Publiciotários: iPreço

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Não vai ser DS, então vou aproveitar para tratar do assunto. Com muita pompa e babaquice, foram lançados oficialmente no Brasil os novos iPhones 5S e 5C (ênfase no oficialmente). (sub)Celebridades, histórias de malucos na fila para comprar e tudo mais que se espera de um evento consumista do tipo… Menos, é claro, gente que sabe o que diabos o aparelho que comprou faz ou deixa de fazer.

Olhando pelo lado apenas da tecnologia, a Apple já deixa a desejar faz alguns anos. O negócio de vender status ficou grande demais, esses novos celulares vem remontados a cada ano com mais desculpas para “renovar o guarda roupa” do que propriamente funcionalidades inovadoras. Comprar o novo iPhone é mais questão do antigo sair de moda do que qualquer outra coisa. A Apple anda preguiçosa desde que seu fundador ficou offline…

Olhando pelo lado dos lucros, só elogios. Vender praticamente a mesma coisa cada vez mais cara seguidas vezes para as mesmas pessoas? E essas pessoas achando o MÁXIMO? Quem diz que Steve Jobs era um gênio pela sua capacidade de inovação tecnológica claramente não entende muito de tecnologia ou de como o processo de criação nessa área funciona… Quase todas as sacadas da empresa nas últimas décadas tem muito mais a ver com sacadas comerciais do que com inovação propriamente dita.

Se é para chamar Steve e seu time de genial, que seja pela ideia de inventar toda uma nova categoria do que comprar para o cidadão médio. Antes da revolução fashion da computação encabeçada pela empresa da maçã, tecnologia de informação era basicamente o meio para um fim. Comprava-se um computador para se ter acesso às suas funcionalidades. Essa fase passou… Agora compra-se computadores, notebooks, tablets e celulares porque é isso que pessoas normais fazem.

Não tem mais um porquê claro e definido atrás desse tipo de consumo, é mais uma coisa para comprar. Ninguém mais te chama de maluco se você torrar milhares de reais com um celular… Muita gente diz que a grande arma da Apple para praticamente imprimir dinheiro a cada lançamento é a grife na qual se converteu. Isso com certeza ajuda, mas o cerne da questão está bem mais enraizado, foi um lento processo de convencimento popular em todas as camadas sociais.

Muito se engana quem acha que a explosão de Xing-Lings com o sistema operacional Android é um problema para uma empresa como a Apple, na verdade nada mais é do que a confirmação que o povo mordeu a isca e o negócio de vender essa tecnologia para quem nem liga para essa tecnologia está funcionando muito bem, obrigado. Quanto mais a concorrência vender, melhor.

Se você analisar as propagandas da Apple desde o retorno de Jobs, vai perceber que elas na verdade se concentram muito mais no mercado em geral do que no produto. A “popularização do nerd” não foi um merecido reconhecimento da sociedade para quem inventou basicamente tudo o que facilita sua vida, e sim parte de um plano bem maior. Essa coisa do geek entrar na moda foi empurrada goela abaixo da população, fruto de pesados investimentos em propaganda e uma esperta simplificação de uso dos equipamentos eletrônicos.

Solta uma campanha dizendo que usar essa tecnologia é coisa de gente bacana e descolada, faz o produto ser simples a ponto de um chimpanzé usar… Pronto! Mercado aberto. Os primeiros desesperados por atenção vão aderir ao movimento e lentamente ganhar mais companheiros até que soe aceitável fazer fila de dias na frente de uma loja para comprar o último pedaço de plástico e circuitos montados por escravos asiáticos…

Não é só o status que comprar esse produto agrega ao seu camarote, é a doce conformidade tão desejada por bilhões de pessoas nesse mundo. É ter o que comprar numa sociedade capitalista, é não se sentir deslocado do bando, é ter uma certeza do que é a coisa certa a se fazer. O ser humano em geral se caga de medo de fazer escolhas impopulares.

E a publicidade sabe disso. A Apple trabalha com um certo quê de elitismo em suas campanhas e produtos, mas consegue evitar vez após vez ser vista como uma marca de luxo puro. O dia em que iPhone for VISTO como artigo exclusivo para poucos e abastados, a empresa começa sua derrocada rumo à falência. Podem apostar que com a verba que tem e com os profissionais que pode contratar para fazer sua comunicação, se a Apple quisesse ser vista como a Louis Vuitton dos celulares e computadores, já seria.

