Por muitas décadas o sonho das crianças brasileiras era ser jogador de futebol. Era assim que se traduzia a falta de ambição deste povo. Uma “carreira”, que de carreira não tem nada, está mais para status social, onde não se precisa estudar, nem ser inteligente mas se pode enriquecer de uma hora para a outra e aliar dinheiro à fama e todas as consequências que advém disto: carrões, mulheres e etc. Porém, de uns tempos para cá percebi uma pequena variação. O sonho tosco de ser jogador de futebol e subir na vida sem esforço encontrou um companheiro que, podemos dizer, está até deixando o futebol em segundo plano: lutador de MMA.

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Ganso e Pinguim?Para quem não sabe, foi realizado neste sábado o sorteio das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2014. Um show de horrores.

Para começo de conversa, falemos da escolha do lugar. O Rio de Janeiro tem dezenas de lugares que abrigariam um evento como esse com tranqüilidade, mas por algum motivo (chamado Eike Batista) cismaram de fazer o evento na Marina da Glória. Só não pensaram em um pequeno detalhe: ela fica próxima a um aeroporto e o vai e vem de aviões poderia atrapalhar a acústica. Não pensaram? Mentira, pensaram sim. Diante desta verdade inexorável, qual opção vocês entendem mais racional:

a) Mudar o local do evento
b) Revestir o local com isolamento acústico
c) Fechar a porra do aeroporto por horas

Pois é, a decisão foi nada mais nada menos do que FECHAR o aeroporto por horas! Tem cabimento uma coisa dessas? Tudo é força, mas só Eike é poder. Tá lá, com a Marina da Glória no bolso e reformando o Hotel Glória, só de olho no futuro. Rolou um investimento pesado de dinheiro na Marina da Glória para que ela pudesse sediar o evento, porque afinal, pra que pegar um lugar já pronto? Não tem como superfaturar se o lugar já estiver pronto, poxa!

Muito se falou de negar credencial para outras emissoras por ter sido fechado um acordo de exclusividade com a Globo, mas sinceramente, não acho que o assunto mereça tanto destaque. É imoral? Sim. É novidade? Não. Normal, a Globo não está participando das inúmeras denúncias que estão pipocando sobre Ricardo Teixeira, evidente que ganharia um afago. O que me aborrece mais do que isso é pensar que a Globo embolsou MILHÕES dos cofres públicos (se fala em cerca de 30 milhões) para fazer aquele evento furrequinha.

Ricardo Teixeira, sempre muito elegante, teria dito que “caga um monte” para as denúncias feitas por outras emissoras, completando com um “Quanto mais tomo pau da Record, fico com mais crédito na TV Globo”. Para fechar com chave de ouro ele teria dito que só ficaria preocupado com as denúncias envolvendo seu nome “quando saírem no Jornal Nacional” e ainda deixou uma ameaça no ar: “Em 2014, posso fazer a maldade que for. A maldade mais elástica, mais impensável, mais maquiavélica. Não dar credencial, proibir acesso, mudar horário de jogo. E sabe o que vai acontecer? Nada”. Pena que não saiu uma linha sobre isso na Globo. Gostaria de lembrar que a Rede Globo explora uma CONCESSÃO PÚBLICA para manter o cidadão informado com jornalismo sério e imparcial. *pausa para rir.

Falemos de coisas mais fúteis. Vocês gostam, eu sei que vocês gostam. QUE EVENTO DE MERDA. Ver Fernanda Lima com seu sotaque do Sul exaltando Rio de Janeiro foi um cu. Custava ter colocado uma carioca? A maior fábrica de atores e subcelebridades fica aqui, no PROJAC! O que foi aquele cocô capilar que implantaram na sua nuca? E seu vestido verde com uma vibe meio camelô? Retratou bem ao mundo a imagem da mulher carioca: loira, alta e magrela. Bacana.

E as atrações musicais? Bem, teve Ana Carolina com Ivan Lins, o que em minha opinião é motivo para suicídio. Mas não bastasse isto, ainda apareceu uma narração escrotinha dizendo que os gringos iam conhecer um pouco mais da música brasileira, no que emenda com Ana Carolina cantando uma regravação fuleira de BLOWER´S DAUGHTER (aquela música do filme “Closer” – não vejam, semeia a desconfiança entre casais). ENTÃO VALEU! O que o mundo viu é que a música brasileira é um puta plágio da música de outros países! QUE VERGONHA ALHEIA! Depois teve um humilhante vídeo do Tom Jobim cantando com Frank Sinatra. Cara, é como se me pegassem de biquíni e me colocassem do lado da Juju Salimeni para rebolar. Tom Jobim cantava MAL, quando comparado com Frank, foi vergonhoso. Para piorar ainda tinha um neto dele ou coisa do tipo cantando com um piano no palco. Chato de morrer. E cantar mal pelo visto é genético.

Até Ivete Sangalo, Rainha do Carisma, fez uma apresentação de merda. Tentaram vestir Ivete com uma roupa formal e ficou a coisa mais escrota do mundo. Colocaram um macacão estilo calça saruel (aquelas que parecem uma fralda cagada) e todo bege. Ivete parecia um fuckin´ Yakult gigante. Cantou mal, desafinou e aquele cabelinho preso estilo colegial foi de lascar. Quando nem Ivete se salva, é porque tá Foda, com F maiúsculo.

Os organizadores acharam um sucesso. Precisou fechar um aeroporto para viabilizar a porra do sorteio e eles acharam UM SUCESSO. Esse povo deve estar recebendo uma grana preta! Os estádios não estão prontos nem parece que vão ficar prontos tão cedo e eles acharam um sucesso. O preço dos estádios está cinco vezes maior que o custo de construção do estádio mais moderno do mundo, mas tá um sucesso, viu? Os aeroportos estão um cu e já se sabe que não vai dar tempo de limpar esse cu até 2014, mas ó: SUCESSO. *colocando nariz de palhaço na cara. Fica a dica: se você quer que te achem um sucesso é só lamber muito o cu dos outros.

Alias, sou eu que estou muito mal informada sobre o futebol ou meio que chamaram uns NOBODY para fazer o sorteio? Tinha umas fêices (pela milésima vez, eu escrevo assim de propósito, eu sei que não está correto) que eu até conhecia, tipo Ronaldo Travequeiro todo trabalhado no corpinho de Morsa, sendo chamado de “Romário” pela Fernanda Sem Sal Lima, mas tinha outros que eu nunca tinha nem ouvido falar! Também pudera, a quantidade de países sorteados… Para ser sincera, eu nunca tinha ouvido falar de alguns PAÍSES sorteados também. Não ria de mim, eu sei que eu sou uma ex dançarina de axé, mas você, Amigo Leitor, ponha a mão na consciência e me diga se já tinha ouvido falar em Ilhas Faroe, São Cristovão e Neves, Santa Lucia e São Vicente e Granadinas? Em tempo: Romário não foi chamado porque está brigado com Ricardo Teixeira. Essa Copa é do Brasil ou é do Ricardo Teixeira? Ok, eu sei a resposta.

Sergio (ic!) Cabral e Eduardo (ui!) Paes estavam especialmente nojentos. Todos plastificados, cheios de botox (as bochechas chegavam a brilhar), todos sorridentes lambendo cu dos gringos, todo se querendo com cifrões saltando dos olhos. Pelo visto Sergio Cabral superou a perda tão sofrida ocorrida naquele acidente de helicóptero, que o deixou uma semana de luto afastado de suas funções (amante! *pronunciando com som de espirro acidental). Muito nojentinhos, muito puxa-saco. E os cabelinhos? Pentearam seus implantes capilares em uma vibe Gugu Liberato, um horror! Só faltou Fabão cantando “Demorei muito pra te encontrar, agora eu quero só vocêêê…” para fechar o show de horrores. Fabão, PARE. Pare com TUDO: com a música, com as plásticas, com as entrevistas. SIMPLESMENTE PARE.

O pior de tudo foi a burra aqui esperando ansiosamente pelo sorteio das seleções da América do Sul, depois de ter que engolir contra quem seleções como Togo, Djibuti, Lesoto, Suazilândia e São Tomé e Príncipe iriam jogar. Aparentemente “não há necessidade” de sortear a chave da América do Sul (disputa por pontos corridos), da minha amada Argentina. Precisava ver a minha cara de wat (novamente, eu sei que o certo é WHAT, mas wat é algo além de what) quando disseram que não haveria sorteio, algo como “Taquipariu vi essa merda toda para nada”. Porque eu acho que escrever sobre futebol é obrigação moral DO HOMEM do blog, sabe? Mas pentear cabelo ruim ninguém quer. Se fosse evento das mulheres mais gostosas do mundo de topless já tinha um texto pronto do Somir.

É isso, vi BBB, estou vendo A Fazenda e vi sorteio de chaves de eliminatórias da Copa de 2014. Se meu QI começar a cair não posso fazer nada. Matei uns dez mil neurônios esta semana!

Para dizer que estou reclamando de barriga cheia porque em 2008 eu tive que ler Paulo Coelho, para dizer que está conosco na torcida para o Maracanã desabar na inauguração cheio de gente dentro ou ainda para dizer que está comigo na torcida por um segundo Maracanzo na final: sally@desfavor.com

A derrota é feia.O que escrever após duas eliminações ridículas? Des Portes!

SOMIR

O que foi este jogo do final de semana na Copa América?

Eu, que sempre sou pessimista, não esperava esse resultado. Sinceramente? Até jogou melhor mesmo, mas a bola não entrou, e no futebol o resultado se mede pelo gol. Mereceu se foder, porque perder quando você joga contra alguém melhor é compreensível, mas perder sendo visivelmente superior é duro de engolir.

O problema é que eles estavam confiantes demais, dominando o jogo e achando que a qualquer momento o gol sairia. Estavam acomodados demais para quem estava empatado. Se deram ao luxo de trocar passes dentro da área em vez de dar um chutão para acabar com o perigo. Se deram ao deleite de tentar dribles e firulas quando uma finalização feia mas precisa poderia ter sido muito mais útil. Poderiam ter feito mais, mostrado mais raça, mais fibra.

“Eles estão nervosos”, alguém comentou. NERVOSOS? Gente, eles só fazem isso da vida! Eles ganham em um mês o que nós provavelmente não ganhamos em um ano! Eles são profissionais, eles não tem o direito de usar nervosismo para amenizar mau desempenho. Como você se sentiria caso um cirurgião que comete um erro ao operar um ente querido seu vai até você e tenta justificar que errou porque estava nervoso no momento da cirurgia? Porra! Se ficam nervoso a ponto de cagar um jogo, então desculpe, mas não devem jogar na seleção. Fica a dica.

“O goleiro da outra seleção teve sorte”. Teve sim. Fez várias defesas muito difíceis onde não se sabe bem se ele foi na bola ou se a bola que foi nele. Fez defesa com o pé, em um misto de sorte e reflexo. Pegou pênalti. Ok, o goleiro da outra seleção provavelmente era muito bom e estava com sorte, mas não venham querer me convencer que um bom goleiro com sorte é imbatível. Já vi jogadores fazerem gol em goleiros melhores. Falando que o goleiro estava com sorte em tom conformista parece que seria impossível conseguir outro resultado!

Convenhamos, a coisa já vinha mal desde o começo. No primeiro jogo um empate com uma seleção fraca. No segundo jogo, outro empate com uma seleção fraca. No terceiro jogo, uma vitória com cara de prêmio de consolação contra uma seleção muito fraca. Aparentemente esta vitória deslumbrou os jogadores, que por algum motivo que não posso entender, acharam que ali iniciava um novo marco, que a Seleção havia “desencantado” e começaria a jogar bem. Muito mais agradável pensar que eles magicamente melhoraram do que pensar que só se saíram bem porque o outro time jogou mal. O ser humano é risível. A verdade é que só conseguiram jogar bem e vencer o terceiro jogo PORQUE era contra um adversário bem mais fraco.

O técnico não ajudou. Fez uma substituição muito equivocada neste último jogo que culminou na eliminação e tantas outras questionáveis ao longo da Copa América. Acredito que estava bem intencionado, mas também acredito que não presta para técnico da Seleção pois não vem mostrando resultados satisfatório faz tempo, mesmo em amistosos. Mais cedo ou mais tarde ele vai ser substituído e eu tenho muito medo de quem possa vir em seu lugar, porque os cotados são todos pessoas que eu desgosto tanto pessoal como profissionalmente.

Há quem diga que o gramado prejudicou. Ok, o gramado parecia mesmo um grande mictório de gato, mas eu deixo uma pergunta no ar: porque não prejudicou a seleção rival, que acabou eliminando-os da Copa América? Repito: são profissionais. Você conseguiria se esquivar de uma grande merda na sua carreira se alegasse uma falha em algum equipamento usado para o trabalho? E se o seu colega do lado, com mesma função, também usasse esse equipamento e tivesse um desempenho satisfatório? O gramado estava ruim para AMBOS, um ganhou. Ponto. Mais do que isso é chororô.

