Flertando com o desastre: Álcool e diversão.

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Uma dúvida, sem qualquer julgamento de valor embutido nela, uma dúvida honesta mesmo, de coração: porque as pessoas andam saindo para lugares classificados como “insuportáveis” e usam álcool para conseguir suportar esses lugares? Não seria mais sensato frequentar lugares agradáveis e não precisar beber?

Fato: diversão está associada necessariamente a bebida alcoólicas pessoas parecem ter o conceito de diversão e álcool tão enraizado que o não poder beber vira sinônimo de nem ao menos tentar se divertir: “Não vou sair porque estou tomando antibiótico e não posso beber” eu ouvi de um amigo. Indagado porque não sairia sem beber, a resposta foi chocante: “Não dá para encarar uma boate de cara limpa, é horrível demais”. Por caridade, se acha o lugar horrível e precisa beber para tolerá-lo, porque merda continua frequentando esse lugar?

Não estou falando de adolescentes, me refiro a pessoas que já passaram dos 30 e continuam se portando como se diversão estivesse umbilicalmente ligada a bebida. Gostar de beber é uma coisa, PRECISAR beber para se divertir é outra. PRECISAR beber para se divertir me parece um sinal de alerta para uma série de coisas muito erradas. Que pessoa é essa, que em seu estado normal, não consegue socializar, flertar, se sentir descontraído? Bebida virou muleta social e aparentemente ninguém acha isso um problema ou um sintoma. No país do “se todo mundo faz, é aceitável”, bebida como necessidade já foi mais do que consolidado. Mas, felizmente, eu não canso de me chocar. E te convido a se chocar comigo.

A situação é tão crítica que quem não bebe sofre “bullying” por parte de quem bebe. A quem não bebe é imputada uma fama de não saber se divertir, de ser uma pessoa chata e até mesmo de “anormal”. Quando morava no Rio de Janeiro, chegaram a me perguntar se eu usava Ecstasy, pois o não beber por opção era tão inconcebível que a presunção sempre era a de existir um fator externo impeditivo. Aparentemente, para se divertir você tem que beber e tem que sair para alguma balada. Quem se diverte lendo um livro ou vendo um bom filme ou seriado é estranho e será discriminado.

Porque tem a Patrulha da Diversão Alheia, figuras nefastas e mal educadas que toda segunda-feira te perguntam “E aí? Fez o que no final de semana?”. Não te interessa. Mas não dá para responder assim, porque você sai de mal educado. Fala que você ficou em casa lendo um livro e adorou para você ver a reação. Os fiscais da vida alheia continuarão perguntando e, com o passar do tempo, se for constatada uma baixa atividade de balada, podem até mesmo fazer uma intervenção para te chamar a atenção sobre o quanto você não aproveita a vida.

Não aproveita a vida quem está frustrado. Seja frustrado porque queria sair e ficou trancado em casa, seja frustrado porque no fundo queria ficar em casa mas se forçou a sair. Sim, isso existe. Pessoas que se sentem compelidas por uma obrigação social de sair quando o que mais queriam é ficar em casa. “Vou me forçar a sair”. PORQUE? Sério mesmo, porque? Trabalhou a semana toda, o cansaço é extremo, vai ser forçar a sair PORQUE? E que porra de lugares são esses que vocês andam saindo que “não dá para encarar” se estiverem sóbrios? PORQUE? Porque ir a um lugar que é intragável sem algo que entorpeça seus sentidos? Pior: porque PAGAR para entrar em um lugar desses? Porque fazer fila para entrar em um lugar desses? Estão todos loucos? Só eu que não vejo sentido nisso tudo? Devo estar ficando irremediavelmente velha e ranzinza.

Se alguém me falar que quer ir a um lugar desses porque está solitário e quer conhecer pessoas legais eu vou rir. Em baladas, noitadas ou seja lá como se queira chamar não se conhecem pessoas legais, aliás, não se conhecem pessoas, apenas se esbarra nelas, pois além do teor alcoolico estar elevado, igualmente está a música e a superlotação. Quem quer bater um bom papo se encontra com amigos, conhecidos ou até mesmo com desconhecidos em um ambiente “conversável”. Bem, pelo menos no meu tempo, conhecer alguém implicava em conversar com a pessoa e não e meter sua língua dentro da boca dela. Talvez eu seja uma romântica incurável.

Há quem diga que gosta de dançar. Respeito, acho a dança um motivo válido, mas porra, vai gostar de dançar assim na puta que pariu: faz fila, paga caro, fica em uma muvuca danada, em cima de um salto… sei lá, uma aula de dança me parece menos sacrificante. Ou bailes exclusivamente realizados para quem quer dançar. O ponto é: se vai para dançar e se acha que vale a pena tudo isso para dançar, porque PRECISA beber para encarar um lugar desses? Sinal de que o lugar não é agradável. Coloca um micareteiro em uma micareta sóbrio e observa quanto tempo ele fica por lá. Coloca uma pessoa em uma boate da moda sóbria a noite toda e cronometra. Por incrível que pareça, pessoas não escolhem os lugares que frequentam por gostar deles e sim por outros fatores e usam o álcool como arma para tolerá-los.

Daí eu me pergunto qual será a porra do critério que as pessoas andam escolhendo para definir seu lazer. Talvez seja o critério do “socialmente aclamado”, lugares da moda ou lugares que tem o aval social como sendo bacanas. Porque contrariar o grupo é um risco grande demais para se correr. É quase que uma adolescência tardia, onde a pessoa não tem coragem de dizer “Não vou, acho um lixo”, pois tem medo que ao não se identificar com o grupo seja rejeitada por ele. Ser rejeitado pelo grupo é o primeiro sinal de que uma pessoa é interessante, aos meus olhos.

Talvez muita gente não queria passar atestado de “encalhe”. Tem que sair, tem que dar um chupão na boca de alguém, por mais insignificante que isso seja no contexto da vida da pessoa. Mas carimbou seu “não encalhe” na cara da sociedade! Mas olha… já passei meses sem sair de casa, de pijama, meia e box de seriado nas mãos em plena felicidade nos meus finais de semana. Não é isso que faz de uma pessoa uma encalhada. Mas o importante não é não ser encalhada, é não PARECER no encalhe, porque as aparências são o que contam. E, em nome das aparências, as pessoas se arrumam, mesmo estando cansadas pra caralho, fazem fila, pagam caro e se forçam a ficar em um lugar que não gostam, bebendo para atenuar o desconforto que o local provoca. Juro, vou morrer sem entender.

Pelo sagrado direito de ficar em casa, com meias, vendo um filme ou um seriado, eu os convoco a uma reflexão: vocês efetivamente gostam dos locais para onde andam saindo? O que os leva a escolher estes locais como seu lazer? Todas as vezes que vocês saem efetivamente tem vontade de sair? O que os move? Até que ponto a pressão social está determinando sua vida social? Até que ponto seu lazer é determinado pelo que você tem vontade de fazer e até que ponto é comandado pelo que você tem vontade de aparentar?

Um fenômeno muito comum em algumas cidades: pessoas que vão para a porta de shows, festas, eventos, boates e cia apenas para tirar fotos e postar em redes sociais, de modo a que seus amigos pensem que efetivamente a pessoa esteve no evento. Depois das fotos, a pessoa se retira para o conforto do seu lar, ou vai fazer um lazer mais em conta, como tomar uma cerveja em um posto de gasolina. A pessoa se arruma toda apenas para tirar uma foto, de modo a dar satisfações para a sociedade. Já cheguei ao cúmulo de ver gente fazendo isso e depois dizendo “Não entro nem a pau, estou morta, quero minha cama!”.

O curioso é que se estendermos esse mecanismo de álcool se tornar um viabilizador para outras áreas, aí sim há repulsa social: “Só consigo ficar com o Fulano(a) se eu estiver completamente bêbado(a)”. O que uma pessoa sensata aconselharia? Provavelmente a não ficar mais com o Fulano, pois se precisa encher a cara para conseguir aturá-lo, tudo indica um claro sinal de incompatibilidade. Infelizmente o mesmo raciocínio não vale para o lazer. É socialmente aceita a necessidade de álcool para diversão, assim como também é socialmente aceito sair para onde não se gosta e aplacar esse desgosto com álcool.

O pior é que muitas vezes sobram opções. Vejo pessoas no Rio de Janeiro, um local com uma relativa fartura de lazer, se rendendo a essa armadilha. Vejo pessoas em São Paulo fazendo o mesmo. PORQUE? Porque insistir em um lugar que não dá para ir de cara limpa? É o mesmo que almoçar todos os dias uma salada que tem um gosto tão ruim que só pode ser engolida se a pessoa encher a salada de molho. Existem opções, meu povo! Qual é a necessidade disso?

Bem, sempre temos que trabalhar com a hipótese da pessoa que não é capaz de se divertir EM LUGAR NENHUM sem bebida. Pessoas assim existem (Alicate? Oi?). Aleijados emocionais, deficientes sociais, que precisam do entorpecimento do álcool para interagir com outros seres humanos em eventos de lazer. Pessoas que dependem desse entorpecimento para relaxar, para se distrair, para rir e para brincar. Álcool como regulador de humor, álcool como muleta social. Depender de qualquer substância é muito triste, mas mais triste ainda é aceitar essa dependência, se acostumar a ela e ainda discriminar quem não a tem como se o correto fosse ser dependente.

O Brasil está repleto de cachaceiros e como já foi tratado em outro texto, não há vergonha em se embebedar. Muito pelo contrário, o fato é narrado nos dias que se seguem como um grande feito, uma aventura. Gente que não tem dinheiro para colocar os filhos em uma boa escola ou pagar um plano de saúde, mas sempre tem dinheiro para fazer um pit stop em um bar e garantir a cachacinha ou a cervejinha. Os bares estão cheios. Quem não tem dinheiro sobrando (e hoje em dia, quem tem?) faz uma ESCOLHA ao beber rotineiramente: deixa de proporcionar algum conforto para sua família para se encachaçar. Vai entender as prioridades desse povo… O grande problema é o julgamento seletivo! Se uma mulher deixa de pagar uma boa escola para o filho, mas é vista comprando um sapato caro, todo mundo cai da pau em cima, mas se é o homem gastando com cachaça, a sociedade compreende e bate palmas. E olha que no fim do mês beber custa bem mais caro que um par de sapatos.

Bebida virou um componente social que gera status. Beber é nobre, beber é necessário. Se exercitar que é bom, neguinho não faz. Estudar para ganhar melhor e se aprimorar profissionalmente também não. Mas neguinho vai para qualquer porra de programa furado de merda que tenha bebida. Se shopping tivesse bebedouro de cerveja, todo marido acompanharia sua esposa nas compras com o maior prazer. Tal qual cães que deitam e rolam por um osso, pessoas se sujeitam a todo tipo de desconforto se lhes for dito que haverá bebida. Que tipo de gente submissa é essa que aplaca tudo com bebida? Na boa, tem coisas que eu não aturo nem bêbada! Mas neguinho topa tudo quando se encachaça, vide o dito popular “cu de bêbado não tem dono”. Sim, no Brasil há um dito popular para exaltar como a pessoa topa tudo quando bebe. Parabéns, viu? Eu sei que bebida flexibiliza o filtro, mas no Brasil parece que ela o elimina por completo.

