Des Cult: Rosana Hermann

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Rosana Hermann. Se você sabe de quem eu estou falando, certamente tem interesse em saber mais. Se você não sabe de quem estou falando, sorria, seu mundo vai ficar melhor depois de conhecê-la. Taí uma pessoa que eu paro o que estiver fazendo para escutar, porque o que ela fala no mínimo me diverte ou me acrescenta. Geralmente ambos.

A Wikipedia define a Rosana Hermann como “escritora, roteirista e apresentadora brasileira”. Eu acho que ela é bem mais do que isso. Para começo de conversa, Rosana é bacharel em física nuclear, o que já a colocaria em um patamar acima da maioria dos reles mortais, inclusive da que vos fala, que ainda soma usando os dedinhos. Também cursou comunicação (ambos na USP). O que poderia ser visto por muitos como um “oposto”, ela teve o dom de transformar em um “complementar”. A clareza de raciocínio, a lógica e a ordem da física aliados a uma observação profunda e cheia de compaixão do ser humano. Rosana parece uma esponjinha do saber, que mesmo nas condições mais inóspitas, suga o que há de melhor para ser aprendido e depois passa adiante com didática, mastigadinho para quem quiser ouvir.

Confesso que física para mim é algo tão distante, mas tão distante da minha realidade que a primeira associação que eu faço é com Sheldon Cooper. Eu acho admirável qualquer pessoas ter graduação e mestrado em física, mas no caso dela, é ainda mais notável, pois foi fruto de um grande esforço pessoal e sede por conhecimento. Rosana só foi matriculada em uma escola com sete anos de idade. Até então recebia apenas “aulas” de sua irmã mais velha (ao que tudo indica, nem sempre com a melhor das didáticas).

Quando finalmente foi matriculada em uma escola, a aula também deixou a desejar: uma professora dava aula para duas séries aos mesmo tempo, a de Rosana e uma acima, dividindo-se entre as duas turmas: enquanto uma recebia aula a outra fazia exercícios. Você pode estar pensando: “Xiii… ela não deve ter aprendido nada!”. Não, não. Muito pelo contrário. Ela aprendeu tudo: a matéria da sua série (segundo ano) e da outra (terceiro ano). Fazia a sua lição rapidamente para conseguir assistir a aula da outra série. Era uma mente privilegiada ou uma aluna esforçada?

Quem sou eu para dizer, infelizmente não a conheço, mas leio e escuto muito o que ela diz, se tivesse que arriscar diria que Rosana é uma dessas raras junções de ambos: uma mente privilegiada que não se acomodou e acabou conjugando genialidade com disciplina e esforço. Uma raridade, uma das poucas pessoas que faz esforço sem precisar, apenas pela sede de conhecimento, pela vontade de ser uma pessoa melhor. Ela não concordaria comigo, ela é modesta. Não uma falsa modéstia, aquela modéstia de quem nasce gênio e que, justamente por isso, encara a genialidade com normalidade.

A sede de conhecimento de Rosana não parou mais. Fez faculdade de física na USP. Enfrentava longas viagens de ônibus para ir à faculdade e teve que correr atrás para compensar algumas deficiências de seu ensino básico. Nesses anos ela também frequentava aulas disponibilizadas pela faculdade: tênis, ioga, natação e judô, que chegou a ser utilizando contra uma mocinha que resolveu se exceder em intimidade com o então namorado de Rosana. Um abraço indevido gerou um forte puxão pela gola e a mocinha foi parar no chão.

Reparem na sutileza da história que estou narrando. É uma história REAL, não é aquela história pronta de “eu estava andando no shopping e de tão linda que sou um representante de uma agência de modelos me contratou”. Não. É uma história REAL, onde uma pessoa REAL foi subindo degraus da vida com esforço, com conhecimento, em uma época onde se valorizava o conhecimento e não os conhecidos. Dói pensar quantas Rosanas as próximas gerações vão perder porque elas “apenas” terão conhecimento e não os conhecidos.

Depois de se dedicar muitos anos à física, incluindo aí um mestrado, a perspectiva solitária do campo de pesquisas inquietou Rosana. Através alunos particulares de inglês, conheceu o meio da comunicação. Duas almas boas (e visonárias) perceberam seu potencial e sugeriram que troque a física pela comunicação. Rosana aceitou o chamado: decidiu jogar tudo para o alto, abandonou a física e bateu na porta de uma agência de propaganda, onde começou como estagiária de criação. Prestou vestibular para comunicação na USP, foi subindo, subindo e brilhou. Generosa, até hoje ela compartilha seu brilho com a gente.

