Se o futebol é o ópio do povo brasileiro, estamos em crise de abstinência na seleção brasileira. Sally e Somir concordam que isso não é saudável, mas não sobre o perigo de uma recaída. Os impopulares entram em campo.

Tema de hoje: uma vitória da seleção brasileira ainda é nociva para o país?

SOMIR

Sim. É mais ou menos como um tratamento com antibióticos: se você parar antes da hora, o risco de o problema voltar ainda pior aumenta consideravelmente. Os sucessivos fracassos do escrete canarinho tiveram seu valor para diminuir o falso senso de orgulho que se instaurou no brasileiro desde 1958 com o futebol, mas não estamos seguros ainda. Longe disso.

O tempo necessário para um clube ou mesmo uma seleção perderem a relevância é bem mais longo que 17 anos. Em 2002, o brasileiro teve o gostinho de se considerar o melhor do mundo, e a maioria das pessoas vivas hoje em dia passou por aquele momento. Eu estimo que sejam necessárias pelo menos duas gerações de torcedores vivenciando fracassos futebolísticos para um clube ou uma seleção deixarem de ser realmente importantes para o cidadão médio.

De 70 a 94, foram 24 anos sem um título de Copa do Mundo, e o brasileiro ainda estava na expectativa quando Romário e cia. venceram a competição realizada nos Estados Unidos. Não é tão fácil assim derrubar uma parte tão grande da autoestima tupiniquim. Mesmo considerando que de 2010 para frente colocamos em campo times bem fracos para a média histórica dos anos vencedores da seleção, o povo estava acompanhando avidamente. Orgulho ferido, sim, mas ainda lá, esperando uma vitória para endeusar o crente metrossexual da vez.

Não se enganem, estamos vivendo um ponto baixo, mas ele não significa que o problema foi resolvido. O brasileiro médio ainda acredita que somos o país do futebol e que é mera questão de tempo até algum craque consiga carregar o país a mais títulos, uma esperança quase que religiosa por um messias que venha manifestar o destino prometido. E essa mentalidade tende a passar de pai para filho. Desde 1958, nunca tivemos um hiato grande o suficiente entre títulos para que isso não fosse o caso. O brasileirinho médio pode se interessar menos pela seleção que gerações anteriores, mas basta um semianalfabeto talentoso para reiniciar o ciclo.

E olha que o simples fato de eu escrever que um jogador pode resolver isso já deve ser a minha programação de brasileiro atuando: em décadas anteriores, um ou dois craques no time já resolviam a parada. Atualmente, as coisas tendem mais para elencos poderosos e um excelente planejamento. Em 2010, 2014 e 2018 venceram seleções que colheram os frutos de um longo trabalho de preparação de jovens jogadores. A Espanha que venceu sendo o Barcelona sem o Messi, tirando proveito do estilo de jogo criado em um dos seus clubes, a Alemanha que resolveu focar no seu ponto forte e organizar uma nova geração inspirada no estilo espanhol, e por fim uma França que olhou para suas ex-colônias e treinou com afinco jovens com potencial atlético superior. Nenhum desses times dependia de um craque, e sim do coletivo.

Tudo isso ainda inalcançável para a nossa república das bananas. Talvez um craque ainda seja capaz de resolver tudo, mas como os argentinos podem nos dizer, é bem possível que isso não seja mais suficiente no mundo moderno. Não tem mais bobo no futebol. Tomara que seja o caso e ninguém mais consiga ser campeão de futebol ganhando na loteria do craque e dependendo exclusivamente de um excelente preparo coletivo, mas até segunda ordem, o risco ainda existe.

Basta uma vitória grandiosa para retomar o ciclo. Copa América virou um torneio horrível para o Brasil desde que começou a colecionar estrelas no seu escudo: dá dor de cabeça quando perde e não anima quase ninguém quando ganha. Uma obrigação chata. Mesmo que Neymar e seus parças ganhem esse título, não vai ser o suficiente para devolver a coroa para o rei que brasileiro carrega na barriga, mas dá um respiro para a mentalidade torta de validação através do futebol. Acalma as coisas até a próxima Copa do Mundo. Por isso que eu ainda acredito que uma vitória pode ser nociva.

Caso ainda seja possível ganhar uma Copa do Mundo da forma brasileira, ou seja, sem planejamento de longo prazo, o risco não desaparece. O cenário atual me parece ainda uma fase de “rebote” do brasileiro. Colocou o senso de orgulho nacional na política, mas ainda preso à mentalidade futebolística: enquanto nada consegue unir o povo, brincam de torcer por Bolsonaros e Lulas na esperança de que isso ocupe o buraco de validação pessoal através dos feitos de outros que o futebol monopolizou por décadas. E como os políticos se mostram pernas-de-pau dia após dia, não tem uma barreira de saída forte o suficiente para proteger esse povo de voltar a se importar com gente chutando uma bola melhor que os gringos.

Eu gostaria que a Sally estivesse certa, até porque gosto de futebol e preferiria torcer só pelo esporte, finalmente. Que a Copa do Mundo fosse vista aqui como é vista em boa parte do mundo: uma distração divertida por um mês a cada quatro anos. Sem ufanismos, só algo para torcer e acompanhar. Mas ainda não estamos curados. Se as próximas gerações de crentes metrossexuais ganharem uma Copa, tudo fica resetado. Vai ser necessário que pais não consigam passar para os filhos a ideia de que o Brasil é o melhor de todos no futebol. E para isso vai ser necessário que a seleção passe por muito mais vergonhas.

Sim, os tempos mudam, e o que era válido de 1970 para 1994 talvez não seja válido agora, mas mesmo com o ânimo reduzido que vimos após o 7 a 1 e a atuação patética da última Copa, a seleção ainda chama muita atenção por uma esperança cada vez mais infundada que seja só mais um daqueles hiatos e que logo tudo volta ao “normal”. Basta vencer uma Copa nos próximos 10 anos que é como se nada tivesse acontecido. Podemos revisitar o tema quando o desfavor estiver comemorando seus 20 anos, e se eu concordar com a Sally lá, estaremos melhores.

Para dizer que orgulho nacional é uma coisa boa, para dizer que esse povo tinha que comemorar era um Nobel (nunca seremos?), ou mesmo para dizer que analfabeto talentoso não resolve mais: somir@desfavor.com

SALLY

Uma vitória da Seleção Brasileira ainda é nociva para o país?

Não. Seleção Brasileira se tornou irrelevante, hoje o brasileiro utiliza outros recursos para se distrair do que é importante.

Após sucessivas derrotas e humilhações, finalmente o brasileiro cansou dessa seleção de metrossexuais evangélicos. Nem mesmo a parcela mais ignorante da população parece suportar Neymar com faixa de “Jesus” na testa batendo em torcedor que o critica, fazendo orgias e cometendo crime de sonegação. O povo desacreditou. Pelos motivos errado, mas desacreditou. Isso ficou visível nos últimos campeonatos importantes.

O brasileiro médio sofre de uma permanente Síndrome de Vira-Lata. Complexados, se sentem inferiorizados e precisam de todo tipo de recurso para tentar elevar a autoestima. Para que “ser o melhor no futebol” seja um recurso, é requisito que de fato o futebol nacional não seja um completo vexame.

Quando o futebol nacional perde duas Copas do mundo em casa, numa delas levando um sacode de 7×1 no Maracanã, quando o futebol nacional não consegue emplacar um vencedor da Bola de Ouro há mais de dez anos, quando o futebol só espelha a realidade que o brasileiro tanto tenta fugir (vexame, incompetência e oba-oba), deixa de ter validade como mecanismo para elevar uma autoestima que está no chão.

Muito pelo contrário. Hoje o futebol nacional derruba ainda mais autoestima. Não que o brasileiro tenha sido realmente bom no futebol um dia, os países civilizados é que não ligavam para isso, então, em terra de cego quem tem olho é rei. Quando se tornou um negócio rentável, países competentes como a Alemanha mergulharam esse mundo com disciplina e tecnologia, atropelando a malemolência brazuca como um trator. Desde então, o Brasil não ganha mais porra nenhuma. Um bom termômetro disso é a Copa do Mundo: os últimos campeões são todos europeus.

Olhar pra isso faz mal ao brasileiro médio. Em vez de encher seu peito de orgulho, dói. Arrisco dizer que o brasileiro se sente traído pelo futebol, pois era uma das poucas coisas que podiam usar como referência boa para o país. Hoje o brasileiro é o primeiro a tacar pedras na própria seleção, abre mão daquela papagaiada pintar tudo à sua volta para assistir a um jogo e consome menos produtos ligados a futebol.

Na última Copa isso ficou muito claro: o número de ruas enfeitadas (felizmente) caiu, a camisa da França foi a mais vendida do mundo (ficando à frente da camisa do Brasil em número de vendas) e o brasileiro médio parou de fazer dos jogos um evento. Quando as pessoas que deveriam ser um espelho para elevar a autoestima só fazem merda, ficam imprestáveis para essa tarefa.

Então, diante desta nova realidade, o futebol é uma droga que não causa mais o efeito desejado. Jogadores que tem feito o Brasil passar vergonha internacional, de forma alguma podem ser usados para mendigar algum reconhecimento ou admiração. Senhoras e senhores, trago uma verdade inconveniente: o brasileiro não gosta de futebol, ele gosta de ser “o melhor do mundo” em qualquer coisa que seja, para elevar uma autoimagem cagada. Assim que futebol parou de se prestar a esse papel, foi descartado como uma fralda suja e hoje é uma mera distração para quando sobra tempo.

Na minha nunca humilde opinião, o que tornava o futebol nocivo era ser utilizado como muleta de autoestima, impedindo que o brasileiro olhe para si mesmo e se aprimore. Morriam abraçados ao título de “melhor do mundo” em chutar uma bola e isso bastava para não ter que olhar para questões mais profundas. Hoje olhar para o futebol pode ser até útil, pois ele joga na cara os principais erros do Brasil: amadorismo, arrogância e malandragem.

Não vejo como, nesse novo contexto, o futebol possa ser nocivo. Talvez algumas pessoas com mais idade, que ficaram paradas na década de 70, ainda tentem utilizar o futebol de forma alienante e nociva, mas as novas gerações parecem estar cagando baldes para futebol. Atualmente o brasileiro encontrou outro recurso para se alienar e elevar sua autoestima rasteira: política.

Quem não compactua com sua opinião política é muito burro, portanto, o sabe-tudo que defende o “lado certo” é o espertão, inteligentão e fodão. Discutir com o coleguinha do partido oposto e tripudiar dele quando ele perde tomou o lugar de discutir com o torcedor do time adversário. Na real, futebol e política inverteram os papéis. O brasileiro está brigando por política e dando pouca importância ao futebol.

Ninguém espera mais nada da seleção brasileira. Não ganha uma copa há quase vinte anos, tomou goleada histórica em casa e não emplaca um jogador como melhor do mundo faz tempo. Se vier algo de bom, joinha, mas se não vier, já era mais do que esperado. Essa muleta quebrou, não vejo motivos para achar que uma vitória da seleção brasileira seja nociva. O melhor exemplo disso foi terem conseguido a medalha de ouro nas Olimpíadas (título até então inédito) e o brasileiro continuar cagando baldes para futebol.

Não precisa ir muito longe. Pergunta para qualquer menino quem é o ídolo dele. Salvo em um período de auge de competição futebolística, onde futebol não passará de um modismo temporário, dificilmente a criança vai dizer o nome de um jogador do Brasil. Talvez escolha um herói dos cinemas ou um jogador europeu. Por sinal, é provável que muitos meninos sequer saibam dizer o nome de três jogadores da seleção brasileira.

Futebol não aliena mais, não remenda autoestima, não estimula patriotismo. Os tempos mudaram, os recursos para isso hoje são outros. Se você ainda acha que futebol é o ópio do povo, recomendo que se atualize. Futebol hoje é sinônimo de escândalos, corrupção e derrotas.

Mas, não se enganem, o fato de futebol não ser mais o ópio do povo não quer dizer que o povo está bem e evoluiu, quer dizer apenas que não é mais usuário dessa droga, trocou para outra ainda mais pesada. Parabéns aos envolvidos.

Para dizer que eu desrespeito sua pátria, para dizer que nem você sabe o nome de três jogadores da seleção brasileira ou ainda para dizer que redes sociais são o ópio do povo: sally@desfavor.com

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Comments (14)

  • Ninguém da minha geração que eu conheço liga minimamente pra seleção – incluindo aí gente que cresceu chorando vendo jogos, esse tipo de coisa. E até pensando em conhecidos de conhecidos, não me vem ninguém em mente que ligue nem um pouco que seja. Na época da copa um pessoal que eu conheço viu alguns jogos, mas envolvimento zero, acho que ninguém realmente cogitou se importar. Eu tenho 28, e tô considerando gente de 20-40. Os mais novos então, sem comentários. Acho que é a tendência mesmo – o pessoal só tende a falar da seleção quando é pra aloprar e pontuar o quanto Neymar e afins são patéticos. Memes de Neymar “rolando” são minha maior lembrança da copa, na verdade. A menos que algo mude rapidamente (duvido muito), a seleção perdeu essa influência mesmo, ainda bem.

      • Verdade. E, desviando um pouco do assunto, eu acho que entre as gerações mais novas, o próprio “brincar de jogar futebol” já não é mais tão interessante. Quando muito, se joga uma das inúmeras verões do game FIFA nos Playstations da vida. Tem até campeonato disso, nos chamados e-sports, que, pra alguém da minha idade, é apenas pura esquisitice. Os praticantes desse negócio são até chamados “cyber-atletas”, mas sou antiquado e, pra mim, nerds de forma alguma podem ser considerados “atletas”. Outra coisa: a meninada de hoje “torce” – assim mesmo, com aspas – para clubes europeus. Gostaria que lessem uma crônica curtinha do Luís Fernando Veríssimo que ilustra bem isso de a garotada hoje não curtir nada físico e se divertir com uma vida virtual apertando botões.

        A BOLA
        O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer que sentira ao ganhar a sua primeira bola do pai. Uma número 5 sem tento oficial de couro. Agora não era mais de couro, era de plástico. Mas era uma bola.

        O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse “Legal!”. Ou o que os garotos dizem hoje em dia quando gostam do presente ou não querem magoar o velho. Depois começou a girar a bola, à procura de alguma coisa.

        – Como é que liga? – perguntou.

        – Como, como é que liga? Não se liga.

        O garoto procurou dentro do papel de embrulho. – Não tem manual de instrução?

        O pai começou a desanimar e a pensar que os tempos são outros. Que os tempos são decididamente outros.

        – Não precisa manual de instrução.

        – O que é que ela faz?

        – Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela.

        – O quê?

        – Controla, chuta…

        – Ah, então é uma bola.

        – Claro que é uma bola.

        – Uma bola, bola. Uma bola mesmo.

        – Você pensou que fosse o quê?

        – Nada, não.

        O garoto agradeceu, disse “Legal” de novo, e dali a pouco o pai o encontrou na frente da tevê, com a bola nova do lado, manejando os controles de um videogame. Algo chamado Monster Ball, em que times de monstrinhos disputavam a posse de uma bola em forma de “blip” ele­trônico na tela ao mesmo tempo que tentavam se destruir mutuamente. O garoto era bom no jogo. Tinha coordenação e raciocínio rápido. Esta­va ganhando da máquina.

        O pai pegou a bola nova e ensaiou algumas embaixadas. Conse­guiu equilibrar a bola no peito do pé, como antigamente, e chamou o garoto.

        – Filho, olha.

        O garoto disse “Legal” mas não desviou os olhos da tela. O pai segurou a bola com as mãos e a cheirou, tentando recapturar mental­mente o cheiro de couro. A bola cheirava a nada. Talvez um manual de instrução fosse uma boa idéia, pensou. Mas em inglês, para a garotada se interessar.

  • Época boa era do Romário, falando merda e criando polêmica! Eu adorava a zoação. Essa geração mimimi, Neymar e Cia, se jogando no chão e agredindo torcedor é um lixo.

  • Eu realmente só não entendi qual a relação que existe entre gostar de futebol, acompanhar e torcer e a involução do povo brasileiro. Porque gostar de futebol automaticamente ja faz com que uma pessoa involuída???

    • Não é gostar de futebol, é usar futebol para se alienar. Um exemplo: muitas leis, medidas provisórias e outros atos importantes que ferraram com o brasileiro foram aprovados logo após vitórias da seleção, pois o povo tava focado só em futebol e quando o Brasil ganhava não queria saber de mais nada.

  • “Mas, não se enganem, o fato de futebol não ser mais o ópio do povo não quer dizer que o povo está bem e evoluiu, quer dizer apenas que não é mais usuário dessa droga, trocou para outra ainda mais pesada. Parabéns aos envolvidos.” Antes, havia o futebol, que era o ópio do povo. Agora há a polarização política, que é o Krokdil do povo…

  • Só tem dois esportes que realmente acompanho, Futebol e Formula 1 em ambos, só torço pela equipe. Não dou a mínima para quem seja o piloto, desde que seja a Ferrari a vencer. No futebol não importa a escalação desde que seja o Flamengo jogando. Quanto a Seleção “brasileira”? Esse mistão europeu para mim nunca existiu.

  • Só tem dois esportes que realmente acompanho, Futebol e Formula 1 em ambos, só torço pela equipe. Não dou a mínima para quem seja o piloto, desde que seja a Ferrari a vencer. No futebol não importa a escalação desde que seja o Flamengo jogando. Quanto a Seleção “brasileira”? Esse mistão europeu para mim nunca existiu.

  • Errado, o Brasil não vai ganhar a próxima copa, por falta de planejamento e inteligência emocional.
    Talentos individuais, até tem bastante, David Neres, Arthur, Firmino etc. Mas pra ser campeão dependendo apenas de um talento individual, é necessário um Romário ou Pelé. Isso não se nasce a cada 10 anos.

  • mesmo fora da época de copas, o futebol brasileiro anda fraco. todos os craques dos clubes já vão pra europa ou pro oriente médio e só sobram os meia-boca fazendo balé no campo.

  • Hoje em dia tem tanto problema pra se preocupar, que aqueles crentelhos ganhando milhões e vivem fazendo merda perderam importância. Só se for criança mesmo, ou então os socialistas retardados querendo feriado dia de jogo.

  • Seria menos vergonhoso se nos recolhermos em nossa insignificância e ficarmos quietos no cantinho. Chega desse attwhoreismo de querer ser potência. O que adianta ser potência se metade da população nem tem onde cagar? Pelo menos um diploma indiano vale mais que o brasileiro no exterior…
    Considerando que o canal do Kondzilla no Youtube está explodindo de views e fazendo parcerias com vários influencers e webcelebridades (me segurei pra não rir digitando isso), o próximo orgulho nacional talvez será o funk. Não é mais só nicho de favela, até adolescente branquinho da zona sul se diz funkeiro hoje em dia. A idolatria por pessoas tatuadas e de penteados estranhos vai continuar.

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