Desfavor Explica: Bozo

O personagem foi criado nos EUA, por um elemento chamado Alan Livingston, em 1946. Inicialmente foi criado para narrar um disco de histórias infantis, tendo sido interpretado pela primeira vez por Vance DeBar Colvig, que além de emprestar sua voz para Bozo também dublava o personagem “Pateta” da Disney. Em 1949 Bozo foi para a televisão. O primeiro Bozo foi um fulano chamado Larry Harmon, que aproveitou e comprou os direitos do personagem, transformando-o em uma franquia. Era o capitalismo brotando na diversão infantil.

Bozo foi um sucesso nos EUA e fora dos EUA. Originou todo tipo de imitação e paródia, como por exemplo o palhaço Krusty do desenho “Os Simpsons”, aquele que quando desligam as câmeras fala mal das crianças e fuma. O layout assustador do Bozo (só perde para o Fofão) foi idealizado, acredite se quiser, por figurinistas de Hollywood. Alem do aspecto bizarro e assustador, era possível ver o pênis do Bozo através do tecido da sua calça. Eu não sei onde essas pessoas estavam com a cabeça.

Mais de 200 atores diferentes já interpretaram o Bozo original dos EUA, alguns com histórias bem curiosas, como por exemplo Willard Scott, que fazia o papel de Bozo em uma época em que o programa tinha patrocínio do Mc Donalds. Ao ver o sucesso do Bozo, o Mc Donalds não pensou duas vezes e decidiu que deveria ter um palhaço próprio. Não bastasse incentivar as crianças a um Mc Câncer feliz, Scott ainda recebeu uma proposta melhor do Mc Donalds e largou o Bozo para virar Ronald Mc Donalds. Vejam vocês que até no mundo dos palhaços neguinho é vendido e corrompido. Se você reparar bem, o Ronald Mc Donalds é meio que um cosplay de Bozo.

O que já era meio cagado nos EUA, ficou duplamente cagado quando chegou ao Brasil. Bozo começou a ser produzido no Brasil em 1980, na Record e só um ano depois passaria para o SBT. O dono da franquia, Larry Harmon, escolheu um comediante chamado Wandeco Pipoca para interpretar o primeiro Bozo. Infelizmente Wandeco era um boca suja do caralho sem e menor paciência com crianças e depois de mandar várias à merda e soltar muitos palavrões foi afastado. Ao longo dos anos mais de dez atores diferentes interpretaram o Bozo. O mais famoso foi Luiz Ricardo, mais conhecido pelos comerciais de “Papa-tudo” e “Tele-Sena” no SBT que faria após o fim do programa.

Não era fácil ser Bozo. Aparentemente as crianças ficavam tão deslumbradas e incrédulas na sua presença que precisavam constatar se ele era real. A forma como faziam isso? Dando chutes na canela do Bozo. Criança é isso aí, use camisinha. Vários atores que interpretaram o Bozo contam que suas canelas viviam permanentemente roxas. Era uma época muito feliz onde ainda se podia falar e fazer coisas politicamente incorretas. Não raro um Bozo revidava com um discreto beliscão em uma criança. Como diria Skylab, quanta saudade “dos velhos tempos de mulheres e homens sãos”. Eu lembro inclusive que havia uma comunidade no Orkut chamada “Bozo me beliscou” (ou algo do tipo) onde todas as crianças que haviam sido agredidas pelo Bozo davam o seu relato. O curioso é que todos pareciam muito orgulhosos e satisfeitos de terem sido agredidos pelo Bozo. Ahhh… os anos 80…

Seleção natural.

Eram tempos rudes, onde se podia revidar quando uma criança mal educada te batia e onde o Bozo podia se valer de uma psicologia do inferno e dizer coisas como “se você responder à mamãe, se não ajudar o papai, se brigar com os amiguinhos, o Bozo vai ficar seu inimigo!”. SEU INIMIGO. Depois não entendem porque toda uma geração cresceu sicagando de medo de palhaços. Era uma coisa meio “Deus vai te castigar”: Bozo te ama se você fizer o que ele quer, mas se não fizer, Bozo se volta contra você. Porque amor incondicional, perdão, compaixão e tolerância são conceitos dos anos 90. Nos anos 80 só os fortes sobreviviam.

As letras das músicas do Bozo também eram bastante questionáveis. Desde uma simples apologia à sujeira como “Chuveiro, chuveiro, não faça assim comigo, chuveiro, chuveiro, não molhe o seu amigo” evocada por centenas de crianças que sentiram validado seu desejo de não tomar banho, até coisas mais suspeitas, como um pedido para que as crianças cheirem seu “cangote” com direito a um “ai que delícia!”. Soa estranho, mas as crianças efetivamente cheiravam o cangote do Bozo. Hoje se um adulto sugere a uma criança desconhecida que cheire seu cangote existem grandes chances dele responder a um processo criminal.