O que veio a seguir é de domínio público: radialista, jornalista, apresentadora, redatora, repórter de TV, escritora, palestrante, diretora artística, colunista e até letrista de jingles. Talvez você esteja se perguntando porque eu não disse “blogueira”, já que Rosana tem um blog chamado “Querido Leitor” com o dobro de idade do Desfavor e provavelmente o dobro de leitores também. É que eu odeio o termo “blogueira”. Sei lá. Acho banalizado, até mesmo pejorativo.

Rosana escreve um blog muito bacana, muito interessante que consegue ser leve e ao mesmo tempo informativo. Lá você encontra humor e boas dicas, como indicações para sites onde aprende outros idiomas de graça. Talvez seja um dos poucos blogs que não tem uma temática fechada: “blog sobre maquiagem”, “blog sobre celebridades”, “blog sobre política”. Não. É um blog da Rosana, sobre as opiniões da Rosana. Muito mais interessante do que qualquer temática fechada. Pena que tanta gente tenha dificuldade em compreender essa proposta. As pessoas parecem ficar um pouco perdidas quando algo foge à classificação habitual.

Para aqueles que se impressionam pelo posto ocupado mais do que pela pessoa, uma listinha rápida de alguns programas onde Rosana trabalhou: Pânico na TV, Sai de Baixo, Domingão do Faustão, Programa da Xuxa, Glub-glub e Viva a Noite. Como eu disse, são apenas alguns dos programas, e antes que comecem a me atirar pedras, ouçam meu ponto: acho louvável uma mulher que por décadas transitou por quase todas as emissoras, por ambientes tão competitivos, quando nem sempre era simples ser mulher e ter poder, conseguir mantenha tanta doçura, feminilidade e humanidade. Um exemplo para tantas mulheres que acham que para alcançar poder e conquistar respeito precisam se portar de forma dura, rígida, se masculinizar ou passar uma imagem infalível, superior.

Rosana é humana, é querida, é falível e chegou ao topo mesmo assim. Não há um vestígio de arrogância nem daquela pompa profissional que outros com menos gabarito gostam de ostentar. Rosana parece nunca ter perdido sua humanidade, sua capacidade de reflexão e sua empatia. Tem tanta verdade nessa mulher que transborda. Faz falta, nesses tempos de gente neutra, pasteurizada, uniformizada. Autenticidade faz falta. E não se enganem: não estou elogiando porque concordo com tudo que ela pensa e fala. Frequentemente discordo. Mas o novo ponto de vista que ela me oferece me enriquece, me faz refletir e me acrescenta, mudando ou não de ideia. Bobo aquele que pensa que inteligente é quem concorda com ele. Mais bobo ainda quem pensa que se os argumentos não fizeram o interlocutor mudar de ideia então “não adiantaram nada”. E como tem gente boba no mundo…

Rosana consegue algo que é meu sonho de consumo: ela opina, ela se compromete, ela se indigna com a maior doçura e educação do mundo. É uma Lady que sabe questionar, contestar e até mesmo brigar com humanidade e respeito. Minha Gente, isso é raro hoje em dia. O ser humano ruma para os extremos: ou fica em cima do muro e é espectador das maiores injustiças calado, para não se comprometer, ou toma partido em uma briga de foice permeada por raiva e agressão. Rosana tem uma serenidade, uma luz que a acompanha. Ela se mantem no eixo, mantem seus pensamentos claros e é coerente com o que fala. Um dia eu chego lá. Por enquanto de vez em quando vai ter meus faniquitos de putez de tempos em tempos. Mas um dia eu chego lá.

Assim como arregaçou as mangas no segundo ano, para conseguir aprender a matéria do segundo e do terceiro ano ao mesmo tempo, Rosana arregaçou as mangas na sua vida profissional. Teve começos difíceis, sem muito glamour nem muita infraestrutura. Fez de um limão uma limonada muitas vezes e talvez o faça ainda hoje quando a vida apresenta adversidades. Mesmo assim, ela sempre manteve sua humanidade, nunca permitiu que o trabalho, o entorno ou até mesmo os cargos de chefia lhe tirassem a capacidade de se emocionar ostensivamente, sem vergonha, sem essa associação boba que fazem de humanidade com sinal de fraqueza. Seja na hora de pegar uma criança de rua que estava passando mal no colo e falar algumas verdade chorando, seja na emoção dentro do estúdio ao falar daqueles que não tem acesso a atendimento médico em um programa de televisão. E quando ela chora é tão sincero que todo mundo chora com ela.

Acho sublime que uma pessoa que já viu tanta coisa, tanta atrocidade (quem lida com notícias acaba sendo obrigado a ver) não tenha se deixado calejar. Eu mesma já lidei com muita coisa feia e sempre entoei o mantra “não posso perder minha humanidade, não posso me acostumar com isso” e sempre fui chamada de fraca, de babaca. Daí aparece alguém como Rosana e prova para o mundo que é possível sim ser competente, vencer na profissão, ser respeitada e conceituada sem perder a humanidade, sem deixar de se indignar. Ver isso me conforta, porque mesmo sem ter chegado lá, graças a ela eu sei que é possível.

Também sei que isso tem um preço. Ser civilizado em um país cheio de vândalos emocionais causa transtornos. Já fui espectadora passiva de várias injustiças cometidas contra a Rosana, pela minha incompetência de insistir em não ter redes sociais. Tem gente que confunde educação, doçura e respeito com uma porta aberta para dizer e fazer o que quiser. Gente tosca, que só entende limites na base da grosseria, porque provavelmente foi criada nesse padrão de comportamento. Gente chantagista que pratica o que eu apelidei de “sequestro virtual”, deixando a vítima refém não por uma arma, mas sim por uma culpa, por uma chantagem.

Fizeram isso com a Rosana. Ela foi “premiada” no Twitter com uma suposta obrigação de intervir na vida de uma menina que dizia que iria se matar. Ela recusou o convite para participar desse pequeno espetáculo (e eu lhe dou toda razão, não se “recompensa” quem faz isso) e foi duramente criticada por aqueles que achavam que ela, por ser legal, por ser humana, teria que aceitar essa responsabilidade.

É essa difícil e estranha relação que se estabelece entre ídolos e seus seguidores, onde os seguidores sentem que conhecem e, por consequência, tem intimidade com seus ídolos. O Twitter potencializa esse síndrome esquisita, porque coloca o ídolo ao alcance dos seus seguidores e cada um se acha no direito de falar o que quer. Muito feio isso. Eu tenho medo dos loucos de redes sociais. Como essa, muitas outras polêmicas culminaram em xingamentos raivosos, linchamento emocional e reações desmedidas. Impossível não se abalar, até porque ela não está protegida pelo anonimato, mas, ainda assim, ela consegue tirar um lado bom e fazer dessa doença social que é a ofensa pela discordância (atualmente discordar ofende, e muito) quase que um estudo antropológico.

Rosana transita faz tempo pelo mundo do entretenimento, onde é muito fácil se “futilizar”, onde há uma pressão excessiva em torno de padrões estéticos, de uma postura glamurosa e falsas aparências, falsas felicidades. Mesmo assim, nunca a vi fazendo pose. Muito pelo contrário, sempre combateu abertamente a ditadura da magreza, a dependência do reconhecimento em redes sociais e tantas outras mazelas desse mundinho. Não se deixar deslumbrar é mérito, mas, além de tudo, debater publicamente o lado negativo é quase que heroísmo. Talvez o segredo esteja na clareza do seu raciocínio e na forma educada e didática com a qual ela consegue expor suas ideias. Tem que ser muito involuído para atacar uma pessoa tão educada, francamente.

Para aqueles que se interessaram em ouvir um pouco do que ela tem a dizer, recomendo as várias palestras que estão disponíveis no YouTube, o blog Querido Leitor e seu Twitter, @rosana. Aposto que você nunca leu verdades tão bem equacionadas, tão logicamente apresentadas e com tanta doçura e simplicidade. Às vezes é uma frase, apenas uma frase no Twitter, mas basta para dar aquela sensação de um cafuné na alma.

Uma pena que Rosana só tenha dois filhos. Ela é aquele tipo de pessoa que deveria ter 20 filhos, para povoar o mundo de pequenos seres educados por ela. Rosana deveria ser leitura obrigatória nas escolas. Sempre vale a pena saber o que ela pensa, mesmo quando você discorda dela, pela consistência dos seus argumentos e pelos novos pontos de vista que ela apresenta. Seja no vídeo, seja na escrita, ela te pega pela mão com ternura e acaba sempre mostrando um novo ponto de vista. É o que pessoas inteligentes fazem: buscam mostrar um novo ponto de vista em vez de fazer da discordância uma rixa, um cabo de guerra do convencimento para ver quem tem razão.