Isso porque o consumo excessivo de álcool faz mal à saúde, uma tecla na qual nem pretendo bater, porque não é o objetivo do texto. Que porra de sociedade intragável é essa, de pessoas e lazeres cagados, que obriga seus membros a se entorpecerem com algo que faz mal à saúde para poder suportar estas pessoas e lazeres cagados? Tem algo errado, e as pessoas parecem não estar nem próximas de começar a perceber isso. Enquanto a cachacinha estiver liberada e for socialmente permitido se valer deste mecanismo de negação, tudo continuará como está.

Fico me perguntando se as pessoas sabem que existem outras formas de lazer. Quero dizer, hoje em dia as pessoas estão tão no “piloto automático” que talvez nem cogitem outras modalidades de lazer. Talvez no grupo no qual você está inserido ela não exista, mas seu grupo não traduz a realidade das coisas. O mundo é maior do que isso. Reflita até que ponto é saudável PRECISAR de álcool para aturar um determinado lugar e até que ponto não seria mais saudável buscar um lugar que proporcione prazer mesmo sem álcool. Reflita se é normal frequentar sistematicamente um lugar que no fundo você acha uma merda.

Essa mania que as pessoas tem de se divertir em bandos… parecem animais. Diversão solitária para brasileiro médio é apenas sinônimo de masturbação. Ainda faço um texto sobre isso também!

Para dizer que o ser humano em si é intragável e por isso você bebe, para dizer que o Brasil em si é um lugar intragável e por isso você bebe ou ainda para dizer que eu não sei aproveitar a vida: sally@desfavor.com

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Comments (108)

  • Desastre é esse texto.

    Em primeiro lugar o fato de alguma pessoa beber em algum local, não significa que ela não esteja gostando de estar ali. É perfeitamente concebível que alguém vá a um lugar que goste, e desfrute da situação de várias maneiras, inclusive bebendo. Falando nisso, há pessoas que gostam de beber, apreciam o gosto da bebida, e, além de beber no conforto do lar, gostam também de beber em lugares, digamos, ‘sociais’.

    A autora do texto simplesmente o escreve baseada em argumentos ideológicos: Você romantiza a introversão, o ato de ficar em casa assistindo séries, etc, porque VOCÊ GOSTA DISSO. E da mesma forma critica outros comportamento porque não é adepta deles. Não há maneira de dizer quem está correto, cada um defende aquilo que gosta (e tem seus motivos pra isso: sua genética, sua educação, sua vivência pessoal…).

    Em segundo lugar, não vejo motivos pra criticar o uso do álcool pelas pessoas para diminuir sua introversão. Algumas pessoas são mais extravagantes naturalmente, outras, mais tímidas e reservadas. O álcool ajuda a ‘quebrar o gelo’ em muitas situações por deixar a pessoa mais descontraída. Qual o problema disso? Não há argumento válido no texto em nenhum momento.

    Além de tudo isso nós temos um show de preconceito no texto: você diz que pessoas que se divertem ficando em casa lendo livro sofrem ‘bulliyng’, são rejeitadas por pressão da sociedade e são discriminadas por isso. Mas você mesma não percebe que discrimina as pessoas que gostam de ‘balada e bebida’, dizendo no decorrer do texto que são pessoas frustradas, que não há como encontrar pessoas legais nesses locais, e que muitas pessoas deixam de dar conforto às suas famílias para comprar bebida alcólica (palavras suas). Preconceito a gente vê por aqui.

    “Se exercitar que é bom, neguinho não faz. Estudar para ganhar melhor e se aprimorar profissionalmente também não. Mas neguinho vai para qualquer porra de programa furado de merda que tenha bebida.” Nem vou comentar esse trecho, ok? O que disse anteriormente fica explícito aqui.

    Talvez a está altura a autora do texto já esteja pensando que sou adepta da ‘santa balada de todo final de semana’, da bebedeira, etc. Não sou, mas não importa isso afinal. O fato é que eu não estou usando argumentos ideológicos para opinar. Veja que você não está discutindo algo para um ‘bem comum’, você mesma disse no final do texto: não vou irei discutir os malefícios do álcool nas pessoas. Essa seria uma discussão pertinente, pois vai de encontro ao assunto saúde pública. Ou até mesmo a discussão sobre a irresponsabilidade no trânsito por pessoas bêbadas. Mas você simplesmente escreveu palavras e mais palavras apenas criticando pessoas adeptas de baladas e bebedeiras, em razão de ser um comportamento contrário ao seu, vitimizando a sua posição e criticando a contrária. Isso desqualifica completamente o texto, o tornando inútil.

    Da mesma maneira que a autora do texto, finalizo pedindo que a mesma reflita sobre sua posição preconceituosa e narcista.

    E sobre a frase final: “Essa mania que as pessoas tem de se divertir em bandos… parecem animais. Diversão solitária para brasileiro médio é apenas sinônimo de masturbação. Ainda faço um texto sobre isso também!”

    Somos animais sim! Somos mamíferos, de nome científico Homo sapiens. E somos sociáveis por natureza, por genética. Assim como outros animais como os orangotangos, chimpanzés, e por aí vai… Não há mal nisso.

