Israel x Hamas

O conflito entre Israel e Hamas já deixou pelo menos 3.500 mortos, segundo as informações oficiais divulgadas por autoridades dos dois lados. O número de mortos em Gaza não para de subir com os bombardeios israelenses. O Ministério da Saúde da Palestina fala em 2.215 mortos até amanhã deste sábado. Israel contabiliza 1.300 mortos nos ataques do Hamas da semana passada. Além desses mortos, Israel afirmou ter encontrado 1.500 corpos de membros do Hamas em seu território na última terça-feira (10).


Esses são os dados mais recentes da carnificina. Quando estamos falando desses números, discussão política deveria ficar em segundo plano. Deveria. Desfavor da Semana.

SALLY

Hoje não queremos falar de Israel, da Palestina, do Hamas ou de tudo que aconteceu para que as coisas cheguem ao ponto que chegaram. E há um motivo muito simples: absolutamente nada justifica o que está acontecendo.

Foi uma longa e dura semana de “Mas Israel fez isso, mas Israel fez aquilo”. Israel ou qualquer outro país não tomam suas decisões consultando o povo, quem toma as decisões são Chefes de Estado. Barbarizar alguém nunca é a solução nem é aceitável, mas barbarizar alguém por aquilo que o Chefe de Estado fez é de uma bizarrice extra.

Imagina como você se sentiria se estrangeiros invadissem a sua casa, estuprassem as mulheres, degolassem as crianças, botassem fogo em tudo ou sequestrassem membros da sua família motivados pelo que o __________ (complete com “Lula” ou “Bolsonaro”, aquele que você mais desgostar) fez. Você acharia isso justo, proporcional ou aceitável? Ambos poderiam ter causado isso se o país não estivesse na América do Sul.

“Ain mas Israel fez também”. Igualmente condenável. Barbárie contra civil tem nome: terrorismo, não importa quem faça. E terrorismo não pode ser aceito, por mais que você desgoste ou discorde do país, dos políticos ou dos civis. Estamos em 2023, esperava-se que o ser humano tivesse virado essa página tenebrosa da sua história ou que ao menos relembre que isso não é legal e não acaba bem.

Mesmo quem não tem um grau de consciência elevada deveria pensar duas vezes antes de aplaudir, defender ou justificar agressão, tortura, estupro, sequestro e morte a civis, se não pode humanidade, por estratégia: se isso for validado, se isso não for muito bem repudiado, um dia pode chegar a você. Se isso for tolerado e o mundo estabelecer esse tipo de ação como forma válida de lidar com conflitos, um dia pode ser na sua casa.

Não tem “mas Israel…”. O que está acontecendo é inaceitável. Não tem “mas”. Não tem “sou solidário às vítimas, MAS…”. Não. Qualquer coisa que tenha acontecido ficou pequena diante do que estamos assistindo. Não existe nada que justifique isso e esse é mantra que deve ser repetido.

Não tem “mas”. Apenas repúdio. E não me refiro a virar ativista, pintar o corpo e fazer protesto. Me refiro a trabalhar sua saúde mental em meio a um evento horripilante, em meio a notícias como “40 bebês degolados clique na foto”. Porque sim, a mídia vai expor detalhes sangrentos em busca de cliques. Cuide da sua saúde mental não consumindo isso e mantenha-se na consciência sem tomar lados.

“Quer dizer que agora eu não posso mais achar que alguém está certo ou errado?”. Não, Pessoa Quer Dizer, não é isso. O que estamos dizendo é que os eventos são de tal magnitude que não importa mais quem tem “razão”, não há mais razão agora. Existe uma questão gravíssima que ofusca quem tem “razão” no conflito territorial. É como estar com o braço quebrado e querer ir ao salão fazer as unhas: primeiro tem que cuidar da fratura, depois se pensa no resto. Tem algo gritante acontecendo, muito além desse conflito e tirar o foco disso para falar de qualquer outra coisa é um desfavor.

Foda-se quem está certo no conflito territorial, o que está acontecendo é inaceitável. Pelo bem do mundo, pelo bem da humanidade, o foco agora tem que ser: isso é inaceitável, o que podemos fazer para que isso nunca mais se repita? Está se repetindo. Tem verdadeiras barbáries acontecendo na Ucrânia e em muitas outras partes do mundo.

