Recebi muitos e-mails dizendo “Porque vocês não fazem promoções no Desfavor para atrair leitores?”. A todos eles, respondi que não gostamos dessa tática, que nos soa um suborno barato, quase que um biscrock para o leitor. Que venha ler aquele que achar interessante, só quero esse tipo de leitor no nosso blog. Então, desde já deixo claro que não se trata de um brinde, e sim de um instrumento de trabalho, para ajudar a construir um blog ainda mais escroto.

Então, para aqueles imbuídos de espírito de porco, basta clicar no “Divulgue o Desfavor” você encontra dois adesivos com o nome do blog. Sim, eles foram feitos para serem usados como adesivos. Você imprime e cola deliberadamente em um gesto de vandalismo em alguém ou em alguma coisa que você considere um desfavor. Vale tudo: desde um livro ruim até na testa do Presidente da República. E claro, depois você tira uma foto e manda para a gente! Publicaremos as fotos com prazer! Mostre ao mundo o que você acredita ser um desfavor! E viva à participação dos leitores no blog por prazer, sem suborno!

Vale tudo, viu? Vale mentir, vale sacanear… Uma amiga muito querida encontrou um cantor brega que é um tremendo desfavor na noite carioca. Ela se aproximou bancando a macaca de auditório e disse que queria tirar uma foto dele para colocar no blog dela e pediu para ele segurar junto com ela o cartaz do blog – adivinha se não era o adesivo com uma seta enorme escrito DESFAVOR apontada diretamente para ele? Subcelebridades são vaidosas e fáceis de enganar, aproveitem! A foto ficou escura, infelizmente não dá para ver muita coisa. Mas fica a dica.

Pode debochar de tudo: mãe natureza, ecologistas, pagodeiros, aquele quadro horrível que seu marido pintou e insiste em manter no meio da sala… Vocês sabem, nós não temos limites. Sejam criativos e mandem suas fotos. E lembrem-se, o prêmio por mandar as fotos é porra nenhuma, nós não tratamos leitor feito cachorrinho. Manda quem quer se divertir e divertir os outros com um deboche ousado, pelo prazer de participar e denunciar um desfavor.

A campanha vale para qualquer lugar do mundo e tudo e todos podem ser objeto de deboche. Ainda que sejam pessoas desconhecidas, como sua sogra. Como eu já disse, nós não temos limites. Façam uso divertido dos nossos adesivos, estamos aguardando as fotos!

Para me mandar fotos, para me dizer que vai colar um desses na bunda do seu chefe, na bunda da sua professora ou na bunda do seu marido e para me pedir que eu cole um na cara do Somir e poste: sally@desfavor.com

Na comunidade desfavor do Orkut, ocorre neste exato momento uma votação sobre a publicação da coluna “Siago Tomir II” no último domingo. Somir considerou a postagem injusta, mas Sally discorda.

Para evitar problemas maiores com o blog, decidiu-se que o público escolheria quem está certo nessa disputa. E agora, cada um vai defender seu ponto-de-vista tentando vencer a votação.

A coluna Siago Tomir só continua se eu ganhar. E não estou dizendo isso como uma forma de ameaça ou demonstração de poder sobre a Sally. É apenas uma conclusão lógica, a qual eu vou explicar neste curto texto:

Vejam bem, eu não sou uma pessoa agradável. Eu tenho plena noção disso… Não sou muito dado a demonstrações de afeto e elogios. É pra lá de compreensível que as pessoas prefiram votar na Sally, por terem mais afinidade e por medo de decepcionar alguém que normalmente as trata muito bem. É muito mais fácil contrariar alguém que você sabe que não vai se importar com isso, certo?

Apesar de me considerar coberto de razão nesse caso, já que o meu atraso não foi intencional e por Sally também ter atrasado seu texto, entendo porque é tão difícil conseguir alguém que me apóie nessa reclamação de injustiça. Além dos motivos citados acima, sobre o receio dos leitores de deixar Sally chateada, ainda pesa contra mim algo mais prático: A coluna Siago Tomir foi um sucesso. Confesso que a minha distração habitual, que me leva a conclusões precipitadas com freqüência, é uma mina de humor não intencional.

Sally foi ética para iniciar essa coluna. Avisada sobre a minha dificuldade de terminar um texto (dentre 5 iniciados), ela me disse que criaria um incentivo para a minha pontualidade e explicou como funcionaria a coluna “tampão” nos dias em que eu atrasasse. Um tanto quanto contrariado, acabei aceitando. Era mais uma das Medidas Sócio-Educativas dela, com as quais eu me acostumei ao conviver com Sally.

Mas Sally perdeu a linha na segunda vez, retirando completamente a validade da “punição”. E foi sobre isso que reclamei, e foi esse o motivo da longa discussão na comunidade desfavor.

Bastaria admitir o erro e tudo isso não estaria acontecendo. Mas Sally e eu não nos identificamos tanto à toa, ambos somos irremediavelmente teimosos. E é essa teimosia que não a deixa perceber o problema óbvio em continuar uma punição que já se tornou injusta na segunda vez que se fez presente.

Se Sally vencer a votação, estará limitando a postagem aos meus atrasos. Atrasos que eu farei de tudo para evitar, primeiro para evitar que eu me sinta injustiçado novamente e perca o prazer de postar no desfavor, e depois para exercer meu direito de implicância com todos que gostavam da coluna Siago Tomir e ignoraram solenemente o FATO de que eu estava certo ao reclamar de ser punido por um atraso que na verdade foi da Sally.

Como apesar de tudo eu ainda gosto muito da Sally, eu não quero que ela ganhe a votação para não incentivar a noção de que quem tem mais carisma pode tudo. É para o bem dela.

Se você não quer mais Siago Tomir no desfavor ou não gosta da Sally, é só votar nela na enquete. Eu já fiz a minha parte e votei em mim.


Considerando o rumo que as votações estão tomando, acho que seria até desnecessário vir aqui fazer “campanha”. Mas enfim, Madame quer, então eu vou escrever umas poucas linhas sobre o ocorrido.

A idéia da enquete surgiu enquanto eu respondia algumas perguntas na nossa comunidade do Orkut. No entanto, a idéia original era perguntar às pessoas se elas queriam a continuidade ou não do quadro Siago Tomir. Mas, Madame, para tentar manipular e constranger quem vota, fez uma enquete com o título “Quem está certo?”, de modo a que quem responde tivesse que se indispor com um dos dois lados.

Madame contava que com isso todos votariam em uma das opções neutras, mas felizmente o leitor do Desfavor tem cérebro e entendeu a jogada. Estão votando em mim e justificando nos comentários coisas como “Eu quero que Siago Tomir continue”, que era a proposta inicial.

Sobre o caso, todo mundo está careca de saber: após diversos atrasos, muitas vezes mais de um por semana, prensei Madame na parede e disse que cada vez que ele atrasar eu vou preencher o espaço com algum improviso meu, porque acho uma falta de respeito com o público deixar um buraco no blog. Madame concordou.

No primeiro atraso, postei um Siago Tomir, que nada mais é que uma mistura de Processa Eu com DR Forever sobre ele. Madame não gostou. Disse que eu não esperei passar o prazo, porque a postagem dele poderia ser realizada até 23:59hs daquele dia. Novamente, na mesma semana, Madame atrasou uma postagem. Eu esperei até meia noite e postei mais um Siago Tomir. Foi aí que o caldo entornou.

Madame alega que não recebeu a minha parte da postagem por e-mail e que ficou sem internet (pudera, se estava mesmo sem internet, só por milagre receberia). EU mandei. Entendo que a regra é clara: não postou = Siago Tomir. Ele poderia ter deixado a parte dele no blog para que eu complemente com a minha, poderia ter me ligado para avisa “não recebi sua parte, Sally”, poderia ter me mandado a parte dele por e-mail de uma lan… enfim, existiam diversas possibilidades.