    Passar bem!

    • Você não entendeu uma linha do que eu escrevi. Não escrevi nada disso. Releia, desta vez sem analfabetismo funcional.

      • Sempre tem uma alma perdida que cai aqui e em vez de nos desprezar e nos ignorar, resolver escrever liiiinhas e mais liiiinhas. Uma lástima, mas no fundo eu invejo o tempo sobrando. A gente sabe que a pessoa tem tempo sobrando quando ela perde tempo com aquilo que despreza. Meu tempo é precioso, só o gasto com o que me é importante.

  • Sally… compartilho e entendo algumas de suas indagações viu? E a resposta para a maioria delas seria não menos que aquela irredutível comum: povo é sonso e idiota mesmo! É interessante (e preocupante!) essa tal ditadura da felicidade que a midia, a conjuntura social toda impõe. Vejo que, por vezes, as pessoas não tem discernimento próprio do que seja ser feliz, e, neste sentido, sempre acham que precisam de algo mais (como sair e beber) pra serem felizes. Mais ainda: não tem noção de que isso tudo é só uma aparente felicidade né? Que muitas vezes se traduz por certa angústia incurável… coisa que muito me intriga no contexto da “pós-modernidade”.

    Ademais, só comentando a título ilustrativo… eu curto beber, mas de vez em quando! Ou, desenhando nos mínimos detalhes: eu amo juntar meus 2 ou 3 amigos íntimos brothers mesmo que conheço desde que me entendo por gente, gente com o qual eu estudo desde o maternal saca? Enfim, adoro juntar “azamigah” ir pra um bar ou pub rock, saborear um bom whisky e prosear! Confesso que isso sim é puro momento de felicidade pra mim: estar perto de quem eu gosto, amo pra falar a verdade! E poder conversar numa boa com quem tenho grande admiração e tal! xD
    Agora, indo no sentido contrário: também curto programas sozinho! Do tipo qqr coisa simples mesmo! Sentar numa praça e apreciar o por do sol, tomar um sorvete, ver as pessoas passarem, ou os passaros por ali, ler um poema… enfim, esse é meio que um ponto que critico: as pessoas hoje não tem esse costume de “parar tudo” e se desligar por completo das coisas por alguns momentos. Acho que isso, esses quase “momentos poéticos” sejam estritamente necessários pelo menos 1x na semana porque senão… confesso, a gente enlouquece!

    • Gostar de beber não é problema, PRECISAR beber para se divertir sim. Infelizmente o brasileiro médio tem que se entorpecer para se divertir.

  • SEMPRE soube me divertir sem beber ou usar qualquer outro tipo de droga, realmente não preciso. Aprecio SABOREAR alguns tipos de bebidas alcóolicas, como vinhos, licores ou cervejas, mas faço pra degustar mesmo e não pra encher a cara e ficar “alegre”. Eu não entendo de verdade aquelas pessoas que quanto mais bebem mais querem beber, que não sabem a hora de parar e daí depois não se seguram em pé, vomitam, dão bafão…devem ter merda na cabeça, só pode.

  • Sally, muito foi dito, mas o pior ainda tá guardado, sendo que pensei em fazer um artigo sobre tal tema. Acho baixaria essa de beber por beber pra querer “ficar a vontade” em lugares que você não suportaria sóbrio.

    Agora indo para outro off, me pergunto porque sempre que ouço Logical Song eu imagino os Muppets parodiando a música…

  • Boa noite Doutora preciso mais uma vez de seu auxilio se possivel é claro.Mandei um e-mail para o e-mail indicado no site se puder ler e me responder vou ficar muito grata.Me desculpe o incomodo e desde já muito obrigada.

  • Quem realmente gosta de beber, bebe em casa. O curioso é que alguns desses que só bebem qdo saem, pensam que quem bebe em casa é alcoólatra, ignorando o fato de que condicionar a diversão ao uso do álcool é bem mais preocupante. Adoro ficar em casa lendo e bebendo minha cervejinha as vzz…

    Em boates as pessoas vivem muito de aparência. Sobretudo os homens, que gastam o que não tem p/ se exibir..

  • Tem coisa mais ridícula do que ver neguinho bebendo pinga barata na fila da balada para não gastar e, lá dentro, acabar bebendo para tentar se divertir, gastando sem controle por estar totalmente chapado? Além da burrice, hábitos de manada como esse só fazem encarecer tudo, bebida, balada, valet…nem em barzinho dá mais…engraçado que, quando jovem, você topa pagar cada vez mais caro pela precariedade e pelo desconforto da muvuca, fedendo a álcool e cigarro ainda por cima…

    • Nem me fale do cigarro. Mesmo sendo proibido, dificilmente você acha um lugar fechado de balada onde realmente se proíba o fumo. Seres humanos em bando tendem a se comportar como símios, principalmente quando bebem. Me recuso a participar disso, até mesmo como espectadora.

  • O texto de hoje foi perfeito! Como eu já sofri por acreditar nos que diziam que eu não estava aproveitando a vida! Como já me forcei a ir a baladas das quais não gosto (a música alta me irrita, as pessoas derrubando bebida em mim me irritam, a dor nos pés por conta do sapato me irrita, enfim… só bebendo.) Mas eu não gosto de perder o controle sobre mim e nem gosto de cerveja. Então, bebia bebidas doces e muito mais fortes e sempre ficava bêbada. Não gosto de me sentir bêbada, e hoje não bebo de jeito nenhum. O resultado é que baladas se tornam realmente insuportáveis de cara limpa. Só que já eram insuportáveis antes, porque nunca gostei de beber… Sem saída!) Agora me diz por que eu acreditei nessas pessoas que queriam “cagar regra” sobre como aproveitar a MINHA vida??????????? Eu me sinto bem idiota por ter acreditado. Muito idiota mesmo! E você tem toda razão: “Não aproveita a vida quem está frustrado”. Eu queria tanto ter lido esse texto quando eu tinha 17 anos!!!! Mas pelo menos eu tinha essa desculpa: era jovem demais.

    • Marina, você acha que eu também não passei por isso? TODOS NÓS. A pouca idade vem com pouco discernimento. O lado bom é: nós amadurecemos, percebemos o quão ridículo isso é e nos permitimos não fazer mais. Foda é esse povo com 40 anos na cara que ainda faz pressionado pela sociedade ou para provar algo a alguém.

      Sorria e usufrua os ganhos da maturidade: independência emocional do bando.

      • Tenho independência emocional do bando desde criancinha (muitos conflitos resultando em arrancar cabeça da Barbie alheia), será que meu caso é mais autismo que maturidade!

      • É verdade. A pressão social para PARECER feliz é brutal. quando somos jovens somos mais vulneráveis a tudo, porque não estamos dispostos a pagar o preço dos julgamentos alheios. Mais importante do que ter um namorado é não parecer encalhado. Mais importante do que não ser sozinho é não parecer sozinho. A vida adulta chega e nos mostra que os coleguinhas não cresceram. Mas podemos nos perdoar pelos erros estúpidos… podemos escolher mudar! Esse trecho é perfeito: “O que os move? Até que ponto a pressão social está determinando sua vida social? Até que ponto seu lazer é determinado pelo que você tem vontade de fazer e até que ponto é comandado pelo que você tem vontade de aparentar?” Queria dar um abraço em você, anônima Sally. Texto perfeito!

        • Não ceder a pressão social é possível ainda que desde jovem. Mas há que se ter um determinado tipo de temperamento, pouco gregário e mais independente, que não é o mais forjado pelo nosso contexto cultural.

  • as vezes eu bebo, mas muitas vezes… hummm…
    deixo os outros beberem, quanto mais eles bebem, mais eu fico sóbrio e deixo eles beberem. Quanto mais eles ficam inconsequentes, mais eu estou consciente. Hahaha!

          • Então é por isso e para isso que o soteropolitano é o que mais bebe no país. Aqui ser intelectualmente inferior é prova de superioridade moral.

              • Até onde tem sido divulgado essa é a segunda vez que a cidade vence o campeonato nacional. Aqui eles tomam cafe com leite e pão com manteiga as nove e já estão na praia se entupindo de cerveja às 10 da manhã. Onde acham estomago para tanto eu não sei.

                  • Mas eu não disse que essa dez da manhã acontece entre segunda e sexta. Ou vai dizer que no resto do mundo não existe fim de semana, só em Salvador?

                    • Desculpa mas um povo bicampeão em litros bebidos não deve beber SÓ no final de semana…

                    • Eu não disse que eles só bebem em fim de semana. Imagino que devem beber quase todos os dias, mas não necessariamente no memso horario todos os dias.

                    • Ok, mas a minha dúvida persiste: como tem tempo para beber tanto, seja dia semana, seja final de semana? Não tem que trabalhar no dia seguinte não? Eu trabalho quase 12h por dia, chegou em casa e tenho tempo apenas de tomar um banho e jantar, se ficar me encachaçando no dia seguinte não rendo nada no trabalho.

                    • Há poucos dias saiu uma reportagem no jornal local divulgando o nosso bicampeonato e acrescentando que a happy hour na cidade é diário, se segunda à sexta, e começa Às 17:30, logo que se deixa o expediente. Isso ajuda a provar o ponto de um de meus colegas sindicalistas: que o nosso bicampeonato de cachaça pode estar estreitamente ligado ao nosso multicampeonato de assédio moral.

                    • Maria, com todo o respeito que tenho pela sua causa, vai desculpar mas lidar com o assunto enchendo a cara é coisa de zé povinho. Conheço muita gente que sofre assédio moral e nem por isso corre pro bar para afogar as mágoas. Não justifica. Um cara que em vez de voltar para a casa, para a família, usa abusividade do patrão para sair do trabalho e se encachaçar todo dia é tão merda quanto o patão que o maltrata.

                    • Alcoolismo é consequencia frequente de assédio NO MUNDO INTEIRO. Mais frequente quando o assediado é homem. E é justamente aí que eu entro: não encha a cara, encha o cú dos assediadores com ações rechedas de provas. É pra ajudar a operacionalizar isso que estamos aqui. Como diz Neruda “Vim aqui pra contar os sinos que vivem no mar, soam no mar, dentro do mar. Por isso vivo aqui.”

              • Olha… até onde eu já vi com meus próprios olhos… os meus vizinhos também bebem muito viu? Muita cerveja!
                Me refiro à galera lá de Blumenau que fica poucos quilômetros de Joinville! Em época do Oktoberfest então… nojento aquilo!

