Covardias bíblicas.

Nesta Semana Temática vamos falar de bullying, sob o ângulo da covardia. Todas as vezes que vi alguém se referindo ao bullying como “o mal moderno” me dava vontade de fazer este texto e agora a oportunidade é perfeita: será que essas pessoas já leram a Bíblia?

A Bíblia é um compilado de covardias e bullying. Vamos dar um passeio por alguns casos curiosos que passaram muito longe do amor ao próximo e do perdão que a religião católica supostamente prega.

O caso mais conhecido é o de Jericó Eliseu, que estava subindo algum monte a caminho de Betel, quando algumas crianças começaram a rir e a gritar “Sobe, calvo! Sobe, calvo!”. Ao que tudo indica, Jericó Eliseu não tinha a autoestima muito em dia e ficou extremamente ofendido com os comentários.

Ele ensinou aos meninos que não era bacana tripudiar das pessoas pela sua aparência física? Não. Ele apenas seguiu em frente sem dar importância ao que desconhecidos dizem? Não. Ele perdoou as crianças como ele gostaria que perdoem a ele? Também não. Ele amaldiçoou as crianças em nome do Senhor.

Por sua vez, o que o Senhor fez? Deus, que é amor e perdão, achou que seria uma medida justa e proporcional fazer (ou ao menos permitir) que duas ursas saiam do bosque e, nas palavras da Bíblia “despedacem” os 42 meninos que sacanearam o calvo. Tudo normal, segue o baile.

Agora vamos falar um pouco sobre Jó. Jó era um homem justo e piedoso que vivia na terra de Uz. Ele tinha riquezas, uma família amorosa e boa saúde. A Bíblia descreve Jó como alguém “íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal”. Vejamos… um homem íntegro, justo, honesto, piedoso… o que ele mereceria de seu pai/criador? Provavelmente, apenas coisas boas. Só que não.

Ao que tudo indica, o diabo foi botar uma pilha errada em Deus, dizendo que Jó só era fiel a Ele porque tinha uma vida boa. O que Deus fez? Defendeu suas criaturas? Ignorou alguém tão baixo e perverso como o diabo? Continuou a abençoar a Jó? Não. Deus resolveu autorizar o diabo a sacanear Jó, para ver como ele reagia.

Deus permitiu e assistiu que o diabo, entre outras coisas, mate todos os filhos de Jó em um desastre, que ele perca toda sua riqueza, que seu gado morra, que caia fogo do céu e mate suas ovelhas e seus servos, que seu casamento entre em crise e que seus amigos se afastem dele (afinal, se tantos castigos se abatiam contra ele, ele deveria ser um pecador). Por fim, permitiu até mesmo que ele adoeça severamente e sinta dores horríveis. Tudo isso pela pura questão egóica de mostrar para o diabo que Ele, Deus, estava certo e que, apesar de tudo isso, Jó continuaria temente a Ele.

Um Deus que te cria com falhas (nós, seres humanos somos falhos) e depois te pune pelas falhas que Ele mesmo criou já seria bullying, mas um Deus que sacaneia alguém que não falhou só para provar para os outros que está certo é de fazer cair o cu da bunda. Deus parece estar brincando de The Sims com os humanos.

Agora vamos falar de Abraão. Abraão demorou muito para conseguir ter filhos, mas, quando finalmente teve Isaac, cuidou dele como seu tesouro mais preciso. Abraão era um homem temente a Deus, um servo fiel e correto. O que Deus fez em agradecimento? Disse a Abraão que ele teria que sacrificar o próprio filho. Assim. Porque sim. Vai lá e sacrifica teu filho que o Todo Poderoso aqui sou eu.

Lá foi Abraão com seu filho Isaac (que não sabia da treta) subir um monte para o sacrifício. Abraão disse a seu filho que iriam fazer o sacrifício de um animal, algo comum à época. Porém, três dias depois, quando estavam chegando no topo do monte, Isaac (que, ao que tudo indica, não era uma mente brilhante) percebeu que não havia nenhum animal e interpelou o pai. Abraão desconversou.

Chegando ao local, Abraão montou o altar de sacrifício e amarrou Isaac nele. Quando empunhou a faca para dar o golpe mortal em seu próprio filho, a voz de Deus ecoou do céu e disse “brinks!”. Mentira, Deus disse “Não levantes a mão contra este menino, não lhe faças mal algum. Agora vejo que és obediente a Deus, pois estavas disposto a não poupar nem sequer o teu filho único, por amor a mim”.

O filho da puta é ONISCIENTE, precisava fazer uma coisa dessas? Hein? Precisava? Imagina o trauma de Isaac, sabe quando esse moleque deve ter voltado a confiar no pai? Deus se comporta como uma namorada histérica que testa o amor do seu parceiro das formas mais bizarras possíveis. Isso não é religião, é relacionamento abusivo!

“Mas Sally, a Bíblia é composta por histórias ficcionais”. Tá certo, quando convém todo mundo fala isso. Só Jesus é verdade, todo o resto é mentira… É óbvio que a Bíblia é um grande livro de ficção, nós somos os primeiros a dizer isso. O ponto é: nem mesmo como ficção esse tipo de atitude, comportamento e escolhas é louvável.

Você seria uma fábula de Esopo no qual a lebre espanca uma tartaruga espanca até a morte uma lebre por ela ter vencido a corrida? Parece uma história que mereça ser contada a perpetrada por séculos? A Bíblia deveria ser tratada como um grande livro do que não fazer.

E o mau comportamento de Deus não é apenas em casos pontuais, contra um ou dois infelizes. Ele fez bullying contra povos inteiros.

Vamos a um exemplo. Segue uma fala de Deus retirada da Bíblia: “Eu tenho ouvido as reclamações dos israelitas. Até quando vou aguentar esse povo mau, que vive reclamando contra mim? Diga a essa gente o seguinte: “Juro pela minha vida que darei o que vocês me pediram. Sou eu, o Senhor, quem está falando. Vocês serão mortos, e os corpos de vocês serão espalhados pelo deserto. (…) Vocês vão saber o que é ficar contra mim. É isto o que vou fazer com todo este povo mau que se revoltou contra mim: todos vocês morrerão e serão destruídos neste deserto. Eu, o Senhor, falei.”

Então… Não pode reclamar contra a Madame, se não vai todo mundo morrer e se foder! Tem covardia maior do que alguém em superioridade hierárquica querer silenciar o que outros pensam e dizem, usando de sua força desproporcional contra eles? Não pode mais nem reclamar nessa caralha?

Além de fazer covardia com pessoas e com povos, Deus também teve como alvo… todo o planeta! Quando todo mundo é errado, é escroto e te incomoda, grandes chances de que o problema seja você. Deus chegou a um ponto em que não suportava ninguém, exceto Noé. E a solução do problema foi mandar um dilúvio para matar todo mundo.

E nem mesmo Noé, que ele achava que merecia se salvar, teve uma vida fácil. Deus só deu o spoiler: constrói uma arca aí que o bagulho vai ficar doido. Noé se matou de trabalhar dia e noite para construir uma arca e se salvar.

O mais curioso é que Deus permitiu que seus filhos todos morram afogados, mas fez a sua parte para que todos os animais sejam salvos, já que a arca de Noé levava um casal de cada animal. Ou seja, além de tudo, Deus ainda é mãe de pet, colocando a vida de bichinho acima da vida de humanos!

As atrocidades, o bullying, a covardia são tantos que se a gente for contar histórias minimamente detalhadas, muita coisa vai ficar de fora. Então, para abarcar o maior número de informações possíveis, nesta segunda parte do texto, vamos comentar rapidamente pérolas de covardia que constam na Bíblia.

Deus aprovou o espancamento de escravos como padrão. Escravos poderiam ser surrados até a morte sem punição para o seu dono, desde que o escravo não morra imediatamente. Ah bom, muito mais compassivo submeter o coitado a uma morte gradual, lenta e dolorosa!

