Remember Cocielo.

Julio Cocielo, um dos youtubers mais famosos do Brasil, cujo canal tem quase 17 milhões de inscritos, foi pego pra Cristo após uma piada no Twitter. Tudo começou quando, no jogo França x Argentina, ele comentou que o jogador francês Mbappé corria tanto que “conseguiria fazer uns arrastão top na praia”. Isso foi suficiente para que ofendidos dedicassem seu final de semana a reler os quase 50 mil tuítes que Cocielo havia postado na vida, atrás de algo inflamável para jogar mais gasolina no incêndio que havia começado. Imagina que vida infeliz tem alguém que dedica seu tempo a isso…

Conseguiram. Piadas antigas com suposto conteúdo racista foram printadas e divulgadas, fora de contexto, direcionadas sobretudo às marcas que patrocinavam Cocielo. Nomes de peso como Itaú, Adidas, Submarino e Coca-Cola começaram a ser cobradas por patrociná-lo, apesar desse suposto conteúdo polêmico.

Tinha de tudo, desde piadinhas de salão (como dizer que o Kinder ovo é preto por fora e branco por dentro, pois se fosse o inverso, roubaria o brinquedo), até piadas mais pesadas, mas, visivelmente piadas, que foram lidas dez anos depois, em outro contexto social (muito mais sensível) e sem o devido tom de humor que deveriam, tiradas do meio de uma conversa entre amigos.

Até aqui, chovemos no molhado, né? Um país que entende pedofilia quando humorista diz que comeria ela e o bebê é capaz de qualquer imbecilidade cognitiva. Evidente que esse tipo de piada do Cocielo deixou de ser tolerada faz tempo, não por conscientização ou inclusão, mas por pura histeria social. Se fossem piadas tão “desrespeitosas” quanto (obs: não vi desrespeito) envolvendo, por exemplo, políticos, argentinos ou qualquer outra “raça” sobre a qual seja socialmente autorizado descer o cacete, nada teria acontecido.

Por curiosidade, fui procurar alguns dos termos polêmicos utilizados pelo Cocielo nas redes sociais de vários famosos bem patrocinados e… adivinha? Todo mundo tem algo que pode ser utilizado contra. Inclusive os que estão cobrindo o Cocielo de merda. Não vem ao caso levantar nomes, coisa mais feia ser dedo-duro e promover caça às bruxas, no dia em que eu me prestar a esse papel, vocês por favor parem de ler este blog.

O fato é que não é questão de “confrontar racistas”, pois o que ele disse, muita gente diz, mesmas piadas, mesmo termos. O fato é quem vai ser a bola da vez, porque a mídia e os “internautas” viraram uma máquina de moer reputações e parecem estra sempre atrás de um apedrejamento para posar de corretos e inclusivos. Mas, novamente, até aqui, nada novo. A novidade começa no próximo parágrafo.

No meio desse grande circo com tochas e pedaços de pau, percebo que as pessoas conseguiram descer ainda mais um degrauzinho na perda de dignidade e atestado de imbecilidade. Os justiceiros de plantão estão indo até os patrocinadores pedir “justiça”, ou seja, pressionar o patrocinador a deixar de patrocinar o Cocielo por causa de falas de dez anos atrás. Os argumentos são uma ode à imbecilidade “ele é racista, se você patrocina um racista, você é racista”. Daria pena, se não desse náuseas.

Comove o grau de imbecilidade de uma pessoa que acha que o Itaú ou a Coca-Cola estão totalmente focados em questões sociais, em inclusão ou em qualquer outra coisa que não seja um lucro violento. Comove pensar que quem não se constrange em explorar quase até a morte seus mais altos funcionários engravatados, vai ter um pingo de consideração pelos mais fodidos. Trabalhei anos para multinacional, acreditem, o desprezo pelo bem estar do ser humano é a mola propulsora.

A Adidas, por exemplo, que era patrocinadora do Cocielo, utilizou durante muito tempo trabalho escravo e só parou quando o escândalo tomou tamanha proporção que começou a afetar suas vendas. Aí rompeu oficialmente com 13 fornecedores asiáticos que lhe garantiam um belo lucro através de trabalho escravo. Não demorou muito, novos escândalos surgiram envolvendo a marca. Até hoje ela utiliza empresas terceirizadas com mão de obra muito, mas muito duvidosa e é alvo de dezenas de acusações envolvendo exploração de trabalho escravo.

A Coca-Cola também está envolvida com escândalos de trabalho escravo, alguns de tal porte que repercutiram internacionalmente. Em um dos casos, descobriu-se que uma das fazendas que forneciam as laranjas para a Fanta trabalhava com mão-de-obra escrava, às custas de imigrantes da África, portanto, negros. Taí o pacote fechadinho, completinho: negro, com sua miséria explorada pelo homem branco, em condição de escravo.

Apenas no pequeno cérebro de caroço de uva imbecilóide do brasileiro, empresas desse porte fazem fortuna sem explorar seres humanos. Apenas no pequeno cérebro atrofiado, maniqueísta e putrefado do brasileróide Adidas, Coca-Cola e cia estão de qualquer forma preocupadas com a dignidade da pessoa humana. O papelão que cada idiotinha dedo-duro faz indo até essas marcas falar “Mãe! Mãe! Meu irmão comeu doce antes do jantar!” é uma das coisas mais vergonhosas que eu já vi, um misto de X-9 com retardado do bairro.