Justamente por ser do tempo em que se amarrava cachorro com lingüiça, vários acidentes engraçados ocorreram. Um dos Bozos costumava dormir no intervalo do programa, que era ao vivo: enquanto passavam os desenhos ele tirava a peruca, colocava o nariz de palhaço na testa e dormia. A produção o acordava um pouco antes de voltar ao ar. Porém devido a alguns atritos, a produção começou a trollar e dar avisos falsos que o programa voltaria ao ar apenas para acordá-lo. Bozo começou a ficar puto com isso. Certa vez, após um aviso, Bozo levantou puto da vida, com o nariz ainda na testa e começou a berrar e mandar todos para a puta que pariu, só que desta vez não era trollagem, o programa realmente tinha voltado ao ar.

Invariavelmente todo Bozo já foi xingado. Era um programa ao vivo e eram tempos de liberdade de expressão. Fatalmente crianças ligavam e o mandavam tomar no cu ou para a puta que pariu e era muito engraçado ver a cara de bunda dos Bozos tentando levar a coisa com jogo de cintura. Alguns conseguiam. Por exemplo, certa vez uma criança gritou “Ei! Bozo! Vai tomar no cu!” e Bozo imediatamente repondeu “O que? Você quer suco de caju?” e cortaram a ligação. Porém, todos nós temos dias ruins… certa vez uma criança mandou este mesmo Bozo tomar no cu, mas como ele estava de ovo virado respondeu debochando “Prefiro tomar em um copo, que é mais limpinho”. Foi severamente advertido pelo Silvio Santos.

Em outra ocasião, um rapaz ficou emputecido por seu cavalinho ter perdido a corrida e pelo Bozo ter torcido para outro cavalinho (o “malhadinho”) e soltou esta: “Palhaço filho-da-puta! Depois de meia hora tentando ligar para aí… Vai tomar no cu! Enfia esse prêmio no cu!”. Cortaram a ligação e Bozo ficou alguns segundos em silêncio olhando com cara de cachorro cagando na chuva.

Além dos xingamentos, outros acidentes bacanas aconteciam. O programa durava o dia inteiro e era ao vivo, a probabilidade de mais cedo ou mais tarde dar merda era enorme. Uma vez Bozo foi chamar um rapazinho que estava na arquibancada para uma brincadeira estendendo-lhe a mão. O menino pegou na mão do Bozo, mas ficou tão deslumbrado olhando que esqueceu de descer. Bozo achou que o menino estava descendo os degraus (a arquibancada era consideravelmente alta) e deu um puxão para ajudar. Conclusão: a criança rolou arquibancada abaixo e bateu com a cabeça. As câmeras desviaram rapidamente, mas você podia ver a câmera sacudindo por causa do cameraman sicagando de rir.

Na vida real os diversos Bozos não costumavam ser modelo para ninguém: sexo, drogas e bebidas corriam soltos. Essas coisas não eram contadas às crianças naquela época e não havia internet que tornasse possível descobrir. Sim, os anos 80 foram negros, informação boca a boca era o que havia de mais moderno. Um dos Bozos foi viciado em sexo e assediava tudo quanto era mulher que trabalhava com ele, fazendo uma espécie de teste do sofá de palhaço. Só trabalhava com ele quem ele comia. E dizem que ele comia nos intervalos do programa, ainda vestido de palhaço. Mas não foi apenas ele…

Vários intérpretes do Bozo aderiam ao Rafael Pilha Way of Life. O mais conhecido devido ao grau de merdança foi Arlindo Barreto, que promovia orgias, bebia até cair e como se isto fosse pouco, acabou viciado em cocaína, remédios para dormir, remédios para emagrecer e nas horas vagas fumava maconha. Era um perigo ambulante. Apresentava o programa muito doido. É possível ver seu excesso de energia nos programas, algo fora da normalidade. Parecia que tinham enfiado uma duracell no cu do Bozo. Sim, é triste mas Bozo estava cheirado até a alma e tinha tiques estranhos. Também… apresentar um programa que durava das 8 às 18h só drogado mesmo.

E quando a gente acha que uma pessoa chegou ao fundo do poço, percebe que ela ainda pode descer mais um degrau. Este mesmo Bozo estava em casa cheirando até o cu bater palminha quando sofreu um acidente tomando banho. Supostamente teria escorregado, caído e quebrado o vidro do box. Sangrou feito um porco e acabou ficando em coma. Adivinha o que aconteceu? Um pastor passou pelo seu quarto nesse momento de fragilidade e Bozo encontrou Jesus. Largou a TV e passou a se dedicar aos crentes, trabalhando em um circo religioso chamado “Tenda das Esperanças”. Hoje é pastor evangélico. Para quem tiver paciência e quiser rir um pouco, perca seu tempo vendo este vídeo grotesco.

Ser desajustado social não era exclusividade do Bozo. Seus colegas de cena também não eram propriamente exemplo de boa conduta. Pedro de Lara, por exemplo, que interpretava Salci Fufu, vira e mexe desaparecia. Diziam as más línguas que havia sido preso. Ele tinha uma filmografia que não parece muito compatível com o trabalho de apresentador infantil. Filmes como “Emoções sexuais de um cavalo”, “ A máfia sexual” , “Bonitas e gostosas”, “As taradas atacam” e “As 1001 posições do amor” me fariam ter medo de confiar uma criança a seus cuidados. Mas era um tempo onde pessoas que faziam pornô com crianças podiam apresentar programa infantil. Os pais não pareciam se preocupar com isso.