Vale lembrar que, apesar da superioridade, tiveram o tempo regular e a prorrogação para fazer um gol. A bola não entrou. “Mas Somir, fizeram várias finalizações!”. Pior ainda. Se a bola não chegasse, eu até entendia, mas a bola chegou nos supostos goleadores tão badalados, que fazem milagres em seus times e não fizeram nada pela Seleção. Não foi falha tática, a bola chegou. Foi incompetência na hora de finalizar, falta de pontaria, falta de habilidade. Isso é grave.

Outra coisa: uma expulsão desnecessária. Precisava? Não, não precisava. E uma expulsão vinda de um juiz açougueiro, que só marcava falta quando sangrava. Se não houve fratura não há falta! A pancadaria correu solta -detalhe que apanharam mais do que bateram. Ainda assim, com um juiz que faz vista grossa para a violência dentro de campo, conseguiram a proeza de ter uma expulsão. Meus sinceros parabéns.

“Mas Somir, não dá para fazer um elogio não? Você precisa ser tão crítico?”. Ao futebol, não. Ao técnico posso até destinar um único elogio: estava bem vestido. Tava elegante de sobretudo preto e gravata. Bem diferente de uns e outros que o antecederam. Tava chique, e só. Elogio ao futebol não consigo fazer. Talvez ao futebol do adversário, que em condições muito piores segurou o tranco, correu, marcou, mostrou raça.

Os pênaltis. O que dizer dos pênaltis? Melhor não dizer nada e deixar que aquela crendice da sabedoria popular siga adiante: “pênalti é sorte”. Não dá, porque eu sei que não é. Eu sei que pelas leis da física, se você chuta forte, rasteiro e no canto o goleiro NÃO PEGA mesmo que se adiante e adivinhe o lado. São profissionais, eles tem sim a obrigação de bater um pênalti bem batido. Não é tão difícil assim para quem passa oito horas por dia desde os dez anos de idade fazendo isso. Mas, abafa o caso, vamos deixar na conta da sorte mesmo porque é menos deprimente. Você seria capaz de dizer que um jogador que foi campeão brasileiro perderia um pênalti? Você apostaria que um jogador com experiência na Europa perderia um pênalti?

O técnico diz que, no que depender dele, não vai sair. Será?

É isso, a cobertura da Copa América termina por aqui, porque a gente perde interesse quando as nossas seleções são eliminadas.

Para dizer que não quer falar sobre Copa América, para dizer que o vexame da Argentina foi maior porque perdeu em casa ou para dizer que o vexame do Brasil foi maior porque perdeu todos os pênaltis: somir@desfavor.com

SALLY

O que foi este jogo do final de semana na Copa América?

Eu, que sempre sou pessimista, não esperava esse resultado. Sinceramente? Até jogou melhor mesmo, mas a bola não entrou, e no futebol o resultado se mede pelo gol. Mereceu se foder, porque perder quando você joga contra alguém melhor é compreensível, mas perder sendo visivelmente superior é duro de engolir.

O problema é que eles estavam confiantes demais, dominando o jogo e achando que a qualquer momento o gol sairia. Estavam acomodados demais para quem estava empatado. Se deram ao luxo de trocar passes dentro da área em vez de dar um chutão para acabar com o perigo. Se deram ao deleite de tentar dribles e firulas quando uma finalização feia mas precisa poderia ter sido muito mais útil. Poderiam ter feito mais, mostrado mais raça, mais fibra.

“Eles estão nervosos”, alguém comentou. NERVOSOS? Gente, eles só fazem isso da vida! Eles ganham em um mês o que nós provavelmente não ganhamos em um ano! Eles são profissionais, eles não tem o direito de usar nervosismo para amenizar mau desempenho. Como você se sentiria caso um cirurgião que comete um erro ao operar um ente querido seu vai até você e tenta justificar que errou porque estava nervoso no momento da cirurgia? Porra! Se ficam nervoso a ponto de cagar um jogo, então desculpe, mas não devem jogar na seleção. Fica a dica.

“O goleiro da outra seleção teve sorte”. Teve sim. Fez várias defesas muito difíceis onde não se sabe bem se ele foi na bola ou se a bola que foi nele. Fez defesa com o pé, em um misto de sorte e reflexo. Pegou pênalti. Ok, o goleiro da outra seleção provavelmente era muito bom e estava com sorte, mas não venham querer me convencer que um bom goleiro com sorte é imbatível. Já vi jogadores fazerem gol em goleiros melhores. Falando que o goleiro estava com sorte em tom conformista parece que seria impossível conseguir outro resultado!

Convenhamos, a coisa já vinha mal desde o começo. No primeiro jogo um empate com uma seleção fraca. No segundo jogo, outro empate com uma seleção fraca. No terceiro jogo, uma vitória com cara de prêmio de consolação contra uma seleção muito fraca. Aparentemente esta vitória deslumbrou os jogadores, que por algum motivo que não posso entender, acharam que ali iniciava um novo marco, que a Seleção havia “desencantado” e começaria a jogar bem. Muito mais agradável pensar que eles magicamente melhoraram do que pensar que só se saíram bem porque o outro time jogou mal. O ser humano é risível. A verdade é que só conseguiram jogar bem e vencer o terceiro jogo PORQUE era contra um adversário bem mais fraco.

O técnico não ajudou. Fez uma substituição muito equivocada neste último jogo que culminou na eliminação e tantas outras questionáveis ao longo da Copa América. Acredito que estava bem intencionado, mas também acredito que não presta para técnico da Seleção pois não vem mostrando resultados satisfatório faz tempo, mesmo em amistosos. Mais cedo ou mais tarde ele vai ser substituído e eu tenho muito medo de quem possa vir em seu lugar, porque os cotados são todos pessoas que eu desgosto tanto pessoal como profissionalmente.

Há quem diga que o gramado prejudicou. Ok, o gramado parecia mesmo um grande mictório de gato, mas eu deixo uma pergunta no ar: porque não prejudicou a seleção rival, que acabou eliminando-os da Copa América? Repito: são profissionais. Você conseguiria se esquivar de uma grande merda na sua carreira se alegasse uma falha em algum equipamento usado para o trabalho? E se o seu colega do lado, com mesma função, também usasse esse equipamento e tivesse um desempenho satisfatório? O gramado estava ruim para AMBOS, um ganhou. Ponto. Mais do que isso é chororô.

Vale lembrar que, apesar da superioridade, tiveram o tempo regular e a prorrogação para fazer um gol. A bola não entrou. “Mas Sally, fizeram várias finalizações!”. Pior ainda. Se a bola não chegasse, eu até entendia, mas a bola chegou nos supostos goleadores tão badalados, que fazem milagres em seus times e não fizeram nada pela Seleção. Não foi falha tática, a bola chegou. Foi incompetência na hora de finalizar, falta de pontaria, falta de habilidade. Isso é grave.

Outra coisa: uma expulsão desnecessária. Precisava? Não, não precisava. E uma expulsão vinda de um juiz açougueiro, que só marcava falta quando sangrava. Se não houve fratura não há falta! A pancadaria correu solta -detalhe que apanharam mais do que bateram. Ainda assim, com um juiz que faz vista grossa para a violência dentro de campo, conseguiram a proeza de ter uma expulsão. Meus sinceros parabéns.

“Mas Sally, não dá para fazer um elogio não? Você precisa ser tão crítica?”. Ao futebol, não. Ao técnico posso até destinar um único elogio: estava bem vestido. Tava elegante de sobretudo preto e gravata. Bem diferente de uns e outros que o antecederam. Tava chique, e só. Elogio ao futebol não consigo fazer. Talvez ao futebol do adversário, que em condições muito piores segurou o tranco, correu, marcou, mostrou raça.

Os pênaltis. O que dizer dos pênaltis? Melhor não dizer nada e deixar que aquela crendice da sabedoria popular siga adiante: “pênalti é sorte”. Não dá, porque eu sei que não é. Eu sei que pelas leis da física, se você chuta forte, rasteiro e no canto o goleiro NÃO PEGA mesmo que se adiante e adivinhe o lado. São profissionais, eles tem sim a obrigação de bater um pênalti bem batido. Não é tão difícil assim para quem passa oito horas por dia desde os dez anos de idade fazendo isso. Mas, abafa o caso, vamos deixar na conta da sorte mesmo porque é menos deprimente. Você seria capaz de dizer que um jogador que foi campeão brasileiro perderia um pênalti? Você apostaria que um jogador com experiência na Europa perderia um pênalti?

O técnico diz que, no que depender dele, não vai sair. Será?

É isso, a cobertura da Copa América termina por aqui, porque a gente perde interesse quando as nossas seleções são eliminadas.

Para dizer que não quer falar sobre Copa América, para dizer que o vexame da Argentina foi maior porque perdeu em casa ou para dizer que o vexame do Brasil foi maior porque perdeu todos os pênaltis: sally@desfavor.com