Somir Surtado: Relevante.

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Notícia recente: O Youtube pretende reorganizar o seu sistema de comentários para evitar que continue… bom, que continue a merda terrível que ele sempre foi. FONTE. Sempre positivo quando tentam eliminar ruído excessivo da comunicação, principalmente na internet. Mas tem algo aí preocupante: o Google promete colocar os comentários mais relevantes em primeiro lugar. Como definir “relevante”?

Sempre acabo voltando para esse assunto: a internet já é o maior meio de comunicação do mundo. E já está suficientemente comercializada. A tendência é que o internauta ganhe cada vez mais a pecha de consumidor, e não de comunicador. Isso faz muita diferença… Consumidor a gente trata como alguém que tem algo que queremos, comunicador nem sempre.

Medidas como as que o Youtube soam como um mimo para seus usuários mais ativos, mas não deixam de ser mais uma estratégia comercial alinhada com o jeito Google de tratar propaganda. No que depender deles, você sempre vai ver informações e serviços que te interessam, sempre acompanhados de anúncios selecionados a dedo (digital) para maximizar seu potencial de consumo.

Uma das coisas mais chatas de propaganda é que você não tem quase nenhuma liberdade de provocar o potencial consumidor, a não ser, é claro, que essa provocação tenha a ver com fazê-lo sentir-se deslocado por não consumir o que você vende. Você está tentando vender, então tem que de uma certa forma concordar com tudo o que o potencial cliente pensar. Ele tem que se sentir seguro e disposto a abrir sua carteira.

E é esse “papo de vendedor” que cada vez mais contamina a grande rede de computadores. Pessoas cada vez mais seguras em seus feudos sociais, vendo apenas o que querem e conversando apenas com quem lhes é agradável. Ficar reforçando as ideias de uma pessoa num círculo vicioso de conteúdos e opiniões com certeza vende mais… Mas a que custo?

A internet ficou menor, por incrível que pareça. Temos milhões (bilhões?) isolados em suas zonas de conforto, num lance meio Idiocracy (lembram da cena da TV?), aterrados em satisfação barata e anúncios. Hoje em dia ganha fama em redes sociais quem é capaz de se aventurar fora desse domo e trazer conteúdo novo de volta. Só que infelizmente cada vez menos gente produz essa conteúdo por fora das redes sociais.

Há alguns anos atrás, todo mundo com uma conexão de internet tinha um blog. Eram merdas de blogs em sua bestificante maioria, mas estavam bem menos conectados entre si. Atualmente toda essa torrente de informação semi-inútil foi absorvida pelas redes sociais, com um porém: Agora tudo muito próximo, linkado com seu perfil real e ao alcance de familiares, amigos, companheiros e empregadores. O que não falta nesse mundo é gente sem noção, mas a maioria acaba se preocupando com o que comunica.

O truque foi oferecer a essas pessoas um tratamento de consumidor em troca da liberdade de expressão. O consumidor é especial, o consumidor sempre tem razão, o consumidor só faz o que quer! Desde, é claro… que consuma. Como é fácil ser relevante hoje em dia, não? Ter para ser.

Torço para que os comentários horríveis médios do Youtube melhorem consideravelmente depois que pessoas mais interessadas em seu conteúdo tomem a dianteira das piadinhas ruins, dos spams e das discussões babuínas sobre temas polêmicos. Para quem já tem opiniões mais bem formadas, mais “conteúdo” por assim dizer, é ótimo se livrar do excesso. Mas como podemos ver claramente pelos comentários atuais, essas pessoas são a minoria.

A maioria vai ver seu estrelato imbecilizante ruindo em mais uma das grandes redes sociais do mundo. E aí começa uma nova corrida por atenção. Não basta mais concatenar uma besteira de meia dúzia de caracteres e viver seus quinze segundos de fama, vai precisar se tornar “relevante” para os criadores de conteúdo. Se pensamento crítico é algo que faz parte de você, existem várias formas de conseguir isso. Se não, é melhor você concordar e puxar saco.

Afinal, é esse tipo de mentalidade que cada vez mais rege a internet: Os consumidores querem aprovação, os consumidores acreditam piamente que merecem essa aprovação, mesmo que tudo o que façam seja gastar dinheiro, seguir modas e confirmar expectativas de pesquisas de mercado.