Deus estabelecia punições extremamente cruéis que vão muito além de qualquer questão didática, mesmo para quem pensa que se educa punindo. Por exemplo, “Como punição, o Senhor fará com que as pessoas comam a carne de seus próprios filhos, filhas, pais e amigos.”. Parece ser um livro que você quer que seu filho estude?

Eu não sei quem foi Josué, mas eu sei que com a aprovação divina ele matou muita, mas muita gente: todo o povo de Ali, os Gibeonitas, o povo de Maqueda, o povo de Libna, o povo de Laquis, o povo de Eglom, o povo de Hebrom, o povo de Debir, o povo de Anakim e muitos outros. Parece que Deus tinha seus capangas, que podiam fazer esse tipo de trabalho sujo de matador de aluguel com sua bênção. Pessoa querida.

Mesmo quem errava sem querer tomava uma punição violenta. Um homem foi morto por um leão por ter comido pão e bebido água num lugar onde o Senhor lhe tinha proibido, e ele só o fez por ter sido enganado por um profeta, que lhe dissera que um anjo do Senhor havia permitido comer e beber naquele local. Temos também a história de Acã, na qual ele, seus filhos e seu gado são apedrejados até a morte por Josué, só por Acã ter pegado despojos dos babilônios.

E como esse Deus tratava as mulheres? “Deus faz com que Miriam fique leprosa por sete dias por ela e Arão terem falado mal de Moisés.”. “Não deixarás viver nenhuma feiticeira.”. E por aí vai, são centenas de frases altamente desrespeitosas contra mulheres. Não que eu esteja militando nesta causa, Deus me livre (e ele me livraria com gosto, pelo visto), mas não custa apontar que tem muita suposta feminista católica, vejam vocês, que loucura.

Em determinado evento, com aprovação divina, os Israelitas podiam pegar as “mulheres formosas” do inimigo e as levarem para suas casas para serem suas mulheres, mas não sem antes humilhá-las: suas cabeças devem ser raspadas e suas unhas devem ser cortadas e depois “entrarás a ela e tu serás teu marido e ela tua mulher”. Estupro? Deus aprova! Dava para fazer um Me Too Bíblico.

Não basta matar, tem que ser com requintes de crueldade. Por exemplo, Jezabel foi morta, seu corpo foi pisoteado por cavalos, sua carne foi comida pelos cachorros. Dela só restam a caveira, os pés e as palmas das mãos. Pela Lei Maria da Penha, esse Deus aí pegava mais de 30 anos de prisão. E um sujeito chamado Menaem que, com o consentimento de Deus, cortou ao meio todas as mulheres grávidas? Que orgulho dessa religião maravilhosa, hein?

Pode ter quem tente aliviar a barra dizendo que violência vinculada a guerra e disputa territorial é relativa (não é). Tudo bem, na Bíblia tem violência e punição de Deus contra todo mundo! Um homem que no Sábado estava pegando gravetos de lenha para uma simples fogueira é apedrejado até a morte segundo a ordem de Deus. Pessoas mortas de forma cruel e violenta por falarem coisas ou até por pensarem coisas. Vocês, católicos, não tem vergonha não?

Para fechar, vamos citar algumas frases do Todo Poderoso que merecem destaque: “Enviarei as feras dos campos as quais lhes deixarão sem os seus filhos.”. “o que estiver longe morrerá de peste, e o que está perto morrerá pela espada, e o que ficar de resto e cercado morrerá de fome; cumprirei o meu furor contra eles”. “Todo o que for achado será trespassado; e todo o que for apanhado, cairá a espada. E suas crianças serão despedaçadas perante os seus olhos; as suas mulheres violadas.”

Puro amor, não é mesmo?

Sendo verdade ou apenas uma fábula, uma parábola ou uma mera obra de ficção, o Deus da Bíblia é um covarde que pratica bullying de forma desproporcional, cruel e escrota contra seus próprios filhos. E é um verdadeiro absurdo que, atualmente, pais paguem dinheiro para que religiosos ensinem este livro abominável a seus filhos.

