Skip to main content

Colunas

Arquivos

Semana Sim Senhora – Bunda: Versão Final.

Semana Sim Senhora – Bunda: Versão Final.

| Somir | | 23 comentários em Semana Sim Senhora – Bunda: Versão Final.

Bom dia, gostaria de começar a reunião com duas informações. A primeira é que os pedidos feitos foram atendidos. Foram os seguintes, decididos no final da noite de forma não muito clara:

anonima

Também não gostei de ver tudo escrito em português. Para alcançar ambos os públicos, acredito que deveria alternar: uma palavra em inglês, outra em português.

THZO

Já sei! Somir, brasileiro adora uma bunda. Que tal reformular o logo para associá-lo, efetivamente, a uma? Sugiro trabalhar com o B, que já tem formato parecido.

Estagiária de Publicidade

Como o Somir disse, anel é coisa de mulher e gay, então mascotes fofinhos são um luxo! Mas estão muito grandes, atrapalham a percepção da joia como um destaque. Eu diminuiria, deixando naquela proporção maravilhosa que o Somir achou pra bailarina! Os animaizinhos (em preto-e-branco) ficam naquela relação de luz e sombra que foi usada nas peças da primeira campanha.

ju.

Concordo com o primeiro Anônimo. Em vez de bichos, poderiam usar um casal. Nada melhor que o casal Feio e Craciane Barrosa. Não tem casal mais Bunda do que eles, inclusive no quesito diversidade: temos certeza de que ali, os gêneros são invertidos. Caso tenha problemas com direitos autorais para usar a imagem, podem usar só uma caricatura, ou só a imagem do corpo, já que ninguém vai fazer questão de olhar pra cara daquelas criaturas.
Podem colocar uma frase como “Eles usam Bunda. Quem usa Bunda faz sucesso. ”
“Use Bunda vc também”

Binho

2) Que JPEG o quê, o negócio é GIF ANIMADO, gente. E daí que é outdoor? Tem que ter animação pra trazer alegria pra campanha. Além de que o Somir vai ter trabalho dobrado animando, o que dá mais alegria :-)

A segunda é que essa é a versão final. Usando-a ou não, vocês estão obrigados contratualmente a pagar por ela pois chegamos no limite de alterações embutidas no custo inicial. Qualquer mudança a partir deste ponto conta como uma nova arte, cobrada como tal. Eventualmente, todo mundo que trabalha com criação precisa aprender a fazer isso. E com vocês, a versão final da peça de lançamento da marca BUNDA no Brasil:

Estamos alternando palavras em português e inglês, trazendo o pior dos dois mundos para a peça. Quem não entende inglês continua alienado, quem entende acha de uma pobreza inacreditável. A mensagem agora tem menos significado do que a primeira versão, feita para ser ambígua. Parabéns!

Sobre a mudança do logo BUNDA, aceitamos o desafio com felicidade, afinal, é um dos trabalhos pelo quais mais podemos cobrar do cliente. Para trazer uma personalidade carinhosa para a marca, seguimos o conselho de estilizar o B no formato de nádegas, adicionando um coração no visual por conta do valor exorbitante que descobrimos poder cobrar por uma falta de atenção da sua equipe na hora de redigir o contrato. Agora qualquer pessoa vai poder olhar para sua marca e ver BUNDA. Se vocês tinham alguma chance de serem levados a sério, ela está bem enfiada no logo de vocês agora.




A ideia de trazer de volta o estilo monocromático da primeira versão gera um imenso conflito com a manutenção dos mascotes, invalidando o conceito inicial de status adquirido na primeira peça e o estilo descontraído da segunda. Novamente, ao misturar duas ideias conflitantes, vocês pioraram o material de forma espetacular. Nem mesmo se eu tentasse conseguiria falhar dessa forma. Mas, pelo lado positivo, os mascotes não são mais os animais mais ridículos do material…

Não poupamos promessas de pagamento para o casal escolhido para divulgar a marca no Brasil. Por sorte, as dívidas de Gracyanne e Belo (que decidimos chamar de Beautiful na nossa campanha) são tão grandes e cobradas por pessoas tão perigosas que pudemos usar sua imagem pelo preço de um mero carro popular. Pudemos, mas não escolhemos… afinal, parecia mais eficiente oferecer um contrato vitalício para o casal. Aproveitem eles o quanto puderem! Não só são duas pessoas que vão derrubar o valor da sua marca e espantar o público-alvo capaz de pagar pelos seus produtos, como vão reforçar toda a ideia de baixaria que tentamos evitar a todo o custo até agora. Não duvido que algum juiz ou o CONAR tirem suas peças do ar só pela presença deles.

E por final, achamos inovador montar um Outdoor animado. Joga contra o modelo de comunicação do formato por não passar toda a informação de uma só vez. Fizemos os cálculos e descobrimos que por menos de quinhentos mil reais podemos construir um deles no tamanho real da peça. Infelizmente não podemos usar projeções porque eles devem ser vistos durante o dia também. E a tela de OLED anda cara nesses tamanhos. Gostando vocês ou não dessa inovação, vamos cobrar o projeto técnico do mesmo jeito, afinal, foi um pedido claro e documentado da parte de vocês.

No final das contas, todos os seus pedidos pioraram a campanha, reduziram o potencial de venda do produto e geraram gastos desnecessários para a empresa. Não posso negar, vocês fazem jus ao nome. Obrigado pelo trabalho mais frustrante da minha vida, não aprendi nada e ainda perdi meu tempo.

Para dizer que gostou mesmo assim, para dizer que eu nunca mais posso dizer que sou bom no que faço, ou mesmo para dizer que deveríamos ter desenhado dez pintos na peça mesmo: somir@desfavor.com


Comments (23)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Relatório de erros de ortografia

O texto a seguir será enviado para nossos editores: