Votação do PL das Fake News

Objetos inanimados não tem culpa de nada. Objetos inanimados são meras ferramentas, que podem ser usadas para o bem ou para o mal. Objetos inanimados não devem ser responsabilizados pelos erros do ser humano. Parece óbvio, né? Racionalmente faz sentido, só que na prática, está institucionalizado delegar a culpa a objetos inanimados e, por ser socialmente aceito, acaba sendo muito fácil cair nessa cilada.

O exemplo mais grotesco é a forma como se trata o universo online: “a internet é perigosa”, “a rede social tal é perigosa”, “jogos de videogame são perigosos”. Não são. Nada disso é perigoso, o perigoso é o uso que se faz disso. O perigoso é expor pessoas sem discernimento a isso. O perigoso é não educar e esperar que, ainda assim, seus filhos tenham sabedoria para diferenciar o que é aceitável do que é perigoso.

Um martelo pode ser perigoso, se você decide bater na cabeça de outra pessoa com ele, entretanto, pode ser uma ótima ferramenta se você o usa para construir uma casa para uma pessoa desabrigada. Esse princípio básico deveria ser aplicado a todos os objetos inanimados. O grande problema é que, se aplicado, gera uma consequência desagradável: todo mundo vai ter que se responsabilizar pelos seus atos e pelos atos de seus respectivos filhos.

Não é uma opção viável querer tornar o mundo um lugar seguro sem qualquer oportunidade de transgressão, risco ou má-influência para facilitar a criação que se dá a um filho. Quem se dispôs a colocar filhos no mundo deveria saber que o mundo está cheio de riscos, influências negativas e perigos. E a responsabilidade de blindar os filhos, na medida em que isso é possível, é apenas dos pais. É preciso criar um filho ensinando-o lidar com os perigos em vez de colocar sua energia em tentar tornar o mundo um lugar seguro.

Este mundo não é nunca será um lugar seguro. É enxugar gelo. É uma luta na qual todo mundo entra derrotado. Melhor usar o tempo, energia e foco para preparar um filho para esses perigos e dar ferramentas para que ele possa enfrentá-los ou evitá-los. É fácil? Claro que não, é bem difícil, mas… é possível. Mas, para isso, quem ensina tem que saber ensinar e tem que estar pronto para ensinar. Quem disse que é fácil ter filhos?

A tentação de colocar a culpa em objetos inanimados é grande, afinal, se eles são os responsáveis pelo problema, a culpa deixa de ser dos pais e passa a ser deles. Mas, spoiler, não adianta nem colocar a culpa em objetos inanimados nem perder tempo fazendo campanha contra eles, buscando sua regulação, proibição ou dificultando seu acesso. Talvez nos anos 80 funcionasse, agora não mais. No mundo online não existe proibição possível ou eficaz.

O que quer se proíba dos filhos de acessarem online, existem programas, aplicativos ou hacks que permitirão que eles acessem escondido. Não adianta lei, é possível postar qualquer coisa de forma invisível, não-rastreável e que não possa ser tirado do ar. O Judiciário não vai se mobilizar por questões pessoais suas, sinto informar. Não tem nem pessoal suficiente para isso.

A educação dos pais é indelegável. Não adianta colocar app espião para vigiar o que seu filho assiste online (ele pode assistir e apagar os registros) não adianta colocar restrição no celular, nãp adianta nem proibir acesso a internet (uma visita a um cyber café ou usar o celular do coleguinha na escola resolvem isso). Não tem outro jeito que não educando, ensinando, alertando, conscientizando.

E a principal forma de educar é pelo exemplo. Então, antes de começar qualquer discurso pedagógico, é preciso olhar para a própria vida e se perguntar: “eu estou fazendo um uso consciente, saudável e positivo da tecnologia?” (ou de qualquer outro objeto inanimado que se julgue perigoso e se queira educar sobre).

Sim, internet mal utilizada não é apenas entrar em site para aprender como se fabrica uma bomba caseira, é qualquer uso que seja contraproducente, como por exemplo, espiar a vida alheia, brigar e trair parceiros. Tem uma lista enorme de coisas que não são uso consciente de internet, mas que muita gente faz e acha que tá tudo bem. O pior problema mental é aquele que você não percebe que tem. E depois criam filhos disfuncionais, que se metem em problemas frequentemente e dizem “eu não entendo o que aconteceu”.

Então, antes de fazer qualquer movimento no sentido de ensinar o bom uso de objetos inanimados, quaisquer que eles seja, observe se você faz bom uso deles. Se não faz, corrija e só depois ensine. Ensinamento precisa de coerência, se você não pratica o que ensina, a lição não será aprendida, ou será aprendida da forma errada.

“Mas Sally, meus filhos não sabem o que eu faço em redes sociais, posso ensinar o certo mesmo sem colocar em prática”. Não, não pode. É postural. Não tem como fingir 24h por dia ser uma coisa que você não é. Em algum momento a contradição aparece, no dia a dia, na sua conduta, na sua postura. E isso passa uma mensagem muito errada e confusa.

Meu ponto é: é preciso estar mentalmente são para criar filhos mentalmente sãos. Uma pessoa que precisa de remédios para dormir não está mentalmente sã. Uma pessoa que precisa de uma bebida alcoólica para relaxar não está mentalmente sã. Uma pessoa que não consegue tirar ex da cabeça não está mentalmente sã.

O fato de a sociedade endossar, permitir ou tolerar uma série de sintomas não significa que a pessoa está mentalmente sã. O padrão para determinar se existe ou não problema mental não pode ser a tolerância/aceitação social, pois a sociedade está doente.

Então, antes de ensinar ou corrigir, observe se você, na sua vida, segue essa regra, independente do que a sociedade acha. Se não seguir, seu ensinamento provavelmente não será eficiente. E a culpa não é das armas, da internet, das drogas ou jogo de videogame. Objetos inanimados não são responsáveis por aquilo que você faz com eles.

Todo objeto inanimado pode ser usado para o bem ou para o mal, é responsabilidade dos pais preparar os filhos para que eles façam o melhor uso possível de cada objeto e é responsabilidade de cada um de nós zelar pela própria saúde mental e tomar uma atitude quando ela se mostrar afetada.

Provavelmente a maior parte das pessoas vai continuar tomando o caminho mais fácil e culpando objetos inanimados por tudo que dá errado em suas vidas e nas vidas das pessoas à sua volta, pois, além de ser muito mais fácil não assumir responsabilidades, também coloca no papel de vítima, um papel que gera inúmeros benefícios na sociedade atual.

O idiota que faz algo por burrice é ridicularizado. O negligente que faz algo por descuido, é ridicularizado. O ignorante que faz algo por desconhecimento, é ridicularizado. Basicamente, na sociedade atual, os erros são ridicularizados, criticados e repreendidos – e em rede social, que é para todo mundo ver. Só escapa disso… a vítima!

A vítima não pode ser ridicularizada, pois isso é considerado cruel. Então, a chave para não ter que assumir responsabilidade por suas escolhas nem ser publicamente avacalhado por elas é se colocar como vítima. E existem infinitos recursos para fazer esse “upgrade” de otário para vítima.

Pode ser distorcendo a situação, mentindo um pouco aqui, outro pouco ali, até que pareça que a pessoa não tinha escolha a não ser se colocar naquela situação. Pode ser chorando copiosamente e, obviamente se filmando, de modo a que cause constrangimento em futuras críticas (a pessoa que se filma chorando desce o último degrau possível de dignidade e saúde mental). Pode ser ainda tirando fotinho de si mesmo no hospital com soro na veia… o céu é o limite.

Vilanizar objetos inanimados é apenas uma extensão desse mecanismo de se fazer de vítima para não assumir responsabilidades. Toda vítima precisa de um algoz, nem que ele seja um objeto inanimado. E muitas pessoas abraçam essa mentira com tanta força, acreditam nela com tanta cegueira, que fazem de suas vidas uma cruzada contra esses objetos inanimados, achando que assim estão se protegendo e protegendo a sociedade.

A bola da vez é a internet, mas você pode guardar este texto, pois a premissa dele provavelmente vai servir para muitos outros “vilões” que surgirão. Tem uma horda de pessoas enfurecidas que tem a certeza de que 1) é possível controlar o conteúdo online e 2) o mundo será melhor se esse controle for colocado em prática.

Eu tenho certeza de que essas pessoas estão agindo na melhor das intenções, elas realmente acreditam nisso, seja por não conhecer verdadeiramente o funcionamento do mundo online, seja por precisar desesperadamente de uma solução prática para o problema. O tempo vai passar, as coisas não vão se resolver, provavelmente vão até piorar, mas, não se iludam, as pessoas vão continuar sem entender que não é o caminho. Vão pedir mais e mais leis.

Dá raiva, né? Quando a falta de consciência alheia atrasa a evolução social. Dá vontade de esfregar a verdade na cara das pessoas. Só que não adianta. O fato de ter a percepção de que são as pessoas que fazem cagada, portanto, é nas pessoas que temos que focar, já te coloca na frente da maior parte das pessoas. Não use esse conhecimento para pregar, antagonizar ou ameaçar ninguém. Coloque-o em prática, sem precisar falar sobre ele. Seja ele. Isso sim faz a diferença.

Não vamos conseguir impedir violência exterminando tudo que oferecer perigo à incolumidade física de alguém (pessoas matam até com tesoura e faca de cozinha). Não vamos conseguir impedir estupros com castração química (estuprador continua tendo boca, língua e muitos até usam pedaços de pau quando estão impossibilitados). Não vamos conseguir impedir abusos online regulando o ambiente online, pois não é humanamente possível fiscalizar tudo que é feito ali. O que nos resta? Aceitar que temos que proteger quem precisa de proteção, não via proibição e sim via educação.

Repito: o problema são as pessoas, logo, o foco deve ser nelas, inclusive de forma preventiva. Cuidar da saúde mental da população. Problema mental não é apenas comer fezes, falar sozinho ou entrar em uma escola atirando. É possível ter um problema mental e ser totalmente funcional. É possível ter problema mental e não ser completamente louco. É possível ter problema mental e ser até aplaudido por isso socialmente.

Vai e vem em uma relação conturbada? Você não está mentalmente bem. Incapaz de manter um relacionamento? Você não está mentalmente bem. Briga com quase todo mundo que conhece? Você não está mentalmente bem. Tudo dá errado na sua vida? Você não está mentalmente bem. Tudo de ruim que te acontece externamente, tem origem interna. Hora de parar de culpar objetos inanimados, inclusive planetas. A Astronomia agradece.

É hora de conscientizar a população de que também tem problema mental a pessoa que é agressiva online, que briga com desconhecidos, que ameaça, que se descontrola por causa de política, por exemplo. Muitas condutas que são normalizadas no Brasil e no mundo são sim problema mental e mereceriam mais atenção. São sintomas, que, se não tratados, podem crescer e se tornar um enorme problema. Não tem que esperar um problema mental ser grande, incapacitante ou perigoso para fazer algo a respeito.

Assim como mudamos os hábitos para melhorar a saúde de um corpo que está adoecendo (comemos melhor, fazemos exercícios etc.) deveria ser ensinado à população como cuidar da sua saúde mental: o que ajuda, o que prejudica, como prevenir, hábitos que fazem mal, sintomas de que algo está mal, quem pode te ajudar, como e quando.

A pessoa precisa saber o que fazer para manter a saúde mental bem. Também precisa saber o que fazer para melhorar se ela começar a deteriorar. Os pais precisam entender o que devem fazer se seus filhos apresentarem sinais de problemas. Professores, educadores, policiais, funcionários públicos no geral também precisam ser educados para identificar pessoas com problemas mentais e como interagir com elas.

Enfim, sabemos que nada disso vai acontecer tão cedo, mas, enquanto isso, você pode melhorar a sua vida observando e corrigindo cada vez que coloca a culpa de algo em um objeto inanimado.

Você também pode fazer a diferença tentando propagar a ideia de que para ensinar, é preciso dar o exemplo. Um ensinamento é como um presente que damos a alguém e, para dar um presente, você precisa tê-lo. Ninguém pode dar o que não tem. O que nos leva à próxima contribuição que todos podem dar: observar se seus atos condizem com aquilo que ensinam e, primeiro corrigir a si mesmos e só depois ensinar aos demais.

Não sei qual será o resultado da votação de hoje, sobre o projeto de lei que acha que pode controlar fake news (este texto foi escrito ontem), mas, seja lá qual for, a questão não vai se resolver com lei. Como já repetimos um milhão de vezes aqui, lei não educa. Lei é para pessoas que foram educadas das mais diferentes formas e, mesmo assim, não conseguiram ou não quiseram aprender.

Sei que boa parte da população deve estar pensando que o problema se resolve (ou ao menos se atenua) com essa (ou com alguma) lei. Deixemos estas pessoas com suas crenças, o tempo vai mostrar a realidade. Enquanto isso, você que sabe que não se resolve com lei, visto que problemas internos não se resolvem com remédios externos, continue investindo na sua saúde mental e atento à saúde mental das pessoas que te cercam.

E não caia na tentação de culpar objetos inanimados por problemas, nem de assumir (ou permitir que te coloquem no) papel de vítima para, de alguma forma, receber uma compensação. O papel de vítima é indigno e nenhuma compensação do mundo vale a sua dignidade.

Não importa qual seja o resultado da votação do projeto de lei hoje, o problema não vai se resolver. E você não pode resolver a situação de um país inteiro. Então, não se aborreça, não se estresse, não discuta. Faça sua parte: cuide da sua saúde mental e observe a saúde mental das pessoas que são importantes para você, ajudando, quando for possível, na medida em que for possível. Do resto, o tempo vai se encarregar.

Para dizer que tudo isso dá muito trabalho e prefere culpar objetos, para dizer que a culpa não é de objetos e sim da inveja ou ainda para dizer que a culpa é sua e você coloca em quem quiser: sally@desfavor.com

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Comments (18)

  • Desculpa Sally, mas se não me engano, eu lembro que vc tinha dito em textos passados que li aqui que vc é advogada, só não lembro se atua na area criminal ou não… mas bem, pra mim é estranho um advogado dizer que “Lei não resolve nada”, de fato, lei sem fiscalização não resolve nada… mas pra se cobrar algo primeiramente deve existir lei anterior que defina o crime. Você achar que não é bom regulamentar as redes sociais é teu direito de opinião, mas essa argumentação tua é nível “monark” de que se a internet é perigosa, então deixa ela sem regulamentação mesmo e ensina seu filho que não pode ver coisa feia na internet e pronto! tá resolvido! Então vamos fazer o seguinte, tira todas as leis e vamos simplesmente ensinar as crianças e pessoas em geral que não pode roubar né, pq tem lei contra roubar e as pessoas roubam, então deve ser pq ninguém ensinou elas… vamos tirar os juízes e agentes da lei e colocar professores e psicologos/psiquiatras pra “ensinar” as pessoas, pq lei não funciona, quando alguém for pego roubando chama um professor ao invés de um policial para “ensinar” pro indivíduo que não pode roubar, pq assim que ele souber ele não vai mais roubar né? Assim como as crianças que pelo menos alguns pais ensinam o que é errado e elas não fazem nunca mais não é mesmo? Ou então se ela tiver cometendo um crime por que está com problemas mentais a gente manda fazer tratamento psicológico e pronto! Podemos fechar todos os presídios do Brasil, veja só como é simples, esse tempo todo a Sally tinha a resposta e todos os juristas e estudiosos da lei por ai batendo cabeça à toa né não!? Inclusive as pessoas que tão fazendo essa lei não entendem nada de Leis né, até na Europa e em outros países estão regulamentando as redes, olha só que coisa ridícula né? Vamos mandar pra eles um email falando que não precisa de lei nenhuma, lei não funciona, ensina as crianças assim… “ai ai ai, que feio! Vendo site com conteúdo nazista e sobre ataque em escolas! já falei que não pode entendeu!!’ e pronto! tá resolvido tudo, fácil fácil! Pra que leis né? Deixa as redes sociais lá com os conteúdos todos que as crianças não iram ver nada se os pais falarem pra não ver, pq lei não funciona de nada, mas a educação dos pais funciona infalivelmente, é só falar e dar o exemplo… por exemplo se os pais não mentissem as crianças não mentiriam né? é só ensinar e dar o exemplo que tá tudo resolvido, aprendi isso com a tia Sally, como nunca pensei nisso antes!?! Vamos espalhar aos quatro cantos esse ensinamento máximo! “ensine e de exemplo” e o mundo deixara de ser perigoso pras crianças! Pode liberar partido nazista tbm, que ninguém vai querer entrar pro partido pq eles sabem que é errado, não é mesmo? Perfeito sua lógica Sally! Meus parabéns!

    • É tanta diarréia….

      Vou só comentar algo simples:
      -UE só realmente regula invasão de privacidade de grandes empresas no cidadão (por isso Google e Facebook vivem em apuros por lá); no mais expandem leis pré existentes sobre crimes para que sua contrapartida online possa ser aplicável – nem de longe o que se propõe aqui e o que veio do Marco da Internet.
      -Reino Unido tem leis bem parecidas com a da Fake News (especialmente “discurso de ódio”) e isso só faz com que cidadão médio seja preso e pague multa e grandes figuras sigam impunes.

      Tem gente que tá tão fora da casinha que me pergunto se conseguem andar e respirar ao mesmo tempo.

      • “Tem gente que tá tão fora da casinha que me pergunto se conseguem andar e respirar ao mesmo tempo”. Também passo por isso às vezes. E, inclusive, me faço a mesma pergunta…

    • Desculpe se eu quebrar pra você o encanto da maternidade/paternidade, mas o que seus filhos veem na Internet é responsabilidade SUA. Por um motivo bem simples: a criação deles é responsabilidade SUA.

      Partimos da premissa básica de que é impossível erradicar os idiotas e a idiotice do mundo. Sempre vai existir gente idiota tendo ideias idiotas, defendendo ideologias idiotas, e por aí afora. O caminho mais seguro e realista, portanto, é se blindar e blindar quem é de sua responsabilidade contra a idiotice alheia. Querer que o mundo funcione diferente é wishful thinking.

      Querer que o nazismo e ideias similares simplesmente evaporem das redes sociais por meio de canetada é devaneio, porque nada te impede de ir discursar em outro lugar, ou mesmo criar um novo lugar quando as portas das redes tradicionais se fecharem pra você. A existência da dark web e similares é prova de que quem quer cometer crimes online dá um jeito, e vai lá e faz.

      Responsabilidade pelo conteúdo consumido pelas crianças na internet não é do Estado, nem do dono da rede social. É dos pais. Se você não controla – ou pior, não quer controlar o que seus filhos consomem – pense bem se ter filhos é uma boa ideia.

  • Muitas pessoas criam um argumento falso e tentam passar como verdade ou uma verdade e tentam fazer com que seja falso. É muito triste isso. Ano passado nas eleições, foi um terror as acusações de grupos de esquerda com direita e vice-versa. Parei até de discutir sobre política, futebol e religião. Sigo as minhas convicções, acreditando no que é o certo. Se erro, mudo de opinião, não fico com “viseira e cabresto”, só olhando pra frente. Tenho me espiritualizado mais, e com isso ganho mais confiança e menos discusão, pois, não adianta nada se irritar com as opiniões, que muitas vezes são meramente pra irritar mesmo.
    Pessoalmente estou seguindo em frente. Agora a respeito da Fake News mencionada é muito triste, ver uns se achando o rei e querendo impor o que é falso e o que é verdadeiro. Quem é que vai definir o que é falso e o que é verdadeiro?

    • Esse é meu medo: que o governo defina o que é falso e o que é verdadeiro e, a cada quatro anos, tudo mude. Imagina que inferno viver assim? As pessoas vão perder o discernimento e recorrer a respostas prontas para saber o que é verdade ou não. O senso crítico, que já é pouco, ficaria ainda menor.

      • É mesmo né Sally… que saco isso né!? A cada quatro anos eles jogam fora a Constituição e o Código Penal Brasileiro, e fica mudando tudo né… um Governo vem e cria lei que apoia discurso de ódio, Nazismo e Ditadura, ai depois vem outro que cria todas leis de novo que proíbem essas coisas, que saco né? É um absurdo mesmo um governo ter criado um conjuntos de leis chamada “Constituição Federal”, pra querer falar o que é crime e o que não é.. absurdo! Anarquismo já? Governos não podem falar se é verdade ou mentira que negros são inferiores, ou que minorias tem que se calar diante da maioria, que medo de um governo que me diga o que eu posso ou não fazer né? Anarquia já!!

      • “Esse é meu medo: que o governo defina o que é falso e o que é verdadeiro e, a cada quatro anos, tudo mude”. Em alguns lugares do mundo já deve ser assim…

  • Fazer o sinal do L ou o sinal da arminha era coisa de GADO

    Tem caminhos mais fáceispara silenciar desafetos sem contrariar interesses políticos de caráter fisiológico.
    Uma das possibilidades é remexer no Capítulo V do título I da parte especial do código penal e trazer o conceito de “crimes de ódio”, incluindo-se aí o nebuloso conceito de “discurso de ódio” para esse âmbito. Outra possibilidade é puxar isso para o contexto da lei 7716/89.
    Mas ao que parece o objetivo nesse primeiro momento não é esse.
    Não se engane. A intenção no caso do famigerado PL das Fake News era outra. O foco aí é alimentar uma onda de conspiracionismo para criar uma cortina de fumaça com finalidades demagógicas.
    Não preciso dizer que nas maracutaias do tempo da Copa, o infame Orlando Silva era mais sujo que pau de galinheiro, sendo que apesar de tudo o cara de pau voltou.

  • É desalentador ver que tem tanta gente por aí perdendo tempo tentando mudar o que não pode ser mudado e não fazendo absolutamente nada quanto àquilo que realmente pode. Também é preocupante perceber ainda que haja tantos achando que tudo vai se resolver magicamente com leis inócuas que, na verdade, são criadas apenas para calar a boca dos muito ingênuos e daqueles que “reclamam demais”.

  • Pena que vocês não acompanham canais de comentário no YouTube, o que tem de “vítima” fazendo merda ou se envolvendo com gente merda e depois chorando, dizendo que foi manipulado, que tá sofrendo hate, fazendo exposed, ou até tentando se matar, e acabando com todos paparicando porque né, VÍTIMA, não tá no gibi.

    • A pessoa que faz isso recebe o que procura: atenção, afago, menos cobrança…
      Só é indigno, mas os indignos nunca percebem que estão se portanto com indignidade.

  • Ótimo texto, Sally.

    Ando bastante preocupada com o rumo que as coisas andam tomando, especialmente quando penso nas crianças e adolescentes da minha família… Vou buscando me cuidar para poder ajudá-los também

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