O lance é ser popular e parecer que não é. Os diferenciais de marca da Apple servem para eliminar dúvidas na cabeça do consumidor, principalmente aquele que não sabe e nem quer saber sobre as peculiaridades tecnológicas do que está comprando. É ter o que comprar e ter uma escolha fácil na hora de botar a mão no bolso. E por incrível que pareça, é o alto preço médio dos seus produtos que permite essa popularidade toda.

Vejam bem, quem não entende patavinas sobre um produto quase sempre fica apenas com a questão do preço para definir sua qualidade. Os celulares lançados recentemente não são caríssimos só porque a Apple também se amarra num lucro abusivo, o preço existe aqui para não minar a já frágil confiança do consumidor médio no valor daquilo que compra. Imagino que se desse a louca na Apple e seus produtos caíssem todos para uma faixa de preço próxima dos chineses sem marca (ao contrário dos chineses com marca), isso faria a Apple vender MENOS. Não só em valor, mas em unidades.

Se o consumidor tiver que escolher entre diversos produtos de marcas distintas mais ou menos na mesma faixa de preço, ele fica inseguro. Ou não compra, ou começa a formular estratégias (algumas incoerentes) para não achar que desperdiçou seu dinheiro. Os mais interessados começariam a comparar as funcionalidades, os menos comprariam o que desse o maior desconto. O valor da marca é intangível demais por si só.

Não digo que os produtos da Apple sejam ruins, eu não gosto muito, mas há de se admitir que costumam ser bem feitos e até bem pensados. Só que sem a pecha de ser o melhor que tem e sem custar o equivalente a essa ilusão (tem muita coisa bem feita nesse mercado, Apple é só mais uma das marcas com essa capacidade), o cidadão não abriria a carteira com tanta disposição. As pessoas querem comprar confiança e a sensação de pertencimento… E isso a Apple sabe vender como poucos.

Se o produto fosse a estrela, podem apostar que as pessoas não trocariam de celular a cada novo modelo lançado. O produto é o de menos, é o que se pensa dele que vale o investimento. Se a Apple quisesse te vender a versão 4 do iPhone como o pináculo da tecnologia moderna e como produto essencial para sua vida NA PRÁTICA, conseguiria. Mas a que custo? Se seus consumidores se sentirem seguros até mesmo depois do lançamento de uma nova versão, duvido que venderiam tanto. Duvido que cidadão economizasse por anos pra trocar pela versão 5. Quando o consumidor coloca a mão no bolso para comprar algo tão abstrato quanto o número que vem depois do nome de um produto, o mercado inteiro sorri.

Uma das minhas maiores críticas à publicidade é a mania de transformar produtos em ideias genéricas, a indústria da aspiração da qual já falei seguidas vezes nesta coluna é resultado direto dessa abordagem distrativa tão em voga no mercado. Vendem tudo menos o produto. Mas ao mesmo tempo, é essa a forma com a qual a propaganda consegue ir mais longe como comunicação e passar ideias direto para a mente das pessoas. É um grande poder usado a abusado com cada vez mais frequência.

Uma sociedade cada vez mais superficial e consumista com certeza influi no sucesso de iCraps da vida, mas há de se reconhecer mérito onde ele existe: Foi um plano longo e caprichado até chegarmos nesse ponto. Vender algo como o mero alívio de finalmente ter o produto da moda pode te deixar rico, vender a ilusão de que algo assim pode ser comprado pode te deixar bilionário.

Para dizer que eu só tenho Enveja do seu celular chinês dourado, para discutir a grafia de Xing-Ling, ou mesmo para dizer que ser nerd nunca vai estar na moda (pura verdade): somir@desfavor.com

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Comments (29)

  • Eu só mudei o meu telefone há pouco tempo para um Smartphone, pois com o meu trabalho, preciso consultar meu email durante o dia, quando estou longe do PC. Se não fosse por isso, continuaria com o meu velhinho, que só faz e recebe chamada e manda/recebe SMS. Pra mim telefone é telefone. Mas a necessidade faz algumas coisas serem repensadas…

  • Gente do céu, vocês ficaram sabendo do babaca que comprou o primeiro iphone?