Rosana te pega pela mão e te leva a novos pontos de vista em um caminho cheio de humor, leveza, compaixão e ética. É um passeio que vale a pena. Eu recomendo. Pessoas como Rosana, que investiram no conhecimento, no estudo, é que deveriam ser vistos como exemplos, como fonte de admiração, ou ao menos também o deveriam ser, em vez de apenas pessoas que investem em seus corpos ou em sua auto-promoção.

E, só para constar, eu acho ela linda.

Para mostrar toda sua cultura e perguntar se “essa Rosana é aquela que cantava a música Como uma Deusa”, para não saber lidar comigo elogiando alguém, se frustrar e me chamar de puxa-saco ou ainda para me dar o presente de fazer comentários realmente pertinentes com o tema da postagem de hoje: sally@desfavor.com

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Comments (49)

  • Adoro a Rosana!
    Eu sempre vi você, Sally, como uma Rosana Hermann mais “exaltada”. Ambas têm boa capacidade de argumentação e ótimos textos.

  • Só leio coisa boa. Acabei de adicionar o blog da Rosana Herman na minha lista de favoritos. Realmente, já notei sua forma doce em muitos textos, especialmente quando se refere à maioria de seus leitores. É meio sutil. Só os fortes a detectam. Na verdade, o que me atraiu ao Desfavor foi justamente sua linguagem direta, irreverente e sincera. Obrigado pela indicação.

      • Ela trabalha como fofoca de famosos? É aquela que entrevistas famosos, juntamente com outros jornalistas? Pena que a TV só mostra esse lao. Vou ver os vídeos sim.

  • Eu conheci os textos e opiniões da Rosana por meio do twitter, virei leitora do blog, vi alguns vídeos dela e concordo com muito do que você escreveu. Ela é mesmo aquela pessoa que somente com uma frase me faz, no mínimo, querer saber mais do que ela está falando. Achei a escolha do tema de hoje excelente, foi muito bom saber mais sobre a Rosana.

  • Sally, acho que por ser carioca e não ter tido acesso à imagem dela nos meios de comunicação (acredito que em São Paulo, ela tenha mais voz), nunca a tenha ouvido, lido, prestado atenção.
    Mas obrigada pela dica, quem sabe não é uma nova ótima leitura pra eu me apegar?

  • É uma grande pessoa, mas só aqui posso ler sobre pornografia japonesa, cu e merda. Tudo com bastante conteúdo. Um dia ela chega lá.

    • Realmente, nisso Desfavor leva vantagem: aqui tem baixaria de todas as espécies. Se é que isso pode ser considerado uma vantagem… hahaha

      • uh papai chegou

        Homenagem da RID ao dia das mães! hahaha
        Falando em mãe… Sally, vc que gosta de se antecipar aos acontecimentos, já começou a escrever o texto sobre a derrota da seleção brasileira na copa? Porque antes de morrer, a vidente Mãe Dinada falou que os hues não vão faturar dessa vez. Fato que me deixou extremamente emputecido (não pelos somos todos macacos, óbvio!), mas temo que isso possa foder com meus planos de feriados.
        Cambada de bunda mole! Não falaram que a macacada tinha entregado a copa pra França pra poder fazer festa em casa? Agora me aprontam uma dessas. Sifudê!

        • Eu já ouvi boatos não confiáveis que a seleção vencedora tem que ser uma patrocinada pela Adidas, mas estou descrente. Porque se tem uma coisa que o Brasil e o PT sabem fazer melhor do que ninguém é subornar. Duvido que essa vitória do Brasil já não esteja armada.

          Mas, de um jeito ou de outro, vai ter cobertura completona no Desfavor, até porque, adivinha QUEM se fodeu de verde e amarelo e teve que voltar a morar na Cidade Calamitosa?

          • Mas não era na copa passada q venceria um patrocinado pela adidas, como de fato venceu a Espanha?
            Lembro dessa teoria q você postou na copa passada, parece q tinha algo sobre um rodízio de patrocinadores, o que acabava casando de ser. Brasil com Nike agora.

              • A Adidas é parceira da FIFA desde, pelo menos, 1970 e fornece material esportivo – de bolas oficiais a camisetas promocionais e uniformes dos árbitros – pra todo e qualquer evento chancelado por ela…

                    • Podrezinho rápido que descobri sobre a parceria entre a FIFA e a Adidas:

                      O acordo foi firmado entre o brasileiro João Havelange – que se elegeria presidente da FIFA em 1974 e, de tanto se reeleger, só largaria o osso mais de duas décadas depois – e o alemão Horst Dassler – filho de Adolf “Adi” Dassler, fundador da ADI+DASsler = Adidas – e considerado um dos pioneiros do marketing esportivo.

