Mães sem controle dos seus filhos. Filhos mandando nos pais. Decisões sérias sendo tomadas de acordo com a vontade de crianças. Certamente você conhece uma ou mais de uma. É uma epidemia que ganhou um curioso apelido: Pedrocracia, ou como preferem outros, “Ditadura das crianças”. Vamos tirar o dia para tentar entender por qual motivo pequenos terroristas com cognição e força inferiores a adultos estão mandando nos pais?

Educar dá trabalho. Quando você, VOCÊ, realmente educa seu filho (em vez de deixar o dia todo na creche ou com terceiros como sogra e babá) é algo extenuante. Dar “não”, colocar limites e, mais importante, fiscalizar para que esses limites sejam respeitados, é um trabalho cansativo e integral. Razão pela qual optei por não ter filhos, já que gosto de fazer tudo que faço muito bem feito. Em vez de fazer mal feito (nunca no mundo que eu teria a paciência e disponibilidade necessárias) ou delegar para terceiros (nunca no mundo que eu teria o tempo necessário para cuidar de uma criança), abro mão, em uma escolha consciente e calculada, das milhões de alegrias que poderia ter se fosse mãe e, para o bem dos meus filhos e da minha consciência, decidi não tê-los.

Quem os tem, tem o dever de se portar como pai e mãe. Não amigo, não parceiro, não camarada. Pai e mãe, em primeiro lugar. E para isso algumas características são necessárias: autoridade, moral, comando, respeito e vigilância são algumas delas. Seu filho pequeno tem que fazer o que VOCÊ manda, pois você e apenas você sabe o que é melhor para ele. Quando ele for adulto e tiver o discernimento para escolher, ele vai fazer o que quiser. Não cabe a uma criança decidir se quer ou não tomar uma vacina, vai tomar e acabou, vai tomar e ponto final. Os motivos podem e devem ser explicados, mas a decisão não é negociável.

Porém o que se vê no mundo hoje não é isso. Muito pelo contrário, cada vez mais vemos casos onde os filhos estão mandando, direta ou indiretamente nos pais. Os filhos escolhem o que vestir (daí vemos crianças na praia com fantasia de Branca de Neve), escolhem o que comer (e vemos crianças que por semanas se alimentam apenas de biscoito recheado), escolhem o que comprar e quando comprar. Lembro de uma vez ter perguntado ao Somir por qual motivo estavam inserindo personagens de desenhos nos carros e ele me explicou que o mercado estava percebendo que, cada vez mais, pais compram carros de acordo com a vontade de suas crianças. CRIANÇA ESCOLHENDO CARRO. Percebem o absurdo?

Os motivos pelos quais os pais permitem que seus filhos mandem neles, ainda que parcialmente, são vários. Nem me atrevo a querer citar todos, vou falar apenas daqueles que me chamam mais a atenção.

Como eu disse, educar dá trabalho. Não é todo mundo que tem tempo e paciência para bancar um “não”, uma proibição e todos seus desdobramentos. Muito menos para fiscalizar o cumprimento dessa ordem. Então, por pura frouxidão, por pura paumolescêmcia, por pura preguiça com seu próprio rebento, pais acabam cedendo. É mais fácil, é mais cômodo, é mais imediatista. Dá para a criança o que ela quer, e acaba o conflito. Parabéns, criam idiotinhas incapazes de lidar com conflito no futuro, que não sabem aceitar uma negativa, que surtam quando não tem suas vontades atendidas. Isso é DESLEIXO, preguiça, corpo mole com o próprio futuro do filho, não me entra na cabeça que alguém possa ser tão negador de fazer isso com a educação do filho sem peso na consciência!

Tem também aqueles que não têm pulso firme. Pessoas sem moral, pessoas frouxas, pessoas sem um pingo de liderança e postura. Gente que precisa “subornar” o filho com bala para que ele se digne a tomar banho. OI? OOOOIIIII? Quem é que manda em uma casa onde pai e mãe barganham com filho? Uma pessoa não tem vergonha profunda de ser tão cuzona que não consegue mandar nem em uma criança? Eu teria, eu teria muita vergonha. É aquela mãe que vê o filho incendiar a cortina na casa de uma visita e apenas diz “João Vítor, não faz isso que a mamãe fica triiisteee”. Criam criaturas sem limites, sem freio, sem o menor temor a nada. Pessoas que fatalmente vão apanhar muito na rua (de preferência, literalmente) quando finalmente se depararem com limites no mundo real.

Tem ainda os pais que são movidos pela culpa. Botaram filho no mundo por pressão, ou até capricho da mulher (impressionante como homem cede fácil em algo tão importante, shame on you!) mas na real, na real, não tem condições (nem o homem nem a mulher) de ter filhos, seja pelo lado financeiro, seja pelo tempo disponível. Estão sempre tentando compensar a privação que geram nos filhos com uma permissividade excessiva, o que na verdade, nem bondade é e sim uma forma mega-egoísta de aplacar a própria culpa. Muita vergonha de quem é egoísta o bastante para estragar a educação de um filho só para amenizar um sofrimento pessoal. Trabalhar o dia todo e só ver criança no café da manhã e na janta é ERRADO, é CRETINO ter filho nessas condições e não importa o quanto se permita a ele, não apaga esse fato.

Pasmem, tem também um tipo que me desperta até pena: os carentes. Eles querem/precisam da aprovação do filho. Criança, esperta como é, quando percebe um caminho aberto, abusa. Diz para a mãe que não vai amá-la mais se ela não comprar um brinquedo, diz que não gosta mais dela se é contrariada e assim vai levando pelo nariz adultos que deveriam ter consciência das coisas, em uma chantagem eterna. Oi? OOOOIIII? Ter filhos significa que, para o bem deles, eventualmente serão colocados em situações nas quais odiarão os pais. Um adulto sabe que é para o bem da criança, que é para sua proteção. Uma pessoa DEMENTE (desculpa, não tem outra palavra) que pretende agradar o filho sempre deveria ser esterilizada. Seu filho não é seu amigo, não é seu boneco, não é seu brinquedo, não é arma contra a solidão. É FILHO, FI-LHO. Contrariar o filho e deixa-lo puto educando-o é obrigação, está no pacote.

Tem também os idiotões que não aguentam o peso de ter um filho nas costas e decidem “socializar” as decisões, perguntando aos filhos coisas absurdas como: se deve ou não fazer uma cirurgia, se deve ou não comprar determinado modelo de carro, se deve ou não pedir demissão (os três casos são verídicos). Ao socializar o problema, se divide também a responsabilidade se algo der errado. É muito injusto, muito babaca e muito covarde dividir um peso desses com uma criança, que nem de longe tem as ferramentas necessárias para tomar uma decisão. “Mas ele é muito maduro”. É uma criança. UMA CRIANÇA não decide sobre cirurgia, demissão e compra de carro em lares saudáveis, ok?

Poderia ficar até amanhã citando esses tipinhos sem preparo algum que jogam filho no mundo para, no final das contas, não fazer o sacrifício que tem que ser feito, não segurar os rojões que tem que ser segurados e se auto-perdoar com uma desculpa muito insustentável sobre sua própria incompetência. Mas prefiro usar a outra metade do texto para validar minha reclamação e mostrar como a imbecilidade desses despreparados não prejudica apenas seus filhos, e sim afeta a todos nós.

Sim, os péssimos pais (que sempre se acham bons pais no salto final, não sei por qual motivo), afetam a todos nós. Além de criarem imbecilóides que depois reproduzem o comportamento doentio ensinado como maridos e esposas, também nos sujeitam ao chilique de seus filhos. Nenhum pai tem o direito de impor a terceiros o chilique de seus filhos. Mas, curiosamente, no Brasil parece haver um consenso que eu ainda não compreendi muito bem de que ser criança justifica falta de educação. Criança chora alto no shopping, pessoas olham feio, pais bradam “É só uma criança…”. FO-DA-SE, eu fui criança e nunca, jamais, em tempo algum fiz um showzinho na rua importunando o ouvido alheio.

Não é inerente a “ser criança” ser mal educado. Não é inerente a ser criança mandar nos pais. Não é inerente a ser criança bagunçar tudo, quebrar coisas, desobedecer. Estas são características de crianças MAL EDUCADAS. Se seu filho as faz, ele é mal educado, o que deveria causar profunda vergonha, já que a falta de educação dos filhos nada mais é que um espelho da falta de educação dos pais. Ser criança não justifica qualquer comportamento público que cause desconforto em terceiros.

E quando chegamos a esse ponto do chilique em shopping, nem adianta que os pais tentem fazer alguma coisa. Já perderam o controle. A criança não cala a boca, independente de broncas, ameaças ou castigos. Os pais são obrigados a protagonizar toda sua desmoralização na frente de estranhos. Não entendo como não cavam um buraco no chão e se enfiam de vergonha, é o auge do fracasso colocar um ser humano no mundo e fazer um trabalho bosta educando-o. Pior ainda, o trabalho bosta ficar público.

Isso sem contar que muitas vezes a incompetência dos pais acaba colocando as crianças em risco. Dois meses atrás eu embarcava em um avião para São Paulo, quando uma mãe que estava sentada na fileira ao lado mantinha uma criança em seu colo. A aeromoça se aproximou e disse que a criança deveria ser acomodada na sua poltrona no momento da decolagem, pois em caso de imprevistos, ela se machucaria se estivesse no colo da mãe. A mão colocou a criança na poltrona e ajustou o cinto. A criança fez um escândalo de tal tamanho, que a mãe a retirou da poltrona e a colocou no colo novamente. A aeromoça se reaproximou (neste momento eu já havia sacado o celular e estava filmando) e disse, com todas as letras, que o filho dela poderia MORRER se estivesse no colo e houvesse um problema ao decolar.

A mãe respondeu “Eu tentei colocar, mas ele não fica”. Oi? OOOOOOIIIIII? ELE NÃO FICA? QUEM MANDA, ELE OU VOCÊ? Por favor, minha mãe só me olhava e eu não só ficava, como também sentava, rolava e buscava graveto com a boca se necessário fosse. A aeromoça insistiu e a mãe disse que não o colocaria “Porque ele não quer”. OIIIII? Bêbado, maluco e criança não tem que querer porra nenhuma, pois não sabe o que é melhor para si. Bêbado, maluco e criança apenas obedece. Resultado: a aeronave não poderia decolar enquanto a mãe não colocasse a criança ali. A mãe se recusava a colocar. 200 pessoas se fodendo por causa de uma mãe sem moral e uma criança sendo colocada em risco de vida. Tá fácil?

Em certo ponto a mãe me perguntou, de forma um tanto quanto rude, porque eu estava filmando e eu respondi: “Para que o mundo saiba a merda de mãe que você é, você vai para o YouTube, sua criminosa que coloca a vida do filho em risco”. Claro que não coloquei o vídeo dela em lugar nenhum, mas foi o bastante para que ela se intimide acomode o filho na poltrona ao lado. Não fosse o vídeo, certeza de que ficaríamos horas ali.

No que a mãe apertou o cinto, o filho a mordeu, chegando a fazer sangrar a sua mão, e voltou a sair da poltrona. A mãe disse para a aeromoça: “Tá vendo? Eu avisei que ele não ia ficar”. Criança não é burra, criança entende. Criança sabe quem é quem. Uma criança jamais vai obedecer uma mãe com essa mentalidade, uma DEMENTE que permite que a vida do próprio filho seja colocada em risco. A mãe saiu para fazer um curativo, pois sua mão estava sangrando muito. Olhei bem nos olhos da criança e disse “Se eu for aí, você vai se arrepender. Vai sentar ou vai me fazer ir até aí?”. A criança se sentou.

Então, desculpa, não venham me dizer que quem não tem filhos não pode falar. Eu posso falar sim. Eu faço criança mal educada se colocar em seu lugar com uma única frase. Mães, me xinguem, mas em matéria de disciplina crianças são muito parecidas com animais. Quando era estagiária em uma pet shop um dos meus primeiros trabalho foi dar banho nos gatos (estagiário sempre pega a pior parte). Os mais antigos falavam “ihhh, esse aí é terrível, esse aí não deixa dar banho”. Oi? OIIIIIII? NÃO DEIXA? Um animal de 5kg NÃO DEIXA? COMO ASSIM? Desculpa, acho que não entendi direito? NÃO DEIXA? Não existe um animal de 5kg não me deixar fazer qualquer coisa. NÃO EXISTE.

No que eu posicionava a mão no gato, aquele que “não deixa”, ele imediatamente sentia quem estava ali. E, adivinha? Eu dei banho em todos os gatos que passavam por mim. É uma questão de energia, de tom de voz, de postura. Quem deixa ou não deixa alguma coisa sou eu, não um gato, não uma criança. Por qual motivo Cesar Millan apenas cutuca um cachorro histérico, muitas vezes maior do que ele, e o cachorro enfia o galho dentro na hora? É a energia, a firmeza, o comando que se impõe ao ato. Crianças e animais não decidem, eu decido. Eu sei o que é melhor para eles. Prefiro uma criança emburrada, porém viva, do que uma criança feliz morta esmagada nos braços da mãe por um imprevisto na decolagem.

Falta essa consciência ao brasileiro, no geral. Falta a noção de responsabilidade que é ter um filho, para quem sabe assim, não viver nessa permissividade escrota que só faz mal às crianças, hoje e no futuro. Uma criança sem limites é uma criança que sempre vai procurar mais e mais, com grandes chances de se tornar um adolescente que usa drogas, comete crimes ou testa limites de formas tão perigosas quanto. Vamos levantar a bunda da cadeira e ter um pouco de trabalho ensinando limites e impondo moral às crianças?

Não vão, eu sei que não vão. É quase que uma deficiência, eles não conseguiriam, não tem o que precisa, a disciplina e a força necessárias. É gente que nem ao menos consegue tirar o controle remoto da boca do cachorro sem ser mordido. Pessoas que se matam de trabalhar para pagar as contas de casa mas são os últimos na cadeia alimentar ali dentro, todo mundo manda mais do que eles. O cachorro mija no seu tapete, o filho rabisca a cortina, o gato afia as unhas no seu sofá.

Estou de saco cheio de cheirar uma merda que não é minha. Brasileiro coloca filho no mundo sem tempo ou firmeza para criar e quem paga o pato é toda a sociedade, que é obrigada a aturar faniquito de criança. Chilique que estraga uma refeição, atrasa um voo ou pior, coloca em risco a segurança de um grupo, como nos casos das crianças que não “permitem” que seja desligado o celular no qual estão jogando joguinho durante decolagem e aterrissagem de um voo. Dá licença, a forma como criam seus filho me afeta, pois vivemos em sociedade.

Já que nosso maravilhoso Legislativo se sente no direito de intervir em escolhas pessoais, em vez de fazer lei para regular palmada, poderiam fazer uma lei para destituir do poder familiar pais cuja permissividade, falta de moral e frouxidão gere transtornos a terceiros. Eu não sou obrigada a ter minha vida atrasada por uma mãe que não tem controle sob o próprio filho. Em tempos de celular, vai ser bem fácil filmar e provar.

Não estou pedindo nada de mais, de coração, eu acredito que essas pessoas não tem qualquer condição de criarem um filho, vai ser melhor para a criança também. Tira dos pais e entrega aos avós, ao Conselho Tutelar, devolve para a cegonha, faz o que quiser, não me interessa, só coloca essa faca no pescoço dos pais para ver se assim eles se mexem! Ou então concede indenização em dinheiro para quem tem que suportar as consequências da incompetência alheia em criar filho. Taí, talvez da próxima vez eu tente uma ação pedindo indenização em dinheiro dos pais da criança…

Para contar sua experiência tenebrosa com Pedocracia, para mostrar sua burrice e achar que no texto eu falo mal de criança ou ainda para nunca me apresentar seus filhos (spoiler: eu vou amar) por temer ser julgado: sally@desfavor.com

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Comments (56)

  • Ah, também achei o maximo a sugestão do Tender. Ensinar a criança a poupar dinheiro pra comprar brinquedos…Vejo nisto algo muito eficiente que, inevitavelmente, terá forte implicação na mente da criança de que as coisas têm um certo custo. Dessa vez, o valor sairá do bolso dele(a).

  • Ah, mas comigo ele iria ver só. Meu gigante sabe como é. Muitas vezes, o meu olhar faz com que ele chore! Posso contar nos dedos quantas vezes usei a forca. Basta olhar. Isto ainda é possível. Chama-se respeito. Filho mandar nos pais? É o fim…

  • Não poderia concordar mais! Realmente absurdo algum pai ou mãe achar racional o argumento de que a criança “não deixa” qualquer coisa, ou “não faz”.
    Detalhe: no caso relatado da criança no avião, a mão estava colocando em risco não apenas a vida do filho, mas também dos demais passageiros. Imagina um objeto de dez, vinte quilos, ou quantos sejam, atingindo outra pessoa num assento próximo em caso de um incidente…
    A propósito, quanto tempo durou essa palhaçada? Pergunto porque, num caso desses, o comandante da aeronave tem autoridade para determinar o desembarque de quem gera transtorno aos demais e à segurança do voo.

  • O exemplo da mãe no avião é de cair o cu da bunda. Mas já ouvi falar de um homem que discutiu com um Policial Rodoviário Federal, mantendo a pose como se o agente estivesse errado!

    O policial parou o veículo do homem, no qual estava sua filha pequena, no banco de trás, dormindo deitada e sem cinto de segurança, ao lado da cadeirinha onde ela deveria estar devidamente acomodada pra começo de conversa. O policial mandou que ele acordasse a criança e a acomodasse adequadamente na cadeirinha, pelos motivos mais óbvios referentes à segurança. Explicou que ela poderia morrer em caso de acidente, e que uma simples freada brusca teria graves consequências. E disse que não o liberaria para seguir viagem caso não o fizesse. A resposta do pai: “Não quero acordar ela, e ela não dorme na cadeirinha. Pode me multar, mas não vou por ela ali, ela não gosta”.

    Malucos e bêbados eu não sei, mas parece que crianças agora sabem o que é melhor pra si. Parabéns a esse maluco, troféu de Pai do Ano pra ele…

  • Adorei a frase “Estou de saco cheio de cheirar uma merda que não é minha.” Dá licença de usar também? E, depois de ler o texto, fiquei com vontade de ver o tal vídeo da “ceninha” no avião.

  • Sally, você devia ver a expressão no meu rosto quando cheguei na parte dos “adultos” – as aspas são necessárias – que perguntam a CRIANÇAS coisas como se devem ou não fazer uma cirurgia, comprar esse ou aquele carro ou se devem ou não pedir demissão.

  • Ali naquela miniatura já tem uma personalidade, me dei conta disso depois do nascimento de minhas sobrinhas. A criança vai tentar fazer a vontade dela agora ceder a isso é absurdo, participo ativamente da educação das minhas sobrinhas e eu posso me dar ao luxo de ser um pouco mais amiga, mas minha autoridade não é questionada.
    Adorei comentário do tender tbm, infelizmente ainda é muito raro ver homens participando dessa forma, um ponto que ele colocou “quando se sai com crianças se esquece as frivolidades”, trabalho em um restaurante onde há um espaço para crianças com monitor. A quantidade de pais que largam as crianças lá e ficam enchendo a cara beira ao absurdo, já teve casos de criança chorar de fome pq os pais esqueceram de pedir algo pra ela comer ou da criança querer brigar monitor retira-la e o pai se achar no direito de reclamar, e depois pegam o carro totalmente bêbados com as crianças junto. Educação é exemplo não tem atalho.

  • [OFF TOPIC]
    Sally, como lidar com (e adestrar) um homem que se recusa a matar largatixas? Estou em desespero agora que descobri que ele é do time hippie babaca gratidão “ela é boazinha come insetos não faz nada”

    • Você ainda respeita um homem desses? Perderia o respeito e, consequentemente, a atração, por uma pessoa que prioriza um animal ao meu sofrimento. Troca, Bianca. Troca de homem. Não pela questão da lagartixa em si e sim pela atitude. Atos falam mais do que palavras

      • Não perdi o respeito total porque ele não estava comigo na hora então não viu o grau de extremo desconforto/putez que isso gera. Não sei se ele realmente não mataria caso estivesse presente. Mas já me preocupei mesmo, meu bem estar não valer a vida de uma lagartixa? Que porra é essa?! Perguntei porque me lembrei de um Siago Tomir que narrava uma situação parecida, queria saber mais sobre o convencimento da pessoa e formas de que ela tenha real noção da importância que isso tem (porque muitos acham bobo)

        • Fala sério! Lagartixa não causa doença alguma e ainda são úteis, já que se alimentam de aranhas, centopeias…
          Desnecessário matar, se você tem alergia a pelos e um gato entra na sua casa, você simplesmente o coloca para fora. Se ainda fosse um animal que pudesse colocar a sua saúde em risco, como uma barata, tudo bem, mas para mim babaquice é não ter coragem de matar e achar que os outros são obrigados. Se eu fosse homem e tivesse uma namorada que perdesse o respeito por mim por um motivo tão tosco, eu ficaria era grato se ela me largasse. Esperar que alguém resolva coisas simples por você é coisa de gente mimada.

          • Sabrina, não julgue o medo dos outros, tenho certeza que você, quando confrontada com seus piores medos, não é 100% racional.

  • Tomara que este fique tão popular quanto o da gravidez, quem sabe pelo menos uma alma se converte a lógica.

    Depois que eu li uma idiota sem noção dizendo que deixaria aquele menino do vídeo da escola “jogar todos os livros que ele quisesse na ” cara dela, porque ele estava expressando raiva e ela ficou com dó, eu desisti de acreditar na humanidade de vez… Pergunto que tipo de futuro terá um país em que todos acham que têm direito de manifestar sua raiva enfiando porrada em pessoas alheias ao seu problema…

  • Concordo com tudo Sally. Às vezes a criança é tão terrível que eu uso o método de contar uma Estorinha: “Era uma vez, num reino bem distante, um rei chamado Herodes… ” Geralmente funciona.

  • Sally, me abraça!

    Concordo com tudo, exatamente tudo! E já cansei de ouvir coisas do tipo: “Você não pode reclamar porque não tem filhos”. Posso sim! Posso e vou sempre que precisar.

    Lá em casa eu sou a “tia que briga”. Minha irmã não consegue fazer e enteada comer? “Vou chamar a tia Lu”. Tá fazendo tolice? Só olho torto e pronto. Precisa ter limites, precisa ter autoridade. Ter ou não filhos não é uma questão decidida na minha vida. Ainda não sei se quero, esse mundo tá muito escroto. Mas sei exatamente o que não quero fazer.

    P.S.: que depoimento coerente e lúcido, Tender! Se mais homens tivessem esse posicionamento, teríamos crianças/adultos melhores, com certeza. Parabéns!

    • Como assum só de olhar torto resolve? Eu não tenho filhos e nem pretendo ter, mas desde já admito que seria um loser. Eu tinha nedo da minha mãe porque ela me metia a porrada, mas não ne imagino caceteando pirralhos. Outra coisa que nunca consigo é dar banho no gato da minha irmã, ele ouve barulho de agua corre e se esconde debaixo da cama.

      • O gato se esconde? Você vai lá e pega, qual é a dificuldade? O que não pode é premiara fuga, é ele saber que se fugir, ele escapa. Eu caço o gato até no inferno, mas se EU quiser que ele tome banho, ELE TOMA BANHO.

  • Bom, hoje o post teve a minha cara.
    Leio o desfavor há muitos anos, nem sempre comento, mas um dos motivos que me fizeram rever essa posição de ter filhos foi através do blog.
    Já pensava seriamente, depois de anos presenciando a negligencia dos pais para com os filhos, e essa necessidade do brasileiro casar/ ter filhos.
    Me perguntava se seria uma boa mãe, se era isso mesmo que eu queria, e se essa vontade era motivada pensando em mim ou no que a sociedade espera que eu seja. Ainda não defini o que quero, mas agradeço imensamente ao blog o fato de ter esse esclarecimento, de plantar a sementinha da auto- análise .
    Já fui babá, sempre amei crianças e sempre me elogiavam por minha posição com elas. Não que eu seja realmente tudo isso, é porque eu olho nos olhos delas e digo exatamente o que tenho pra dizer. Não adulava, não passava mão na cabeça. Mas também incentivava, parabenizava quando algo era bem feito.
    É exatamente isso que você disse, criança deve ser tratada com autoridade, tem que obedecer em tempo integral haja o que houver. Mas tambem há o outro lado da moeda, as vezes a criança faz esse showzinho, birra+manha, por que quer simplesmente chamar a atenção dos pais, que os enche de brinquedos e nem sequer separam minutos do seu dia para brincar com eles. Os colocam em frente à TV e esperam que ela fique quietinha até eles terminarem qualquer coisa. Ou até mesmo mães que ficam HORAS no facebook e deixam seus filhos a própria sorte.
    Se todos pensassem nas consequências que isso traz pra vida, pensariam milhões de vezes antes de ter filhos.

    • Eu suponho que todas as mulheres do mundo tenham capacidade de serem boas mães, o que se deve refletir é se a pessoa de fato quer fazer as renuncias necessarias e se vai ter tempo e condições mínimas de criar essa criança. Fico feliz que o Desfavor tenha te ajudado a refletir. Nosso intuito é esse mesmo. Convidar o leitor a pensar e não dar respostas prontas.

  • Eu amo o Danilo Gentili

    Eu não me aguento, eu preciso dizer para o mundo todo que eu amo o Danilo Gentili. Na verdade eu tenho um tesão GIGANTESCO por ele, só consigo falar disso, vinte e quatro horas por dia. Mas eu tenho vergonha de ir falar diretamente com ele, tanto que minha rotina diária é ver os vídeos dele enquanto me masturbo FURIOSAMENTE, com algumas paradas para vir falar dele num blog de onde eu fui banido por ser monotemático falando desse homem DELICIOSO! Meus comentários nunca são aprovados, e agora só o Somir – que ri muito da minha cara – os lê antes de deletar. Mas eu desisto? NÃO! Eu sou incapaz de compreender a realidade por ter um severo atraso de desenvolvimento intelectual… e um amor incontrolável por Danilo Gentili. Eu inclusive vivo colocando em dúvida a orientação sexual do maior comediante vivo do planeta justamente para acreditar que tenho uma chance com ele. Um rapaz pode sonhar, não?

    Mas agora eu preciso ir, vou bater mais uma pensando nele. E juntar coragem para finalmente ir falar com meu herói, ao invés de ficar professando minha paixão-masculina num lugar onde NINGUÉM se importa comigo.

      • O que leva uma pessoa a vir num blog postar que se apaixonou pelo apresentador da tv? Eu sou viado e não fico nessa. Precisa contar pro mundo que bate uma pro Danilo?

      • Afinou para o Somir… ficou quietinho, nem respondeu. Covardão que só bate boca com mulher! Tá com medinho, ele sabe que o Somir mora perto dele e tem o endereço dele, que o Pastor deixou aqui nos comentários uma vez. Vai lá, Somir, dá uma porradinha nesse escroto. Ele chamou a Sally de “Puta do Danilo” fora daqui, você sabia?

        Bora, gente, me ajuda a jogar lenha na fogueira!

    • Querido rapaz que ama o Gentili:

      Acho tão lindo quando um ser humano começa a criar coragem de abrir as portas do armário e as do coração!!!

      Parabéns pela coragem! Infelizmente o Danilo não é gay. Uma pena mesmo! Ele é só mais um heterossexual banal…

      Mas veja pelo lado positivo: quando somos adolescentes, tendemos a nos apaixonar por seres inativgiveis: uma estrela do cinema, um professor muito mais velho… Isso acontece porque ainda não estamos prontos para nos relacionar de verdade. Só depois, com a maturidade, é que vamos criando coragem para nos aproximar de gente como a gente…

      Essa sua paixão ardente pelo seu ídolo é o seu organismo lutando para escancarar de vez as portas do armário. Liberta a sua alma! O mundo gay é uma delícia! Se você for de São Paulo, me dá um toque que eu vou te recomendar as melhores boates gays! Boa música! E caras não-famosos e gays muito mais lindinhos do que o Gentili…

        • É muito triste quando um ser humano fica preso dentro de um armário enquanto deixa passar boas oportunidades de ser feliz.

          O moço que ama o Gentili precisa do nosso apoio nesse momento delicado de autoaceitação. E estamos aqui para oferecer nossos ombros impopulares para ajudá-lo a escancarar as portas do armário e ser muito feliz!

          O mundo é gay, baby! A vida colorida é MUITO mais bela!

    • Sério que esse elemento continua vindo aqui depois de ser expulso? Eu acho que vocês deveriam chamar de volta o Pastor Vagner e pedir que ele revele endereço, telefone e todos os dados desse rapaz, que ele tem. Me passa o e-mail do Pastor que eu mesma peço para ele voltar.

  • Eu, como pai de crianças, tenho algumas opiniões sobre o assunto:

    Primeiro que se deve manter a autoridade sim, mesmo que isso aperte o coração. Ser pai é conviver com a culpa, mesmo fazendo todas as vontades dos filhos. Por isso, não abro mão da autoridade, mesmo que meus filhos chorem, façam birra ou algo do gênero. Um aviso aos acomodados, com autoridade, seu filho fará birra meio dúzia de vezes e nunca mais. Isso mesmo, NUNCA MAIS. Sendo frouxo, a birra será eterna.

    Segundo que algumas coisas dá sim para barganhar, mas em pontos muito específicos. Não se barganha vacina, roupa no dia a dia ou que a criança vai comer, mas às vezes dá para fazer isso. É preciso, antes de mais nada, saber trabalhar com a psicologia infantil. Crianças não são pequenas coisinhas idiotas, que devem ser tratadas como animaizinhos de estimação, pelo contrário. Crianças aprendem rápido, são inteligentes e se adaptam à quase tudo que os pais quiserem, mas é preciso dar o exemplo. Seu filho não come brócolis? Você pode tentar até o inferno para fazer ele comer, mas se os pais não tiverem brócolis no cardápio deles, é uma batalha perdida. Não adianta oferecer doce em troca da criança comer brócolis, isso é um erro. A barganha vem em pequenas brincadeiras, pequenas coisinhas lúdicas do tipo: “olha o papai gigante tá comendo arvorezinhas, a filhinha do gigante vai comer também?”. O lúdico é a solução de 90% dos problemas com crianças descontroladas, duvida? Veja Supernanny.

    Em terceiro lugar, a meritocracia. As crianças precisam ganhar as coisas de acordo com o comportamento delas, já que nada vem de graça nessa vida. Ele quer um jogo? Ela quer uma boneca? Eles querem passear? Façam por merecer, oras. Nessa parte a metodologia da Supernanny também funciona, dando estrelinhas por bom comportamento, boa alimentação, respeito as pais, etc. Atingindo certo número de estrelinhas, a criança recebe em troca o passeio. Para brinquedos, ensine a criança a poupar, colocando uma moedinha ou dinheirinho por dia em um cofrinho. Ensine o pequeno a poupar e quando tiver dinheiro suficiente, leve ele para comprar o brinquedo. Na maioria das vezes, você vai perceber que ele não vai comprar o brinquedo pedido originalmente, sempre será alguma coisa diferente. Dar brinquedo de graça é dar brinquedo que vai ficar parado no baú, fato!

    Em quarto lugar, ajude apenas no necessário. Esse talvez seja o mais difícil e normalmente é delegado aos país de coração gelado, como é o meu caso. Se vejo algum filho meu cair, espero ele levantar sozinho. Não seja idiota a ponto de colocar seu filho em risco, não deixe ele por a mão na tomada, nem se aproximar da janela, mas um tombo? Um corte no dedo? Uma briguinha na escola? Deixe ele se resolver sozinho, dando suporte apenas se a situação sair de controle.

    Em quinto lugar, mas talvez o mais importante: vigilância. Saiba onde seu filho está, com quem está e como está. Nunca, repinto, NUNCA deixe a função da vigilância para estranhos (e em alguns casos até mesmo com parentes ou conhecidos). Você pode até delegar algumas funções para os profissionais da escola e para os parentes mais próximos, mas esteja sempre atento. Seu filho voltou mais calado após ficar longe de você? Voltou com um roxinho? Está se machucando com frequência? Tem alguém próximo que ele tem medo de ficar sozinho? Ligue o alerta e preste atenção. Com relação a isso sou muito metódico, até mesmo em festas, aonde eu deveria estar me divertindo, mas na verdade estou analisando as milhares de probabilidades de risco para meus filhos. Quer ficar em paz, conversar com os amigos e se divertir? Deixe a criança com seu (sua) companheiro(a) ou com os avós. Se saiu com as crianças, essas frivolidades devem ser esquecidas. Esquecer dessa regra é dar margem para o arrependimento de ver seu filho sendo abusado, morto ou alguma desgraça do gênero.

    Ter filhos não é fácil, é um aprendizado constante tanto para eles quanto para os pais. Quando eu era mais jovem, achava que não ia ter cabeça para isso, mas hoje penso diferente e não consigo viver sem meus pequenos. Isso não quer dizer que eu deva virar um frouxo e deixar que eles ou outras pessoas ditem o que é melhor ou não. É impossível ser o melhor pai ou a melhor mãe do mundo, mas as crianças não exigem o melhor, exigem apenas o conforto, a segurança e o amor que você puder dar. Qualquer coisa além disso é efeito placebo, é coisa vazia. Uma criança poder ter tudo na vida, mas se não tiver a presença e a força de vontade dos pais, ela não passará de uma pessoa sem objetivos.

    • Parabéns, Tender, por ser um bom pai. Isso é raro.

      Concordo com tudo o que disse. Vale até um Desfavor convidado sobre o tema, hein?

      Só acrescentaria o seguinte aos seus ótimos conselhos:

      Sobre os muitos pais que possuem conta no Facebook e postam as fotos das crianças de forma pública e aberta: É uma inocência burra que coloca as crianças em risco. Há muitos pedófilos, muita gente ruim no mundo… Não basta vigiar as crianças: temos que protegê-las dos “lobos” que nossos olhos não estão vendo.

      Postar a foto dos filhos no Facebook já é indício de inocência e falta de malícia por parte dos pais. Mas nem sequer restringir as configurações de privacidade para que estranhos não tenham acesso às crianças é muita estupidez.

      • Além dessa exposição perigosa, Mariana, tem o tal dos “caça-likes”. A necessidade de mostrar que é feliz, que tem uma família perfeita, pra ganhar curtidas. Hoje vi a foto de uma mulher que postou uma foto dela na sala de cirurgia, logo após o parto! Descabelada, inchada, cheia de tubos, carregando o menino, todo sujo de sangue ainda! Pra que?

        • Realista Cafeína

          Pois é, se isso é “felicidade e perfeição” eu prefiro (o que chamo de) “deprê (com a) política” !

        • Luluzinha,

          Verdade! Também não compreendo o porquê! O que se passa na cabeça desse povo doido?

          O que mais me impressiona (de verdade!) é quando vejo pessoas inteligentes, mas sem malícia nenhuma, postando fotos dos filhos, escrevendo o nome e o apelido deles, em cenarios que revelam endereço, vizinhança, a escolinha, os amiguinhos, fotos na piscina (para o deleite de pedófilos), informações sobre o brinquedo ou personagem preferido..

          Facebook é PÚBLICO! Que dificuldade de entender algo tão óbvio!

          É muita falta de noção!

    • mas as crianças não exigem o melhor, exigem apenas o conforto, a segurança e o amor que você puder dar

      Em suma, que você disponha de (todo, senão boa parte do) seu tempo.

      Nesse sentido, quanto ao conforto, para criar e cuidar dos nossos, optamos por viver com metade da renda em troca da disponibilidade do dobro, triplo, do tempo para ter uma presença efetiva no desenvolvimento deles. Dos cônjuges, um passou a trabalhar meio período, outro deixou uma promissora carreira no mundo corporativo para chegar em casa no máximo 18h, entre outras medidas (relativamente) restritivas, para proporcionar a efetiva presença de que você, Tender, tratou com propriedade.

      Enfim, não há como mensurar objetivamente o ganho que ter aberto voluntariamente mão de boa parte da renda nos trouxe em termos de aplicar o tempo ganho estando presente.

      Mas, apesar da vaidade e da realização pessoal terem sofrido nesse processo, nem quero pensar no quanto de perda sofreríamos ainda mais se não tivéssemos aberto mão dos nossos ganhos até então, por mais que pudessem ter proporcionado um patrimônio muito maior do que dispomos hoje… sobretudo se pensarmos que, por exemplo, uns dez anos atrás, um apartamento na Vila Mariana custava menos de 100 mil (hoje custa mais de um milhão). Nessas horas, fico a pensar na vida da Suzane von Richthofen…

    • Amei o texto, Sally! Amei o texto, Tender! Ainda não tenho filhos, mas tenho a certeza de querer ter! E espero que quando o(s) tenha, possa ser uma boa mãe, com autoridade sobre eles, assim como foi minha mãe comigo!
      Como disse a Sally, eu tmb, quando era criança, bastava um olhar da minha mãe q eu já sabia o q podia e o q não podia fazer!
      Me lembro muito bem, inclusive, de uma vez q eu estava na casa de uma tia, q tinha dado um pedaço de doce pra cada um. Depois q terminei de comer o meu, ela me ofereceu outro. Olhei pra minha mãe pra ver se podia, e só com o olhar dela, disse que não, obrigada! Mesmo morrendo de vontade de comer outro pedaço!
      Hj em dia as coisas mudaram muito mesmo! As vezes vou em lojas e vejo as crianças fazendo o q bem entendem e as mães fingem q nem vêem! Me dá um ódio! E eu penso: “Ah! Se fosse meu filho”… Bom, se fosse meu, muito provavelmente não estaria fazendo isso…
      Presencio coisas do tipo, criança de 2, 3 anos que não querem dar a mão pra mãe, ficam com birra, e mãe concede q a criança ande no meio de multidão sozinha… Aí acontece algo, vai fazer oq? Chorar, né!
      Enfim, as pessoas andam precisando, E MUITO, rever a “cartilha” de criação de filhos, pq tá bem foda!

  • Sally, que texto incrível !
    Eu já sofri muito com cria alheia insuportável.
    Trabalhando em drogarias cansei de ver crianças bagunçando sessões inteiras de perfumaria. Ou pior: passando pelo balcão e bagunçando as prateleiras de medicamentos! Misturando medicamentos diferentes, dosagens, tirando da ordem do prazo de validade. Um inferno! E os pais? Fingem que não é com eles. Mas se você falar algo para o filhote de capeta deles… eles aparecem cheios de razão.
    Já vi um caso de um professor (acredita?!) que ia almoçar em casa. O rebento dele almoçava e ia para a escola. Você acredita que o capeta mirim, as vezes, cismava que não queria ir à escola? O pai tinha que ficar um tempão negociando e muitas vezes voltava para o trabalho sem almoçar.
    Fora essas crianças que parecem ratos (criados pela rua) aprontando. Se alguém vai reclamar a mãe toma as dores do filhote (mesmo sabendo que o mesmo está errado) e compra briga com outra pessoa!
    Por isso que tenho horror à prole alheia. Mas ainda acho que adolescente é pior…

    • Concordo com tudo, Ana, exceto com o fato de adolescente ser pior. Acho mais legal, pois dão uma tremenda dor de cabeça para seus pais. Ao menos na adolescência esses pais bostas colhem o que plantaram!

  • Sinceridade brutal aqui!! Adorei!!Todo mundo devia ler isso antes de fz filho!!!Ri um monte do “devolve pra cegonha”, mas cá entre nós não deve ser má idéia

    O primeiro problema é filhos que não vieram de decisão calculada. A contracepção e planejamento nunca são vistos como necessidade, utilidade ou assunto que mereça importância, ao contrário, é sempre inconveniente (camisinha incomoda), um risco a saúde(pílula é veneno), um ato de egoísmo. Quando os filhos são planejados nem sempre a decisão é racional,pessoas tem filho troféu pra mostrar pros outros, pra salvar casamento, pra acabar com a cobrança dos outros, pra suprir algum tipo de expectativa estúpida.Todos sabem que isso nunca acaba bem mas continuam fazendo isso. Pra piorar ainda colocam coroas(símbolo de poder e autoridade) nas cabeças moles das crias recém nascidas depois reclamam que elas aprendem a mandar antes que saibam andar com as próprias pernas e decidem a vida dos adultos sem ter maturidade pra isso.

    • Sim, isso é um problema. A ideia de que “filho é sempre uma benção” somada ao status social que filho dá (“não sou encalhada” + “tenho alguém para ficar comigo e nunca mais vou ficar sozinha”)

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