Posso estar sendo comunista demais nessa crítica ao modelo de negócios vigente na internet, mas não é mera crítica ao consumo: é o esvaziamento da relevância do maior meio de comunicação de duas-vias que jamais se viu em nossa história. Assim que a internet virar algo análogo à TV, para onde vamos correr?

Quando relevância finalmente se tornar concordância, quando a privacidade for um “crime”, quando informação deixar de ser livre… Vai restar o quê? Um gigantesco shopping center? Eu concordo que é um saco ter que ficar escutando o ruído de adolescentes e imbecis (dá no mesmo) na minha internet, mas essa higienização pode deixar a rede ainda mais estéril.

Nem tanto ao mar, nem tanto à terra… Aleatoriedade e estupidez anônima ainda funciona como uma ferramenta de catarse do espírito (de porco) humano. Uma lembrança constante de como o que a publicidade faz é te isolar da realidade, de como opiniões variam e de como pode haver mérito até mesmo na maior das bobagens.

Talvez o único alento seja a natureza humana. Jovens costumam rejeitar o modo de vida de seus pais e avôs. Já temos um movimento de adolescentes fugindo das redes sociais mais tradicionais, o Facebook já é “aquela coisa que até minha vó tem”. Contamos com vocês, aborrescentes. Quer dizer, assim que mandar fotos e vídeos de suas genitálias para completos estranhos perder um pouco da graça. Um pouco de estupidez talvez não faça tão mal assim…

Para pedir uma curtida no seu comentário, para dizer que está lançando um canal de vídeos, ou mesmo para dizer que gezuiz voutará: somir@desfavor.com

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Comments (81)

  • Rorschach, El Pistolero

    Recentemente eu li um texto em alguma publicação estrangeira (Vice? Marshable? Não lembro…) onde o autor explicava como o sistema de filtragem do Facebook transformava a rede social em algo completamente diferente.

    O grande argumento dele era que esse sistema dava poder ao usuário para filtrar todo o ruído que ele recebia diariamente na linha do tempo dele e podia ficar apenas com o que lhe interessasse.

    Já naquela época eu pensei um pouco sobre como tudo na Internet estava se resumindo à “não gostou? Bloqueia!” e como as pessoas estavam se fechando em círculos e grupos que concordam entre si. A falta de argumentação contrária é extemamente danosa pro desenvolvimento das nossas opiniões.

    Porém, não tinha parado pra pensar como isso FAVORECE as publicidades. Tudo hoje é dividido em nichos e analisados em demográficos. Talvez o Somir possa falar melhor, mas já existem casos de uma mesma marca fazendo propagandas diferentes para nichos diferentes? Por exemplo, uma Sony fazendo uma ação para vender TVs para homens de 40 anos num canal/site/veículo específico e uma outra ação para mulheres de 22 em outro lugar?

  • Descult Revoltado

    Porra, mas que final mais cagado da série Dexter! Vcs falaram bem dessa série e eu adorava, parece que a série foi feita por um profissional e o final foi feito por um amador. Só eu que achei isso. Vcs Desfavores não acharam uma merda? Que caganeira! Parece até as novelas da Suíça. Muito puto mesmo que estou!

    • Se eu te falar que eu tenho um texto PRONTO sobre isso você acredita? Só estou segurando porque tem menos de uma semana e muita gente pode não ter visto…

          • Se falar mal de Dexter vai ganhar um inimigo. EU GOSTEI DO FINAL (E MESMO SE NÃO TIVESSE GOSTADO NÃO IRIA FALAR).

            Odeio gente xiita.

            • Deja, não vou nem te responder agora pra não fazer spoiler, mas vou aguardar a postagem oficial e te falar um monte. Por agora só uma coisa a dizer desse final: LIXOOOOOOOOO!

                • “Anônima”, vai tomar no cu … quem é você pra me falar um monte? A conversa está entre mim e a Sally, vadia!

                  E eu tenho argumentos de quem leu os livros e assiste a série há anos, não é somente um “Quem discorda de mim é burro”. Mas acho burro quem esperava que a série fosse somente o Dexter sendo um serial killer brrrr “frio”, brrrr “sem sentimentos”.