                      Horst Dassler, fundador da Arena, marca de artigos para natação, também criou a divisão francesa da Adidas, que competia com a matriz germânica de seu próprio pai e com a rival Puma, fundada por tio Rudolf. Os irmãos Rudolf e Adi, aliás, eram inimigos mortais.

                      O acordo entre a Adidas e a FIFA é cercado de controvérsias. Horst Dassler já foi acusado de comprar votos para ajudar João Havelange à chegar à presidência da FIFA. Em troca, o brasileiro favorecia o alemão na assinatura de contratos comerciais. Curioso notar que Havelange se elegeu na FIFA com apoio de africanos e asiáticos, com a promessa de ajuda para desenvolver o futebol nessas regiões e abrir mais vagas diretas para edições posteriores da Copa do Mundo. Esses mesmos africanos e asiáticos passaram a ser presença mais freqüente em Mundiais desde então, o que levou também ao aumento no número de times, de 16 para 24 e depois para 32. Por outro lado, se prestar bastante atenção, verá impressa nas bolas Adidas das Copas do Mundo usadas a partir de 1970 a expressão “made in France”. Não deve ser coincidência, certo? Antes, a infra-estrutura requerida pelas Copas era infinitamente menor e não havia parceiros e/ou patrocínios oficiais. Até 1966, as bolas, por exemplo, sempre eram confeccionadas por fabricantes locais dos países que sediavam os eventos.

  • Ai, que texto lindo! Sou fã da Rosana e sempre achei que você, Sally, fosse uma personagem dela mais ácida, argentina, advogada e menos educada. Mas agora tenho certeza de que não é, porque você jamais se elogiaria dessa maneira.

    Interessante, Sally, como nossos ídolos são os mesmos. Todos os (poucos) que você elogia aqui moram no meu coração e estão na lista dos que eu admiro.

    Amei o texto! O lado ruim é que definitivamente você não é um personagem da Rosana. Sua identidade voltou a ser um mistério para mim. :(

    • Queria muito ser como a Rosana, mas sou menos evoluída. Não tenho essa classe, essa doçura e essa leveza para falar das coisas. Quando algo me aborrece fico grosseira e com isso desmereço meu discurso aos olhos de muitos.

      Curioso que gostemos das mesmas pessoas, pois é bem raro me ver elogiando alguém aqui. Em seis anos devo ter elogiados umas cinco ou seis pessoas. Talvez isso indique que eu sou mais parecida com VOCÊ do que com a Rosana. Aposto que somos bastante parecidas. Espero um dia poder sentar para tomar um café com você e descobrir…

  • Não conhecia, mas quando vc comentou em outras postagens, cheguei a pensar em te pedir para escrever algo sobre ela… Nem precisou, hein?

    Achei sensacional, imagino que vai me acrescentar muito. Essa parte de não perder a humanidade é uma das coisas que me preocupo. E outra coisa que me identifico, foi a parte de não assumir responsabilidades que as pessoas tentam jogar.

    Com certeza vou ler o que ela escreve.

    • Leia, porque é aquele tipo de leitura que mesmo sem concordar sempre te acrescenta algo! Tenho certeza que você vai gostar

    • Eu também fiquei conhecendo agora. Na verdade sou meio E.T. e só me liguei quando alguém aqui dos comentários falou que estilo Sally é meio Rosana Hermann, daí comecei a pesquisar sobre ela. Super legal esse Des Cult!

      • QUEM ME DERA ser 10% Rosana Hermann! Me falta a classe, a sutileza e a doçura. Mas, ainda assim, foi um dos melhores elogios que poderiam me fazer!

        • O texto é sobre a Rosana, claro, mas, sinceramente, dava pra falar o mesmo a seu respeito em várias passagens, Sally… Muito do que você falou dela se aplica a você também, com toda justiça.

            • Sally, faço o mesmo elogio do/a W.O.J.

              Dei uma passada no Querido Leitor dela e gostei muito, vou acompanhar de agora em diante, com calma e tempo.
              Cliquei no link e vi que ela está no r7, o mesmo do Andre Barcinski! Ele dá boas dicas de livros, filmes, shows, comentários pertinentes etc.

              E lá tem também tdud…

              • Eu adoro o Te Dou Um Dado? e também adoro ouvir a Lelê. Rosana também faz várias participações em vídeos do Ex-Tricô, junto com a Lelê. Mas as palestras da Rosana são insuperáveis…

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