Sofredores Patológicos.

Hoje quero falar sobre um tipo insuportável de pessoa: os Sofredores Patológicos. Suponho que o termo não exista, mas eu os designo assim desde sempre. Gente que pauta sua vida em sofrimento. Gente que é ou se acha sem méritos e encontra no sofrimento um motivo para conseguir admiração ou atenção. Gente que não raro se coloca, ainda que inconscientemente, em situações que geram sofrimento para depois tirar proveito dele se vitimizando. Gente que potencializa e valoriza pequenos dissabores, para estar sempre passando uma imagem de “sacaneado pela vida”. São os Sofredores Patológicos, que cada vez aumentam mais e dificilmente tem seu mecanismo de funcionamento percebido. Tenho pavor de Sofredores Patológicos.

A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional, e, por incrível que pareça, muita gente opta por levar uma vida sofrida. Gente que acredita existir um mérito no sofrimento. Pessoas que se sentem envaidecidas, superiores e até orgulhosas de seu sofrimento. Estas pessoas parecem buscar o sofrimento, de forma direta ou indireta, por aprenderem a funcionar vinculadas a ele. Um Sofredor Patológico não percebe o que está fazendo, não é uma escolha consciente. Ele sempre terá uma ótima desculpa para a inevitabilidade do seu sofrimento e, como em nossa sociedade o sofrimento é sagrado, ninguém os confronta. Não se questiona quem está sofrendo, seria desumano.

Nada contra viver essa vida de merda, cada um estraga a vida como quer. Mas eu acho essas pessoas chatas. Gente constantemente sofrida, queixosa, dramática já seria ruim, mas tudo piora quando nos damos conta que essas pessoas despejam esse modo de vida em todos que estão em volta, contaminando-os. Não conseguem ver que não há mérito no sofrimento e sim em superar o sofrimento e ser feliz apesar das adversidades. Seu modo de funcionar é lamurioso, ostentando suas adversidades e o sofrimento que elas lhe geram. Meu ouvido não é penico, nem a pau que eu fico perto de uma pessoa assim! E se o seu também não é, rebele-se e saia de perto. Não faça parte desse pacto social nefasto de ficar lambendo vítimas.

Talvez seja resultado de uma educação religiosa, já que na maioria delas o sofrimento é sinal de evolução, é mérito. Esse pensamento doentio que relaciona sofrimento a recompensa futura acaba entrando no inconsciente de criancinha que crescem escutando essa besteira dentro de casa. Talvez seja fruto de uma cultura de vítimas que atualmente impera no Brasil, onde sofredores e ofendidos recebem benefícios por isso. Talvez seja apenas gente que não está preparada para ser feliz, que tem medo e se sabota. Mas uma coisa é certa: nós temos o sagrado direito de não querer gente assim por perto. Talvez te achem insensível, mas, francamente, você tem o sagrado direito de romper com gente assim. Não é insensibilidade sua, é sanidade.

Você deve conhecer alguém da espécie: moça sofrida mãe solteira com um filho ou uma mãe doente para cuidar. Ou esposa destratada pelo marido que insiste em ficar no casamento por covardia, encobrindo seu masoquismo sob o manto de boa mãe que está pensando nas crianças. Filho maltratado e abusado pela mãe que tolera e perdoa tudo porque “mãe é mãe”. Estes e muitos outro tipos nos cercam e despejam seus baldes de estrume emocional, esperando afagos e admiração. Não dou, dou tijolada, falo honestamente o que penso dessa postura. Tá ruim? Separa, melhor isso para os filhos do que uma mãe sofrida. A mãe maltrata? Corta relações, não importa se “mãe é mãe”, amar que nos maltrata é doentio e ponto final. Mas não, eles ficam. Ficam e depois fazem nossos ouvidos de penico.

Obviamente, quem escuta um corte não gosta. Além de não gostar, se surpreende, pois esse discurso sofrido sempre funciona e lhe fornece validação, afagos e admiração. Como assim não deu certo? Como ousa não se compadecer e aplaudir? Não aplaudo. Aplaudo gente que, apesar de uma vida sofrida, me conta uma piada, me faz rir ou ri da própria situação. Meu medidor de inteligência para com outro ser humanos é o humor e não sua capacidade de superação. Exemplos de superação são um pé no saco. Por isso, saiba que o Sofredor Patológico vai se indignar quando você não fizer o jogo padrão, dando afagos e palavras de conforto. Quem se importa? Eu, certamente não.

Aparentemente esse tipo de pessoa que se define pelo sofrimento e se envaidece dele leva sua vida sempre norteando-a, consciente ou inconscientemente, para obter cada vez mais sofrimento. Como isto não é socialmente aceitável, camuflam essa condução de vida fazendo-a parecer algo mais nobre. Exemplo: pessoa adota criança com sérias deficiências físicas e mentais e sai de boazinha por ser capaz desse amor incondicional. Não, desculpa mas não. A pessoa tinha centenas de crianças à disposição e escolheu uma com severos problemas que limitarão suas vidas? Tem um ganho secundário muito forte aí. Invejo quem ainda acredita na bondade humana e acha possível um ato assim, desinteressado. Eu, não mais. Essa pessoa que pena, quer olhares para si, que se sentir superior, que aplausos.

O Sofredor Patógico quer ser vítima, quer ter todas as atenções para si, quer ter um constante álibi para o caso de nada na sua vida dar certo: “coitada, ela nunca mantem um relacionamento por muito tempo, mas também, com essa criança que ela adotou, é difícil”. Provavelmente não. Provavelmente a pessoa tem uma personalidade repulsiva e usa essa vida sofrida para encobrir seus defeitos e deficiências. É o plano perfeito, pois explica socialmente seus fracassos sem que para isso ela tenha que se expor. Gente que se esconde atrás do seu sofrimento para não ter que lidar com suas escolhas de vida, é tanto desprezo que não cabe em mim.

Veja bem, com isso eu não quero dizer que eles não sofrem. Sofrem. Sofrem verdadeiramente. Passam uma vida toda sofrendo muito, afinal, procuram isso muitas vezes sem perceber. O fato de uma pessoa estra sofrendo “de verdade” não significa que ela não seja uma sofredora patológica. O que os caracteriza não é a falsidade no sofrimento e sim sua dependência dele.

Algo engraçado de se ver são os períodos mais serenos da vida dos Sofredores Patológicos. Mesmo procurando por sofrimento, existem períodos onde ele não se apresenta. Nestes períodos de calmaria, o sofredor patológico fica extremamente angustiado e acaba por sofrer sem motivo ou por pequenas coisas. Alguns literalmente inventam problemas, pois se sentem perdidos, não sabem o que fazer sem eles: dores, doenças, surtos paranoicos envolvendo aqueles que os cercam (meu filho está usando drogas, meu marido está me traindo, estão me escondendo alguma coisa, etc). É muito triste de se ver. É uma dependência pior do que nicotina.

São chatos, são insuportavelmente chatos,mas geralmente conseguem agrupar um numero de pessoas boas e compassivas a seu redor, que tendem a chamar de amigos. Não por muito tempo, com o passar dos anos percebe-se a vocação para o sofrimento, pois não há azar nessa vida que gere tantos dissabores. Claro que o Brasileiro Médio não entende ou aceita mecanismos inconscientes de sabotagem, seria complexo demais. Por isso, tende a explicar o fenômeno daquela forma simplória e ignorante: “não fala que atrai!”. Culpam o Sofredor Patológico dizendo que ele sofre por “falar e atrair sofrimento”. É, é bem isso, se você fala em uma coisa, a atrai… DÓLAR, DÓLAR, EURO, EURO! Ops, falhou.