  • Eu bebo porque o ser humano em si é intragável, tô desculpada?
    Mentira, eu bebo porque pessoas bêbadas são insuportáveis (te admiro por ainda conseguir andar com elas), e eu sendo uma delas não percebo. Mas aí depende do ambiente, se for um barzinho ou uma festinha íntima. Em boates fico de boa, eu vou a lugares que gosto MESMO, embora já esteja um pouco velha e sem paciência. Quando fazia estágio e saía durante a semana, ou seja, não podia acordar no outro dia morrendo, eu tomava uma caipirinha, que é um negócio bem simbólico, e me divertia horrores, porque a minha amiga era DJ e tocava o que eu pedia. Ou seja, mesmo que em parte eu faça o que tu descreve, não deixo de concordar e achar patético. As poucas vezes que fui arrastada pra baladas não do meu agrado, nem a bebida deu conta de me deixar menos irritada.
    Btw, penso em vender minha alma ao Netflix em breve, porque não tenho mais dinheiro e nem saco pra socializar fora de casa.

      • Haha, é que todo mundo que conheço bebe, uns mais, outros menos… E pra quem tá sóbrio qualquer golinho já irrita (a mim, pelo menos).

        • A mim também. A merda é essa: bebida está tão enraizada no conceito de diversão que hoje é difícil achar quem não beba. Só sobram as porcarias dos evangélicos, que me fazem sentir saudades dos bêbados.

              • Teve gente falando que a Kesha era a mais estranha das exibidas nas fotos, por conta do biquini vibe Giovanna Antonelli.

                Ai fiz a comparação e a pessoa foi me comentar que ela estava acabada, sendo que me fizeram a pergunta se a Kesha era gorda.

                Antes de pesquisar sobre a questão pensei em responder: “Sim, a Kesha era gorda quando era adolescente”. Se fizesse isso, seria mais um “mirar no peixe e acertar no gato, pois pesquisando, foi confirmada a minha presunção.

        • Dani, todo mundo que você conhece gosta de dar a bunda. Você também vai dar mesmo detestando? :o)
          Na época de faculdade tinham 2 pessoas em 30, no time que eu jogava, que não fumavam maconha. Mas nunca, JAMAIS, alguém sequer me ofereceu após a 1a vez, quando eu disse “não, valeu, não curto”. Fumavam na minha companhia, mas me respeitavam totalmente sem insistir. Sempre curti isso naquele pessoal, bem diferente da molecada pau no cu do colégio.

  • diálogo padrão em locais q eu vou ( q não são boate):
    -mas vc não vai beber cerveja?
    -não
    -porque?
    -não gosto, é ruim
    -mas olha, todo mundo ta bebendo. vai ficar aí de mão vazia?
    -fodas se todo mundo ta bebendo. já disse q não gosto não disse? qual parte ta dificil entender?
    pronto, ja sou a chata/careta/esquisita/whatever
    eu tenho a teoria d q as pessoas q seguem o comportamento padrão ficam criticando quem não segue justamente pq a gente meio q joga na cara deles o tanto q são covardes.

    outro comentário, amei esta frase “Ser rejeitado pelo grupo é o primeiro sinal de que uma pessoa é interessante, aos meus olhos.” tb penso assim rsrs

    • Sabe o que me mata nos tempos modernos? Quem não bebe geralmente é evangélico, o que me faz voltar correndo para os bêbados. Bons tempos onde eu conseguia encontra amigos que não bebiam sem motivos religiosos…

      • ainda bem q nunca ninguém achou q eu era evangélica por não beber. deve emanar alguma aura ateia de mim.

        mas eu não rejeito de cara todo mundo q bebe, só os q ficam incomodados com o fato de vc não beber.

        • Você consegue sair e se divertir em um grupo onde todo mundo bebe? Eu acho um saco.

          A vertente evangélica é facilmente descartada quando a gente abre a boca! hahaha

          • eu consigo até o ponto q as pessoas começam a ficar bêbadas e consequentemente insuportáveis. a experiência me fez conseguir distinguir este ponto, e eu sempre vou embora antes. o engraçado é q eu me divirto sem precisar disso, e as pessoas ficam impressionadas qdo percebem q estou sóbria. tb tem a situação q eu fico mais (até elas ficarem bêbadas e insuportáveis) e me aproveito disso muahuahahua

        • quando perguntam o que eu curto beber na balada e eu respondo que não vou a balada nem bebo e me perguntam se sou evangélica, daí eu respondo que sou atéia, piora mais a situação. em vez de encerrar a porra do assunto vem as perguntinhas tipo “vc não tem religião, mas nem em deus vc acredita?” aí eu tenho que responder: CARALHO, SE EU ACREDITASSE EM DEUS NÃO SERIA ATÉIA!
          eu não bebo porque me fode o estômago e meu avô morreu de cirrose. eu sei o quanto é sofrido. a boa notícia é que o Alicate vai ter uma morte dolorosa. FDP!

  • Moro em uma cidade que o lema é: “se não tem mar, vamos pro bar”. Sempre achei estranho condicionar diversão com bebida, mas nunca vi isso de beber pra suportar o lugar ou uma pessoa.

    Vou confessar uma coisa aqui. adoro de vez em quando tomar um espumante ou uma Stellinha, e mesmo antes da lei seca sempre achei que o melhor lugar pra beber é dentro de casa. Então seguindo o raciocínio babaca do brasileiro médio…

    • Engraçado, salvo engano o brasileiro médio acha “deprimente” beber sozinho. Talvez porque não beba pelo prazer de beber e sim para criar coragem de se soltar, de socializar. Bebida é instrumento e não um prazer em si mesma.