                  Aguardo sua postagem.

                  E vão pra puta que pariu vocês tudo.

                  • O problema nem foi esse, foram os furos no roteiro. Ele merecia algo mais bem escrito, com menos contradições e mentiras escabrosas.

                    • Sendo assim sim, existiram mesmo.

                      Só me irrita esse ‘ahhh humanizaram o Dexter’, desde a Rita quando ele não sabia como agir com ela no sofá enquanto ela chorava assistindo um filme romãntico, desde quando com a Lila esperou que ela entendesse seu Dark Passenger, com o Miguel Prado que ele esperava ter um parceiro e amigo, com o Trinity que ele esperava ser um mentor… durante todas as temporadas ele tentou se encontrar, sentir… Achar um lugar. E por fim ele percebeu que foi ingenuidade achar que ele poderia ser feliz, como disse ao Saxon. Jogou sua última vítima no mar e seguiu rumo a purgação. (O Furacão com o nome da mãe dele).

                      Daí tem gente que esperava uma série com ‘caso do dia’ no qual ele ia atrás de assassinos, matava e pronto. A maior reclamação é essa.

                    • Sendo o caso de humanizar (respeitaria a escolha dos roteiristas), coisa que não é POSSÍVEL em se tratando de psicopata, deveriam ao menos ter traçado atitudes compatíveis com essa humanização. Que pessoa é essa que quando é humanizada abandona o filho? Beleza de humanização, hein? Era melhor pai quando era psicopata.

                    • “Sendo o caso de humanizar (respeitaria a escolha dos roteiristas), coisa que não é POSSÍVEL em se tratando de psicopata, deveriam ao menos ter traçado atitudes compatíveis com essa humanização. Que pessoa é essa que quando é humanizada abandona o filho? Beleza de humanização, hein? Era melhor pai quando era psicopata.”

                      Não houve humanização, vou repetir… ele SEMPRE tentou se encontrar, o que era apenas um disfarce, acabou sendo o seu desejo. E o Dexter como foi dito pela Vogel, não era um psicopata comum, ela dizia que psycho ama não pelo o que a pessoa é, mas pelo o que ela proporciona à ele… Mas reconhecia que ele parecia de fato se importar mesmo com sua irmã. Desde sempre ele demonstrou e mencionou ter empatia com crianças, até o Dexter do livro é assim, apesar dele ser mais sarcástico e corrosivo (odeio esse termo). Algo não comum à um serial killer.

                      “ue pessoa é essa que quando é humanizada abandona o filho? Beleza de humanização, hein? Era melhor pai quando era psicopata.””

                      Como também disse… no final ele percebeu que era um monstro e que foi ingenuidade pensar que poderia ser feliz, levar uma vida normal…

                      Mas também esperava mais do episódio, e me dói demais a Deb ter morrido! Eu queria ‘hiking’ com ela, coitada, só queria isso!!

                    • A partir do momento em que ele começa a sentir remorso (coisa que ele não sentia) e começa a deixar de ter a necessidade e o prazer em matar, você não acha que há uma humanização normalmente impossível para psicopatas?

                      E outra: ele fazia mal para as pessoas quando matava e criava confusão, a partir do momento em que ele não tem mais a necessidade de matar, não precisaria se afastar do filho

                    • “A partir do momento em que ele começa a sentir remorso (coisa que ele não sentia) e começa a deixar de ter a necessidade e o prazer em matar, você não acha que há uma humanização normalmente impossível para psicopatas”

                      E a própria Vogel não ficou intrigada com isso? Então isso não foi esquecido. Quando um pedófilo, que acabou se tornando vítima sua, ele chamou a Astor de ‘minha cria’, essa empatia com criança também não é típica de psicopatas. Diversas vezes a Vogel mencionou “isso não é comum”.

                      Percebe?

                      “ele fazia mal para as pessoas quando matava e criava confusão, a partir do momento em que ele não tem mais a necessidade de matar, não precisaria se afastar do filho”

                      Ele considerou a Deb sua última vítima, por isso a jogou no mar, ele mencionou que fazia mal para todos que amavam e decidiu se afastar.