Ninguém que passou pelo programa do Bozo parece estar bem de vida. O menos pior é o baixista da banda, Bira, que foi trabalhar com o Jô Soares, apesar de que eu considero trabalhar com o Jô Soares uma merda. Papai Papudo (Giba), por exemplo, acabou indo fazer pegadinhas em um programa do Silvio Santos. Garoto Juca virou baterista da dupla Milionário e José Rico. Um dos Bozos, Marcos Pagé, foi ao programa “A tarde é sua” relatar o quanto está quebrado, sem dinheiro e devendo aluguel. Tudo bem que não é tão indigno como ser pastor evangélico, mas vai, é uma merda. Toque de Merdas total, parece que quem passou pelo programa foi contaminado.

O programa do Bozo acabou em 2 de março de 1991. O motivo? O então Bozo, Décio Roberto, estava com AIDS e não se aguentava em pé para gravar os programas. Morreu poucos meses depois. Claro que na época não se comentou muito o assunto, afinal, naqueles tempos AIDS era tida como exclusividade de homossexuais e não pegava bem que presumissem que o Bozo andou dando ré no quibe. É o “Efeito Zacarias”. Salvo engano, a versão oficial foi a de que ele morreu por causa de um “tumor no cérebro”. Francamente, se a intenção era poupar as crianças, poderiam ter inventado algo menos assustador.

No seu lugar ficou aquela coisa medonha conhecida como “Vovó Mafalda”, porque na cabecinha do Silvio Santos, era bacana colocar um marmanjo de saia tentando falar fino para lidar com crianças. Eu fiquei traumatizada quando descobri que Vovó Mafalda era um homem e acredito que muitos também se chocaram. Por falar, nela, o ator que a interpretava, Valentino Guzzo, fumava feito uma chaminé e teve um ataque cardíaco fulminante que o matou creditado ao cigarro. Só gente saudável e regrada no programa do Bozo.

Bozo tem seus méritos. Vinte anos fora do ar e ainda é lembrado, uma espécie de Chaves. Provavelmente porque, assim como Chaves, era politicamente incorreto e autêntico. Não era essas porcarias pasteurizadas, lucianohuckizadas e coreografadas que passam hoje na TV. Tudo podia acontecer no Bozo: xingamentos, acidentes e até mesmo ver o Bozo perdendo a paciência. Bozo, apesar de ser um personagem caricato, era mais humano do que essas merdas de apresentadores robôs de hoje. Bozo batia, Bozo xingava. É isso que cativa, a verdade. A verdade incomoda mas a verdade também comove. Vivemos em um mundo tão falso, tão plastificado, tão politicamente correto que nos faz sentir falta da tosquidão dos anos 80, “dos velhos tempos de mulheres e homens sãos”. Anota aí: quem conseguir romper com isso e fizer um programa autêntico, cheio de erros, cheio de cagadas, vai explodir em audiência. Torçam para que a gente ganhe na loteria, assim criamos o Desfavor na TV.

Para dizer que quer a volta do programa do Bozo com o Pilha no papel principal, para dizer que quer Somir e eu na bancada do Jornal Nacional apresentando e comentando as notícias ou ainda para dizer que isso está mais para um Processa Eu, porque eu detonei um mito: sally@desfavor.com

Se você encontrou algum erro na postagem, selecione o pedaço e digite Ctrl+Enter para nos avisar.

Comments (118)

  • Cleimar da Silva

    O Papa-Tudo tinha como garoto propaganda o César Filho e não o Luiz Ricardo, que nos anos de fama, ficou relacionado era com o SBT mesmo, sendo constante na propaganda da Tele Sena e do infame carnê do baú.

  • Quando ele, já internado no hospital fudido do câncer gravou aquele vídeo apoiando o Bolsonaro e dizendo que o Jair tinha que se orgulhar de ser chamado de Bozo, a piada ficou muito mais engraçada. Palhaço pédofilo, cheirador de pó que só falava palavrão, e ainda acha que é de bom tom um Presidente da República ser comparado com essa porra. No vídeo ele cita os prêmios que o palhaço ganhou, eu se fosse do sindicato dos palhaços lançava uma nota de repúdio pra cada prêmio desses.

  • Bom dia

    Gostaria de saber se alguém aqui já assistiu o filme (lançado em 2015) do Vladimir Brichta interpretando o palhaço BOZO, com Leandra Leal, Pedro Bial, entre vários outros atores por aí …

    Eu nasci já no ano de 1985, assim só peguei mesmo a parte final do programa dele em 1991, mas adorei o filme, agora sabe-se que por trás da vida dele como palhaço de TV, tinha um contexto bem carregado de problemas com o filho / álcool / drogas / vícios sexuais / etc.

    De qualquer forma, aqui nos comentários, só consegui encontrar um linkzinho comentando a produção, mas parece que ninguém neste website além de mim assistiu a essa película.

    Espero que a longo prazo essa situação mude, porque apresentadores como o Bozó infelizmente nunca poderão existir …

    Tchau e grato pelo retorno !!!!!! Ótimo blog

  • Bozo é uma entidade maligna do plano inferior, nascida do inferno com o único propósito maléfico de assustar os petizes.

  • Nasci em 1975 e por isso fui menino dos 80, brinquei na rua, tomava chuva, e jogava bola no barro (não é bairro, é barro mesmo)

    Estava com a TV ligada no BOZO quando o moleque mandou ele tomar no CAJU….foi o alge das minhas memoráveis horas assistindo esse programa, me lembro de ter ido correndo no vizinho avisar os amigos (não precisa bater na porta para isso, era só gritar “to entrando”).

    Posso afirmar que a década de 80 só foi a “década perdida” para quem não viveu nela….

    • Década de mulheres e homens são, onde não havia frescura, ostentação. Mundo real, sem maquiagem nem fingimento, sem gourmetização. Tudo era mais feio e tosco, mas ao menos era real!

  • retirado do fórun adrenaline:
    Leia a seguir a reprodução integral da entrevista publicada na revista Putz! de Janeiro/Fevereiro de 1999, com Luis Ricardo e Arlindo Barreto, dois homens que tiveram a honra de se vestir com o traje do Bozo! Luis Ricardo e Arlindo Barreto falam como era a vida vestido com os trajes sagrados do nosso querido Bozo.

    “Bozo, Bozo… Vai tomar no cu!!!, O quê? Sua casa está cheia de urubu?”

    ——————————————————————————–
    Luis Ricardo, o Bozo Papa-Tudo
    Quantos Bozos realmente existiram? Todo mundo fica sem resposta pra essa pergunta. Pelo o que a gente conseguiu apurar, entre dublês e Bozos oficiais, existiu uma pá. Mas existem os Bozos e “o” Bozo. O grande titular, e dono absoluto da posição, sempre foi o Luis Ricardo. Ele mesmo, aquele do Pap-Tudo. Este é o cara que pegou o programa completamente falido e conseguiu mantê-lo no ar po 10 anos direto, sem sair de cima.
    ——————————————————————————–

    Putz – Você ficava irado com qualquer modificação que os dublês faziam no personagem?
    LR – Irado? Pô, o Bozo é um filho pra mim! Tinha muito show de Bozo falso e eu denunciava na delegacia. Tinha um ciúme louco do personagem.
    Putz – Alguém no programa batia na molecada?
    LR – Nunca, nunca… Nunca vi e nem fiquei sabendo de nenhum tipo de mau-trato.

    Putz – Mas a molecada abusava, né?
    LR – Se abusava? Minha canela era permanentemente roxa! A criançada ia ao programa e queria saber se o Bozo era de verdade… E era só chute na canela!

    Putz – Quando você assumiu o papel de Bozo, o que mudou no programa?
    LR – Antes de eu entrar, a estrutura do programa era enorme!!! Aí o Silvio Santos mandou todo o elenco embora e me colocou num estúdio com duas câmeras e o telefone, que era o 236-0873. O programa era o BOZO-MEMÓRIA e foi um estouro! A central da Telesp não aguentou tanta ligação e ficou congestionada. Era a primeira vez que isso acontecia com uma emissora de televisão… O Silvio teve que pagar uma multa enorme pra Telesp.

    Putz – O Silvio Santos metia muito o bedelho no programa?
    LR – Total, total. Mas era aquele negócio de ligar no camarim pra saber porque eu estava rouco… Ele tem a fase menina dos olhos, de tomar conta do programa… depois libera.

    Putz – E o que rolava de engraçado no ar?
    LR – Acontecia coisas do tipo “Alô, alô.. Bozo? Vai pra **** que o pariu!”. Aí eu tinha que pensar rápido e respondia: “Alô, como? A ponte perto da sua casa caiu?”. E desligava… Ou: “Bozo, Bozo… Vai tomar no cú!”. E eu: “O quê? Sua casa está cheia de urubu?”.

    Putz – E a Bozolina?
    LR – Quem fazia a Bozolina era eu! Era a minha voz! Na verdade, a Bozolina era o sonoplasta, que entrava com a minha voz toda vez que eu contava uma piada… Depois veio a Bozolinda e quem fazia era a flor, mas não funcionou…

    Putz – E as marcas registradas do Bozo, era você quem criava também?
    LR – Muita coisa era minha. A frase “Ah, que peninha!!!” é minha…

    Putz – “Bitoca no meu nariz” também é sua?
    LR – Não, essa não é minha… Essa foi do Arlindo (Barreto)… A Dança do Gansinho era minha, a DAnça da Perninha era minha, a coreografia do Chuveiro era minha…

    Putz – Tem mais alguma história interessante do programa?
    LR – Na época em que o programa era ao vivo então… Tinha um personagem, sem citar nomes, que fazia um quadro meio teatral, era um monólogo. Eu fiquei assistindo o monólogo e no meio do programa, ao vivo, a dentadura dele sai voando da boca e fica quicando no chão do estúdio. Deu um acesso de riso em todo mundo, acabou o quadro e foi pro comercial…