    Como se pagar 3.600 reais num telefone não fosse absurdo suficiente (ok, pra mim é!), ele ainda ficou horas na fila.
    MAS ESPERE, ISSO NÃO É TUDO!
    Li num desses sites de noticia que o cara economizou um ano pra comprar o celular!
    Ou seja, economizou um ano pra poder ficar numa fila e ser o primeiro a pagar 3.600 reais num telefone.

    Vontade de bater a minha cabeça na parede e a dele também.

  • Fala sério, Iphone é uma merda! Qualquer Galaxy top humilha aquela porra. Até mesmo um Lumia com Windows Mobile é melhor que Iphone.
    Minha irmã cismou de comprar um bagulho desses IOS usado pagando preço que ela poderia comprar um android novo.
    Iphone pra mim é coisa de gringo babaca ou brazuca mané. Nem os aplicativos de lá prestam.

  • Já foi época que me impressionava por propaganda de produtos. Hoje em dia eu tenho um smart Android bacana pra eu curtir e um Xingling Android (que não deixa de ser bacana) quando eu tenho que levar pro trabalho e andar por aí e evitar que me roubem. Interessante que se botar um do lado do outro eles são idênticos! Só nas funções que o clone perde, mas os chinas são foda!

  • Ótimo texto, Somir. Vai bem ao encontro do que eu penso; e não só sobre os iCraps, mas sobre outros gizmos, gadgets e traquitanas eletrônicas em geral… O meu celularzinho simplezinho – que fui meio que “obrigado” a comprar – eu malemá uso pra fazer/receber ligações… Não vejo utilidade alguma nesses badulaques. Talvez como peso de papel e olhe lá… E também concordo com os comentários que já vi até agora falando sobre como os trouxas se sujeitam a pagar caríssimo pelo duvidoso “status” que esses troços pretensamente dão a quem os usa… Absurdo alguém dormir numa fila só pra comprar essas coisas e depois subutilizá-las tirando fotinhas “duck face” pra botar em rede social…

  • O pior é que esse povo consumista de carteira cheia e cabeça vazia estimula o “Custo Brasil” (que não é só imposto).

    Se tem um monte de gente fazendo das tripas coração pra ostentar um gadget (que no final vai usar pra mandar mensagem e jogar Cady Crush), eles vão mesmo cobrar por isso.

    Brasileiro é burro pra caralho. Não sei quem que é pior, o babaca que passa a vida financiando carro caro e depois ficar reclamando do preço da manutenção (quando não transforma o veículo no famoso carro samambaia que só enfeita garagem), ou o mané que fica trocando de iPhone mas não pode usar as funcionalidades dele. Pior, muitas vezes nem sabe.

    • Sabe o pior… Lembrar que um cara foi me perguntar o telefone do Ipanema Clube que eu não sabia qual era, que obtive consultando pela internet a partir do meu Nokia 3600 Slide.

      Ao que passei o número para o cara, ele foi pedir o iPhone para ligar lá. Isso sim que é fazer bom uso da tecnologia.

      Pior, o cara nem sacou que eu passei 626 para não dizer que era 3626, pois como sabemos, os telefones de Ribeirão Preto que começam hoje por 36 eram todos com prefixo de 7 digitos até meados da década passada.

      Um completo JÊNIU!

      • Prefixo não. Número. São centrais herdadas da antiga CETERP, privatizada nos tempos do governo do companheiro Palocci, sendo que pelas más linguas, boa parte dos recursos angariados na venda foram pra pagar a campanha do Lula lá em 2002, sendo que na época, o Genuíno X9 do Araguaia era o candidato ao governo do estado.

        Os telefones das centrais fixas instaladas depois disso, pela Telefônica/Vivo, começam por 39 e já eram de 8 digitos. E o motivo por trás de tal diferenciação é que a taxa de instalação autorizada para a “Telesp/Telefônica/Vivo” era mais alta do que a autorizada para a “Ceterp”. Os antigos Telesp das cidades vizinhas a Ribeirão que começavam por 6 mudaram pra 39 e as centrais herdadas da Ceterp tiveram o 3 incluído antes do número antigo.

