Autor: Sally

Peixe-Dourado-de-Aquario

Uma pesquisa realizada pela Microsoft sugere que o tempo de atenção dos seres humanos já é mais curto que o dos peixinhos dourados –e isto pode ser culpa da tecnologia.

http://www1.folha.uol.com.br/bbc/2015/05/1629956-tecnologia-deixa-humanos-com-atencao-mais-curta-que-de-peixinho-dourado-diz-pesquisa.shtml

É oficial: a tecnologia, que supostamente foi criada para nos ajudar, está deixando o ser humano com um poder de concentração inferior ao de um peixinho dourado, animal usado como referência negativa em matéria de atenção.

É isso, estão todos muito focados na porra do computador, na bosta do celular, na merda da televisão e acabam vendo tudo e não vendo nada. Daí chega-se ao ridículo de desaprender a discernir o que é realmente importante, o que é realmente valioso na vida.

O estudo diz com todas as letras que essa vida digital gera “dificuldades em se concentrar em ambientes onde a atenção prolongada é necessária, DEVIDO À ADRENALINA DO QUE É NOVO”. Novidade tira o foco, né não? Novidade é divertido, novidade atrai, a ponto de esquecer o que realmente é importante, o que realmente interessa.

Daí essas bostas eletrônicas vão consumindo o cérebro de babacas que se deixam dominar por elas até a massa encefálica virar patê e a pessoa, por exemplo, sequer desconfiar se seu celular aparecer com histórico apagado. NORMAL, super normal o celular ser auto-limpante. Imagina! Vai estranhar o que? Meu celular se limpa sozinho todos os dias, inclusive outro dia entrei no box e ele estava tomando banho!

Daí gente que fode completamente com seu poder de concentração termina por fazer péssimas escolhas, que nem um peixinho dourado faria. Um exemplo meramente ilustrativo: um peixinho dourado leva seu celular com ele, onde quer que ele vá, não o esquece em cima da mesa para que qualquer pessoa possa olhar seu conteúdo. O ser humano não, o ser humano hoje está tão distraído por babaquice, que é capaz de uma porra dessas.

Outro exemplo meramente ilustrativo: um peixinho dourado pega seu celular, vê o histórico apagado e se pergunta o que foi que aconteceu. Pergunta para os coleguinhas em volta, principalmente se eles forem baixo nível e armadores, porque tudo foi deletado, porque sua privacidade foi invadida (vai você invadir a privacidade de um peixinho dourado para ver o que te acontece). Sabe o que acontece? O cérebro privilegiado do peixinho dourado consegue reter uma informação na sua pequena mente por incríveis NOVE segundos, tempo suficiente para perceber que talvez exista algo errado. O do ser humano não, no sétimo segundo ele olha para o lado e esquece que tinha algo errado!

Ao que tudo indica, o humano pega o celular, vê que foi tudo apagado e quando vai questionar, olha um decote e se distrai. O ser humano é uma merda. UMA MERDA. O mesmo ser humano que cobra que os outros estejam sempre atentos, sempre desconfiados, que não acreditem nem engulam fácil tudo que escutam, é capaz de uma imbecilidade dessas. E aparentemente os eletrônicos tem uma parcela de culpa nisso, além, é claro, da imbecilidade cavalar de quem faz uma porra dessas. Se acha tãããão esperto e caga tãããão no pau de uma forma tããão vergonhosa… Estão sentindo a vergonha alheia que eu estou? Estão? ESTÃO?

Tem gente que parece não saber diferenciar o que é importante do que é urgente. Deixa o urgente tomar a frente da sua vida e vai deixando o importante de lado, de lado, de lado. Tudo por não conseguir focar no que é realmente importante. Não tem foco, fodeu seu cérebro de tanto usar eletrônicos, qualquer merda distrai, não tem atenção, não tem inteligência emocional, o que por sinal, ficou bem claro. Inteligência e inteligência emocional não se confundem, taí Sheldon Cooper, Dr. House e tantos outros personagens patéticos que amamos para confirmar. Dr. House, o fodão, o diagnosticador, o Todo Poderoso no Controle, se comportando como um imbecilóide perto da Cameron. É tão clichê que chega a ser risível.

Quando falta foco no que é importante, acabamos esquecendo-o. E quando se esquece do que é importante, se passa uma mensagem muito clara: não era tão importante assim, se fosse, seria lembrado. De limpar o cu depois de cagar ninguém esquece não, né? Não, claro que não, ninguém quer vestir as calças e a cueca com o cu sujo de merda, é importante que o cu esteja limpo. Mas aparentemente, eu sou menos importante do que limpar o cu. Tá bonito, tá lindo, tá joinha. Eu tô super feliz, vocês nem tem ideia!

Façamos um exercício mental aqui: será que se o peixinho dourado estivesse sozinho, sem nada para fazer, sem nada para distrair, e visse seu celular com TUDO apagado, ele não se perguntaria what the fuck aconteceu ali? Sim, ele se perguntaria. Mas havia distração, AHHHH, HAVIA DISTRAÇÃO, ele levou a distração para casa e esqueceu a pergunta rapidinho, a pergunta que era importante, a pergunta que era determinante para decidir qual caminho trilhar. Somos todos peixinhos dourados? Somos todos Dodôs? Basta uma moedinha brilhando que pulamos no penhasco? DESCULPA, EU NÃO SOU.

Estou cansada, estou farta, estou de saco cheio de “eu não pensei” como desculpa válida. Milhões de anos de evolução e o mais potente cérebro do reino animal te colocam na obrigação de pensar SIM. TEM QUE PENSAR. TEM QUE. Não pensar é descaso, é se vender barato por uma distração. Fácil vilanizar alguém quando uma antagonista gostosa está bem na sua frente, ajuda a validar uma decisão que já estava mentalmente tomada. Atenção no que é urgente, desatenção no que é importante. Parabéns a todos os envolvidos por essa linda piada de mau gosto que estragou minha semana.

Só não acho que eu deva tratar como urgência que me tratou com desimportância. Quer falar comigo? Cêjura? FAÇA POR MERECER. D-Á S-E-U J-E-I-T-O M-A-N-É, porque eu não vou tratar com status de urgência quem me tratou com desimportância. Pode ligar 500 vezes, não é urgente para mim. SE VI-RA. Não é problema meu, literalmente, essa pica não é minha. Mostra do que é capaz, vai precisar de muito mais do que um recadinho no estilo “foi um mal entendido/eu não tive culpa” via desfavor para me fazer sentar e conversar. Conversa com a Débora, ela certamente deve estar querendo bater um papo.

E, para fechar, não se preocupem que o Desfavor não vai acabar, porque eu, ao contrário de certas pessoas, sei priorizar o que é importante em detrimento do que é urgente. Já tive mil urgências nesses sete anos e nunca deixei de postar, de participar. Eu quero, gosto e preciso manter perto de mim pessoas que eu amo, e eu amo todos vocês. Não sou burra de jogar no lixo pessoas preciosas que eu passei anos garimpando para achar e investindo diariamente meu tempo. Não, eu não faria isso. Quão merda eu seria se fizesse isso? Bastante, né? Não, obrigada. Eu quero colocar minha cabeça no travesseiro tranquila todas as noites: eu mantive as pessoas queridas perto de mim.

Quer trazer para cá a discussão? Sem problemas, quanto mais gente puder ver o esculacho que eu vou te dar, melhor.

Para ficar mudo por medo, para ficar mudo por medo de ser uma trollagem (digo e repito, não é, está acontecendo) ou ainda para ficar mudo por vergonha alheia do peixinho dourado: sally@desfavor.com

São três horas da manhã. O celular toca causando aquela taquicardia que antecede a uma notícia ruim. Um número desconhecido aparece no visor. A preocupação faz nascer forças no meio do sono para atender:

Sally: Alô?
Tomir: Oi, sou eu, Tomir
Sally: Oi…
Tomir: Oi
Sally: Está tudo bem?
Tomir: Não sei

Continue lendo

Estar apaixonado é uma verdadeira bosta. Sim, estou abrindo com uma frase de impacto, um recurso medíocre, porém sincero. Estar apaixonado é um saco, um inferno, um incômodo. Não entendo por qual motivo as pessoas gostam e desejam se apaixonar. Ahh os idiotas… eles adoram estar apaixonados! Se apaixonar é um atraso de vida. Claro, é inerente ao ser humano, assim como cagar também o é. Não necessariamente tem que ser agradável por ser natural.

Continue lendo

Hoje o Desfavor comemora o Dia dos Fracos. Em homenagem, hoje a Tia Sally explica para vocês direitinho o que são e como funcionam os vícios. A fascinante jornada de um ser humano rumo à dependência de uma substância ou mesmo de um comportamento. Se você é fraco ou lida com gente fraca, este texto pode te ajudar a pelo menos entender melhor como as coisas funcionam. Conhecimento é poder.

Continue lendo

Não, não tá legal não. Não dá. Dá licença que hoje eu estou atacada! Tem coisa que a gente NÃO consegue deixar passar. Homem é bicho escroto ao quadrado, mesmo em situação vexatória, tira onda. Semana passada eu li a notícia sobre um cidadão SEM PÊNIS botando banca que tinha levado mais de cem mulheres para a cama, pagando inequivocadamente de gostosão. Homem não tem noção de ridículo, e isso seria problema o bastante sem o fato de das palhaças aqui pagarem esse pato.

Continue lendo