                      (Até eu mesmo fiz isso com tanta gente porque eu fazia mal…)

                    • Eu acho que você só gostou porque se identificou com o Dexter.

                      Uma pessoa humanizada que sente remorso, compaixão e empatia não joga o corpo da irmã no mar, privando os amigos e o namorado de um enterro, um velório. Não acha?

                      E se ele era capaz de parar de matar, não teria porque se afastar do filho, pois não atrairia para ele mais malucos assassinos.

                      Essa coisa de “eu faço mal aos outros eu vou me afastar” não acho legítima, é um equívoco muito grande de postura.

                    • Sim, me identifico com o Dexter porque também sou danificado.
                      Ele sempre usou essa expressão.

                      Apesar de eu não ter transtorno de personalidade antissocial, porque sou empático até demais…

                      Ele jogou a irmã no mar porque considerou ela vítima, mais uma, foi mais um simbolismo, mais um easter egg…

                      Quanto aos equívocos de postura, sobre se afastar e tudo mais… pode ser, mas foi uma decisão dos roteiristas fazer ele assim, não é algo incoerente… impossível!

                      (tem gente que é só um câncer e tem de se afastar mesmo, a vida de terceiros fica melhor sem…tem gente de quem me afastei que hoje está muito feliz, foi a melhor coisa eu ter saído de suas vidas, por exemplo, Dexter sentiu isso, “eu destruo a vida de todos que amo”, e ele fez isso, acabou com a vida da Deb, além de ter deixado ela quebrada, foi o culpado da morte dela)

                    • Simbolismo ou não, foi de um egoísmo do caralho jogar a irmã dele no mar.

                      Eu não concordo com esse argumento de se afastar ser a única solução. Primeiro que é escroto você decidir pelos outros o que é melhor para eles (não gosto que façam isso comigo, eu sei tomar as minhas decisões e ponderar prós e contras), segundo que é se menosprezar achando que é “danificado” de forma irreparável.

                      Não sei, Dexter sempre foi muito louco pelo filho, eu não esperava que ele abandonasse o filho sob argumento algum, não me pareceu coerente com a postura dele com o filho durante toda a vida.

                    • Ele nem se importava com mais alguém além da irmã, da Hannah e do Harrinson.

                      Ser escroto ou não, errado ou não, apenas acho que foi a linha, a escolha do roteirista…

                      (Sobre a vida real… se a pessoa hoje está feliz após o câncer se afastar, o que não acontecia com ele perto, só prova que foi o melhor, escroto ou não… as vezes a gente precisa fazer)

                      Agora furos existem, como ele conseguir carregar a irmã saindo de um hospital, mesmo que o furacão se aproximasse e tal… sem ninguém ver.

                      Como ele matou o Saxon também… Pra quê a simulação de horror logo após apertar o botão calmamente? Algo que também foi filmado e mostrado que foi filmado. Quinn e Batista claro que amavam a Deb e queriam o Saxon morto, mas irma conseguir liberar fácil assim o Dexter com o pretexto de ‘legítima defesa’, imagino que seja mais burocrático.

                      Mas mesmo tudo isso é pequeno…

                      Bem, não vou comentar nem a sua postagem sobre Dexter porque só iria repetir o que disse, afirmo que gostei, embora não quisesse aquele final, preferisse um outro.

                      Acho que nem vou ler pra não ficar com raiva hahaha…

                      Já parei por aqui o que tinha de dizer sobre! (Desculpa os spoilers pra quem não viu ainda, mentira, se fode aí)

                    • A linha da humanização não me incomoda, o que me incomodou foi uma humanização forçada, sem explicação. Passa lá no outro texto só para ler o comentário do Rorschach (é o primeiro). Ele sugere um final que também seria baseado na humanização e seria GENIAL, porque ela estaria muito bem explicada e justificada!

                  • Hogro Mariatti

                    Já vi gente que ama e defende suas escolhas e opiniões, mas eis alguem realmente engajado. hehe

                    Eu acho que algumas séries deviam fazer como caverna do dragão e NÃO ter um último episódio pra não estragar tudo e manter a ‘aurea mágica’…

                    Ps.: Nem vem com esse papo de “conversa entre mim e tal pessoa”, se não quer que ninguem se intrometa, manda um e-mail ou sms. ;)

                    • Muito medo do final de Breakin Bad, algo bizarro tipo no final ser tudo um sonho do Walt me mataria por dentro.

                    • “Ps.: Nem vem com esse papo de “conversa entre mim e tal pessoa”, se não quer que ninguem se intrometa, manda um e-mail ou sms. ;)”

                      Mais fácil eu mandar tomar no cu e um ‘sai daqui vadia’, oras.

                      E ah, Breaking Bad que eu achava sonolenta as vezes, mas com uns minutos de genialidade, nesse retorno está sendo sensacional.

                      AProveitando… me chamaram de sociopata por ser ‘Team Walt’ e defendê-lo.

                      Faz sentido isso?????

                      Tem gente que leva série mais a sério até que eu mesmo!!

                      E olha que sou meio fanático.

                    • Até onde eu sei, muita gente defende o Walt, eu inclusive. Se duvidar esse povo é pro-Dexter mas é contra o Walt!

                    • Aconteceu isso com Os Sopranos. Ninguém chegou a um consenso sobre o que aconteceu no último episódio. De toda forma, pena que James Gandolfini já deu seu ultimo sopro…

                    • Hogro Mariatti

                      Eu sou Team White.

                      Os mais inteligentes devem ser privilegiados; ‘não imposta o meio de atuação’, rs

                    • Tem um crítico de cinema conhecido, o Pablo Villaça, que disse que gente que defende o Walt deveria fazer terapia.

                      Muita gente é Team Walt, mas muitos condenando quem é.

                    • Hogro Mariatti

                      O cara é critico. É pago pra tentar falar algo diferente do que a maioria percebe. Mesmo que esse algo seja uma merda muita grande…

                    • Rorschach, El Pistolero

                      Coooomo assim vocês são Team Walt? Eu adoro o Walter como personagem, mas ele tá completamente errado em qualquer uma das diferentes linhas argumentativas de Breaking Bad.

                      Se a gente considerar a série como uma metáfora da crise de meia idade, ele tá errado; se a gente considerar a série como uma visão do que é ser um homem (com o Walt totalmente emasculado no começo e a visão de que “um homem tem de prover”), ele está errado; se considerarmos a série como um conto sobre ganância, orgulho ou a validade dos limites sociais quando não se tem nada a perder, o Walter White está errado.

                      Não há um único cenário onde o cara não esteja irremediavelmente e moralmente errado e onde ele não seja o completo e único vilão de Breaking Bad.

                      Ainda assim, eu curto o personagem.

                      Ah, e a conclusão de Dexter foi boa, mas a última temporada foi tão ruim que me deu câncer…

                    • EU faria o que fosse preciso para não deixar minha família desamparada. O cara descobre que tem um câncer que pode matá-lo com a esposa grávida e um filho que mal se sustentam, eu entendo ele cair para a ilegalidade. Eu cometeria quantos crimes fossem necessários para morrer sabendo que não deixei minha família fodida. No caso dele, não havia tempo para ganhar dinheiro de outra forma, entendo a decisão desesperada, eu faria o mesmo.

                    • Mas ooolha! Se já está assim sem a postagem oficial do dexter, imagina COM? Ansioso por esta postagem e os comentários que estão por vir! rs

                    • Eu concordo com a Sally, também faria tudo exatamente igual ao Walter White, tudo pela minha família.

                      Inclusive o interessante pra mim, é que durante a série ele sempre fez o que eu iria fazer no lugar dele, o que considerava lógico… até o envenenamento do Brock… A única coisa que ele não fez, que eu faria, foi ter deixado o Pinkman vivo e dado a chance dele ir embora… Foi a ponta solta que acabou com ele.

                      Nem por isso sou um sociopata, é ficção, torcer por um vilão não quer dizer que a pessoa iria construir uma estrela da morte… (apesar que eu gostaria disso mesmo)

                      Sobre o Pablo Villaça, ele é crítico mas realmente acredita que é moralmente torto quem defende o WW.

                      Cara chato da porra.

                    • Hogro Mariatti

                      Rorschach, se Walter fosse moral, a série podia acabar na primeira temporada com ele morrendo de cancer.

                      E ele apenas atendeu uma demanda do mercado, não obrigou ninguem a comprar nada. rs

                    • Rorschach, El Pistolero

                      Eu concordo com vocês quando o Walt fez o que nós faríamos pelas nossas famílias e que ele não obrigou ninguém a comprar nada, mas isso não diminui o fato de que ele continua errado.

                      Aliás, eu ainda tenho dúvidas se ele fez o que fez pela família. Ele teve muitas chances de não entrar no mercado das drogas e de sair em vários momentos.

                      Na 1ª temporada, aquele cara orelhudo que fundou a empresa com ele se oferece pra pagar o tratamento e não deixar nada faltar pra família dele. Ele poderia ter deixado o orgulho de lado e aceitado, mas preferiu colocar o ego e o orgulho acima do bem-estar da família.

                      Ainda na 1ª temporada ele fez dinheiro o suficiente pra pagar o tratamento. Na 2ª e na 3ª ele chega nos milhões, compra um lava-jato e podia sair tranquilo e a família nunca ficaria desamparada. Ele continuou e continuou por ganância e colocou os filhos em risco várias vezes por culpa da própria arrogância. Até mesmo agora, na última temporada, ele poderia ter se entregado e poupado a família de muita coisa (como o próprio Saul disse no último episódio), mas ele continuou orgulhoso demais pra se entregar.

                      Volto a dizer que eu adoro o Walt enquanto personagem, mas ele prejudicou toda a família, o Jesse e qualquer um que chegasse perto dele.

                    • Eu tive a impressão que ele nunca teve uma oportunidade de sair, quando tentava sair era ameaçado, pressionado. Eu sei que o que o Walt fez é errado, mas eu acho que atitudes erradas são as atitudes certas algumas vezes.

  • Deu pra trollar bem, ainda que minha vertente seja outra. Deixar certo desciclopediano no chinelo usando o fake foi o ó.
    Dica: se for montar um fake, evite tirar as fotos de blogs, de perfis no twitter ou de spots como o devianart, pois sempre tem um lixeiro pra sair buscando se tem imagem similar via google imagens.

    Para sua máscara ficar de pé a longo prazo, o razoável é usar uma persona como um desenho ou mesmo uma imagem que não mostre o rosto por inteiro (imagem de um olho por exemplo). Daí se presume que você NÃO QUER se expor.

    Para trollagens de curto prazo, fakes de attention whores podem funcionar bem, mas como coloquei, tem o risco que citei.

  • Me lembrar que eu criei no face um fake com o nome de “Caio Leite de Paula” e coloquei como parceira dele um fake com o nome de “Paulina Costa Melo”. Duplo sentido é para os fracos.

      • Deu pra trollar bem, ainda que minha vertente seja outra. Deixar certo desciclopediano no chinelo usando o fake foi o ó.

        Dica: se for montar um fake, evite tirar as fotos de blogs, de perfis no twitter ou de spots como o devianart, pois sempre tem um lixeiro pra sair buscando se tem imagem similar via google imagens.

        Para sua máscara ficar de pé a longo prazo, o razoável é usar uma persona como um desenho, uma foto antiga, uma imagem que não mostre o rosto por inteiro (imagem de um olho por exemplo) ou mesmo imagem de alguma personalidade ou celebridade. Daí se presume que você NÃO QUER se expor.

        Para trollagens de curto prazo, fakes de attention whores podem funcionar bem, mas como coloquei, tem o risco que citei.

    • É que as crianças de hoje em dia não são mais socializadas nas brincadeiras do Mário, do cachorrinho Nabunda e outros ícones do duplo sentido.

  • Hogro Mariatti

    Quando vi a noticia ontem, a primeiro momento achei que seria uma boa. Depois li com calma e percebi que é apenas (mais) uma tentativa de empurrarnos goela abaixo o google+, que assim como o facebook peca em algo que achava fenomenal no Orkut e como rede social: aproximar pessoas com pensamentos iguais mas fisicamente longe, pessoas com pensamentos divergentes mais com interesses em comum ou pessoas simplesmente diferentes, graças principalmente as comunidades.