  • Essa onda de celulares com várias funcionalidades não me pegou.
    Meu celular é simples, não é smartphone, mas serve pra mandar sms e fazer ligações. E a bateria dura 04 dias! Não aguento esse povo que fica o dia todo conectado na internet pelo cel e todo fim do dia tem que carregar o celular.

    Mas entendo o que você diz sobre o que a propaganda faz com as pessoas, que ficam com essa sanha de adquirir o produto, às vezes somente pelo status de tê-lo.
    Fico assim com propaganda de carros, só que sou pobre e a realidade me dá um tapa na cara e eu acordo do sonho.
    O problema é que as pessoas acham razoável comprar um aparelho que custa mais de três salários mínimos em 24X, quando se ganha um salário mínimo por mês.
    Esses dias vi um senhor numa loja de departamentos vendo o quiosque de celulares, decidido a comprar um. Estava acompanhado de três filhos, crianças ainda, mal vestidos e um estava descalço. Prioridades!

    • Eu não compro pra mostrar status, eu compro porque gosto mesmo, porque me viciei em ficar o dia todo na internet. E vc falando em carregar o cel todo dia, Gzuis eu carrego o meu mais de 2x ao dia! Agora é comum vc ver as pessoas levarem o usb junto porque pra navegar direto consome a bateria. Paguei o meu Note 2 em 24x e daí? É muito foda, parece um tablet! Celular pra fazer ligações não me interessa! Eu quero mesmo é um mini computador pra eu passar o dia na net e ouvir rádio, ver vídeos, às vezes eu até me esqueço que aquilo tem função telefone. Eu pago um plano pós de apenas 60 minutos que eu não uso, mas só porque tenho a franquia de 2 gigas 3G plus. Se eu não leio o Desfavor durante o dia passo mal, preciso andar com a internet sempre online.

      • Vish… eu gosto de ficar conectado à internet mas não o dia inteiro! Ainda não cheguei a esse nível da coisa! Soa estranho pra mim ter que carregar o celular todo santo dia.

  • Concordo com a sua análise, as pessoas deixaram de comprar os aparelhos pelas funcionalidades. A grande maioria compra pelo status porque ter um iPhone é ser “ryco” e “phyno” (Me poupe!).
    Com relação aos aumentos de preço que você critica, infelizmente eles só acontecem no Brasil. Nos EUA eles tem o mesmo preço desde o primeiro iPhone (acredito que esse último teve um pequeno aumento mas foi $ 50,00, o que nem se compara com o aumento por aqui). Não sei de onde rola tanto aumento mas sei que eles não seriam tão abusivos se as pessoas parassem de comprar as coisas com preços abusivos.
    Enfim, o fato de terem sido elevados a artigos de luxo faz com que o povo pague preços absurdos para ter produtos “exclusivos” (exclusivos que todo mundo tem!).

  • Dentro do trem lotado, um cara saca um celular de R$ 2.400,00. Onde está o erro nesta frase?

    Eu por gostar de liberdade prefiro o Android.

  • Somir concordo com tua análise! A Apple faz uma espécie de “lavagem cerebral” nas pessoas com esse marketing dela que pelamor! Aliás, confesso que PARA SMARTPHONE não aprecio muito o iPhone, prefiro o Android ou Windows Phone. Já em relação aos computadores (mac server, iMac, macbook) ainda continuo achando que eles são os melhores pra trabalhar com mídia, audio/video e coisas pesadas! É aí que entra a questão: uns como eu compram pensando na utilidade real do produto, outros compram apenas pra mostrar a maçanzinha pros outros… bahh!

    • Concordo, como computador eu pago pau, pois são superiores em desempenho. Um amigo de TI certa vez me disse que o sucesso deve-se ao fato de te venderem um produto fechadinho onde tudo funciona bem pois já foi testado em conjunto.

      Já nossos PCs de guerra tem uma placa da marca x, misturada com outra da y e a precariedade desse experimento pode gerar os travamentos que tanto conhecemos.