    Putz – Tem mais
    LR – Tem, claro… eu dormia nos intervalos do programa, durante os desenhos. Eu morava no cierco ainda, então acordava super cedo pra chegar no estúdio… Eu não aguentava… E pra dormir eu tirava a peruca e colocava o nariz na testa. Quando tocava a campainha avisando a hora que o programa voltava ao ar, eu colocava tudo de volta e ia pro meu lugar. Só que o pessoal começou a me sacanear! Tocavam a campainha antes da hora e, uma vez, mandei todo mundo à *****, mas dessa vez era de verdade! A vinheta rodando e eu mandando todo mundo à *****. Quando percebi que daquela vez não era sacanagem fiquei apavora e esqueci de pôr o nariz de volta. Quer dizer, o programa voltando ao ar, eu sonado, de mau humor, mandando todo mundo à *****… Já viu, né? E ainda com o nariz de palhaço na testa… aquilo foi uma zona!

    Putz – Se te convidasse pra fazer o Bozo novamente, você aceitaria?
    LR – Não faria. Quando eu estava saindo do SBT me fizeram esta proposta. O Bozo foi uma fase muito boa da minha vida, mas aceitar uma proposta dessas, seria como voltar no tempo. Eu aceitaria dirigir o programa, mas fazer o personagem novamente não dá…

    Arlindo Barreto, o Bozo Pastor
    Você assistia o Bozo na maior inocência, mas nem imaginava que o bom palhaço podia estar completamente chapado? Alucinado de tudo? O outro Bozo, que segurou a barra do programa por aproximadamente 10 anos junto com o Luis Ricardo, também tinha os seus piripaques de rock star e curtia animar a criançada com a cabeça fritando. Arlindo Barreto agora está regenerado e afirma ter encontrado o caminho na luz de Jesus. Sobriedade ou será que desta vez ele embarcou numa bad trip sem volta? Acompanhe aí a entrevista do Bozo que, além das bitocas, curtia outras coisas em seu nariz…
    ——————————————————————————–

    Putz – Quando você começou a se envolver com as drogas?
    AB – Infelizmente, as máscaras não duram muito tempo. Elas inevitavelmente caem. De repente, eu não tinha mais nenhum desafio, era um grande sucesso, tinha dinheiro no bolso, era superpremiado… as coisas começaram a se tornar repetitivas. Aí eu caí dentro de um vazio existencial enorme!!! Inicialmente, eu tentei preencher isso com sexo. Tinha em minha cama todas as mulheres que eu queria. Depois veio o álcool, que dava uma certa alegria, mas os efeitos colaterais eram devastadores. Depois eu conhecia cocaína, que me dava uma falsa sensação de alegria, mais eu me satisfazia mesmo assim. Quando descobri que essa alegria não era verdadeira, já era tarde, estava dependente.
    Putz – E o que você fazia pra ninguém descobrir que você era viciado?
    AB – Como sou ator, eu consegui enganar todo mundo. Todos ficavam surpresos com a minha euforia, meu pique, mas ninguém desconfiava. Eu tinha um superpique, ninguém me acompanhava. Mas quando acabava o programa, eu estava completamente esgotado por dentro. Estava alegre com a máscara, mas quando tirava, pra onde ia o sorriso?

    Putz – Como começou sua carreira?
    AB – Eu fui educado, desde pequeno, no meio televisivo. Minha mãe era atriz (Márcia de Windsor), e cheguei a atuar em novelas da Globo, da Bandeirantes, filmes, teatro e comecei a ver na área de humor um grande desafio. Entrei na TVS, que na época era uma emissora pequena, pra trabalhar em comédia. O primeiro Bozo, que era o Wandeco Pipoca, não tinha muito jeito com crianças, falava muito palavrão e teve que sair por causa desses problemas. Então, entrou o Luis Ricardo, em seguida eu e depois o terceiro Bozo, que servia como stand by. Este terceiro era o Décio Roberto, que morreu de AIDS. Ele contraiu o HIV de uma moça que tinha o vírus e, infelizmente, veio a falecer.

    Putz – E o que mudou no programa com a entrada de vocês?
    AB – O programa deu uma alavancada. Por causa do marketing a gente foi obrigado a fazer um programa de 6 horas. O resto é história… 10 anos de carreira, 5 troféus imprensa, 3 discos de ouro. Fomos nomeados Embaixadores da Boa Vontade pela UNESCO. Um grande sucesso…

    Putz – E quando a Igreja entrou na sua vida?
    AB – Por causa do vício, eu sofri um acidente. Caí no banheiro e quebrei o vidro do box com o meu braço. Perdi muito sangue e só fui acordar na UTI. A Elizabete, que era a produtora do programa e hoje é minha esposa, levou um pastor da Igreja Batista no hospital e eu entrei em coma. Quando eu voltei, descobri que algo havia mudado em meu coração. Saí do hospital e comecei a frequentar a Igreja. Eu tive a chance de voltar pra TV, mas preferi ficar na Igreja. Fui pro seminário, estudei bastante e fui ordenado pastor da Igreja Batista.

    Putz – O que você acha do Padre Marcelo
    AB – Um homem brilhante. Ele viu que Deus não é este fardo pesado que todos acham que Ele é. Deus é alegria, é amor, paz… E é isso que o Padre Marcelo passa em suas pregações. Eu discordo dele em algumas questões doutrinais, mas isto é pura teologia.

    Putz – Você e o Luis Ricardo faziam uma boa dupla?
    AB – Uma ótima dupla. A gente se dava muito bem, porque eu era ator e o Luis era um palhaço de picadeiro, filho de palhaço de circo. Então, a gente se completava.

    Putz – Que tipo de coisa acontecia quando o programa estava no ar?
    AB – Tanta coisa. Por exemplo: numa das brincadeiras do programa, eu estava com o menino no telefone e este garoto havia perdido o jogo. A voz dele ia pro ar, mas eu não conseguia ouvir, porque tava com algum problema no microfone. Quem estava em casa ouvia muito bem. O menino perdeu a brincadeira, ficou nervoso e disse “*****”. Como eu não tava ouvindo, pedia pra ele repetir. E ele ficava gritando “*****” no telefone e me mandava tomar no cú! Fiquei nervoso, dei uma bronca no garoto, falei pra ele chamar seu pai, etc… Fui advertido por ter ficado nervoso na frente da câmera e o Luis veio me encher, dizendo que eu era um palhaço burro, gozando com a minha cara e dizendo que eu devia ficar quieto, não falar nada…

    Putz – Com ele não aconteciam essas coisas?
    AB – Num outro dia, eu estava em casa vendo o programa e o Luis é quem estava apresentando. De repente, um outro garoto, no telefone também, mandou o Bozo tomar no cú! Você sabe o que o Luis respondeu? Que preferia tomar num copo porque é mais limpo… É claro que ele foi advertido também e no dia seguinte eu cheguei pra ele e disse a mesma coisa que ele havia dito pra mim: que ele era um palhaço burro e que devia ficar quieto…

    Putz – Tem mais?
    AB – Teve um dia que o nariz do Bozo, que era uma bolhinha de frescobol presa com um elástico, arrebentou no ar. Eu fiquei com aquela cara branca, ao vivo e sem o nariz. Foi horrível, mas como em quase todos os programas, eu improvisei. Fiquei segurando o nariz com um dedo e comecei a cantar aquel musiquinha: “Quem gosta do palhaço Bozo, sabe onde é o nariz…”.

    Putz – E hoje? O que você está fazendo?
    AB – Hoje eu sou um homem de 45 anos, casado, absolutamente sóbrio, restaurado, regenerado, com 3 lindos filhos. Continuo me preparando, estudando e procuro crescer no amor e na graça de Jesus Cristo. Eu faço parte de um circo da Igreja Batista, chamado Tenda da Esperança. Eu, como Bozo, junto com dentistas, médicos, etc. levamos assistência médica e uma palavra de amor e paz pras comunidades pobres. Deus levantou um palhaço pra falar sério a um povo que diz falar sério, mas que só faz palhaçada.

  • Eu só assisti 1 minuto do vídeo, ainda estou tentando digerir aquela cena do palhaço fazendo um bola gato no balão. Não conheço direito o Bozo e nunca assisti a um programa dele, mas vejo que perdi muita coisa louca. Politicamente incorreto torna tudo mais engraçado! (South Park está aí pra provar)

    • Bozo era muito bom. Teve um período em que botavam o cara para apresentar quase oito horas seguidas de um programa ao vivo. Chegava no final ele estava putão, sem paciência, exaurido. Era um festival, às vezes tinha até palavrão!

  • Uma vez, na década de 90, o já extinto jornal Notícias Populares fez uma reportagem sensacionalista (claro, como não poderia ser diferente em se tratando do NP) sobre o drama que o Bozo viveu com as drogas.

    Se eu não me engano, o título era: “Eu cheirava até sangrar”. =/

  • W.O.J, Eu conheço MUITO BEM esta lenda! Eu ia pra igreja com minha mãe(pai tb) qdo era pequena e vi bem de perto esta estória da carochinha… Bando de crente escroto isso sim! Isso pq a crentalhada lançava seus joguinhos e brinquedinhos “gospel” e se cagavam de medo da concorrência dos brinquedos “mundanos” e aí faziam essa parafernália toda com os outros brinquedos “não góóóósssshhhpellll”, q não eram “coisa de deus” e coisital… E infernizavam logo os q faziam mais sucesso(como, por ex, o Fofão, a boneca da Xuxa etc…), atualmente se concentram em infernizar a ‘música do mundo’, e tudo mais q fizer mais sucesso do q os produtos deles. Ahhhh, como tem hora q dou graças por ter formação em publicidade, os olhos se abrem pra um monte de coisa!

  • “Provavelmente porque, assim como Chaves, era politicamente incorreto e autêntico”

    Bem, Sally, a fronteira do “politicamente correto” e do “autêntico” não é tão próxima como se imagina… É possível alguém ser autêntico, humano, etc, sem bater, xingar e beliscar criancinhas. Eu mesma, nascida nos anos 80(a década “cagada”, huahuahuahuhauhauhuah) peguei esta época “de ouro” do Bozo, e atualmente curto mais a paródia do Hermes e Renato, hehehehe(apresentada a mim por meu digníssimo namorado, hehehe)

    Mas esse pessoal era um escroto viu… Criança cair rolando arquibancada abaixo e o carinha morrendo de rir e “otras cositas más”(Não é à toa q não rio mais de vídeo cassetadas, sejam elas de q programas forem).

  • Não sou da época do Bozo, ainda bem! MEDO! Fofão também me da muito medo, mesmo se não foi da minha época. Minha época foram os anos 90 e até que foi boa ^^

  • Do Bozo, me lembro mais ou menos, sendo que não me lembro do programa com tantos detalhes. Me lembro mais dos tokusatsus no Clube da Criança, que era comandado pela hoje mulher do Huck.

  • Sally, uma informação pra você já ir juntando pro texto sobre o Fofão: uma das lendas da época – com várias versões – é a de que os bonecos dele tinham uma faca dentro. Supostamente, a existência da tal “faca” no interior dos “Fofões” seria por causa de algum ritual de magia negra “para corromper a alma das criancinhas” ou de um pacto com o diabo para garantir o sucesso do personagem. Tudo besteira, claro. O que acontece é que os bonecos tinham apenas suas cabeças enormes confeccionadas com borracha dura. Como os corpos eram feitos de pano – de forma a serem “fofinhos” para as crianças abraçarem – as cabeças não teriam sustentação sem o auxílio de uma espécie de “esqueleto” de plastico. Esse “esqueleto” podia ser percebido pelos adultos quando se apalpava os bonecos e dava mesmo a sensação de que havia algo pontudo lá dentro. “E daí?”, você pergunta. Daí que muitos pais mais sugestionáveis fizeram seus filhos chorar “estripando” e queimando os bonecos do Fofão sob o pretexto de afastar de suas casas “a presença do demônio”. Pode?

  • eu lembro dessa do cavalinho “hey bozo, vai tomar no cuuuuuuu” “o que é isso, amiguinho?” “no cuuuu no cu no cucucucucucuuuuuuuu” ahhahahhah saudade… é o seu madruga nacional, praticamente.

  • sally, quando eu era criança meus pais me levavam à igreja com eles e o bozo foi lá um dia contar a sua história (testemunho). antes de falar como ele mudou de vida ele faz um numero engraçadinho com as crianças e resolveu me chamar pra brincadeira. eu, como uma boa criança que tem medo de palhaços, enfiei o dedo no olho dele e corri pra fora da igreja *orgulho*

  • Há uns 2 anos fui numa festa trash onde o Bozo era convidado ilustre e deu seu showzinho. Me diverti muito quando lá belas tantas, ele queria uma bitoquinha minha e percebi que …bem…xá pra lá.

    • Pelo menos é um consolo saber que Bozo tem predileção pelo sexo oposto.

      Desfavor é mesmo um lugar único no mundo. Onde mais você encontra uma pessoa que agrediu o Bozo e outra pessoa que foi assediada pelo Bozo?

  • Nasci em 93, não peguei essa parte do Bozo.
    Imagina se hoje em dia os pais iam deixar um palhaço feioso bater no pimpolho! Levaria um processo. Teria muitas matérias por aí falando do Bozo, o quanto ele é ruim para as crianças, o quanto prejudica a juventude e mil outras coisas. Perdi um ótimo tempo…

  • Sally, vc esqueceu da TV Pow…o Bozo recebia ligações dos bozospectadores para participarem de um joguinho tosco de videogame pré-atari. Aí só dava os imbecis gritando no telefone “pow, pow, pow” enquanto alguém da produção apertava o botão de tiro do videogame no ritmo que quisesse, em geral beeeem devagar…muito bom…

  • Adorei o texto !
    Não sabia dessas histórias do Bozo apanhar/bater na molecada chata.
    “Wandeco Pipoca para interpretar o primeiro Bozo. Infelizmente Wandeco era um boca suja do caralho sem e menor paciência com crianças e depois de mandar várias à merda e soltar muitos palavrões foi afastado”. Desse cara eu seria fã até hj !
    Uma vez, uma ex esposa de um Bozo, foi em um daqueles programas chatos que passam durante a tarde para lavar a roupa suja sobre como era seu casamento. A chamada do programa era “O Bozo era um palhaço.” Rsrs

  • Odiava Bozo e tive a sorte de ter uma mãe que até hoje adora sacanear os filhos. Ela me fazia assistir e ainda ameaçava ligar lá para que eu falasse com ele caso eu não me comportasse. Depois não entendem pq meu filho nunca foi em circo

  • Caraio, bateu saudades daquela época agora….Tinha até o desenho do Bozo com um molequinho q era o ajudante ou coisa q o valha….

    • QUE NOJO! Eu lembro daqueles chocolates! Era tanta gordura que aquela porra nem derretia!

      Mesmo naipe dos Cigarrinhos Pan!

  • O Pedro de Lara fazia papel de moralista nesses filmes. A libertinagem corria solta, aí aparecia o Pedro de Lara segurando um buquê de lírios ou algo assim, reclamando daquela pouca-vergonha. Cinema trash total! Pedro de Lara, Zé do Caixão, Wilza Carla, Elke Maravilha… nossa, os anos 80! Meninos, eu vi!

    Na verdade era menos pedófilo que o show da Xuxa, com aquelas pré-adolescentes vestidas de chacretes. Não foi à toa que depois todas posaram para a Playboy.

    Palhaço de festa e de TV tem que usar caneleiras, simples assim.

    • Xuxa erotizava as crianças sim, mas não tinha nada de pedofilia. Eram basicamente apenas mulheres!

      Já o Bozo colocava crianças roçando no seu colo…

      • Shortinho com bota, meninas de doze anos?! Roupinhas de Xuxa para as menininhas! Maquiagem, sapatinho, vestidinho! Compra, mamãe! Compra!

        Papai Noel coloca as crianças no colo desde a década de 60. Aí se cria uma geração que não recebe carinho porque o pessoal se caga de medo de ser tomado por pedófilo. Uma coisa é pegar no colo e dar beijo no rosto, outra é bolinar.

        Mas vestir de Carla Perez pode, dançar kuduro com 5 anos pode, ser miss beleza infantil pode, ser mini-dançarina de axé pode… Erotização da infância é isso, vestir de mini-adultos e achar engraçadinho quando dançam na boquinha da garrafa. Depois as pré-adolescentes ouvem funk, cantam Valeska Popozuda e tudo beleza, o problema é o colinho do Noel, do Bozo…

  • Tosco demais. Na época ele fazia propaganda do picolé da Yopa da Nestlé, não tinha chegado em bsb… Ele abria, lambia e babava o picolé inteiro e perguntava: “quem quer yopaaaa?”

    O filho da mãe entregava o picolé todo babado para a criança… BOZO FDP!!!

  • Sally, vc não detonou um mito. vc exaltou as nuances do mesmo. Que nostalgia.

    Eu nem lembrava da corrida dos cavalinhos.

    No último paragrafo vc resumiu os anos 80: Tosco, mas autêntico. Só os fortes sobreviviam. rs

  • Uma das paródias mais legais do Bozo era do Hermes & Renato, da MTV, feita alguns anso atrás. O nome do palhaço era “Gozo” – com símbolo de um G numa mancha de esperma e tudo – e coalhado de referências nem um pouco sutis a atos sexuais. Tem uma porrada de vídeos no Youtube. Dá lá uma olhada.

    • Eu via sempre o palhaço Gozo. Eles inclusive colocavam o vulto do pau do palhaço aparecendo.

      Tinha um menino idiota que sempre participava do programa chamado “Samuca”. Eu me cagava de rir quando o Samuca aparecia!

    • Claro que sim! Fofão era medonho e tenho certeza que está cheio de histórias bizarras. O próprio Trem da Alegria acabou mal: Simony na Playboy gorda feito uma vaca e depois emprenhando de presidiário, Mike filho de bandido, Juninho Bill virando reserva de um time de futebol da segunda divisão…

  • Larissa Grotesca

    Eu adoraaaaaaaaaaaaaaaava o Bozo!!!
    Eu tinha o carinho do Bozo, a bola do Bozo, o boneco do Bozo e aqueles bonequinhos de dar corda atrás….

    “Alou criançada, o Bozo chegou
    Trazendo alegria pra você e o Vovô
    Estamos trazendo muito amor
    Cante cante, vamos lá….” :)

    Também prefiro aquela época Sally….

    #Saudades e melancolia

      • Ah, Sally, hoje em dia adulto não pode chegar perto de criança que já vem essa paranóia. Erotização é criança dançando o Tchan vestida de Carla Perez, é se vestir de paquita e se maquiar ao sair do berço, coisas que a tia Xuxa ensinou pra ganhar dindim.

          • Até é, mas todo mundo que lida com crianças profissionalmente tem essa abertura, por isso é preciso manter o olho vivo.

            • Sim, como todos. Desde o cara que senta do lado do seu filho no metrô ou no cinema até um Papai Noel de shopping. Tem que ter cuidado o tempo todo.

        • Porra… Essa parada do nariz me fez lembrar das animações nonsense “Mundo Canibal” (e não é a primeira vez hoje).

          Tem a tirada com a “do nariz” numa dessas animações.

  • Malzaê, mas o Bozo não é da minha época. Porém, lembro do Fofão, nem tanto dele em si, e sim dos artigos licenciados: pirulitos, Mirabel-like, essas porcarias que crianças adoram.
    Fiquei chocada, comassim o cara do Papa-Tudo era o Bozo???? :P

      • Viu que o Luís Ricardo foi visitado pelo Chaminha ao vivo no Ratinho? Ele se queimou todo. Em mais de um sentido. No programa do Bozo, que também era ao vivo, o que mais acontecia era cagada, né? Pois é, a “maldição do Bozo” ataca de novo… O cara saiu do Bozo, mas o Bozo não saiu dele… No “choque de titãs” entre Bozo e Chaminha, o mascote sem-noção mais querido da RID foi quem saiu ganhando…

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Relatório de erros de ortografia

O texto a seguir será enviado para nossos editores: