Semana Sim Senhor: Encerramento.

Estou passando só para colocar alguns pingos nos “is”: não estou puta com ninguém, não fui abduzida, não morri. Apenas virei a noite de quinta para sexta vendo aquele filme desagradável e escrevendo um texto, passei o dia todo morrendo de sono e quando cheguei em casa, às 22h, jantei e acabei pegando no sono sem querer no meu sofá, antes que pudesse responder a comentários ou escrever o texto de sábado. Só acordei hoje, bem tarde, por sinal, atrasada para uma série de compromissos, o que me impediu de dar as caras aqui mais cedo.

Acho que não ficou muito claro para algumas pessoas que os textos eram ficção e que os comentários seguiam um roteiro imposto pelo Somir. Não custa esclarecer algumas coisas.

Nos primeiros anos do Desfavor dificilmente a gente respondia comentários. Leiam as postagens mais antigas e verão. Salvo engano, no primeiro ano a gente não respondeu a nenhum comentário. Aos poucos eu comecei a responder, não por obrigação, mas porque achava bacana a troca com os leitores. E ainda acho. Mas me foi solicitado escrever um texto de ficção onde o excesso de comentários impertinentes causasse um desastre ao blog, e foi isso que eu fiz. Eu acho que isso vai acontecer? NÃO! É uma porra de um texto de ficção, não uma premonição. Nunca que um espírito sem luz como eu teria qualquer dom premonitório, e se tivesse, podem ter certeza, usaria para ver os números da Mega-Sena.

Não me ofendi com nenhum comentário de ninguém. Eu estava obrigada a esculhambar qualquer pessoa que poste, e por sinal, esculhambei tanto quem postou como quem não postou. Isso não representa minha opinião real, representa um roteiro que eu tinha que seguir. Não havia como me agradar essa semana pois o que me foi solicitado era destratar tudo e todos. Não apenas isso, eu tinha uma linha para seguir: terça eu tinha que defender os amigos do Somir, quarta eu tinha que falar bem de homem, quinta eu tinha que achar todos os leitores burros, idiotas e inconvenientes. Eram ofensas direcionadas, quase que coreografadas. Achei que poderiam ter tirado mais proveito metendo o dedo na ferida, por exemplo, fazendo perguntas que me obrigassem a reforçar a postura nojenta que eu estava sendo obrigada a tomar em cada resposta a comentários. Algumas pessoas fizeram, parabéns. E parabéns para quem postou dando a cara para bater, eu respeito quem postou com o nome habitual. A quem não postou, meus parabéns também. Não deve ter sido fácil ler tanta merda e ficar calado, principalmente para quem gosta de mim e tem o hábito de postar. Achei digno não postar.

Sobre OFF TOPICS, compreendam de uma vez por todas meu ponto de vista: eu acho meio vergonhoso para a pessoa vir em um texto que propõe um determinado debate e sair falando sobre outro assunto sem contexto algum e sem dizer porra nenhuma. Os OFF TOPICS por si não são ruins, mas aqueles fora de contexto e que não dizem nada, são muito tristes. Na verdade é muito triste que gente assim circule pelo Desfavor, ou melhor, é muito triste que gente assim exista no mundo. Só isso. Acho que off topic que não acrescenta nada não é válido nem como forma de humor ou de protesto, dá para fazer bem melhor do que isso. Não tenho raiva de quem os posta nem pretendo aplicar punição alguma. Não sou a matriarca de uma grande colônia, não cabe a mim punir ninguém. Não tem criança aqui. Acredito em vocês, acredito que os próprios Impopulars se encarregarão de segregar essas pessoas ou até mesmo de fazer piada com o assunto. Não tenho medo dos OFF TOPICS. No cu que uma maioria inteligente e selecionada a ferro e fogo vai se deixar destruir por uns carentes cabeça de bagre!

