Eu não tenho coragem de postar de madrugada em whatsapp, e olha que eu fico acordada a madrugada inteira.

            Mas tem o lado bom: quando meus amigos de verdade querem se reunir, não rola mais a desculpa de ‘não vi seu e-mail’. Se alguém não responder, a gente liga pentelhando.

            Receber fotos e vídeos dos filhos dos amigos que moram em outro estado tb é muito legal.

  • Não vejo problema algum em ter redes sociais desde que saiba com quem, pra que e qual finalidade (além do tempo que vai dedicar).Isto tem de estar muito bem definido e as respostas tem de ser bem relevantes, em resumo moderação. O problema é que o rompimento desses limites é o começo do vício, e esse auto-perdão pode significar um caminho sem volta.

    • Geralmente a pessoa começa bem, mas vai aumentando o tempo de uso, perdendo as amarras, falando o que não deve e, gradativamente, sem perceber, está fazendo mau uso. Quando a pessoa (BM) não tem bom senso, fica difícil fazer um uso racional.

  • Tenho uma conta no facebook, mas posso ser sincera? É um saco ver tanta coisa que o povo posta.
    Sim, foi ótimo rever colegas de escola que eu não via fazia anos, mas é como você escreveu, tem gente que coloca que está com dor de barriga!
    E quanto à experiência de ficar sem rede social… Fiz isso nas minhas férias. Um mês sem internet. Só dormindo, comendo e batendo perna. :)

      • Mesmo que eu quisesse não ia conseguir acessar a internet. Primeiro, fui visitar um tio com a minha mãe, foi conversa até tarde da noite e passeio no restante do tempo. Segundo, depois que chegamos da casa do meu tio, fomos para a roça (tudo para passar tempo com os meus pais). Levei uns bordados que eu havia começado e não terminava nunca. O melhor foi que nem senti falta de internet, o mês acabou e eu nem vi.

        • Pois é, esse é o ponto: você não sentiu angústia. Porque ficar sem acessar internet por um mês qualquer pessoa pode ficar, a questão é não se incomodar com essa privação.

    • Acho que nas férias consigo fácil.
      Mas estudando on line, procurando emprego on line…fica complicado. As páginas das empresas divulgam as oportunidades onde? Nas redes sociais….foi por isso que voltei.

  • Sally, concordo em muito com tudo que tu disse! Mas daí questiono de novo: é só eu que uso as redes sociais “com moderação”? bahh

  • Jacob Burckhardt

    Um ano acompanhando o Desfavor e todo dia agradeço por ter encontrado este reduto. É uma delícia quando concordo com cada palavra da argumentação proposta, como foi o caso deste texto, mas mesmo quando discordo de suas opiniões, é engrandecedor ler uma argumentação bem escrita como a de vocês.
    Obrigado por compartilharem suas opiniões, este leitor vocês não perdem mais.

  • Tenho de confessar que possuo o Facebook, mas apenas o abro para acompanhar as notícias de alguma página de meu interesse. Não o atualizo desde 2010. Ele ainda está com a mesma foto. Já fiquei meses sem me logar em qualquer tipo de rede social, até mesmo o Hotmail. Não me importo muito com esse tipo de coisa. Sim, tenho alguns conhecidos por lá, mas ninguém que valha a pena manter contato. Não preciso daquilo para manter contato com meus amigos, até porque só tenho 3… São poucos, mas são o suficiente e sei que posso confiar minha vida a eles. Enfim.

    Algumas pessoas já ficaram bravas comigo por eu não me atualizar… Pessoas que apenas ignoro. Não sou obrigado a ficar horas frente a tela do computador absorvendo tudo o que os outros andam fazendo. Tirou foto com o amigo no banheiro? Bom pra você. Só vai amar quem amar você? Que ótimo, agora vá procurar algo digno para se fazer.

    Eu tenho alguns critérios a seguir na hora de escolher uma amizade, e viciados em redes sociais são rapidamente excluídos. Sabe aquelas pessoas que de minuto em minuto postam algo na linha de tempo? Então, abomino esse tipo de gente. Outro tipo de gente que evito são os religiosos… Não sou obrigado a ouvir ninguém dizer merda.

    Sou viciado em algo, assim como todo mundo, mas esse meu vício não é em redes sociais.

  • Quando comecei a ler pensei que era sobre falar errado “fomo na feira” e de automático lembrei do dolorido “possa ser que seje”…

    Finalmente deram um nome pra essa sindrome. Nem preciso falar que concordo com tudo e tb aquela parte do Raimundos (até hj não me conformo).

    • Sim, agora está “catalogado”, não que adiante muito, pois quem sofre dela jamais vai se dar conta, assim como todo alcoólatra diz que bebe por diversão

  • Nossa, foi muito bom você abordar esse assunto, porque tenho esse problema no meu trabalho, pessoas que parecem surtar por não conseguir acessar rede social (e meu trabalho é monitor e bloquear essas coisas), e me enchem o saco, e é bom saber que isso já está sendo tratado como doença, pra eu poder esfregar na cara desse povo que isso não passa de um vício maldito!

    • Certamente é um vício moderno, mas quem é viciado não admite, sempre pega como referência alguém pior e diz que isso é um viciado.

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