Os Sofredores Patológicos de alguma forma precisam desse escudo, de cultivar sempre algum sofrimento para ter um safe place para canalizar todas as suas angústias represadas, para se escusar de uma série de obrigações não cumpridas, para justificar covardias e fracassos pessoais. Como já disse em outro texto sobre escudos, se a pessoa precisa deles, o certo é deixar que os mantenham, se não, se faz uma covardia contra a pessoa, ela se sente atacada e, como reação automática, ataca de volta.

Na teoria é fácil falar. Na prática, quando somos obrigados a conviver com pessoas assim, a “irritância” é tão grande que muitas vezes arrancamos seus escudos. Daí vem o mimimi, você é uma pessoa horrível, grosseira e incompreensiva. Pois é, o ideal é não mexer no escudo dos outros, mas para isso seria bacana que os outros não despejem suas neuroses na gente. Às vezes, para fazê-los parar, acabamos cutucando o escudo alheio. Acho compreensível, pois talvez seja a única forma de colocar uma trava nessas pessoas. Se um dia você o fizer, não se sinta mal depois. Lembre: seu ouvido não é penico.

O fato é que sofredores patológicos são quase que irrecuperáveis. Se você tem algum orbitando à sua volta, livre-se dele. Esta pessoa não vai mudar, pois colocou uma camada de maquiagem em um problema enorme de modo a nem ao menos conseguir ver o problema. Se, quando identificamos e isolamos o problema já é difícil mudar, imagina quando nem conseguimos ver que ele está ali. Também não vai aceitar toques, conselhos ou ajuda, pois está muito bem escorada atrás dessa maquiagem e vai te fazer sair de vilão.

Pessoas assim são vampiros de energia que não gostam genuinamente de você, apenas te usam como plateia para seu grande espetáculo de auto-piedade. Afaste-se, mude-se, peça demissão, divorcie-se. Caso contrário, você começa a ser tão doente quanto eles por se conformar em suportar algo assim. Arrastar uma pessoa para esse mar de lamurias e sofrimento é maltratar, não aceite isso. Afaste-se de Sofredores Patológicos. Sempre há uma saída, porém saídas requerem coragem e sacrifícios. Lembrem-se sempre: amar quem nos maltrata é doentio.

Para me xingar por eu ter mexido no seu escudo, para se libertar da culpa de dar um corte em Sofredores Patológicos ou ainda para contar sua experiência com eles: sally@desfavor.com

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Comments (60)

  • Caramba, que descrições chatas só de ler! Imagina conviver…
    Vou usar este texto como escudo para pessoas que usam o sofrimento como escudos.

  • Sally,

    Achei seu blog sem querer e realmente é difícil acreditar que alguém pense como eu em tantos aspectos. Primeiro gostaria de dizer que você está de parabéns por ser clara como água, segundo por cagar e dizer com todas as letras o que pensa.
    Muitas vezes eu me senti uma megera – e neste caso digo por sofredores patológicos, por não compactuar com o mimimi.
    Sou de família de origem judaica. Minha mae sofre. Minha tia sofre. As amigas da minha mae sofrem. e se eu não sofro ou não compacutuo, sou uma insensível filha da puta. Eu acho esse coletivo neurótico a coisa mais insana do mundo. Estou feliz em ver que não estou sozinha neste barco e talvez não esteja errada. Pois você sabe muito bem que nos atribuem uma culpa que não é nossa.

    • Não está sozinha não, e não deixe que te convençam que a errada é você, faz parte do jogo desses sofredores patológicos!

  • Claro q existe pessoas que adotam crianças especiais, naum pra chamar atenção ou ser o coitadinho da vez, mas porq sentiram um carinho especial pela criança, talvez porq o instinto materno ou paterno falou mais auto, São pessoas boas que nesse sentido provavelmente São organizados em sua maioria, sei q é difícil acreditar na humanidade em pleno século XXI, mas enquanto ouver fé coisas boas ainda irão acontecer.

  • Tenho ímã pra gente problemática. Fulano me conta vida inteira na rua, puxa papo do nada, desabafa e fica ofendidíssimo quando sugiro uma solução. Já estou fazendo muito em ouvir…
    Como as pessoas podem se orgulhar de serem alvos de PENA? Ter pena de alguém é quase como falar que este alguém não tem capacidade pra superar os próprios sofrimentos. Dor sempre existe, mas passa e traz uma lição. Ficar se lamuriando não adianta absolutamente nada.
    Tenho sorte dos meus amigos pensarem assim também. A gente até puxa as orelhas uns dos outros pra ninguém nem começar a procurar sofrimento e fazer drama. Poupa muito stress!

    • “Imã” não existe, você está fazendo alguma coisa para atrair essas pessoas. Reflita sobre a sua parte na história e mude de postura, assim essas malas começam a passar longe de você!

  • Tive uma amiga assim. Não durou 6 meses de amizade, ainda bem! Sou adepta do “só lamentar nao mudará nada”. E me afasto mesmo. Saio de perto quando vejo que a pessoa “gosta de sofrer” e saio com a consciência limpa. Não sou obrigada!
    E tem tbm os sofredores religiosos. Conheço gente que come o pão amassado do diabo na mão do marido e não separa. Mas frequenta a igreja todo dia fazendo novena, jejum, penitência… e usando os outros como muro de lamentações.

  • Pra toda patologia existe um tratamento. Pessoas assim deveriam procurar terapia, um hobby, algo positivo pra própria vida. O problema dos que enaltecem desgraças pessoais é focar no sofrimento e não na superação.

    Stephen Hawking com todas as merdas que aconteceram não ficou de coitadinho e se tornou um dos melhores físicos do mundo, já vistou todos os continentes e fez um voo zero gravidade, apesar da doença ele tem uma vida mais interessante que muita gente saudável por aí. Ele atrai multidões pras palestras dele, que são sobre ciência e não auto piedade.

    • Mas você acha que essas pessoas querem se tratar? Elas não querem melhorar, pois conseguem um enorme ganho secundário com esse chororô: idiotas que lhes dão atenção, sentem pena, se solidarizam. Além disso, essas pessoas são menos cobradas socialmente. Deve ser uma molezinha viver assim!

  • Após ler este texto posso dizer categoricamente que não convivo com gente assim. Sou pouco sociável, no sentido de deixar as pessoas realmente entrarem na minha vida e provavelmente, por este motivo, dei sorte de selecionar bem!

  • Aquela parte do “mãe é mãe” me fez lembrar de amigos que são abusados pelos pais, mas continuam lá. Juro que não consigo entender isso. E essas pessoas abrem a boca pra dizer que os amam, depois de tudo. É muita loucura e falsidade juntas.

    • Síndrome de Estocolmo. Pessoas muito abusadas emocionalmente na infância desenvolvem uma gratidão doentia pelo abusador(a) ou ficam tentando resgatar uma relação de amor que nunca existiu e nunca vai existir. Convivi durante muito tempo com uma pessoa assim e posso dizer: dá um misto de pena com irritação, todo mundo menos a pessoa consegue ver que o abusador(a) é um filho da puta egoísta que caga e anda para seu filho.

      • Pitty Bull Uebo (alguém...)

        Depressão compartilhada ou sofredimento patológico pode ser causado por fatores que essas pessoas não estão conscientes, pode não, é causado, porque não estamos sincronizados com o nosso corpo, nossa auto consciÊncia ainda está nos seus primórdios evolutivos. Muitas vezes, nossas emoções não estarão sincronizadas com o estado de espírito que gostaríamos de expressar. Isso causa sofrimento emocional. Claro que as circunstÂncias também terão um papel para fazer desabrochar esta predisposição atípica e disfuncional de comportamento.

        Mas, sendo uma mulher branca, solteira, estrangeira e que está em uma das profissões mais bem pagas do país, parece ser de leve porém explicável mal tom, destratar aqueles que por alguma razão, puramente biológica ou predominantemente circunstancial, se perdeu e passa a se lamentar de maneira constante e sucessiva esta perda de confiança.