E parece ser um movimento crescente. Depois não entendem como nazismo e outros movimentos no estilo conseguiram chegar tão longe: é assim, com pessoas distraídas tomando lados pelas disputas e relativizando direitos humanos.

O problema não é apenas terrorismo contra civis inocentes que não tomaram nenhuma decisão de Chefe de Estado, o problema é ver o brasileiro tomando lados em vez de apenas repudiar qualquer abuso contra pessoas inocentes. Não tem “mas”, é inaceitável e ponto final.

A vontade de polarizar, de discutir e de ter razão é tanta que nem quando acontece uma barbárie tamanho GG as pessoas soltam o osso do tomar lados. É preocupante. É assustador. O que você acha sobre esse conflito é irrelevante perto do que está acontecendo, retire-se à sua insignificância e seja humano, repudie a morte de civis inocentes.

Mas… Brasil, né? O Brasil não falha. Tem movimento LGBT defendendo e torcendo para o Hamas (certamente seriam decapitados por eles), tem MST dizendo que quem invade a terra alheia merece morrer, tem filho da puta que custa 20 mil reais por mês do seu dinheiro humilhando mulher estuprada por terrorista em rede social.

Eu te garanto que se você supostamente agisse errado em algum contexto, você mesmo acharia um absurdo que alguém invada sua casa, barbarize, estupre, mate ou sequestre a sua família. Eu te garanto que nenhum erro seu, por mais grave que seja, faria você relativizar alguém decapitar seu bebê. Se fosse com você, certamente você diria que nenhum erro justifica isso. Por qual motivo não se tem empatia quando acontece com os outros?

Provavelmente pela vontade doentia de ter opinião sobre tudo, de participar de algum clubinho pró/contra, de se distrair se metendo em conflitos alheios para não olhar para a própria vida, que deve estar uma bela bosta e para não olhar para as próprias questões, que devem estar muito mal resolvidas.

Civis não são responsáveis pelas decisões de seus Chefes de Estado. A Palestina não é o Hamas. Violência nunca é a melhor solução. Barbarizar civis nunca pode ser sequer uma hipótese cogitada. São coisas que se esperava que, a essa altura do campeonato, em um mundo diverso, plural, com amplo acesso à informação e no qual todos tem voz fossem óbvias. Infelizmente não são.

Você não pode mudar o mundo, mas pode se manter na sanidade, o que já é bastante, considerando o seu entorno. Ninguém salva o mundo, cada um salva a si mesmo e isso se reflete de forma coletiva. Faça a sua parte. Foque na sua parte. Não participe de bate-boca, não participe de espetáculo voyeur de violência, não use seu tempo para tentar convencer terceiros. Mantenha a sua mente no lugar certo e trabalhe sua saúde mental, isso é o melhor (e o único) que você pode fazer agora.

E, se estiver com a mente em bom lugar, entenda que pessoas tem graus distintos de consciência e não cabe a nós julgar ou atacar por uma pessoa não ter chegado no grau que achamos ideal. Tomara que você consiga ter essa percepção, pois eu não estou conseguindo. Estamos todos fazendo nosso melhor neste mundo, mas, puta que pariu, o melhor de algumas pessoas é realmente uma verdadeira bosta.

A expectativa para o novo século era carros voadores, cura do câncer e evolução espiritual. A realidade é pandemia, guerra e símios aplaudindo e/ou tomando lados. Não seja sugado por esse vórtice de desumanidade, de insanidade, de inconsciência: nada justifica barbarizar civil inocente, mesmo que você não goste deles, não concorde com eles ou não os apoie.

Fica a lição: no Brasil degolar bebê gera menos repúdio do que fazer piada com bebê degolado.

Para dizer que “condena terrorismo mas…”, para dizer que tem que tomar um lado se não, não vai conseguir demonstrar virtude e superioridade moral ou sentir pertinência ou ainda para dizer que 99,99999% dos brasileiros sequer têm todas as informações sobre o histórico desse conflito para tomar um lado: sally@desfavor.com

SOMIR

Achamos importante reforçar: o Hamas é um grupo terrorista. Não nasceu como terrorista, mas radicalizou de tal forma que toda sua existência é baseada na destruição de Israel. Quando realizam os ataques bárbaros contra civis israelenses, sem nenhum objetivo militar, puro massacre de pessoas indefesas, abandonam qualquer semblante de ideal político.