      • Ultimamente tenho virado adepta do “passa no mercado e traz umas beras”, porque preguiça infinita de sair de casa. As baladas aqui são mais caras do que eu estava acostumada a pagar, então somando entrada+bebida+táxi pra ir e voltar, dificilmente gasto menos de R$50, com isso compro cerveja pro mês inteiro e ainda sobra, hahahah

        • E vc tem a sua cama ali pronta pra vc, sem prejudicar seu sono e seu desempenho no dia seguinte. Tenho amigos que me disponibilizam dormir em suas casas. Mas não é a mesma coisa, pricipalmente quando vc não está usando seu próprio pijama. Não durmo!

    • Teatros, cinemas, restaurantes, ambientes ao ar livre, exposições, cafés… tudo depende do gosto da pessoa. E no final das contas, acho que conta mais quem te acompanha do que o lugar em si, desde que o lugar te permita uma boa conversa.

        • Me avise quando você morar do Espírito Santo para baixo, porque para o Nordeste eu não vou novamente por nada deste mundo.

          • pode falar isso? sei que vc podem, mas eu pergunto uma pessoa comum tipo eu, posso falar que só converso com pessoa do ES pra baixo ou podem me processar por preconceito?

            • Poder te processar qualquer pessoa que ficar ofendida pode, só duvido muito que ganhem. Mas atente para a diferença sutil: eu disse que só a visitaria se ela morasse do Espírito Santo para baixo porque eu não quero ir até o Nordeste. Não estou me negando a falar com ela porque ela nasceu no Nordeste, estou me negando a ir até lá.

              Mas olha, ainda assim: mais da metade do país usa a palavra “baiano” para designar algo feio, cafona, mal feito e nunca vi processo algum vingar. Também se referem a “baianada” quando fazem uma cagada e nunca vi processo nenhum prosperar. Francamente, o Judiciário está aí para cuidar de coisas mais importantes do que gente ofendida.

          • É preciso ser muito forte para viver por aqui. Ou então ter uma grande responsabilidade por aqui. Se assim não fosse, poderia eu estar em Sampa. Mas o Pará também me agrada.

            • Forte eu não acho não. Forte é quem vai para onde o mercado de trabalho é selvagem, exigente. Quem fica onde dá para fazer o feijão com arroz me parece mais acomodado do que qualquer outra coisa. Mas entendo o ponto de vista da missão, da responsabilidade. Só não concordo porque eu acho que esse sistema coronelista que está aí não muda, não tem jeito.

              • É justamente por causa do coronelismo que preciso ser forte: pra levar uma vida produtiva, combativa e independente em meio a ele. Acho que a missão está mais ou menos respondida…….

  • E os “campeonatos” pra ver quem bebe mais? E o “vira-vira-vira” entoado em coro enquanto um infeliz tenta tomar uma jarra de cerveja numa talagada só? E quando a pessoa capota de bêbada e só acorda num hospital, toda mijada e com glicose na veia? E as mocinhas que sobem na mesa, rebolam e levantam a blusa? E os barrigudos que, encachaçados, se enchem de coragem, tiram a camisa e rodam pra “sensualizar”? E os infelizes reclamando de ressaca no dia seguinte? Sabe o que tenho vontade de fazer com esses que bebem até desmaiar? Acordá-los ao estilo SGT Hartman, do filme “Nascido para Matar”. Explicando: esse personagem era instrutor de treinamento dos “mariners” americanos na época da Guerra do Vietnã e, pra acordar os recrutas ainda de madrugada, pegava uma lixeira metálica grande e batia um cassetete de madeira dentro dela enquanto berrava: “Alvorada! Alvorada!”

    • Já ganhei muto campeonato de “quem come mais”. Vencia muito homenzarão. hahahahahah, Mas isso quando era mais nova e me chamavam de Rangão.

    • E o pior, esses fdps dão trabalho pra gente!
      Já tive que faltar aula importante da faculdade, pois fiquei presa até de manhã em um pronto socorro, com uma mera conhecida (o “ficante” e as “amigas” simplesmente jogaram pra pessoas aleatórias tomarem conta) que desmaiou de beber e foi pra festa sem RG. Meu plano de voltar pra casa uma da manhã obviamente não ocorreu.
      Essa era a mesma pessoa que pagava de abstêmia e celibata duas semanas antes do ocorrido.

  • Depois vcs reclamam que a única coisa que nós flertamos é com o desastre, porque mulher que é bom, hump… não pego nem resfriado! Hahaha
    Bem melhor ficar de boa no meu pc jogando Fifa online ou vendo vídeos do que precisar encher minha fuça pra pegar biscate em boate.
    Antes nerd virgem forever, do que ter um alicate enfiaco no brioco. Uhuuuuu

  • Sally, eu vejo muito isso aqui no Rio! Assim, há um tempinho que não vou a boates (não tenho mais paciência, mas respeito quem vai), mas confesso que quando era mais nova me sentia for-ça-da a fazer alguma coisa sexta feira, seja porque seria super excluída, seja porque amigas não queriam por nada no mundo ficar em casa numa sexta feira à noite.
    Hoje em dia encaro uma boa noite de fds com uma série, livre, filme, whatever, muito feliz da vida e nada me tira de casa quando to cansada. Imagino que são coisas que vêm com a maturidade.
    Quanto à bebida, eu já vi amigas bebendo cachaça com coca-cola (tenho horror), forçando a bebida goela abaixo rápido para nãos sentir o gosto direito antes de entrar na boate porque seria caro beber lá dentro. Já fui crucificada porque sentei num bar com amigos e não quis beber. Eu gosto de cerveja/chopp, mas paro de beber quando quero emagrecer. Aí você é taxada de careta, de não saber aproveitar, ah, qual é o problema de um copinho, etc etc.