Talvez vocês não tenham percebido, mas eu não me imponho a obrigação de responder a todos os comentários, nunca foi assim. Muitas vezes eu aprovo sem responder e isso nem sempre quer dizer que achei o comentário imbecil. Alguns comentários não precisam de resposta, simples assim. Não sou vítima nem escrava de comentários, não respondo por medo de que me achem antipática. Uma pessoa que tem medo do que os outros pensam não escreve as merdas que eu escrevo, não fala mal de criança, de idoso, de deficiente, de gente idolatrada, de brasileiros no geral, entre outros. Minha postura com os comentários continua a mesma: respondo a aquilo que eu acho que cabe uma resposta. E o fato de achar que não cabe uma resposta não significa que tenha sido um comentário idiota, significa que o comentário exauriu o assunto. E by the way, tem muito “tipo” de comentário que eu não respondo faz tempo e continua aparecendo por aqui, e vai continuar para sempre, porque são pessoas que não querem resposta, querem apenas falar. Contra essas não há nada que possa ser feito: dar fora, ignorar, xingar… elas continuarão aparecendo.

Também não estou puta com o Somir, apesar de achar que ele é um Joselito que não sabe brincar e sempre pega mais pesado do que deveria, eu gosto dele por inteiro, com seus defeitos e suas qualidades. Muito fácil gostar só das qualidades de alguém, o verdadeiro gostar engloba também os defeitos. Quem opta por desenvolver um projeto (qualquer que seja a sua natureza) ao lado do Somir tem que saber que ele se excede e tem que aceitar isso. Vem com o pacote. E eu estou muito feliz com o pacote da Madame, mesmo com os seus excessos. Não me queixo, apesar dos momentos de terror de quinta à noite e da produtividade zero do dia de sexta-feira. Sim, muitos de vocês já tinham me avisado que o filme era uma fraude, mas muitos também tinham dito que o filme era baseado em uma história real, então, eu vi o filme com dúvidas, sem saber quem estava certo, com um “e se…” na cabeça. E sim, o texto de sexta estava uma grande merda, me desculpo por isso, mas foi o melhor que eu consegui fazer naquele estado de nervos. Acho que o grande atrativo desse texto é rir do meu estado histérico e não o conteúdo. Porque vamos combinar, só um argentino pode achar que no meio de bilhões de pessoas um ET vai se dar ao trabalho de vir buscar a ele, JUSTO A ELE, de tão especial que é. Eu sou ridícula e tenho consciência disso.

No final das contas, eu repito o que disse na segunda-feira passada: NÃO FOI ENGRAÇADO. Isso não quer dizer que eu esteja puta, não estou. Mas porra, não foi engraçado. Um bando de xingamentos gratuitos da minha parte, textos forçados tirando leite de pedra e um bando de leitores nervosos deixando comentários transtornados. Para mim foi uma semana perdida. Mas serviu para conhecer melhor tanto quem comentou como quem optou por não comentar. Na pior das hipóteses, considerem uma experiência antropológica.

Bom, é isso. Para terminar, queria dizer que achei uma tremenda cara de pau o texto de hoje do Somir, porque o mentor de tudo isso foi ele e a razão da minha ausência de hoje foi culpa dele, não de vocês. Como pode vocês terem engolido essas acusações sem mandar ele à merda? Eu hein…

Para dizer que gostou de ser xingado e pedir que isso se torne permanente, para se sentir traído ao descobrir que eu não estava sendo sincera nos meus textos durante esta semana ou ainda para criar coragem e voltar no texto do Somir para xingá-lo: sally@desfavor.com

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Comments (40)

  • Bruna de Souza

    Finalmente… \o/
    E dizer que eu entrei só na terça passada e hoje, quase uma semana depois pra me atualizar… semana chata pra caralho. O melhor texto foi, de fato, o que tu “se desculpa” com os amigos do Somir, porque o resto quase pouco se aproveitou (li tudo hj).

    Sally, bom te ter de volta. Somir, te odeio por essa semana, ok? :)

    • Bom estar de volta também, Bruna!

      Eu não vou esquecer essa semana que passou, assim que o Somir vacilar vai ter uma vingança bem cruel. Me aguarde.

  • Achei que foi feito muito barulho por nada. A Sallyta foi bem adevogada na terça, se aproveitando de uma brecha pra descumprir a aposta. Também respondeu várias vezes sem xingar durante a semana.

    Gosto desse lado porradaria da Sallyta, especialmente quando usa a a inteligência. Pois elogiar e ser legal é fácil. Difícil é ofender com propriedade. Ala teve seus momentos durante a semana.