Acredito que “gente que faz”, quando surge um contratempo, se vira para cumprir prazos e metas. Já escrevi textos em lan quando fiquei sem computador (muito mais grave do que ficar sem internet). Com isso não quero obrigá-lo a ser igual a mim, apenas quero que ele saiba que tem que escolher entre cumprir prazo ou Siago Tomir. Ou então assumir que não gosta do Siago Tomir por si só e me pedir para não postar um desses nunca mais, nesse caso, não postarei. Mas ele insiste em dizer que não é o Siago Tomir em si que o incomoda, e sim a injustiça… Alguém aqui vê injustiça?


Para votar: http://www.orkut.com.br/Main#CommPollResults.aspx?cmm=76934329&pct=1240358147&pid=1737968940

Considerando o tipo de pessoa com a qual estou lidando, resolvi esperar até que termine oficialmente o sábado para fazer esta postagem, porque se bem conheço Madame, ele poderia alegar que postaria “mais tarde” e que minha punição foi injusta, coisa que fez na quarta-feira passada. Pois bem, o sábado acabou oficialmente. Já é domingo e nada de Madame postar a parte dele no Desfavor da Semana. O tema escolhido era uma notícia sobre uma mãe que gastou uma fortuna em cirurgias para ficar igual à filha, minha parte está pronta e já foi enviada a ele. Madame deve apresentar o Desfavor da Semana amanhão. Se não postar, eu vou escrever a parte dele de forma debochada e postar a minha. Agora, vamos à MSE.

Como prometido, conto aqui mais alguns detalhes de Siago Tomir nos bastidores.

EPISÓDIO DO GATO – Siago Tomir tem gatos em casa. Eu tenho predileção por um deles, que é meu queridinho, cuja foto que já estampou uma postagem nossa aqui no blog. Eu me acostumei a dormir com esse gato na cama, até porque, Siago Tomir mora em um lugar que faz um frio da porra (frio da porra para carioca = menos de 20º) e o gato me ajudava a esquentar a cama. Sim, Siago Tomir dificilmente deitava para dormir na mesma hora que eu, até porque Siago Tomir tem uma psicose: ele tem que ser o ÚLTIMO da casa a ir dormir. Como eu sou geração saúde, durmo cedo. Siago Tomir é geração insônia, dorme de madrugada, então, o gato me esquentava. Ocorre que, Tomir é radicalmente contra gatos na cama. Em uma ocasião ele descobriu o gato na cama e me encheu o saco, deu esporro e ainda jogou o gato para fora do quarto. Disse que nunca mais queria que eu fizesse isso. Não sou muito obediente, então, comecei a fazer escondido. Fui flagrada e ele resolveu tirar onda com a minha cara, disse que ele “sentia o cheiro” de gato na cama e que não havia a menor possibilidade de eu colocar o gato na cama e ele não saber. Ele foi rude no esporro e eu me senti injustiçada, então, achei que seria bacana sacaneá-lo para desbancar essa arrogância. No dia seguinte coloquei um bolo de roupas debaixo das cobertas, na altura do meu pé e fui dormir. Ele entrou no quarto todo Sherlock Holmes, se achando espertão, e começou a gritar comigo. Fiquei olhando. Ele me deu um esporro dez vezes pior do que no dia anterior e eu fique em silêncio. Ele repetiu “Eu farejo gato, você ainda não aprendeu isso?”. Quando ele levantou as cobertas para tirar o gato e confirmar o flagrante, viu uns casacos meus ficou com uma cara de bunda fenomenal. Ficou um longo silência. Eu disse “Já que levei o esporro sem culpa, agora tenho direito ao gato”, fui até a sala, peguei o gato e o esparramei no travesseiro de Tomir que acompanhava à cena mudo, com as feições distorcidas. Apenas disse “Na cama com o gato eu não durmo!” e eu peguei o gato no colo, segurei sua patinha e fiz voz de ventríloco, como se fosse o gato falando: “Tchau, Tomir, Tchaaaaaau!” enquando acenava com a patinha do gato dando adeus. Madame bateu a porta e dormiu na sala.

EPISÓDIO DO 300 – Decidimos ver o filme 300 de Esparta. Madame aceitou induzido porque leu que o filme era baseado em uma história em quadrinhos de Frank Miller. Logo no começo do filme o bom humor de Tomir se manifestou: “Os homens andavam pelados naquela época?”. Cada vez que aparecia um homem se sunga era uma bufada de Madame seguido a um sinal de desaprovação com a cabeça. No meio de uma cena de luta, Tomir diz “Que bosta esse filme! Um bando de homem brigando de sunga”. Me mantive muda. Tomir disse “Você está gostando?”. Continuei muda. Ele repetiu a pergunta um pouco mais alto. Eu apenas respondi “Shhh, deixa eu ver o filme, depois a gente conversa!”. O silêncio durou uns cinco minutos: “Sally, você sabe que essas barrigas são photoshop puro, não é?”. Ignorei. Dois minutos depois “Barriga assim não existe, isso é feito por computação!”. Continuei em silêncio. Mais uma: “Tudo artificial!”. Eu já estava de saco cheio daquilo, então o olhei e disse em voz baixa: “Playboy também é photoshop puro e todo mundo gosta, todo mundo lê. Me deixa ver os moços de sunga brigando”. Madame fechou a cara e resmungou que sunga era coisa de viado. Em uma cena com o Rodrigo Santoro, que eu acho bonito, ele riu e disse “Olha aí, bicha careca cheia de purpurina pelo corpo!”. Eu nem o olhava mais. Reclamou o filme todo, fez comentários maldosos e quando acabou, ainda soltou a seguinte pérola: “Você não parava de olhar”. Ora, como eu vou ver um filme sem olhar para a tela? Alguém sabe me explicar? Eu respondi isso e ele disse que “ainda por cima debocha!” (não era deboche, é uma pergunta sincera! como? como ver um filme sem ficar olhando para a tela?) Terminado o show, fez questão de procurar as piores fotos possíveis de cada ator do filme no Google Imagens, para mostrar como eram barrigudos ou magrelos na vida real. Olhei com cara de desdém e disse “Não estou nem aí,”. Ao final, Madame disse, com indiretas, que eu era fútil, vazia e levava um tipo de vida que ele reprovava. Fui dormir chateada. No meio da madrugada acordei e vi que ele ainda não tinha vindo para a cama, então decidi ir até a sala conversar com ele. Quando abro a porta do quarto, vejo Tomir fazendo abdominais no chão da sala. Fiquei olhando com cara de deboche e ele disse, em tom agressivo “Que é? Que foi? Estou me exercitando! Normal, nada de mais! Normal! Normal!”.

EPISÓDIO DA BOLA DE CRISTAL – Transcrevo diálogo do MSN: incia com um diálogo normal, afetuoso e carinhoso, que, com o passar do tempo, se torna tenso sem motivo aparente.

obs: Somir, eu sei que você considera diálogo no MSN falta grave, mas, Meu Querido, foram dois furos na mesma semana. Isso tem um preço.