    Agora, outra coisa que eu vejo mais ainda acontecer é gente que não sabe se divertir sem pegar ninguém na boate. Conheço pessoas que a festa só fica boa se ficar com alguém, se for cantada, se der em alguma coisa. As pessoas não vão mais pela música, pelo ambiente, pela companhia, se não tiver ninguém bonito/pegável a noite acabou. Isso pra mim é o fim. Assim como a bebida tem aquela obrigação de beijar, acho horrível quando chega lá pelas 6 da manhã e a pessoa que te ignorou a noite inteira só chega em você porque não quer ficar zerado, a famosa “xepa da noite”. Quem tem orgulho disso???? Sério???
    Aliás, Sally, acho que você deveria fazer um flertando com o desastre dos desfavores que encontramos nas boates, caras que chegam em você se exibindo (teve um que começou a falar comigo falando que tinha projetado a boate), mulheres cópias de panicats, etc etc.

    • Concordo com tudo! Só não sei se eu saberia quais são os tipos que frequentam uma boate, porque eu mesma não vou faz anos…

  • Outras:

    – “Essa aí é facinho… Duas cervejas e aí já era…”

    – “Você e fraquinho, hein?”

    – “Sem beber não tem graça…”

    – “Você é gay?”

    – “Homem que é homem TEM que beber…”

    Pode?

      • Não ando. Pelo menos, não mais… Sempre fui abstêmio e sofria bullying… Mas não era o bullying em si que me incomodava, mas o ambiente, a putaria deslavada e o jeito que as pessoas ficavam sob efeito do álcool…

          • Nada disso. A merda já é indigna e só não tem independencia pra se mostrar do jeito que realmente é. Eu bebo desde os 16 anos e nunca banquei a hiena. Nem no carnaval daqui de SAlvador. Periga até mesmo o alcool me deixar mais intolerante com carniça. O porre não altera, só revela.

            • Maria, a pessoa que bebe SEMPRE fica indigna, não precisa bancar a hiena para isso. Seus reflexos ficam alterados, ela não se move com agilidade, a fala fica similar à de uma pessoa com derrame. Não tem bêbado digno.

              • Ah tonta a gente fica mesmo. Não tem como não ficar. Mas isso não é sinonimo de mijar nas calças nem de promiscuidade. Eu de minha parte como sou gulosa demais acho que o alcool nunca vai predominar em meu sangue.

                • Mas indignidade não é só mijar nas calças. Acho indigno ficar bobo alegre enchendo o saco de quem está sóbrio e fazendo papel de bobo.

                  • Tenho aqui pra mim que encher saco é coisa de bêbado pernicioso. Que já bebe pra ter pretexto e coragem de perturbar o outro. Gente que é perturbada por seu próprio espelho e acha mais facil beber do que se resolver. A propósito, Salvador ganhou pela segunda vez o campeonato de consumo de alcool per capita do país.

                    • Mesmo sem querer, bêbado perturba quem está sóbrio, pois fica intelectualmente comprometido, o raciocínio fica tosco, não dá para manter uma conversa de igual para igual

                    • Eu não perturbo, não. Quando sinto que estou começando, vou pra casa e durmo. Também ultimamente só tenho andado com gente que bebe mais do que eu. Mas já foi diferente….

                    • Entendo que você não seja uma bêbada pentelha, mas deve ficar com os atributos inerentes aos bêbados, não deve conversar de igual para igual. E isso já me aborrece.

  • Frases que já ouvi desse povinho e que eu não suporto:

    – “Se num güenta (sic), bebe leite!”
    – “Tem muito sangue no meu álcool…”
    – “Nooooooossaaaaa! Ontem eu bebi moooooooitooooo… Nem sei como cheguei vivo em casa!”
    – “Pelo menos eu vou ter história pra contar…”

    – “Mulher não gosta de cara que não bebe”

    – “Assim você vai morrer virgem…”

    – “Quem não bebe não pega ninguém…”

    – “Bebezão!”

    – “Meu fígado é total-flex…”

    • As pessoas falam isso com orgulho, né?

      A falta de amor próprio parece ser o caminho mais rápido para a felicidade hoje em dia.

  • Pra mim, nem com álcool os lugares ficam aceitáveis. ODEIO balada: ambiente, frequentadores, uma lata de Brahma por uma fortuna, gente feia/carente/desesperada aos baldes, e alguém me explica o porquê de tocar pagode e sertanejo? Acho incompatível esse tipo de música com casas noturnas.
    E os caras que acham que estão num buffet de buceta e se acham no direito de te agarrar? E o povo te dando banho de cerveja?
    Com o passar das horas só piora: do meio pro final da festa, pra quem já esperou sóbrio pra ver, fica deplorável. Gente dançando Naldo bêbado se esfregando em alguém que trocou duas frases se muito, gente se vomitando, gente chorando, um festival de indignidades.

    Esse povo tem consciência não? Se prestar a isso e não sofrer ressaca moral é perturbador.

    • Também sentiria ressaca moral em frequentar esse tipo de “evento”, mas as pessoas não sentem, porque é socialmente aceito.

  • Tem maluco que já sai de casa bêbado pra chegar chapado. Eu pensava que era pra se divertir, não sabia que o motivo era pra poder aturar a balada.

  • Olha o lobby dos antidepressivos evitando a concorrência etílica.

    Mas você tem razão, alguns escritores já disseram que bebem para tornar os outros mais interessantes e outras coisas do gênero. Eu gosto de beber, por isso bebo só de vez em quando, para não facilitar pro alcoolismo.

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