E aí, Israel tem sua mão forçada. Quando o outro lado pelo menos finge que está dentro das regras da guerra moderna, existe a necessidade de calcular o que é proporcional ou não. O Hezbollah, por exemplo, ainda tenta manter alguma fachada de ordem nos seus ataques ao país judeu: existe até um acordo não informal de olho por olho entre eles e Israel. O que um fizer, o outro faz igual na área da fronteira com o Líbano. Os ataques são sempre em alvos militares, e se nenhum deles escalar além de tiros e bombas eventuais, a coisa fica na mesma.

Ainda é uma insanidade, mas é uma insanidade com regras. De certa forma, Israel acreditava estar nessa relação com o Hamas também. Até que os islâmicos jogaram tudo para o alto e resolveram transformar conflito em terror puro. Tamanha era a crença de Israel nesse impasse limitado que estavam fazendo uma rave a poucos quilômetros da Faixa de Gaza!

Estou estabelecendo isso porque ao mudar de fase no enfrentamento e escolhendo fazer terror, o Hamas decidiu por Israel o que fazer em resposta. Não há mais proporcionalidade como escolha. Proporcional seria mandar um bando de soldados israelenses para invadir prédios civis em Gaza e sair matando, estuprando e torturando indiscriminadamente mulheres e crianças palestinas. Por mais errados que sejam os métodos israelenses nessas últimas décadas, é uma linha que não podem cruzar.

Eu gostaria, de coração, de achar que é uma linha que não querem cruzar, mas é suficiente por enquanto acreditar que não podem: o suporte do mundo ocidental, vulgo Estados Unidos, depende de um mínimo de obediência às regras da guerra moderna. Israel fez e faz muita coisa que empurra a linha entre disputa militar e terrorismo, mas não se joga de cabeça na brutalidade absoluta que o Hamas fez semana passada.

Então, não tem proporcionalidade disponível. O que tem são as regras do jogo das guerras modernas, e elas presumem que toneladas de bombas de cima para baixo são mais humanitárias que metralhar civis indiscriminadamente. É o que sobrou para Israel fazer. Porque perdoar não é uma opção. Os judeus não vão deixar o ataque terrorista sem resposta, ninguém espera que fique sem resposta.

Se deixar sem resposta, os terroristas vencem. Se recuar por causa dos civis usados como escudo humano pelo Hamas, os terroristas vencem. Se a Faixa de Gaza voltar a ser como era antes dos ataques, os terroristas vencem. A única forma de dar qualquer senso de segurança e validade para o Estado Israelense passa por um ataque gigantesco contra os palestinos. Num mundo ideal deveriam pegar apenas os terroristas do Hamas, mas é parte da estratégia do Hamas ficar escondido atrás de civis depois de cada ataque.

Não tem o que fazer de muito diferente. Inclusive na parte de cortar água e energia da Faixa de Gaza: é assim que se combate sequestrador no mundo todo. Você torna mais e mais difícil a manutenção dos reféns, reduz sua capacidade de coletar e usar informações sobre o mundo exterior. Se fosse um sequestro “normal” aqui no Brasil e a polícia cortasse a água e a luz da casa para forçar o sequestrador a se entregar, a maioria das pessoas concordaria, não?

A triste verdade é que as leis da guerra atuais são mais sugestões: não é à toa que países como os EUA e Rússia não aceitam a jurisdição do Tribunal Penal Internacional, quem vive em estado de guerra sabe que precisa fazer escolhas trágicas o tempo todo. Quando o adversário não respeita nenhuma dessas regras, você fica com as duas mãos amarradas nas costas se respeitar. Fazer tudo do jeito mais humanitário possível simplesmente evitaria que o Hamas sofresse consequências pelos seus atos.

Criou-se uma ilusão que resolvemos o pior das guerras desde a criação da ONU e das convenções como a de Genebra. Não resolvemos: leis só funcionam de verdade quando alguém pode garantir seu cumprimento. O Hamas não tem obrigação de fazer as coisas do jeito “humano” e claramente não o fez. O mundo não pode ser ideal só de um lado, senão o terrorista atira em você e fica invulnerável ao se esconder atrás de uma criança. Isso geraria uma reação em cadeia que colocaria fanáticos sem escrúpulos no poder em todos os países do mundo.

Eu sei que é horrível a ideia de que Israel matou e ainda vai matar mais milhares de civis inocentes em Gaza, mas é muito importante entender que a escolha foi feita pelo Hamas. O tempo para evitar que Israel criasse essa cobra no seu quintal já acabou: o suporte à Palestina tinha que ter vindo muito antes, e tinha que ter sido muito mais agressivo. O abandono generalizado dos palestinos permitiu o crescimento de um grupo terrorista até ele ter poderes ditatoriais sobre a Faixa de Gaza.

O “mundo ocidental” não está matando os palestinos agora, ele o fez nas últimas décadas. Agora só sobrou Israel com milhares de mortos de forma brutal por um ataque terrorista para lidar com a situação. O povo da “Palestina Livre” está reclamando de um filme pronto depois de ter aprovado o roteiro décadas atrás. Israel tinha que ter sido controlada nos seus abusos contra os palestinos, mas isso foi há muito tempo atrás.

O que temos agora é o Hamas pagando pelas suas escolhas, e o povo palestino que não apoiava o Hamas pagando junto. É injusto. É injusto que inocentes israelenses tenham sido massacrados por terroristas, é injusto que pessoas comuns que vivem em Gaza sejam massacradas por ataques militares contra o Hamas. É tudo injusto. Mas é o resultado de ações muito mais antigas que a última semana de confrontos.

Israel vai fazer algo muito grande contra a Faixa de Gaza, algo que provavelmente vai quebrar ainda mais regras humanitárias, mas temos que entender que isso é apenas o resultado de escolhas que o mundo todo fez sobre a região desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Não dá para apoiar Israel tomando todo o território palestino à força por quase 80 anos e depois ficar surpreso quando o resultado é barbárie.

Alguém vai ter que ganhar essa disputa. E vai ser feio por qualquer ângulo que se olhe. Israel não tem outra coisa a fazer senão atacar o Hamas com tudo o que tem e fazer os palestinos inocentes pagarem juntos. O Hamas não tem outra coisa a fazer senão se tornar mais e mais terroristas com o passar do tempo. Um vai matar o outro, e como sabemos, Israel tem o suporte dos EUA, que já escolheu quem vai viver e quem vai morrer naquela região.

Tarde demais para entrar na disputa. Tarde demais para politizar o que não é mais político, é ódio puro. A janela de oportunidade passou e agora Israel vai fazer o que mundo disse que ela poderia fazer. O Hamas sabe disso, e provavelmente só queria morrer causando o máximo de dor possível no inimigo. Guerra é horrível. Ponto.

Para dizer que Vidas Palestinas Importam (tarde demais), para dizer que o imperialismo tem que ser impedido (tarde demais), ou mesmo para dizer que Israel começou (tarde demais): somir@desfavor.com

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Comments (12)

  • Eu sei que é horrível a ideia de que Israel matou e ainda vai matar mais milhares de civis inocentes em Gaza, mas é muito importante entender que a escolha foi feita pelo Hamas. O tempo para evitar que Israel criasse essa cobra no seu quintal já acabou: o suporte à Palestina tinha que ter vindo muito antes, e tinha que ter sido muito mais agressivo. O abandono generalizado dos palestinos permitiu o crescimento de um grupo terrorista até ele ter poderes ditatoriais sobre a Faixa de Gaza.

    O Hamas é produto de mais de 70 anos de anexação dos territórios palestinos, parece-me que são a tradução da expressão gota d’água. Já era previsível que esse caldo entornaria. Para quem estuda Relações Internacionais e Ciências Políticas, o direito à resistência se expressa de inúmeras maneiras, o que o Hamas está fazendo é nada mais, nada menos que isso, ainda que por vias tortas.
    O meu receio é que com esse revide violento israelense, crie-se ressentimento entre os povos árabes os ataques terroristas aumentem ainda mais pelo mundo. Não seria uma surpresa.
    Em alguma passagem do texto, o Somir disse responder belicamente seria a única opção para Israel. Eu acho que seria uma oportunidade para negociar com o Hamas, mas isso não aconteceria porque Netanyahu precisava de um inimigo comum para unir o povo israelense que via cada vez mais maus olhos para as suas decisões.
    Infelizmente, não consigo ser inferente a todos esses anos de hostilidade que Israel vem praticando frente ao povo palestino.