(…)
Tomir: Perdi a chave do carro…
Sally: Onde foi a última vez que você a viu?
Tomir: Se eu lembrasse, não teria perdido, certo?
Sally: Não está no bolso de uma calça sua?
Tomir: Não estou pedindo a sua ajuda, estou dizendo que perdi a chave do carro
Sally: Ok, desculpe, estava tentando ajudar
Tomir: Não preciso de ajuda
Sally: Ok, não falo mais nada sobre a chave do carro se isso te deixa nervoso
Tomir: A questão não é a chave do carro
Sally: Qual é a questão?
Tomir: É você achar que eu preciso de ajuda
Sally: Não acho que você “precise de ajuda”, eu queria ajudar, mesmo sem você precisar
Tomir: Eu não preciso de ajuda
Sally: Você leu a última frase que eu escrevi? eu sei que não precisa…
Tomir: Se sabe que eu não preciso, porque faz essas coisas?
Sally: Porque quero te ajudar, independente de ser por necessidade!
Tomir: Eu não preciso de ajuda!
Sally: O que está acontecendo com você, Siago?
Tomir: Nada
Sally: Porque você está ficando assim agressivo comigo?
Tomir: Nada, estou normal
Sally: Ok, então deve ter sido impressão minha
Tomir: Vai dizer que você nunca perdeu a chave do carro?
Sally: Não estou dizendo nada… só sugeri que…
Tomir: PERDEU OU NÃO PERDEU A CHAVE DO CARRO?
Sally: Não, Siago, eu nunca perdi as chaves do carro
Tomir: Parabéns, Miss Organização! Quer uma medalha?
Sally: Mas você perguntou! Eu só respondi!
Tomir: Tá bom Sally…
Sally: Siago…
Tomir: ?
Sally: Posso te fazer uma pergunta?
Tomir: mmmmm
Sally: Quando foi a última vez que você comeu?
Tomir: No café da manhã
Sally: São quase dez horas da noite!
Tomir: Esqueci de comer
Sally: Então vai comer, porque esse seu mau humor é fome
Tomir: Fome me deixa de mau humor?
Sally: Deixa, Siago
Tomir: Você acha que eu estou de mau humor?
Sally: Acho, Siago
Tomir: Você está enganada, meu humor está ótimo
Sally: Ok, mesmo assim, vai comer porque faz mal ficar tanto tempo sem comer
Tomir: Mais tarde
Sally: Por favor, você pode ir comer AGORA? Por mim?
Tomir: Ok

Retomada a conversa Madame estava de pança cheia e de ótimo humor. Madame é que nem criança, não sabe identificar que sente fome, apenas começa a sentir um tremendo mau humor.

Para me pedir que esta MSE vire um quadro fixo no blog, para me dizer que seu namorado também faz essas babaquices e para aprender como colocar um gato na cama TODA SANTA NOITE depois que seu namorado dorme sem ele descobrir: sally@desfavor.com

Bom dia meus colegas de desfavor.

Vim aqui dar uma satisfação a vocês, já que o texto de hoje, que caberia ao Somir, não foi postado por um motivo muito sério (Somir é um imbecil irresponsável incapaz de cumprir um prazo). Então, como Medida Sócio-Educativa (vulgo MSE), vim aqui eu mesma escrever um texto de improviso. Não sei bem sobre o que escrever… deixa eu ver… deixa eu ver… Já sei! Vou escrever sobre um ex-meu que vocês não conhecem. Ele se chama Siago Tomir!

Siago Tomir é um imbecilóide que não cumpre prazos, um desorganizado que acha que carisma e genialidade compensam qualquer deslize de ordem prática. Vou contar alguns episódios sobre Siago Tomir que vocês não conhecem (quem quer ter sua intimidade preservada posta textos no prazo certo)