O próprio símbolo utilizado pelo Cristianismo é tenebroso: uma pessoa ensanguentada em um instrumento de tortura. Se Jesus fosse executado em uma cadeira elétrica, vocês andariam com colares e pingentes de pequenas cadeiras elétricas penduradas?

A Bíblia é inaceitável. Se fosse escrita por alguém que vocês antipatizam, já estava sendo queimada em praça pública. Parece que é mesmo sobre quem diz, e não sobre o que se diz.

Para dizer que está ofendido (eu cortei e colei trechos da Bíblia, não inventei nada), para dizer que o Monstro do Espaguete Voador é muito mais legal ou ainda para dizer que entende o lado de Deus pois você diariamente tem vontade de fazer as mesmas coisas: sally@desfavor.com

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Comments (26)

  • Logo o primeiro mandamento já me deixa intrigado “Amar a Deus sobre todas as coisas”. Engraçado que o mesmo Deus que prega a humildade exige que o amemos mais que pai, mãe, irmão, cachorro…

  • Des Qualificado

    Não tenho ilusões de que esse texto, expondo algumas das bizarrices bíblicas(tem MUITO mais!),abra os olhos dos crentes porque,afinal,ser crente é escolher acreditar.Mas espero que renda alguns “Ei,você”-Gospel Edition-mais bizarros que as próprias passagens citadas.

  • Minhas dúvidas não são sobre a Bíblia católia, mas sobre o Torá (cujos primeiros cinco livros constituem a Bíblia católica) e o Talmud. E todas essas dúvidas apareceram depois que assisti às três temporadas de Shtisel no Netflix:

    1) No episódio 8 da segunda temporada, Yosa’le está fazendo uma entrevista com o diretor da yeshiva para tentar uma vaga. O diretor então faz a seguinte pergunta: ‘diga-me por que, se um homem rouba de seu amigo e modifica o objeto, em vez de ser punido, o objeto se torna dele?’. Como assim? Quer dizer, por exemplo, que é lícito a um judeu, de acordo com o Talmud, roubar o carro azul do seu amigo, pintá-lo de vermelho e passar a dizer que é seu? (essa dúvida eu botei em primeiro lugar e em negrito porque foi a mais cabreira delas!)

    2) No quarto episódio da primeira temporada, Zvi Arye está estudando Tosfos, tratado Eruvin. Por que o judaísmo tem tantos tratados escritos ao longo dos séculos por sábios tentando interpretar as palavras divinas? Elas não têm uma interpretação única? São necessárias realmente tantas regras para se construir uma jangada? Isso não é mais interpretação absurdamente ao pé da letra de seres humanos do que inspiração divina propriamente dita, que deveria ser simples e direta?

    3) Quais as restrições que os ultraortodoxos (é o que eles são, não? Não vejo por que usar outra expressão) fazem aos chabadistas? Em outras palavras, por que ultraortodoxos não gostam do movimento fundado pelo Menachem Mendel Schneerson, rebbe de Lubavitch? Seria esse movimento (perdão pela comparação descabida) alguma coisa semelhante à renovação carismática da Igreja Católica no sentido de introduzir “coisas mais moderninhas” nas celebrações dos cultos judaicos?

    4) Aliás, movimento chassídico e haredi são a mesma coisa?

    5) O seriado quis me passar a impressão que os judeus haredi têm uma certa reserva ao sionismo de Theodor Herzl. Não é a volta para a ocupação da Palestina que esse movimento prega? Não deveria ser simpático a todos os judeus?

    6) Akiva Shtisel, em certo episódio, faz menção ao golem. Diz-se que Yehuda Loew ben Bezalel, o Maharal de Praga, teria construído um seguindo a “receita” contida no Sêfer Yetzirah, com a finalidade de proteger o gueto de Yosefov dos expurgos contra as comunidades judaicas da localidade, que eram comuns naquela época. O que há de verdade nisso além das lendas? É verdade que o Sêfer Yetzirah tem uma fórmula para conjurar esse ser? Se sim, só judeus praticantes podem fazê-lo? Por que D’us permite isso?

    Essas mesmas dúvidas eu as coloquei na seção de comentários do vídeo de um rabino “tupiniquim” metido a engraçadinho lá no VocêNoTubo e o barbudinho arrombado me ignorou (mas dúvidas idiotas sobre, por exemplo, “como judeus namoram?” ele respondeu!).

    • Se sabe inglês, procura o canal ESOTERICA. O cara demora mas responde.

      E disso das várias interpretações: tirando alguns grupos mais extremistas, geralmente entendem que é um livro escrito por humanos, portanto falho, e com muita metáfora. Daí as discussões e diferentes entendimentos vem disso. A base de estudo é teológica ao invés de puramente pautada na fé – por isso eu costumo confiar mais em teólogo judeu.

  • “Vamos a um exemplo. Segue uma fala de Deus retirada da Bíblia: “Eu tenho ouvido as reclamações dos israelitas. Até quando vou aguentar esse povo mau, que vive reclamando contra mim? Diga a essa gente o seguinte: “Juro pela minha vida que darei o que vocês me pediram. Sou eu, o Senhor, quem está falando. Vocês serão mortos, e os corpos de vocês serão espalhados pelo deserto. (…) Vocês vão saber o que é ficar contra mim. É isto o que vou fazer com todo este povo mau que se revoltou contra mim: todos vocês morrerão e serão destruídos neste deserto. Eu, o Senhor, falei.””

    Não sei se é verdade, mas uma vez li que o tal deserto em que, segundo a Bíblia, os israelitas vagaram por 40 anos pode ser cruzado em duas horas de carro, e que os 40 anos foram estabelecidos como uma forma de dizer que a geração reclamona morreu inteira antes que seus filhos chegassem à tal terra prometida. Eu pessoalmente acho inconcebível que uma criatura com o ego tão frágil e inflado seja retratada como sábia, onisciente e onipotente, mas cada um que acredite no que quiser.

    Já vi um historiador dizer que a melhor forma de “descristianizar” alguém era mostrar esses trechos da Bíblia e concordo plenamente.

    • O Amor Venceu!

      Não vai passar, mas só de estar sendo discutido, é um retrocesso. E com o aval do Lula. Nada acontece na Câmara ou no Senado sem aval dele, tá todo mundo muito bem remunerado por Orçamento Secreto para contrariar o Painho.

      Será que a militância já descobriu que tio Lula não é da inclusão?

      • Eles vão todos refazer o L em 2026, eles sabem que o Lula é o único político “anti-fascista” que tem apelo popular. Tentaram o Haddad em 2018 e foi uma surra, nos governos locais o PT perdeu muito espaço até no nordeste. Eu acho que o velho vive o bastante pra mais um mandato, mas depois dele, essa divisão política no Brasil vai dar uma esfriada (até surgir a próxima).

  • A Bíblia é popular por tradição e imposição religiosa. Tudo bem, os mais dementes adoram ler as atrocidades, mas a popularidade não é pelo conteúdo.

    Aliás, procure teólogos (prefiro os judeus pois eles costumam ser mais críticos que os outros religioso – difícil achar um teólogo agnóstico ou ateu que preste) que falam da transformação da imagem de Yaweh pra entender melhor a belicosidade.

  • A Bíblia foi escrita por muitas pessoas diferentes, em épocas diferentes, com o intuito de impor suas vontades e suas leis para controlar e oprimir povos subjugados. Trata-se, portanto, do “deus que os homens fizeram” e não no “Deus que fez os homens”. O verdadeiro Deus, um ser infinitamente poderoso, sábio e misericordioso, jamais seria vil, mesquinho e vingativo como, infelizmente, são muitos dos seres humanos. Isso sem falar na linguagem cifrada da Bíblia, nos trechos propositalmente suprimidos e/ou acrescentados em sucessivas novas versões que variavam conforme quem estava no poder e no muito que se perdeu nas diversas traduções feitas ao longo dos séculos.

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