    De resto achei fraquinha a semana…a galera que deixou de comentar pra preservar a Sallyta? Sem comentários – literalmente.

    De resto é normal que sejam poucos a comentar, e menos ainda a fazê-lo com inteligência. É assim no mundo todo, por que seria diferente aqui.

    E essa frescura da Sallyta já deu né….essa história de que alguém sairia magoado por conta das ofensas dela…pelamordedeus…menas por favor…todo mundo aqui é ( ou deveria) ser maduro o suficiente pra aguentar umas pancadas…se não for em breve a vida ensina de um jeito ou de outro.

    • Você tem alguma dúvida que se todos tivessem comentado alguém sairia magoado?

      As coisas são como elas são, não como a gente gostaria que elas fossem…

  • Não comentei por receio de ser xingado. Ando meio sensível. Época do mês, ainda não comecei a emendar cartelas da pílula…

  • Mesmo entrando no Desfavor todos os dias para ler acabo não comentando em todos os textos que gostaria. Por falta de tempo ou mesmo por preguiça muitas vezes (como você mesmo falou, tem coisas que não precisam ser comentadas/respondidas por mais que tenhamos gostado). Acho mais digno ficar quieto do que comentar por comentar. Não concordo com o que o Somir disse no texto dele sobre desaparecer nessa semana onde deveríamos dar força para você nos comentários. Na minha cabeça (que entendi o espiríto da semana) achei muito melhor ficar quieto para evitar ainda mais “dor de cabeça” para você que teria que ficar respondendo comentários de forma quase automática. Uma forma de ajudar essa semana a ser menos desgastante para você. Além do mais, você pode me xingar em qualquer momento …e que não seja por obrigação de fazê-lo.

    • Thiago, eu concordo com o seu ponto de vista. Ninguém é obrigado a ser xingado e comentar não iria me dar força alguma esta semana. Quanto mais pessoas eu tivesse que xingar, maior o risco de acabar dando merda.

  • Larissa Sapiosexual

    Que bom que essa merda de semana acabou.

    Tentar colocar um ponto de vista com alguem onde, antecipadamente já se sabe que não responderá o que pensa realmente é muito estranho, chato e sem graça.

    Desculpa aí Sally, as bobagens…. mas não vi nenhum sentido em nada disso…

    • Eu também estou muito feliz que essa semana tenha acabado. Desagradável argumentar com quem vai te xingar independente do que você diga.

  • Hoje vim aqui esperando para ler mais um texto a la somir e leio um texto de desculpas! Pensei que o conteúdo desse texto estava subentendido… Por fim, não comentei, mas li tudo!

  • Encerrados os tiros, vamo contar os corpos…

    E eu sinceramente, esperava mais. Depois da confusão dessa semana, tudo volta aos seus devidos lugares sem nenhuma mudança visivel. Vi muita fumaça para pouco fogo, o que é legal, mas entediante.

    Esperava uma “Rápida Vingança” (bom filme…) da Sally, mas ao que parece, vamos ter que esperar até segunda, ou até que eles apostem de novo e a Sally vença.

    Sem vencedores, sem perdedores, sem culpados ou inocentes. Depois de tudo, de volta a normalidade. Me pergunto se essa semana aconteceu mesmo…

    • Olha, acredito que o texto de terça tenha sido uma rápida vingança. Ouvi falar que repercutiu mal. Quando eu vencer uma aposta não será uma rápida vingança, será uma vingança impiedosa e demorada.

  • No fim das contas… comentei esperando insultos pesados, mas a Sally só me chamou de “Marciel”. Não sei o que isso significa, mas tendo em vista os adjetivos que ela usou nos outros comentários, acho que saí no lucro. No mais, o Desfavor me foi muito útil pra aprender a não me ofender fácil, não ligar pra insultos.

    • Fico feliz em saber que contribuímos para calejar sua personalidade e te blindar contra ofensas no geral. Isso é um puta trunfo, sobretudo na vida profissional.

  • Mas não era um tanto quanto óbvio que depois de passar a noite de quinta pra sexta em claro e depois ir trabalhar, que a Sally ia chegar um trapo em casa e ia capotar no sono? Primeira coisa que me passou pela cabeça ao ler o texto do Somir de hj mais cedo foi isso…

    E não comentei mesmo essa semana, mesmo sabendo q era roteiro, pra ser xingada gratuitamente basta eu ir na frente do espelho :P

  • Achei que essa semana fosse ser pior (ou melhor, dependendo do ponto de vista).
    Mas que bom que está de volta ao nosso convívio, linda e remoçada.
    S2

  • Fiquei em silêncio, como havia afirmado. Mas saiba que foi tb uma experiência antropológica pra mim só observar essa semana, pois das outras vezes além de me envolver, eu sinceramente (Sally, vc sabe) ando bem ocupada e corrida. De forma alguma foi medo de levar patada. Somir além de TENTAR jogar a responsabilidade nos leitores, as vezes se torna previsível demais, pois eu sabia que ele ia, em algum momento, falar de quem ESCOLHEU se calar. E foi uma experiência er(?)… interessante para mim.

    Achei muito bacana vc falar de forma clara e precisa sobre os OFF TOPICS agora, Sally.

    • Imagina, eu mesma sugeri que as pessoas se calem na postagem de segunda! Somir gosta de tumultuar mesmo…

      Me conte, o que você observou nesta semana?

  • Agora que acabou a semana temática, posso comentar quanto aos textos.

    Os textos da terça e da quarta foram até interessantes, porque apesar de tentar levantar a onda, ainda dava para se sentir um certo toque de ironia. O texto de quinta (o “Des Conto”) foi “true story” demais para uma abordagem ficcional (o tema é divertido pacas, mas o desenvolvimento ficou devendo… De qualquer forma não vou exigir muito por vocês terem seus trabalhos paralelos a fazer). Já o texto de sexta pra mim foi o mais cansativo de ler por eu não curtir muito essas paradas ufológicas, sendo que para mim isso é quase como falar chinês.

    Pesando na balança, até que não foi tão ruim a semana, apesar de toda a parada tensa por ninguém lembrar do aniversário do Skylab, que eu lembrava por alto ser em setembro apesar de não ter guardado o dia. Agora eu não esqueço porque é na véspera do aniversário daquele fulano sem graça que tem cara de capô de fusca.

    • Nos primeiros textos eu ainda estava com energia. É muito difícil escrever texto na noite da véspera, muita pressão. Ainda mais quando é a semana toda. A criatividade tem limite…

  • Dispararam os comentários aí vi logo que a Sally voltou!
    Eu achei engraçada a semana temática. Foi uma loucura! Ainda bem que vc não se ofendeu com a zoeira.
    Esse blog é muito doido. Antes do Desfavor eu não sabia que blog se lia todo dia e agora está na minha página inicial. Acho um show as loucuras do Somir que não deixam virar rotina.
    Sou mesmo fã, queria ganhar brindes, chaveiro, adesivo, camiseta hahaha

    • Geralmente blog de texto não é diário não, para falar a verdade, eu não conheço nenhum que tenha postagem diária sete dias por semana, 365 dias por ano. Mas a gente queria isso mesmo, a gente queria fazer o impossível, o que todo mundo nos dizia que não podia ser feito. Porque fazer algo que meio mundo já faz, né?

      Olha, confesso que eu não achei graça nessa semana não, mas nem tinha como, eu estava sendo obrigada a fazer o que não queria… Porém de forma alguma fiquei chateada com ninguém, nem mesmo com o Somir. A coisa aqui sempre foi meio hardcore, não tem espaço para esses mimimi

      • Sempre foi e talvez seja por isso que algumas pessoas estão por aqui.

        Eu voltei de viagem e leio sempre do último (o mais recente) para trás. Ainda achei que estava sendo prudente ao comentar, porque achei que só valiam as regras do dia (e no dia estava mandando rebater comentários emotivos). Postei e fui ler os anteriores… ri sozinha ao ver as regras todas da semana… Voltei só para ver do que vc tinha me xingado e senti até um tom carinhoso no “vai tomar no cu”…

        Eu sei que acontece, mas por aqui precisa ser meio ruim da cabeça para se ofender.

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