EPISÓDIO DO AFTER EIGHT – Estava eu na casa de Siago Tomir, tentando dormir, enquanto Madame saracoteava de um lado para o outro pela madrugada. Porque Madame é assim, não dorme, só quando dorme quando está chumbado de sono e não agüenta mais ficar de pé. Eu, como fraca mortal que sou, tento dormir minhas oito horas por dia. Estava eu dormindo acompanhada do simpático gato de Tomir (ele também tem uma gata, mas como ela é horrenda, eu colocava ela para fora do quarto, só dormia com o gato bonito) quando ouço um barulho alto vindo da sala e ruído de coisas caindo. Continuei dormindo. No dia seguinte, Madame está de cara amarrada. Ele é daquele tipo de Zé Ruela que quando você pergunta o que aconteceu responde “Nada”, sabe o tipo? Aquele demente que quer que você fique “O que foi? O que foi?” para no final das contas fazer cara de vítima e dizer que você sufoca ele. Perguntei uma vez e ele disse que não era nada, então eu respondi “Então ta, se fode aí”. Passou um dia inteiro calado e me dando patadas. No final do dia, quando disse que estava fazendo minhas malas e voltando para minha casa (tem gente que só funciona na porrada) ele meteu a mão na minha bolsa e pegou um chocolate chamado “After eight” (tinha um monte espalhado pela bolsa) e praticamente esfregou no meu nariz. Fiquei olhando e disse “Que foi? Quer?”. Ele ficou vermelho, as veias começaram a saltar. Eu perguntei se ele tinha comido bosta. Ele ficou mais vermelho ainda. Eu disse “Já que você não quer, me dá aqui”, tomei da mão dele, abri e comi. Madame ficou paralisado. Depois de uns cinco minutos imóvel, começou a rir e disse “É chocolate???”, ao que eu respondi “Não, é bosta”. Três meses depois (delay mental, conhecem?) Madame me conta que derrubou minha bolsa na noite anterior e quando caíram os “after eight” achou que eram camisinhas e ficou todo putinho por nada. Gente que não se comunica é uma merda.

EPISÓDIO DO FRED – Estava eu na casa de Siago Tomir, conversando com uma amiga ao telefone, enquanto este se encontrava em estado de idiotia em frente a seu PlayStation (TV no último volume, porque Madame quando joga vídeo-game fica surdo). Estávamos falando sobre o cachorro de uma amiga nossa, chamado Fred, que era muito mal educado. Este cão tinha uma predileção por “beijar” a boca das pessoas. Você estava lá sentada no sofá de bobeira e LICK!, vinha Fred e te tascava um beijo na boca. Minha amiga estava reclamando disso no telefone, que achava um nojo e etc. Eu estava respondendo. Deu-se o seguinte diálogo, aos ouvidos da Madame GTA San Adreas:

Sally: Pois é, ele faz isso comigo também, do nada vem e dá um beijo na boca, o Fred faz isso com todo mundo…

Sally: Olha, eu acho meio chato, mas não me incomoda tanto quanto está incomodando a você… deixa beijar, ué!

Sally: Eu não consigo, ele é tão fofinho que eu não consigo brigar com ele!
Sally: É, de onde você menos espera vem aquela lingüinha… hahaha

Não pude ver, mas tenho certeza que neste momento saía fumaça das orelhas de Siago Tomir, que continuou jogando como se nada. Não esboça uma reação, o psicopata filho da puta. Desliguei o telefone sem perceber que poderia causar um mal entendido. Como já havia mencionado que tinha uma amiga cujo cão se chamava Fred, achei que ele lembraria. Mas não, a memória dele está toda ocupada pelos códigos dos combos do Street Fighter. Madame fechou a cara e assim permaneceu por mais de 48hs. Quando finalmente eu comecei a dar faniquito gritando “Que merda você tem? Eu não tenho bola de cristal!”, Madame me acusou de ser incorreta por “Ficar beijando seus amigos na boca” e começou a fazer um longo discurso esculhambativos, ofendendo não só a mim como aos cariocas em geral, dizendo que Rio de Janeiro é mesmo “uma putaria” e similares. Tive que abrir meu orkut e mostrar o perfil da minha amiga cheio de fotos dela com Fred, onde graças a Deus, ela citava o nome do cão no seu álbum de fotos. Madame se desculpou? Nãããããããão!!! “Porra, Sally, como é que eu ia saber?”. Gente que não se comunica é uma merda II.