  • Volta e meia falam da problemática das ocupações israelenses, principalmente na Cisjordânia, mas é convenientemente desconsiderado o fato de que o grosso desses assentamentos foram ganhar força no período compreendido entre 1967 (guerra dos seis dias) e 2000 (quando foi acertado o acordo pelo qual a Cisjordânia e a Faixa de Gaza passariam em teoria ao controle da “autoridade palestina”) e que o controle de fronteiras passou a ser mais duro a partir de tal acordo, que coincidiu com a segunda intifada do Hamas, em reação contra o acordo acertado entre Israel e Yasser Arafat, então representando a autoridade palestina pelo Fatah.
    E depois ficam falando que os israelenses praticam apartheid contra os palestinos, mas isso foi algo que ganhou forma justamente a partir da segunda intifada.
    Na questão dos assentamentos, a influência dos GUSH EMUNIM foi bastante relevante.

  • “Não tem “mas”. Apenas repúdio”
    Corretíssimo, nada justifica.
    Não só contra civis, soldados também tem família, pais, filhos, não pediram para estar em um campo de guerra que nao é sua, estão obrigados a viver uma situação que discorda até ser tomado pelo ódio da situacao, ou mata ou morre.
    Lamentável, novamente.

      • Chefe de Estado eleito pelo povo. Curioso que a senhora tenha deliberadamente esquecido tal fato, provavelmente por conveniência argumentativa (também conhecida como desonestidade intelectual).

        • Jura? Jura mesmo? Jura que você não percebeu a bosta que escreveu?

          Ser eleito pelo povo não dá o direito de cometer atrocidades contra seu povo ou contra qualquer outro povo. Ser eleito pelo povo não avaliza violações a direitos humanos. Quando Bolsonaro, eleito pelo povo, se portou de forma lastimável durante a pandemia, nós avalizamos isso por “ter sido eleito pelo povo” ou criticamos? Político eleito não é Deus, pode e deve ser criticado, ser condenado e ser removido do cargo. Tá feliz que recebeu seus cinco minutos de atenção diários? Aproveite bem, essa foi sua esmola do mês, daqui para frente não vou mais aprovar comentário seu, não acho válido interagir com quem acredita que voto do povo é justificativa para morte, barbárie e destruição.

  • E é isso que pouca gente está falando: a Palestina é praticamente área de treino para crimes de guerra há quase 1 século, e sempre viraram as coisas ao local. A impressão que dá é que os ataques foram uma resposta inevitável ao que vem ocorrendo.

    Não, não estou justificando ou acho que foi correto, apenas que é a impressão que dá: bateu tanto no saco de pancadas que ele resolveu estuprar a filha do algoz com um espeto de churrasco.

    E é isso que ninguém fala. É essa complexa relação de crimes de guerra por décadas a fio, descaso mundial e uma reação desmedida que criaram esse estopim. E como já tem alguns vizinhos dando um apoio considerável ao Hamas, não duvido que acabarmos com uma guerra pior.

  • Se não há mais espaço para proporcionalidade, então os mortos palestinos valem menos que os israelenses. E o Isentão ainda diz defender a “humanidade”…

    • Só que não foi isso que eu escrevi… eu disse que não há proporcionalidade porque Israel não quer ou não pode fazer a exata mesma coisa que o Hamas fez.

    • Des Qualificado

      Acho que te conheço de algum lugar…de um outro post,talvez?
      A julgar pela baixa capacidade de interpretar textos e esse raciocínio nebuloso,só pode ser você!
      Já aprendeu hebraico pra gente debater?Ou pelo menos algo a respeito desse conflito secular que parece que você quer reduzir a um “nós contra eles” ou “Israel mau,terrorista islâmico bom,uga buga uga buga”?

      PS:Se não for você,desconsidere e desculpe-me.

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