      Mas o fato é que ficar só com o Mac tb não te salva (a menos que seja um gênio da computação). Vc tem que ter qq coisa em Windows pois a sociedade roda em Win, e sempre vai ter uma extensão que vc não vai conseguir rodar no mac, ou vai ter que desembolsar uma fortura pra rodar.

      Já o celular da apple, nem o desing me atrai. Gosto de celulares finos, não importando o tamanho – já que carrego na bolsa mesmo – mas acho meio comunista o fato de todo mundo andar com aquele mesmo celular quadradinho.

      Quem tem não reclama, mas quando compartilham suas fotos nos grupos do whatsapp e estão tão escuras a ponto de classificar até a Xuxa para uma cota para negros nas universidades federais, eu fico feliz do meu celular pelo menos ter um flash decente na hora de bater as fotos.

      • NoMundodaLu depende muito do tipo de aplicação que tu precisa! Se tu mexe só com fotos (adobe lightroom, after efects, photoshop, illustrator…) ou audio (cubase, pro tools…) não precisa nunca sair do mundinho do osx. Agora, se tu possivelmente precisar de alguma aplicação que só rode no windows(eu mesmo já precisei de um software de análise linguistica que só tinha versão pra windows!) daí sim tu se fode um pouco porque nem sempre o paralells desk (aplicativo que dá pra rodar windows dentro de uma janela do mac) funciona bem! O ideal então seria meio que ter os dois: o mac com uso principal e um windows pra uso “de vez em quando”.

        • é o que faço Ge.
          Meu trabalho é coxinha, infelizmente, e é triste dizer isso em 2013, mas ainda existem páginas oficiais que só rodam no IE (a coisa vem mudando com o Firefox, é verdade, mas ainda tem coisa que trava e, no aperto, só no Win e sim, me recuso a instalar esse navegador de merda num mac.

          Mantenho o desktop rodando o Win. também por ser minha estação para rodar dvd e cd.. meu mac é um air, logo, nesse ponto ele é parasita e precisa de ajuda.
          Isso me mantém uma usuária mais humilde tb… rs

          Além disso, já tive que me socorrer até no Android… tem dia que o Banco do Brasil emperra que eu tento em 4 navegadores diferentes e nada. Acabo tendo que ir pro aplicativo no celular. Só vai melhorar no dia seguinte quando uma nova atualização deve ser instalada na máquina.
          Acho até que nunca abri uma página do BB sem precisar de fazer qualquer atualização.

  • Se não fosse essa tendência humana a querer agregar valor ao camarote, publicitários estariam fodidos. Vale para iCraps, vale para tudo.

  • Uma vez pensei se valeria a pena comprar um iPhone, mas em nenhum momento pensei em compra-lo apenas para ostentar algum status social, até pq nunca gostei de ficar me gabando por ter isso ou aquilo, até roupas (que são muito mais baratas que gadgets)só compro de marca barata, jamais paguei valor abusivo por uma coisa tão descartavel quanto roupa, eu penso mais na funcionalidade, e no caso do iPhone pensei se ia valer comprar pela durabilidade e pela qualidade e rapidez do hardware, tive a oportunidade de testar um iPod Touch de um amigo (que é quase a mesma coisa que o iPhone só não faz ligações), e pude comprovar que o software é agil e rápido, porém com um preço tão alto, pensei: Minha mãe não botou trouxa no mundo que joga dinheiro pelo ralo! E fiquei com outros xing-ling baratinhos que tem por ai mesmo, e no dia que puder comprar um smartphone melhor, iPhone não é opção pra mim, nem pelo dinheiro, mas pela ideologia consumista de status pelo que você possui, coisa de babaca.

  • E por detrás de tudo isso, está a grande farsa. Será que não podemos traçar paralelos disso que você citou no ultimo paragrafo com outras questões, como a religião por exemplo?

  • e fico pensando o que esse populacho todo faz com a tecnologia disponível. Porque um cerumano cujo meta é ser o primeiro a comprar o produto não deve ter cérebro.

    • Como você não sabe o que eles fazem com a tecnologia??
      Não vai muito além de tirar fotos idiotas pra botar em rede social.

      Alias, o fb agora está mostrando quais das pessoas do chat estao com computador e quais estao com celular. Daqui a uns meses vai ter gente com vergonha de aparecer como computador e não celular.

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