    Hoje, vc só interage com quem vc já conhece. E o facebook limita ainda mais isso, só mostrando no feed as atualizações das pessoas que vc mais conversa.

    Vc tem razão, a internet está ficando menor e ‘mais segura’, mas definitivamente pior.

    • “pessoas com pensamentos divergentes mais com interesses em comum”

      é bem isso… Tenho bons amigos que conheci no Orkut. Tirando um interesse em comum temos quase nada a ver, mas são pessoas que me acrescentam muito porque mostram argumentos bons nas coisas que discordamos. Gosto de gente que me faz pensar, mesmo que continue discordando completamente de suas ideias…

    • Quando comecei a ler o post, a primeira coisa que pensei foi isso mesmo, que iam tentar empurrar o tal Google+ junto no processo… nem sei pra que serve aquilo, mas de vez em quando me aparece algum anúncio me chamando.

    • Exato. Hj as pessoas só “mantém” “amigos” que “concordam” (tudo com aspas mesmo). Internet é sinônimo de hipocrisia e meio publicitário…

      “Quando relevância finalmente se tornar concordância,” -> já é. A maior diversão na internet é concordar com alguém “relevante” para ser aceito num grupinho… Até pessoas “polêmicas” não conseguem mais ter a liberdade que tinham, muitas já se renderam ao “rumo a um milhão de amigos”.

      “quando a privacidade for um “crime”,” -> já é, nem a TOR escapou…

      “quando informação deixar de ser livre…” -> de certa forma, já é tb. Tem o caso do blogueiro que foi baleado, o do jornalista que teve de mudar de país, o cabresto dos grandes meios de comunicação atuais (esses nunca foram livres, é bem verdade), a patrulha do politicamente correto.

      “Vai restar o quê?”. Não sei. Não sei se dá para piorar… Espero o “pêndulo” mudar de lado e passar a valorizar a liberdade de expressão, a inteligência e o debate ao invés do conformismo, aceitação e patrulha, mas não sei se isso vai acontecer tão cedo.

      • Hogro Mariatti

        Acho que já comentei aqui, mas me repetirei.

        Certa vez fiz uma experiência quase antropológica no Facebook. Dado que sou um cara com pensamentos que vão meio contra a maré ou simplesmente ‘chatos’ demais. Acabei filtrando uns tantos amigos durante o tempo. (quer dizer, eles me filtraram, deixando de me seguir).

        Então experimentei postar as coisas mais senso comum, como fotos no espelho me dizendo feio, fotos do tipo curte ou compartilha, bom dia e boa tardes, e até memso fotos e videos de gatinhos.

        Resultado, nunca tive posts tão comentados, e MUITOS nem percebiam a ironia daquilo tudo.

        As pessoas e os pensamentos estão partindo pra uma hegemonização bastante limitada.

        • Eu tenho um projeto do tipo. Abrir um perfil no Facebook típico de brasileira média, com aquelas fotinhos obrigatórias no espelho, duck face e etc. Mas algo bem ostensivo mesmo, que fique claro para uma pessoa escolarizada que é uma ironia. Quero ver quantas pessoas percebem.

          • Boa, Sally. O ruim é que o Face vai sair pedindo celular/email pro cadastro, mas dá pra montar um perfil fake lá sim. Além do meu perfil pessoal, tenho alguns fakes por lá. Se quiser, posso emprestar um dos meus. O que acha?

        • “Resultado, nunca tive posts tão comentados, e MUITOS nem percebiam a ironia daquilo tudo”.

          Familiares e amigos perceberam a mesma coisa quando postavam conteúdo em perfis de seus negócios no face. Do tipo deixar de colocar artigos científicos, ou textos bem compostos, comprovando os benefícios de seus negócios, para colocar fotos de mulheres peitudas sorrindo…o número de visualizações até decuplicou em alguns casos…

          • Pensar cansa em meio a estupidofilia. O que vale é apelo emocional, piadinhas amarelas, apelo a sensualidade, receitas de “dinheiro fácil” e exploração em cima de crenças religiosas. Fora disso, só dá certo se for um negócio bem situado no mainstream. Um horror, mas ainda assim sobrevivo em tal ambiente.

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