Olhando para o lado…

Toda semana quando somos obrigados a selecionar um único tema para o “Desfavor da Semana” muita coisa importante acaba ficando para trás. Para não deixar esses assuntos morrerem, resolvi fazer um pequeno apanhado de coisas que estão muito erradas no Brasil e ninguém parece estar se preocupando, se importando ou disposto a começar a pensar no assunto para tentar traçar estratégias para melhorar.

Obviamente por ser um texto de quatro páginas não dá para falar sobre tudo, muito menos aprofundar. Mas já permite ter uma ideia de como as prioridades do brasileiro andam estranhas. Dá uma voltinha por suas redes sociais, escuta a conversa de colegas de trabalho, observa no que a mídia está dando ênfase e compara com a seriedade e urgência dos assuntos que vamos trazer aqui.

Vamos começar pelo elefante branco na sala: violência. O Brasil sempre foi violento e em vez de melhorar, parece que está piorando. “Mas Sally, como você pode saber se você não mora mais no Brasil? É a mídia alarmista!”. Não, não é. Segundo um ranking da ONU, em 2023 o Brasil está conquistou a honra de ocupar o primeiro lugar mundial em números de homicídios.

Sim, isso mesmo, o país do mundo onde mais se cometem homicídios em todo o mundo é o Brasil. Fora a quantidade de estupros por hora, os índices absurdos de violência doméstica e tantos outros dados devidamente documentados. São índices assustadores que, no mínimo, mereciam ser debatidos para começar a se pensar em uma solução.

Obviamente não tem uma resposta única para este problema, quando algo chega a um patamar tão grave, geralmente ele é um somatório de fatores. Mas, se a gente pudesse pensar em por onde começar a trabalhar, eu diria que é preciso reavaliar as leis do país.

A lei brasileira é linda… no papel. É uma lei de primeiro mundo aplicada a um país de terceiro mundo. Não tem como dar certo. Um sistema penal que se propõe (em tese) a ressocializar, mas que na prática solta presos piores do que entraram. Quando um sistema se propõe a ressocializar, ele mantém o preso encarcerado por pouco tempo, mesmo que sua pena tenha sido alta, pois se presume que aquela pessoa está “recuperada” e apta para viver em sociedade novamente.

A cadeia brasileira faz isso? Não. A cadeia brasileira tortura, estupra, filia a facção criminosa e coloca na mesma cela pai de família, psicopata e estuprador. Então, de dois um: ou se repensa todo o sistema judiciário para ressocializar quem pode ser ressocializado (e o que fazer com quem não pode) ou se muda a lei e se admite que é um sistema meramente punitivo, portanto, detento tem que ficar preso mais tempo pois não vai sair melhor.

Claro que muitas outras questões precisam ser trabalhadas, como educação, desigualdade social, oportunidades de trabalho e infinitas outras. O problema é que não se vê ninguém falando nisso com seriedade. De um lado tem gente dizendo que tem que matar bandido e do outro dizendo que a culpa não é do bandido pois ele é vítima do capitalismo e da sociedade. Se ficar em um embate entre esses dois extremos, o país não vai sair do lugar.

A situação é tão grave que tem grupos de “justiceiros” de formando para “caçar bandidos”, algo 200% errado, mas que mostra o que a ausência do Estado gera. As pessoas estão aterrorizadas. É uma completa falência civilizatória. Ainda assim conseguem se achar um país maravilhoso, melhor do que os vizinhos. Francamente, eu prefiro ter inflação do que essa realidade de hoje do Brasil.

É tóxico viver com medo, viver atrás de grades, viver em constante alerta. É detonador de saúde mental a quantidade de notícias envolvendo crimes que são publicadas diariamente. Não dá para viver assim. É insalubre. Mesmo que a violência direta por alguma sorte não chegue em você, os danos colaterais dela como o medo, a ansiedade e o estresse chegam e fazem muito estrago. Anormal é o brasileiro que não está com síndrome do pânico!

Ainda assim, o brasileiro parece estar mais preocupado com outros países, com vida de celebridade, com defender político, com fofoca ou com qualquer outra coisa que não essas questões realmente importantes e urgentes.

A quantidade de opiniões sem qualquer embasamento ou conhecimento da realidade argentina que eu li sobre Milei em apenas 24h após sua posse me faz pensar o que diabos se passa na cabeça do brasileiro para que ele esteja tão preocupado com o país vizinho quando tem tanta coisa errada (e grave… e urgente) com seu próprio país. Se a minha casa estivesse assim, tão bagunçada, eu não levantava o nariz enquanto não arrumasse minimamente.

Vamos falar da educação. Semana passada foram divulgados os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), no qual estudantes do mundo todo são avaliados em categorias básicas, para mensurar como está o sistema educacional do país. O Brasil ficou entre os últimos colocados. Ficou atrás de países como Arábia Saudita, Azerbajão, Chipre, Cazaquistão, Brunei, Sérvia, Ucrânia (em ano de guerra) e outros ainda piores.

E não pense você que o problema é a falência do ensino público. Mesmo alunos da rede particular tiveram desempenho bem abaixo da média mundial. O melhor aluno na melhor escola particular brasileira vai ter dificuldades em um país que realmente tenha um bom sistema educacional. A educação brasileira é um lixo, uma piada, uma tentativa insuficiente, mas, por algum motivo, o brasileiro se recusa a ver isso. Por algum motivo o brasileiro acha que se seu filho vai a um colégio particular, está explorando seu máximo potencial e dando uma educação adequada.

O desempenho em matemática, em ciências e em leitura foi péssimo. A média dos alunos não sabe fazer operações básicas de matemática, não consegue ler um texto e compreender seu significado e talvez não saiba nem discernir o buraco do cu do buraco da orelha. E o que está sendo feito para reestruturar o sistema de ensino público e particular, de modo a formar alunos que realmente tenham aprendido um mínimo? Nada.

O que se vê é lunático em pleno devaneio sugerindo que escola pare de ensinar matemática e ensine empatia. Deve ser por isso que brasileiro médio tem tanto filho, fica extremamente fácil ter filho quando se delega toda a educação para a escola. Empatia você ensina em casa, bem como respeito, pontualidade, ética e muitos outros valores que o brasileiro médio não tem, pois os pais só os passam no discurso, na prática, se comportam de forma diferente – e sabemos que criança aprende principalmente pelo exemplo.

Não existe hoje uma discussão séria de como reestruturar o sistema educacional do país. As pessoas se portam como se estivessem no primeiro mundo, querendo criar regras sobre quais pronomes professor deve usar para aquele 0,001% de alunos não-binário. Não tem o básico, aluno não sabe somar, não sabe ler, dá vexame em avaliação mundial, mas está todo mundo preocupado com questões acessórias.

Eu não sei se havia uma presunção de que no Governo Lula tudo iria melhorar, fruto de uma delusão no estilo “como eu gosto dele e acho que ele é o bem contra o mal, tudo vai dar certo” ou se é puro desespero, um virar a cara para o problema por ele ser grande demais para resolver, então, melhor nem tomar consciência de que ele existe, se não vai ser sofrimento sem solução. O fato é que a educação brasileira pede socorro e ninguém parece estar ouvindo.

Educação é a base de um país. Um país não vai a lugar nenhum sem educação. Todo o resto que se faça antes de melhorar a educação é um paliativo sem impacto significativo, um band-aid em um tiro de fuzil. Mas parece ser isso o que as pessoas querem ver. As pessoas comemoram como grandes merdas medidas quase placebo do atual governo que não atacam a raiz do problema, mas, como pegam bem, todo mundo ovaciona, afinal, é muito importante mostrar virtude, mostrar como você é bom e ficou feliz com um factóide que atende ao discurso virtuoso da vez.

Vamos falar de pobreza? Para o potencial econômico e produtivo que o Brasil tem, os índices de pobreza são assustadores. É um país rico com uma enorme desigualdade social, no qual uma minoria acumula capital e esbanja na cara dos mais pobres e os mais pobres aplaudem, pois, apesar dos seus atos, os mais ricos fazem um discurso bonito sobre estarem preocupados com o bem-estar dos pobres, que acreditam.

O brasileiro médio, no geral, acredita mais em palavras do que em atos. Por isso volta para o namorado que traiu e prometeu que nunca mais ia trair, por isso vota em político que jurou que ia acabar com orçamento secreto e bateu recorde de gastos com ele, por isso faz questão de ficar mostrando quão bom e politicamente correto é, ainda que nas ações faça o contrário.

Semana passada uma notícia sobre pobreza me chamou a atenção por dois motivos: burrice e absurdo. A notícia dizia que, pela primeira vez em alguns anos, a situação da pobreza melhorou. O número de pessoas em situação de pobreza reduziu e de pessoas em extrema pobreza também.

Pois bem, vamos à burrice em primeiro lugar. Nos comentários, um pessoal exaltado falando palavrões e dizendo coisas como “Fiz o L para isso mesmo!”. Aí, se você for o 1% de brasileiros que conseguem ler um texto e compreendê-lo, percebe que essa queda aconteceu no Governo Bolsonaro. Quando isso aconteceu Lula nem sonhava em ser Presidente, estava preso.

Agora vamos ao absurdo: comemorar esses índices. É bizarramente absurdo que, em um país como o Brasil, mais de 30% da população esteja em situação de pobreza e mais 5% em situação de extrema pobreza. Apesar de todo o território, das riquezas e do PIB, segundo a ONU, o Brasil tem tanto pobre por estar entre os dez países com maiores desigualdade do mundo. Sim, do mundo. Está em oitavo lugar, pior do que países que nós nem mesmo saberíamos apontar no mapa.

Hoje, no Brasil, os 10% mais ricos possuem quase 80% do patrimônio privado do país. Os 1% mais abastado da população possuem a metade (48,9%) da riqueza nacional. É curioso isso vindo de um país no qual uma suposta elite intelectual raivosa demoniza os EUA e seu capitalismo por gerar desigualdade… Nos Estados Unidos, o 1% mais rico detém 35% da fortuna americana. Ou seja, mesmo o “capitalismo selvagem” malvado, injusto e escroto dos EUA é melhor para a população do que o Brasil. As narrativas feitas por pessoas que estudaram em escolas ruins desmontam rápido, não?

E esta injustiça e desigualdade vem de muito tempo. E nada está sendo feito a respeito. Quem é taxado é o pobre que compra uma blusinha na Shein, grande empresa recebe isenção fiscal e nem imposto paga. O Judiciário continua sendo uma casta que esbanja fortunas para dar a seus membros uma vida de luxo às custas do contribuinte. Políticos, então, nem se fala.

E por falar em contribuinte, sempre bom lembrar que o governo toma de você quase 40% do que você ganha entre impostos direitos e indiretos. Cinco meses do seu trabalho vão para o Governo, para pagar imposto. Você não fica com um centavo de cinco meses trabalhados para bancar regalia da casta de políticos, juízes e amigos.

E você não recebe nada em troca, pois a prestação de serviços públicos é péssima no Brasil e quando tentam privatizar, pessoas feias e oleosas fazem escândalo e jogam tinta vermelha em si mesmas alegando ter apanhado da polícia. A prestação de serviços públicos deixa quase metade dos brasileiros sem ter onde cagar, sem sistema de esgoto, sem saneamento básico, mas não pode privatizar. Melhor deixar metade da população em saneamento básico, para atender a uma ideologia utópica que endeusa partido e lambe as bolas de político. Sabe quando as coisas vão melhorar enquanto essa desigualdade continuar? Nunca.

Por fim, vamos falar de sustentabilidade, de meio-ambiente, de toda aquela pauta que ficou sendo berrada por Greta, DiCaprio e cia no governo anterior. Agora, quando a Amazônia pega fogo, quando o Pantanal pega fogo, a culpa é das mudanças climáticas. Até 31 de dezembro do ano passado era do Presidente.

Quando indígena dá depoimento revoltado, se dizendo sacaneado, mandando Ministra do Meio Ambiente contar para europeu que ela caga na água, simplesmente se abafa. Já subiram a rampa com o cachaceiro e com a garota de programa deslumbrada, já cumpriram seu papel de emular amor pela diversidade, perdeu-se o interesse neles.

Que medidas concretas e eficazes você tem visto o governo brasileiro tomar para proteger o meio-ambiente? Eu vi o Lula discursando contra combustíveis fósseis e depois alisando a OPEP+. Eu vi a Marina culpando a natureza, o calor, as mudanças climáticas e até os próprios índios pelos incêndios. Eu vi Greta e DiCaprio caladinhos, uma sendo presa em vez de frequentar a escola, outro terminando mais um namoro pois a moça passou dos 25 anos.

Meus queridos, o Brasil está muito fodido e sem projeto para reverter isso. Não é fodido pontualmente, com inflação ou com uma guerra que cedo ou tarde vai acabar. Está fodido em questões estruturais, dificílimas de mudar e que, se não forem corrigidas, cedo ou tarde farão o país colapsar. E tá fodido e rindo, pagodeando, se achando ótimo. É fascinante de se ver de fora.

Mas é triste ao mesmo tempo, pois mesmo grande, mesmo rico, mesmo com tudo a favor, como está, não vai se sustentar bem por muito tempo. Mas, para o brasileiro fodidos são os outros. O Brasil tá ótimo, é uma potência que vai “avoar” a qualquer momento!

Apenas parem. Parem de olhar para o lado. Parem de apontar para os vizinhos. “A França acabou”? “A Argentina acabou”. Não, meus queridos, o que acabou foi faculdade de graça para vocês que não conseguiam passar no vestibular daí e tinham que ir estudar em outro país. Isso sim, com a maior alegria, acabou. Vai ser muito mais fácil para a França conter revolta popular ou para a Argentina conter inflação do que o Brasil endireitar justiça, sistema penitenciário, violência, educação, pobreza, miséria, corrupção e meio-ambiente.

Tenham semancol, não sabem ler, não sabem somar, são campeões mundiais de homicídios, são um dos países mais desiguais do mundo, não conseguem prender todo mundo que comete crime pois não tem presídio suficiente, produzem mal, entregam mal, são impontuais, metade das pessoas caga em vala e dinheiro para vacina contra a dengue vai para orçamento secreto (ou emenda do relator, como queriam).

Parem de apontar o dedo para os outros. Olhem para si mesmos, para o seu país e resolvam essa pá de merda. É vergonhoso passar o dia falando mal da casa dos outros quando a sua casa está um lixo.

Para dizer que nutrimos um ódio irracional contra o PT (de forma alguma, é muito racional), para dizer que é melhor isso do que um Presidente que se aconselha com um cachorro (prefiro o cachorro dando conselho do que a Janja) ou ainda para dizer que a qualquer momento o Brasil vai avoar: sally@desfavor.com

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Comments (20)

  • Não tem o que discordar do texto.
    O Brasil é reflexo do povo: pobre, ignorante, arrogante, preguiçoso e acomodado.
    Não tem sistema politico ou ideologia que se sustente com essa base.
    *Só algumas curiosidades que eu tenho para Sally:
    O que te prende ao Brasil? Sei pelos textos que você saiu do país, mas o que te prende afetivamente aqui? Por que ler sobre notícias dessa pocilga todos os dias? Isso nao te desgasta? Se tudo aqui é tão ruim… Você tem ainda algum encanto por esse país?

    • Não me desgasta ler notícia do Brasil não. Me desgastava quando eu morava no país, agora que estou longe, não é mais problema meu.
      Não tenho encanto algum pelo Brasil, só gosto de escrever o Desfavor e tenho ótimos amigos aqui.

  • Tudo isso é tão assustador, Sally! Olhar pra frente, pra muita gente, dói. É por isso que evitam. Mas uma hora ou outra vão ter que encarar de frente o problema…

    • Se não quiserem olhar, tá tudo certo. O que intriga é essa necessidade patológica de ficar olhando para os outros e apontando problema dos outros. É impressionante como quanto mais fodida uma pessoa (ou um povo) mais crítica ela fica com os outros.

  • Putz, na minha cidade parece que só tem vendedor ambulante e pedinte. E não importa a hora do dia, sempre tem uma fila enorme na frente das Caixas. Vejo pessoas de outros estados relatando o mesmo. Deprimente, não sei como esse país ainda está em pé.

    A solução é de longo prazo e talvez não vamos viver pra ver isso:
    >industrialização do país pra gerar empregos
    >educação e capacitação do povo pra ocupar esses empregos
    Depois que se forma uma classe média grande e estável, o resto é história. Gente vivendo melhor, se alimentando melhor, estudando mais, tendo mais cultura, trazendo inovação. Mas ninguém quer fazer isso, o próprio povo parece super feliz gravando tiktok nadando no esgoto e rindo.

  • Quando mais novo eu era o que pode-se dizer como “ativista político”, engajava na causa de promover eventos e ações sociais em busca de conscientizar mais as pessoas (eu incluso). E eu simplesmente perdi o interesse por toda a estrutura que se mantém no Brasil desde sua origem oligárquica, e pela a encheção de saco que não valia a pena, desde então procurei focar mais no meu interior…
    Sinceramente, é triste ver que o Brasil não tem muita solução de modo geral, principalmente para a população que mais sofre, que é usada como ferramenta por quem realmente manda nesta bagaça. Visto que para uma pessoa que se consegue ter uma conversa racional e produtiva (mesmo com muita discordância), existem outras mil que só querem saber de dar chilique ou afagar o próprio ego…

  • O analfabetismo funcional das pessoas no Brasil me assusta muito, às vezes mais do que a violência. Não se resume a interpretar um texto, influencia na comunicação verbal também. Muitos erros graves e brigas violentas seriam evitados se as pessoas conseguissem se comunicar de forma clara e entender o que as outras estão dizendo. Não dá para ter esperanças assim, se as escolas são ruins e a criação também não estimula a pessoa a aprender, não tem muito pra onde correr em termos de sociedade. Um ou outro indivíduo acaba questionando e fazendo diferente, mas a maioria infelizmente não.
    Violência também é tão normalizada que as pessoas acabam culpando as vítimas. “Foi assaltada? Mas também, usou o celular na rua…” Sim, porque usar algo que é seu aparentemente é mais errado do que roubar a mão armada.

    • Eu recebia algumas mensagens de whatsapp de pessoas com nível universitário que simplesmente não conseguia entender.
      Eu morria de vergonha, mas tinha que dizer para a pessoa “desculpa, mas não estou conseguindo entender o que você está querendo me dizer”.
      É assustador.

      • Um horror quando as coisas chegam a esse ponto de tu ter que pedir pra explicar melhor o que a pessoa quer dizer. É sinal de que até a coisa mais básica de nós seres humanos, a comunicação, está falhando. Em partes, tenho como hipótese, isso deve ser às rede sociais, à comunicação fácil cheia de memes, emoticons, imagens, enfim, hoje tudo é tão imagético que as pessoas têm dificuldade de expor um pensamento de forma detalhada com palavras, além da dificuldade de ser objetiva e clara.

    • Gente que não sabe entende o que lê, que não sabe falar direito, que não consegue escrever nada que faça sentido, que não é capaz de ouvir, e ainda por cima teima em seguir com crenças idiotas e se recusa a aprender, é mesmo muito irritante.

  • A questão da pobreza me intriga muito. Por um lado tem desocupado que passa horas e horas na fila pra pegar auxílio, mas pra trabalhar não tem força ou coragem nenhuma. E assim vai se criando cada vez mais pessoas desocupadas, o papai Estado sempre vai acolher mais um. Mas por outro lado tem algumas famílias na minha vizinhança, entre eles alguns PCDs, sobrevivendo de doações de vizinhos e da igreja local, porque o auxílio foi cortado. Auxílio no Brasil é renda extra pra comprar celular e pagar fatura, cadê os auxílios pros verdadeiros necessitados?

  • O Brasil é rico o bastante pra manter as coisas assim, 80% de macacos medíocres que só existem pra comer, cagar, procriar e render conteúdo pro Atrocidades18, 20% de pessoas decentes que estudam, trabalham e sustentam os 80%. Vai ser sempre assim, se chegar perto de colapsar (o que não vai acontecer), só pedir ajuda internacional.

  • Resumindo: 1 – Antes de querer se meter a dar pitaco na vida dos outros, trate de primeiro endireitar a sua própria e 2 – Não há nada mais triste do que um potencial desperdiçado.

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