Eu aposto com vocês que cada um desses “justiceiros” que vai até empresas cujo lucro depende de trabalho escravo “dedurar” o coleguinha que falou bosta já falou ou fez coisa dez vezes pior que o Cocielo. Aliás, é sintomático: quando algo irrita a ponto de dar esse tipo de piti, podem ter certeza que cutucou algo que existe dentro da própria pessoa.

Ser racista é feio, mas ser dedo-duro biscoiteiro a ponto de atirar outra pessoa debaixo do ônibus por um erro cometido ou por discordar do seu humor para, em troca, receber elogios ou passar imagem de uma boa pessoa é um câncer, é nojento, é o auge do subdesenvolvimento mental. É uma mentalidade doentia pensar que Fulaninho fez o mal, então vamos causar um mal ao Fulaninho de volta. Vamos punir. Vamos fazer perder patrocinador. Vamos responder à maldade com mais maldade, foda-se. É por isso que esta bosta de país está como está, nesse circulo vicioso de canalhice.

Além de ser um atestado de burrice vergonhosa, um vexame, uma imbecilidade sem precedentes, esse tipo de patrulha está acabando com a liberdade de humor em um meio criado para ser independente, para ser livre e alternativo. Youtube vai acabar virando uma extensão da TV, onde não se pode desagradar patrocinador, anunciante ou quem os pressione.

A graça do Youtube sempre foi não ter patrocinador mandando e desmandando, assim, quem mandava era o público. Durante algum tempo funcionou, mas infelizmente a caça às bruxas, a vontade de lacrar, a vontade de receber biscoito fez com que gente que sequer assiste Youtube comece a patrulhar tudo que se passa com os Youtubers. Se nem o PewDiePie, o maior youtuber do mundo escapou, imagina se Julio Cocielo tinha alguma chance.

É lamentável, mas a “Regra Desfavor” continua sendo a única forma de poder falar o que se quer neste país: não aceitar nenhum tipo de patrocínio ou permita. Sem isso a liberdade de expressão fica comprometida por motivos de cu na mão. Não há 100% de verdade, de sinceridade, quando há medo de perder patrocinador.

E aqui acho importante pontuar que eu não gosto do canal do Cocielo. Não acho graça, não sou inscrita. Então, não é uma defesa de fã. Mas, quando se tem um peso e uma medida, pouco importa quem está dizendo e sim o que está sendo dito. Cocielo foi sugado pela máquina de moer reputações e, apesar do pedido de desculpas, apesar de ter apagado tudo que já escreveu em redes sociais na vida, apesar de tudo, vai ser moído, triturado e cuspido, até pegarem a próxima vítima.

As mesmas empresas que obtém lucro às custas de trabalho escravo vão fazer sua ceninha de indignação, emitir comunicado dizendo que repudiam qualquer tipo de racismo blá, blá, blá e que acreditam em um mundo melhor pela inclusão blá, blá, blá e virar as costas para Cocielo. A verdade é que se estivessem realmente preocupadas com essas questões, investigariam muito bem quem patrocinam. Empresa só olha uma coisa: numero de seguidores, o quando o digital influencer realmente influencia.

Ir até grandes marcas reclamar de palavras de seu patrocinado quando a marca em questão pratica atos muito piores é um vexame. É querer posar de bom moço, justiceiro do mundo, biba biscoiteira. Além de incoerente e hipócrita, é feio, é baixo, é babaquinha. Se você se importa com questões como inclusão, racismo e escravidão, vire gente e não consuma essas marcas, que fazem muito mais mal ao mundo do que uma piada de gosto duvidoso do Julio Cocielo. Vão largar o iphone? Não vão.

Isso ninguém quer, né? Pois implica em sacrifício pessoal. Não vai ficar sem a sua coquinha nem sem seu tênis Adidas. Então, para compensar que consome produtos que vieram das mãos de trabalho escravo, vamos jogar bastante merda e fazer bastante barulho contra quem supostamente é racista, assim nós, que consumimos trabalho escravo, posamos de boas pessoas e limpamos nossa barra. Não tem um racista? Não tem problema, a gente cria um tirando coisas do contexto da conversa e do contexto temporal. É preciso apontar dedos, sempre, antes que os dedos comecem a ser apontados para a gente, não é mesmo?

As piadas do Cocielo podem ter sido infelizes, mas foram apenas palavras. A fúria com a qual as pessoas partiram para cima dele deveria ser destinada a quem fomenta preconceito, racismo e escravidão, ou seja, muitas das marcas que o patrocinam. Em vez disso, em troca de biscoitinho, de elogio virtual, as pessoas se unem às marcas que promovem trabalho escravo para, juntos, detonar hipocritamente o Cocielo. Olha, vão bem à merda todos vocês, que com sua imbecilidade me fazem defender youtuber com unhas e dentes. A que ponto chegamos…

É isso, é assim que vai ser por um tempo: ativistas de sofá, fofoqueirinhos, dedo-duro, hipócritas, incoerentes. E ninguém vai acusar o golpe, ousar defender o Cocielo, porque né? Vai despertar a mesma fúria, vai ser jogado no poço com ele. Quem é que arrisca ser jogado no mesmo saco que o “racista” e cair no mesmo moedor de reputações que ele foi jogado? Quem não tem patrocinador. Sally, prazer.

É bem polarizado: ou você joga merda no Cocielo, o máximo que puder, o mais público possível, ou você também é um racista que merece ser execrado. Vai com a manada, ou será atacado, porque agora é assim que se lida com o erro dos outros, punindo, linchando moralmente. Cuidado, viu? Uma hora quem erra é você, e garanto que não vai ser agradável ser jogado na máquina de moer reputações.

Estou muito velha para essa merda, francamente. Acho que de hoje em diante, quando acontecer outra coisa nesse estilo, não vou escrever mais texto comentando. No melhor estilo Lost, vou apenas fazer uma referência e dizer “Remember Cocielo”.

Para me chamar de racista, para dizer que é contra escravidão desde que não mexa na sua coquinha ou ainda para dizer que precisa de aplausos e, como não tem mérito para conseguir por você mesmo, vai continuar jogando merda em quem for a bola da vez: sally@desfavor.com

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Comments (91)

  • Chegando atrasada na discussão, mas… esse negócio de fuçar passado negro no Twitter vai chegar no ponto em que as pessoas vão forjar prints (coisa bem fácil) pra prejudicar quem elas não gostam. Que tempos!

  • El Bigodon 2.0

    Estamos vivendo uma Idade Media 2.0 (ou iDade Media huahuahuahu). A fogueira e o apedrejamento passou a ser digital. Mas nada disso veio do acaso. Foram anos de construção do pessoal da esquerda, inicialmente pelos professores de ensino básico, posteriormente pelos professores do ensino superior de orientação ideológica de esquerda. O pêndulo ja esta virando, ou esta para virar, e sera violento. Seu texto, Sally, como sempre, eh uma luz na escuridão desses tempos sombrios.

  • E não é que a Bic Muller, aquela que viralizou meu texto sobre o lado negro da gravidez, me linchando em todos os meios possíveis, me chamando de “lixo humano” para baixo, teve uns tuítes bem ruinzinhos desenterrados?

    Curiosamente são de datas POSTERIORES ao meu texto, quer dizer, não dá nem para dizer que ela postou, se arrependeu, evoluiu e depois veio me criticar.

    É, galera… os patrulhadores de hoje serão os patrulhados de amanhã. Vão aprender do pior jeito que não é legal fazer isso não…

    • Essa onda viral anti-patrulheiros está vindo da turma “do mal”, aquela que, volta e meia, é banida do Face e do Twitter por textos supostamente escrotos, mas que são uma alternativa a essa galera “do bem”.

      Como os “do mal”, ao contrário da galera “do bem”, não são influenciadores (longe disso), passam ao largo de qualquer discussão – porque não tem nada a perder. Se vão mudar a internet, não sei; mas deram bastante prejuízo para gente que, no final, está sendo punido apenas por… ser humano.

      • Sim. Estão incomodando bastante. O Bruno Galinhaço já perdeu patrocinador e acabaram de descobrir que ele é amigo de um dos babacas Buceta Rosa.

    • Chineque de goiaba

      Mesmo que apaguem as postagens ainda tem lugares como archive.org, onde qualquer pessoa pode mandar salvar páginas da internet em qualquer época e fica lá pra qualquer pessoa ver, mesmo se a página for excluída ou sofrer alterações. Basta digitar a URL e procurar no calendário.
      Tem também o Social Blade, que dá estatísticas DIÁRIAS de várias redes sociais: seguidores ganhos e perdidos, postagens feitas e excluídas. Basta digitar o nome de usuário.
      Exemplo: https://socialblade.com/twitter/user/felipeneto
      Esse cara é outro que fez uma grande limpa, vou passar a desconfiar de perfis que tem vários anos de existência mas poucas postagens. Boa sorte pra quem ainda tem redes sociais e lembrem-se que internet é o mesmo que sair na rua. Aliás, ainda pior, que na internet é gente do mundo inteiro.

      • Felipe Neto fez isso muitos meses antes de qualquer escândalo e fez questão de gravar um vídeo no seu canal dizendo que apagaria por entender ser um péssimo exemplo, mas que para mostrar que não era para passar pano, ia deixar tudo registrado em vídeo, com ele mesmo comentando e esculachando seus piores tuítes. Tá tudo lá registrado no canal dele.

        • Por mim era só mais uma treta mongoloide entre influenciadores mongoloides.
          Agora que eu penso nisso, vejo que o Felipe Neto pode ser mais esperto do que se pensava, pois preveu esse “apocalipse do lacre” 2 ou 3 anos atrás com base na sua própria experiência, quando mudou do “grosseiro de óculos escuros” para o “bobo alegre de cabelo colorido”, fez vídeos se desculpando e se autocriticando, foi odiado por muitos mas o canal cresceu como nunca e sua ficha foi limpa e renovada para as novas gerações de seguidores, que provavelmente nunca viram os videos antigos.
          Mas hoje e talvez no futuro, qualquer famoso que for pego e se desculpar em seguida vai ser automaticamente visto como “putinha de patrocinador”, até porque é 99% dos casos, não sejamos ingênuos. Pode mudar aquela famosa frase pra: quem tem bolso tem medo. Estão dispostos até a virar capacho de narrativas por causa de grana. Ainda bem que eu tenho um emprego normal e não preciso fazer essas coisas.