        • Veja bem, sofrer não é o problema. Todos eventualmente sofremos. O problema é ser chato, frouxo, incapaz de lidar com seus sentimentos e canalha a ponto de usá-los para obter vantagens. Repare que todos aqui condenaram esse grande circo de sofrimento ostentado, não apenas eu. Se quiser colocar um filtro cor de rosa para ver essas pessoas chatas, doentes e escrotas, fique à vontade, só não venha me impor sua negação, pois eu me recuso a participar dela.

  • Eu detesto esse tipo de pessoa, quando começa com a lamuria eu tenho vontade de matar o infeliz. E pra completar eu trabalho em hospital, habitat natural dessas criaturas sem luz! Outro dia tive uma crise de riso atendendo um ser humano desses, parei tudo, fui pro repouso e morri de rir sozinha. A desgraça era tanta que parecia stand up!

      • Outras de “menos” escala ocorreram em dois setores “tratamentais” que precisei frequentar…talvez eu tenha “pago em dez vezes” as (nem tantas) e que fui (levemente, mas por – muito mais – após a falta de “tijolar” – que era tanta para a época) “do lado vampiresco”…

  • Muitos adotam a criança ainda recém nascida sem saber que é especial as vezes só percebem depois. Acredito sim que existem raras pessoas desprendidas e não interesseiras que acaba adotando essas crianças, reparem que quem não é adepto ao sofrimento lida bem com a situação e não sente dó ou pena de si próprio e nem fica se achando o supra sumo da bondade. Mas tem gente que gosta de cuidar da vida de alguma outra pessoa então pra esse tipo de pessoa faz muito bem em adotar criança especial, desde que cuide bem.

    • Desculpa, mas eu acho que adotar uma criança com deficiência é procurar problema para si, de modo a justificar outras coisas preexistentes e se vitimizar para ter todo o ganho secundário que isso gera. Não que a pessoa perceba o que está fazendo, mas inconscientemente, só um ganho secundário muito forte move alguém a atrair uma situação assim. Não é bondade.

  • Confesso que não dava muito valor pro Pilha… mas gente….

    O que é essa entrevista dele pro Gugu? Ele contando os tempos de vida lok4 do morro quando mataram um colega dele e ele contando a história rindo de orelha a orelha….

  • Sally, sou bem controlada. Mas, convive com uma criatura dessa especie. E, um dia me deixou tao fora de mim que surtei em publico, mandei a merda e quase fui apalaudida em pe por isso. Afinal TODOS se sentiam vingados.

  • Ok que por um lado vitimismo, dor e tragédia e tal são boas armas pra chamar atenção do interlocutor, mas… Isso só me leva a crer uma coisa: a sociedade está doente. Se as pessoas gostam de ouvir essas coisas, ou antes, se as pessoas gostam de chamar atenção pelo seu próprio sofrimento, então temos um problema aí, mesmo que haja certo prazer (sádico?) em compartilhar isso com as outras pessoas.

    • Sem dúvidas, a sociedade está doente, está recompensando quem se vitimiza de forma institucionalizada, com cotas e cia.

  • É fácil identificar o tipo… Vc ta lá, contando pra alguém (que perguntou) uma história triste ou sobre um problema, e vem a pessoa “pelo menos vc não ….” ou “isso não é nada, eu …” ou ainda “pior sou eu, que ….”
    E lá vem o rosario de sofrimento… É cansativo e realmente suga suas boas energias! Quando vc convive muito tempo chega a bater uma culpa… argh! Sempre tive pessoas assim na minha vida e profissão (sou ouvinte boazinha).
    Mas atualmente cortei relações com uma “amiga” assim. Ainda bem!

    PS: Sally, te mandei um email, vc viu?

  • Conheço gente assim do trabalho. Primeira vez que vou me apresentar para a infeliz, pergunto na maior delicadeza: “Oi, tudo bem?” A resposta dela, com voz de drama: “Não… tenho cinquenta anos… cinquenta anos de SOFRIMENTO!” E começou o rosário de lamentações. Parece piada velha, mas aconteceu desse jeito. Caiu direto na categoria de pessoas a evitar!

  • Acrescento aqueles “diálogos desabafo” em que cada um compete pra ter o pior problema. O hospital é um grande habitat.

    Cara, o que me importa se sua hérnia de disco é pior que a minha tendinite? Minha mão dói do mesmo jeito, caraleou.

  • Sally, minha querida! Me deu muita raiva enquanto lia esse texto! Não por ser ruim ou pq eu não tenha gostado, mas sim pq me fez recordar os tempos em q eu tinha amizade, não com uma, mas com DUAS pessoas assim!!! Uma não conhecia a outra, mas era incrível como elas eram iguais! Ambas gordas e “sofredoras patológicas”… Me cansava, sabe! As vezes eu tava super feliz, ia conversar com elas, e elas tinham o dom de DESTRUIR a felicidade alheia com seus MIMIMIS… Com suas vidas tão sofridas, onde nada de bom acontecia, onde tudo era espinhos… Aiii como a vida podia haver sido tão terrível para elas!!! Até que eu me cansei! Com uma eu rompi amizade por filha da puta! Fez coisas “pq ela sofria muito então tinha o direito de fazer coisas erradas para ser feliz”… Aí eu não concordei e a mandei a puta que pariu… A outra, simplesmente me encheu! Eu estava bem, feliz, resplandecente, e cada vez q ia falar com ela, fazia com q eu entrasse em depressão… Aí mandei à merda tmb…
    É incrível como gente assim não te faz bem! Muito pelo contrário! Só faz com q vc se sinta mal!!! Por isso, estou totalmente de acordo que TEM SIM que cortar relações com esse tipo de pessoa… Quem sabe se todo mundo passar a dar gelo nesses merdas, eles não tomam vergonha na cara e deixam de se fazer a “Maria das Dores”…

  • A vítima é a heroína da vez. Recompensada por afagos sociais, seguidores, likes, admiração, indenizações judiciais, e até danos morais por qualquer mimimizinho…

    Ter uma história de bullying pra contar atrai mais popularidade do que nunca na Internet. Atrai seguidores, patrocínio e dinheiro.

    Blogs escrotos como o de vocês estão por baixo no mercado: a onda da vez é ser um ofendido.

    Dentro do grupo feminista, por exemplo, existe briguinhas patéticas por “quem sofre mais”. A feminista negra acha que a branca não sabe o que é sofrer. A trans também acha que a cis é privilegiada. Já a cis radical diz que trans não pode ser feminista porque não sofre na pele o peso de ter útero e vagina. E a feminista pobre diz que a rica não sofre nada. A gorda diz o mesmo da magra. E a lésbica diz que a hétero não sabe o que é o sofrimento de ser invisível. E tem também o homem branco e hétero que garante que é o coitadinho da vez. E fica uma briga infinita para ser a que se destaca mais. Para ser o “protagonista” reparem: nas novelas os mocinhos sofrem até a recompensa do último capítulo. Nas religiões também.

    Ter sucesso é sofrer. Com essa sua postura, Sally, as pessoas é que vão se afastar de você.

      • Também tô tentando aqui e até gora não deu certo pra mim, não… Mas vou guardar essa pro próximo que vier pra cima de mim com essa história de “não fala que atrai!”. Ah! Talvez seja coisa da idade, mas eu ando cada dia com menos paciência pra frescura, viu? Não que eu já tenha tido muita antes, mas… Faz tempo que não topo com um ser desses, mas já tive que mandar alguns “sofredores” à merda por me deixarem, como diria o Alborghetti, “com o saco na garganta”.

    • Euro, Euro, Euro
      (“Verdadeira”) Suíça, Suíça, Suíça
      Holanda, Holanda, Holanda

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      #Brasildiarreia #mimimistasFIGHTcoxinhaVSpãocommortadela

      #SofrimentoVirtualDiscretoSVC

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