COMO CONHECI MINHA CUNHADA – Certa vez, estava eu passando uma semana na casa de Madame, quando ele fez uma coisa que eu entendi ser muito incorreta comigo. Fiquei chateada. Eu sou uma pessoa sui generis, não fico reclamando quando fico chateada, mas faço pequenos atos de protesto silencioso. Esperei Madame sair para trabalhar, peguei um bloco de Post it e comecei a fazer meus famosos desenhos. Fiz um desenho escrito “Tomara que seu cu pegue fogo e apaguem com um tamanco” onde a ilustração era um boneco palito com o cu efetivamente pegando fogo, gritando, e um outro boneco palito sorrindo e dando uma tamancada no cu em chamas. Esse eu colei no espelho do banheiro. Fiz outro onda se lia “Você não tem mãe, nasceu de uma chocadeira” onde se via um ovo quebrado saindo de dentro um boneco palito com uma camisa do Corinthians, simbolizando Siago Tomir. Esse eu coloquei na garrafa de água da geladeira. Como esse, fiz vários, uns sete ou oito, acredito. E fui dar uma volta para relaxar. Fiz um lanche, vi vitrines e quando voltei, estava Siago Tomir sentado na mesa, lanchando com sua irmã, minha Cunhadinha. Tomir me fuzilou com o olhar e me apresentou à Somira: “Essa é a Sally, a autora dos bilhetes”. Sim, vários bilhetes foram encontrados pela Somira, em vez de serem encontrados por ele, inclusive um fazendo menção à mãe dele(s). Eu não sabia que ela iria lá, ok? Ele deveria ter me avisado… Ficou putinho comigo por dias, dizendo que “Não é normal fazer essas coisas, você é maluca”. Gente que não se comunica é uma merda III.
E da próxima vez que você atrasar uma postagem, Somir, vou contar mais três episódios.

Para me chamar de maluca, para pedir que eu tire foto dos desenhos nos post it e coloque no meu álbum do orkut e para xingar o Somir por ser um desorganizado, irresponsável, imbecilóide: sally@desfavor.com

O desfavor é um blog diferente. Não exatamente pelo conteúdo, já que falamos de assuntos do cotidiano na maior parte do tempo. O desfavor é diferente porque não liga muito para o número de leitores e muito menos temos alguma pretensão de ficar famosos por causa disso aqui.

Comecei a medir os acessos há um mês (28 dias, já que foi Fevereiro) e já batemos a marca de 10.000. Claro que não são acessos únicos, mas mesmo assim, é uma marca que me deixa animado. Tem muita gente lendo esse desfavor, muito mais do que eu imaginava.

E isso sem fazer quase nenhuma propaganda. Coisa que NÃO vamos fazer no futuro, pode anotar aí. Nunca vamos fazer essa coisa de ficar trocando banners, links e tráfego. Estamos preparando algumas promoções, mas elas SEMPRE, SEMPRE E SEMPRE vão ser focadas para conseguir conteúdo de qualidade (duvidosa) para o blog e em sua imensa maioria vão dar “troféus joinha” para os vencedores.

Quer aparecer aqui nos desfavoritos? Mande um e-mail pedindo isso. Não precisa oferecer absolutamente nada em troca. Temos 10 vagas para links, sempre vão ser 10 vagas e a única coisa que pode mantê-los ali depois de estourar o limite é o mérito dos próprios.

Quer colocar o nosso link no seu blog? Divirta-se! Mas isso não significa que vamos devolver a gentileza. Quer comentar nossas postagens? Ficamos lisonjeados. Mas não significa que vamos comentar de volta. Quer colocar um banner do desfavor no seu blog? Mande um e-mail e eu faço um para você! Não quer nada disso? Quer apenas ler mais um blog e pronto? Ótimo, nós escrevemos por puro prazer, tomara que você se divirta aqui.

Além disso, sinta-se totalmente à vontade de mandar textos para o Desfavor Convidado. Nunca prometemos que VAMOS publicar o texto, prometemos que não temos frescura com o conteúdo e que gostamos de ter essa visão externa sobre os desfavores da vida toda semana.

Cagamos e andamos para ter um blog de sucesso, mas nos divertimos muito com a resposta do público, mesmo que seja formado de meia dúzia de gatos pingados.

Não estamos jogando o joguinho de troca de links, memes e comentários. Nada pessoal. Questão ideológica, camaradas desfavoristas.

Somir