          Não estou julgando se o Felipe fez uma mudança sincera ou baseada em ganância, pode ser tudo coincidência, mas é um fenômeno interessante.

          • Felipe Neto tem uma inteligência excepcional. Ele é um puta visionário, concordando ou não com o que ele faz. Sempre foi. Sempre esteve dois passos à frente do seu tempo. E faz tempo que ele tem muito dinheiro e não precisaria fazer mais nada da vida se quisesse.

            Podem falar o que for dele, mas é um dos poucos que sabe se reinventar. Transitou por todos os públicos, queimou, renasceu das cinzas. Pode ter certeza que ele só faz o que quer, não tem a menor necessidade de fazer nada que não deseje.

            Ele eu acredito sinceramente que tenha apagado por perceber que esse tempo passou. Assim como o Leon, do Coisa de Nerd, que também apaga tudo e só deixa coisas de duas semanas para trás, mesmo sendo um cara super correto, por entender que com o passar do tempo se perde contexto.

  • O pêndulo já está virando. Pegaram diversos tweets antigos do bruno gagliasso (um dos maiores incentivadores do boicote ao Cocielo) com discurso machista e homofóbico e divulgaram, nos mesmos moldes feitos com o youtuber. A internet caiu matando em cima (ninguém aguenta mais o mimimi dos lacradores). A página da Olympikus, umas das patrocinadoras dele, está cheia de comentários da galera criticando e ameaçando boicotar a marca…parece que alguém está experimentando o gostinho do próprio veneno.

    • A melhor declaração dessa onda de apagar postagens antigas segue sendo a do Danilo:
      “Estou deletando tuítes antigos onde passo mensagem de consciência social buscando aprovação. Estou deixando só as ofensas e piadas de mau gosto.

      Eu errei. Me arrependi de ter tido momentos de fraquezas onde acabei agindo igual um cagalhão deixando a zuera de lado.

      Eu evoluí.”

      • Fica muito difícil não admirar cada vez mais esse homem.

        Ele não insinua, ele não faz jogo de palavras, ele fala diretão. Sem rodeios, de peito aberto, encarando todo mundo. Quanta inteireza, quanta segurança, quanto poder de síntese!

        Se você reparar, cada vez menos essa massa idiota bate nele, e quando bate, não adianta. Danilo tem um número de seguidores imenso e comanda o Talk Show mais assistido da TV aberta. Continua em ascensão, apesar de todas as tentativas.

        Um tapa na cara de quem vive afirmando que para fazer sucesso tem que seguir a cartilha do politicamente correto.

  • Eu não achei graça na piada do Cocielo e achei racista sim, mas essa caça às bruxas vai acabar piorando o problema e não entendo como as pessoas não enxergam isso. Primeiro, porque desvia a atenção do trabalho escravo dos patrocinadores, como a Sally disse muito bem. Segundo, porque ninguém vai deixar de ser racista por ser linxado na internet. Vai só ficar com medo de falar e passar o condicionamento para os filhos na vida privada, vai mascarar e dificultar uma educação em contrário. Caça às bruxas não promove nada de bom e extremismo nunca causa avanços reais.
    E isso de gente com problemas de autoaceitação projetados em movimentos sociais é muito real. Uma vez, parei para questionar uma feminista negra e gorda dobre o motivo de proibir mulheres cis, brancas e/ou magras de postarem fotos no grupinho de autoaceitação dela e o argumento era só uma repetição raivosa de “você quer esfregar seu corpinho magro e sem estrias na minha cara e fazer com que eu me sinta mal porque existe gente dentro do padrão.” Eu quase tinha morrido de anorexia anos antes disso.

    • É uma rivalidade sem sentido, uma baixa autoestima que, para poder sobreviver, tem que aniquilar tudo que incomoda. Esses movimentos radicais só geram mais raiva, um círculo vicioso que se retroalimenta e é nocivo para a sociedade toda. Uma pena…

    • “E isso de gente com problemas de autoaceitação projetados em movimentos sociais é muito real. Uma vez, parei para questionar uma feminista negra e gorda dobre o motivo de proibir mulheres cis, brancas e/ou magras de postarem fotos no grupinho de autoaceitação dela e o argumento era só uma repetição raivosa de “você quer esfregar seu corpinho magro e sem estrias na minha cara e fazer com que eu me sinta mal porque existe gente dentro do padrão.” Eu quase tinha morrido de anorexia anos antes disso.”

      Depois quando falam que feminista sente aquela inveja mortal de mulher bonita acham ruim. A gostosona em propaganda de cerveja é “objetificação”, mas a barangona em situação similar é “empoderamento” e “quebra-dos-padrões”.

      • Lamentável. Dizem que lutam pelo direito da mulher ser o que quiser, mas se não seguir a cartilha delas, hostilizam sem dó.

  • Olá Sally, obrigado, MAIS UMA VEZ, pela lucidez.

    Achei que vc, em algum momento, colocaria a diferença entre injuria racial e racismo. Até melhor que não falou, isso poderia tirar o foco e levar a discussão pro nível do bm.

    Enfim, fico preocupado com os raros exemplos que topam enfrentar o ode do bm moedor de reputações, tipo Danilo gentile e rafinha bastos, que mesmo com a maquina contra, mantiveram a coerência.

    Remember Cocielo vai ser febre.

    • Tem texto meu antigo explicando em detalhes a diferença entre o crime de racismo e a injúria, por isso não entrei no detalhe. Mas, de qualquer forma, não vejo nem ao menos crime de injúria, há animus jocandi, era uma clara piada, e, para o Judiciário, piada não é crime. Pode até gerar indenização cível, mas prisão, eu sinceramente duvido muito.

      Danilo foi muito corajoso em divulgar sua opinião de forma clara, sem aquela defensiva de “eu não concordo com o que ele fez, ele errou mas…”. Tem muito Youtuber que se diz amigo do Cocielo e tá caladinho, escondido atrás da porta. É uma bela hora para observar quem é quem. Eu ficaria muito puta se meus amigos não saíssem em minha defesa…

  • O curioso que boa parte dessa gente fala que bandido, estuprador e assassino merece ser ressocializado, ter uma segunda chance.
    Mas vai fazer uma piada com gorda e eles querem destruir sua vida e o seu trabalho. Me pergunto até onde eles vão com esses linchamentos, qual é o objetivo final. Querem ver o “inimigo” na ponta de uma corda? Na rua pedindo esmola? Se convertendo pra religião deles? Indo pro programa da Fátima Bernades?

    • São contraditórios. Estuprador tem que ter segunda chance. Assassino tem que ter segunda chance. Mas que fez uma piada e errou a mão tem que ser destruído!

  • Eu tava vendo uns vídeos no YT sobre algumas twitadas antigas. O cara falava cada coisa ofensiva pra caralho, tinha apologia a violência contra mulheres, estupro (tá,sei que vc é machista), mas tinha racismo explícito também. Não acho legal divulgar essas merdas. O mundo já anda violento demais. Se eu tivesse uma empresa não patrocinaria um idiota desses.

    • Era o personagem que ele fazia quando começou, e era muito aclamado na época, tanto é que ele ficou famoso com essa “persona” que criou. Trazer isso à tona agora, anos depois, como se ele estivesse falando sério, é sacanagem.

      Se as empresas não quiser patrocinar, é sagrado direito delas. Mas gente promover linchamento? Feio, muito feio.

      • Detalhe: essa “persona” (assim como a de muitos youtubers, no início) é que faz sucesso de fato.

        Quando o cara fica chato, você deixa de vê-lo no Youtube, mas não se lembra de tirar o “curtir” – a médio prazo, ele fica com uma estatística irreal de seguidores e views, mas as empresas ainda correm atrás dessas supostas “minas de ouro”. O que deve ter de gente ganhando dinheiro, sem dar retorno algum para as empresas que patrocinam, não está no mapa.

  • Cair nas garras de SJW é pior do que ser enquadrado por PM em boca-de-fumo, viu…

    Não ficou só no Cocielo não. Vi uma galera desenterrando tuitadas antigas de outros YouTubers aí. Sobrou até pro Bruno Gagliasso ter o Twitter revirado (e acharam umas piadinhas lá que não condizem com a ~postura~ dele hoje). E a teoria se confirmou mais uma vez: Todo justiceiro tem passado sujo. Mas é aquela coisa, né? Se você faz parte da “lacrosfera”, pode até matar que eles passam pano pra merda que você fez! E se você escancarar a hipocrisia deles, vão usar do argumento batido “ain, fulano(a) mudou! As pessoas evoluem mimimi…” (claro que isso só serve pra eles)!

    Empresa e “Digital influencer” (nojinho desse termo) estão cagando pra “pautas sociais”. E esses últimos só pagam de “inclusivos” porque atrai patrocínio.

    Torço pra essa modinha do Politicamente Correto sumir de vez, mas sinceramente acho difícil.

    • Olha, o Cauê Moura, que lacrou pedindo a cabeça do William Waack, acaba de perder patrocinadores por coisas dele que desenterraram. Quem quer jogar pedra no coleguinha tem que ter o telhado muuuuito forte…

    • Nem conte que isso vai acabar, e não vai parar em youtuber putinha de patrocinador. Nós, pessoas comuns, vamos ser cada vez mais mentalmente castrados até chegarmos numa distopia orwelliana. Quem viu o “politicamente incorreto” vai morrer e sumir com o passar do tempo e só vai sobrar a geração mimimi.

  • Coisas assim que me fazem agradecer aos céus por vivido a adolescência e parte da juventude numa época pré redes sociais.

  • Eu sinto cada vez mais medo da patrulha da lacração. Atualmente se você fala ou faz algo que desagrada os lacradores você pode ser crucificado, e às vezes nem fazendo ou dizendo nada também! Não vão parar nem quando alguém morrer por causa disso. Os defensores maniqueístas vão achar até bonito. Estamos vivendo em meio a uma Idade Média cibernética.
    E para a raiz da questão ninguém olha. As pessoas têm sérios problemas de autoaceitação, e em vez de procurarem resolver o problema, preferem humilhar e crucificar outras pessoas para se sentirem melhores consigo mesmas, pois como você disse, se elas se sentiram ofendidas, é que algo nelas foi cutucado. Triste.

    Ninguém está realmente a fim de erradicar o preconceito, está a fim é de lacrar.

    • Concordo com você, Gabriela. É uma inquisição moderna. Mas um dia os patrulhadores acabam virando os patrulhados, quem sabe aí sintam uma empatia forçada.

      • Já está acontecendo. Esse cara foi o primeiro, outros também estão sendo expostos em público – e, se quer saber, ninguém está dando a mínima para os “famosos quem”. Ou está?

        • Fábio, não é por me importar com essas pessoas, é por me importar com o tipo de sociedade no qual estou vivendo…

  • Faz muito, muito tempo que não visitava o blog. Minhas convicções mudaram um pouco desde que eu era leitor assíduo, embora não concordando tanto com a linha de pensamento dos textos sempre tive respeito pela forma e boa argumentação padrão do blog.

    Hoje fui obrigado a retornar ao desfavor. Esperando encontrar exatamente esse texto. Era impossível que ninguém estivesse vendo o óbvio ululante do caso Cocielo. Essa histeria coletiva. Esse ódio e essa vontade de foder o cara. Essa sanha em transformar em racista qualquer um que, como eu, não estivesse jogando pedras no Cocielo.

    O pior é exatamente a pressão que os idiotas úteis fazem em empresas que não têm um pingo de ética pra vencer nesse mundo capitalista. Empresas que fazem o que precisam fazer, se mostram e se vendem pelo o que precisam mostrar de valores, mesmo não praticando 1% do que aparentam pregar.

    Não discordo de uma só linha do texto Sally, minha vontade era divulgar esse texto em todos os lugares quanto possível. Mas não serei o louco a ter tweets de 5 anos atrás devassados pra mostrarem que eu sou homofóbico por piadas que eu achava engraçadas em 2012 e já não acho mais graça (de verdade) em 2018.

    Obrigado Desfavor

  • Sabe o que é pior que a idiotice do cara e tudo isso que a Sally e os outros já comentaram?
    1: Gente que leva a sério boicote de internet
    2: o fato de que a maior parte desses justiceiros são pessoas bem jovens, até mesmo adolescentes. Temo pelo futuro.

    • Isso também é preocupante. Imagina esses jovens no futuro, fora da bolha, no mercado de trabalho, educando filhos, lidando com o mundo real… a internet corroeu o cérebro dessa molecada (e de vários adultos feitos também), se eu fosse psicólogo ou sociólogo faria uma tese sobre isso.
      O lado bom, se podemos falar assim, é que estamos numa boa época pra comprar ações em companias farmacêuticas.

      • Haja antidepressivo e ansiolítico para ser muleta dessas pessoas na hora de lidar com a realidade, viu? Experientões de internet, mas mega despreparados para a vida.

  • O Cocielo sempre teve esse humor negro, brinca com Divindades, negros, deficientes. Foi assim que ele ganhou destaque no Youtube, não entendi essa histeria repentina…
    Mas, realmente é o que eu sempre me pego pensando: quão desocupado e inquisidor o indivíduo tem que ser pra pesquisar o histórico de piadas de alguém!
    É impressionante. Um caminho sem volta para a comédia (se é que ela ainda existe)!

    • Calhou de um tuíte dele ser visto pelos patrulheiros e daí foram vasculhar seu histórico. Basta isso para acabar com a reputação de alguém: uma linha que um patrulheiro discorde.

  • A galera aponta o dedo para os Cocielos da vida justamente porque isso serviria para censurar ainda mais as pessoas. Vai de acordo com a cartilha liberal progressista. Você deixa as outras pessoas com medo de se comportarem como eles, achando que irão também terão a vida arruinada (gente comum não tem reserva de milhões no banco). Com isso, você vai mudando a cultura de acordo com a forma que quer “educando” o povo do seu jeito.
    Mas é tudo teoria da conspiração.

  • Se o homem branco hetero ainda concentra a maior parte das riquezas, com certeza o pêdulo vira. afinal, quem manda na merda toda ainda são eles, querendo ou não.

  • Se o homem branco hetero ainda concentra a maior parte das riquezas, com certeza o pêdulo vira. afinal, quem manda na merda toda ainda são eles, querendo ou não. Conheço pessoas que são racistas mas va la no facebook pra ver os lindos discursinhos.

    • O pêndulo vira sempre que cai muito para algum lado, não tem jeito, é quase que uma lei natural das coisas.
      Mas olha, do jeito que as pessoas estão se sentindo oprimidas, vai virar rápido, e vai virar ruim…

  • “E ninguém vai acusar o golpe, ousar defender o Cocielo, porque né? Vai despertar a mesma fúria, vai ser jogado no poço com ele.”

    Exatamente o que fizeram com o Castanhari, que se manifestou hoje em defesa do Cocielo (e que até outro dia era amiguinho de todo mundo porque colocou a culpa da crise venezuelana no preço do petróleo).

    • Ligia, a Máquina de Moer Reputações é assim, moe o escolhido e quem está de mãos dadas com ele. Um horror que a sociedade tenha adotado esta forma tão babaca de funcionar.

      • Innen Wahrheit

        Por que tenho a impressão de que estamos levando essa interatividade proporcionada pelo “mundo virtual” a sério demais?

          • Innen Wahrheit

            Bom… Nesse contexto, eu me sinto realmente privilegiado por ainda poder recorrer apenas a meios convencionais para me sustentar.

            Eu diria que sou razoavelmente livre de influências do mundo virtual em meu cotidiano – não uso redes sociais, não faço a menor idéia de quem seja famoso ou influente nesse meio, e dou preferência a formas mais diretas (ou antiquadas mesmo) para interagir com outras pessoas. Sinto que assim consigo ser mais produtivo e dedicado ao que realmente importa, mas é inevitável notar que as pessoas ao meu redor têm conseguido usufruir cada vez menos de sensações que só a vivência num mundo real pode proporcionar.

            Aqui mesmo no Desfavor me sinto em um paradoxo: vejo valor no conteúdo diário (e, de certa forma, no que as pessoas expressam e compartilham nos comentários), mas ao mesmo tempo é frustrante a sensação de que, na realidade, apenas leio (e eventualmente escrevo) palavras numa tela.

  • Wellington Alves

    O erro do @cocielo não foi fazer piadas racistas, foi fazer com os pretos errados. Um exemplo certo seria:
    entrou um preto no ônibus, eu torcendo pra ele não sentar do meu lado e o filho da puta vem e senta. não suporto preto capitão do mato usando camisa Bolsonaro 2018.

    • Wellington, você tem razão… na hora de comparar negros com AIDS e Câncer, desejar que uma mulher pegue aids e seja estuprada e tantas outras coisas na mesma linha, o Ronald Rios fez a coisa certa: se declarou de esquerda. Nenhuma feminista grita quande diz que estupro é divertido para 50% dos envolvidos, nenhum negro reclama quando ele diz que ser negro é tão ruim quanto ter aids, nenhum gay questiona por qual motivo ele diz ter medo de ir na parada gay e pegar aids.

      Pelo visto, não é sobre o que se fala e sim sobre quem fala…

      • Ahhh Ronald Rios.. quem te viu, quem te vê!
        E pensar que ele começou o sucesso dele fazendo posts comigo no meu blog, laaaa em 2004…

        Sempre foi assim…

          • Sério! Ele tinha um blog bem bobinho, igual cem mil outros da época.
            O meu era relativamente famoso, porque vira e mexe ficava entre os “Blog
            Of Notes” do finado bloggerman (ai, a idade…).
            Ele pediu pra fazer uns posts em dupla, começou a atrair uma galera pro blog dele…
            Aí parei de postar por reveses da vida, o blog dele acabou crescendo (ele mudou o teor das postagens, e realmente começou a fazer sucesso) e depois de um tempo, nem lembrava da antiga “melhor amiga”.

            No fim, achei ótimo. Ele se mostrou (e mostra) cada vez mais ridículo.

            • É, o forte dele não são as amizades. Ele parece ter uma predileção especial por sacanear pessoas que o ajudaram.

              • Pois é… no fundo ele é uma pessoa bem triste. Já era há 14 anos…

                Nós realmente éramos amigos, de trocar confidências e tal… pelo menos eu via assim, né. Então sei de algumas coisas que pouca gente deve saber… eu sinto pena. Vejo onde estou hoje, como conquistei coisas, e ele continua preso em 2004 – só mudou a mídia.

  • Ótimo texto. Fico pensando como alguém se julga tão bom ao ponto de perseguir outros, e ainda se intitular um “defensor” da causa. Belo de um acusador! Tão bosta quanto o que foi acusado. Gente da mídia aí levantando bandeira, mas só se vê agora que isso rende likes, pois sempre teve influência e nunca sequer tocou no assunto, nunca inflamou a sociedade para pensar e defender o assunto.

    • Evelin, imagina o desespero dessas pessoas por aceitação, por aplausos, por biscoito. Seriam pessoas carentes? Sem amigos? Não consigo compreender de onde vem essa necessidade tão grande por atenção ou aprovação que faz uma pessoa destruir a carreira da outra e colocar a cabeça no travesseiro em paz!

  • Mauricio Braun

    É a “lacrosfera” que virou essa pocilga chamada Brasil. Ficam indignados com piadas mas não com negro cagando no balde, tomando banho frio e vendo os filhos adoecerem dividindo o espaço com ratos por não terem o mínimo de dignidade humana. Saneamento básico pra esses débeis mentais é menos importante que procurar ofensa em tudo…

    • Pois é, Maurício. Se usassem toda essa energia, esse empenho, para melhorar o mundo em vez de detonar os outros em troca de biscoito, estaríamos todos muito melhor!

  • Isso tudo e mais algumas questões que vieram à tona durante essa Copa me fizeram pensar no quanto o brasileiro é um povo ofendido! Impressionante! Vários brasileiros deixando comentários horríveis e malcriados no Instagram do jogador que (supostamente) pisou no Neymar… coisa mais feia e mal educada. Não consigo entender como essa galera se leva tão a sério, chega a ser deprimente. Agir e viver dessa forma traz consequências muito ruins, não acho que haja ganho secundário que compense esse estilo de vida.

  • Não fiquei sabendo desse caso porque finalmente me livrei do câncer das redes sociais. Mas esse negócio de printar twittes é a fogueira da inquisição do século XXI.
    Se você acha triste pessoas buscarem qualquer merda entre 50 mil twittes, acredite que existe gente que pega qualquer pessoa que ela não gosta, seja artista, influenciador, youtuber e da print em coisas polêmicas da tal pessoa e SALVA NO COMPUTADOR para usar como lenha no caso da nova vítima dar um passo em falso e ser jogada fogueira. Eu vi um cara que faz isso e achei bizarro.
    O pior é que esse pessoal é tão ou mais podre do que esses artistas, eu mesma conheço uma moça que fala que alisa o cabelo pq não gosta de ter “cabelo de preto”, mas na internet tá lá esbravejando contra os preconceitos e ganhando os afagos virtuais.
    Tristes tempos esses nossos.

    • Deve ser muito triste viver assim, em função dos outros, procurando coisas para prejudicar terceiros. Não acho possível levar uma vida saudável e feliz desta forma.

  • “Cuidado, viu? Uma hora quem erra é você, e garanto que não vai ser agradável ser jogado na máquina de moer reputações.”

    Não precisa ir muito longe, no Twitter temos o excelente perfil do Ódio do Bem. E claro, a turma do lacre vai direto para o “espera aí, veja bem, isso foi tirado fora do contexto, é um tuíte velho (dois meses)”, e invariavelmente fecham o perfil por alguns meses ou mesmo o desativam. Claro, sempre revoltados com os “fascistas” que manipularam tudo para os “atingir”.

  • Eu devo ser mesmo muito mal informado… Porque jamais havia sequer ouvido falar nesse tal de Cocielo. Não dá pra negar que o que esse sujeito no Twitter disse foi uma tremenda de uma bobagem sem tamanho, como quase tudo o que esses “digital influencers” fazem. Aliás, que raio de profissão vem a ser “digital influencer”? Mas a reação dos justiceiros de rede social – esse bando de boca-aberta que quer mudar o mundo mas nem consegue arrumar o próprio quarto – foi ainda pior, como a Sally já bem demonstrou no texto. E como ela, eu também já não tenho mais nem idade e nem saco pra aturar esse tipo de comportamento. Vai chegando uma hora que cansa, viu? Coisas assim já aconteceram com tanta freqüência de uns tempos pra cá que nem tenho mais vontade sequer de mandar alguém pra puta que pariu por pura falta de paciência pra lidar com essa gentinha.

    Pra terminar, uma citação que acho que encaixa bem com o tema: “Politicamente correto é a mistura de covardia, informação falsa e preocupação com a imagem” – PONDÉ, Luiz Felipe

    • Não se pode mais errar. Você será massacrado por qualquer erro e por pessoas muito mais erradas que você. Um saco.

  • Mais uma vez o ciclo começa. Já aconteceu com vários outros famosos, não vai ser diferente com ele.
    Vejamos, ele foi “exposto” (entre aspas pois os posts eram públicos) e boicotado. Então pediu desculpas, se rendeu e excluiu os posts antigos. O próximo passo vai ser virar um justiceiro social, se juntar ao grupo que o linchou e atacar os próximos Judas virtuais. Sim, no plural. Isso não vai acabar tão cedo.

  • Chineque de goiaba

    Redes sociais são um cancer, ainda bem que eu não tenho mais essas merdas e a única coisa que dá pra encontrar pesquisando meu nome é uma lista de vestibular de anos atrás. Consigo viver só com e-mail e Whatsapp, ao menos por enquanto.
    Não ter rede social já me custou algumas oportunidades de emprego, mas me recuso a participar de algo que não acrescenta mais nada há muitos anos. Virou só uma corrida narcisista pra quem ganha mais like com choro, linchamento, narrativas, histórias inventadas, doações falsas e memes forçados. e sem contar as centenas de bots e contas feitas pra acumular seguidor e depois serem vendidas.

    Espero que daqui a uns 10 ou 20 anos essa moda politicamente correta passe e vire apenas uma lembrança de como esta foi a década mais bosta para o mundo do entretenimento. Mas pelo visto a tendência é piorar.

    • Uma hora o pêndulo vira pro outro lado, e, olha, nem quero estar por perto quando o homem branco hetero retomar o poder…

      • Não vai acontecer. Esses homens brancos atuais movidos a soja são os que mais se curvam à narrativa, tipo Justin Trudeau, o ícone dessa geração de machos com alergia a testosterona.

        • “Esses homens brancos atuais movidos a soja são os que mais se curvam à narrativa, tipo Justin Trudeau, o ícone dessa geração de machos com alergia a testosterona”. Os tais “soy boys”, né?

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