Des Contos

poop

Eu adoro Zoológico. Adoro mesmo. Em qualquer lugar do mundo que eu vá, visito o Zoológico. Siago Tomir é uma pessoa azeda e mal humorada que não sorri quando vê um elefante. Siago Tomir não gosta de Zoológico, é aquele tipo de pessoa ranheta que em vez de se divertir com os animais foca no calor e no cheiro ruim. Sempre pedia para ele me levar ao Zoológico e ele sempre dizia que tudo bem, “um dia a gente vai”. Esse “um dia” é aquela desculpa que a gente dá para criança, quando não quer dar um “não” declarado porque sabe que a criança vai encher o saco. Mas eu que não sou boba nem nada decidi não bater de frente, tudo tem seu tempo. Sempre sorria e fazia de conta que acreditava no “um dia”, esperando a oportunidade certa.

Um dia, a oportunidade veio. Somir foi incumbido de tomar conta de sua sobrinha, uma criança adorável (por incrível que pareça), por duas semanas. Fiz amizade com a menina e em menos de meia hora estávamos “amigas de infância”, passando maquiagem uma na outra. Comecei a puxar assunto com a minha mais nova best friend. O assunto acabou descambando para animais. Perguntei qual era o animal favorito dela e ela me disse que era o elefante. Perguntei se ela já tinha visto um elefante pessoalmente, e ela me disse que não. Ela me perguntou se eu já havia visto um elefante pessoalmente e eu disse que sim, NO ZOOLÓGICO.

Sobrinha: “Tia Sally, o que é um Zoológico?”

Sally: “Zoológico é um lugar onde a gente guarda um casal de cada bichinho, para que as pessoas possam visitar e conhecer os bichinhos pessoalmente” (tecla sap: sofrimento animal para diversão de humanos infantilóides como eu)

Sobrinha: “Tia Sally, onde fica o Zoológico?”

Sally: “Cada lugar tem o seu Zoológico, aqui tem um…”

Foi quando tudo conspirou a meu favor

Sobrinha: “Tia Sally, você me leva ao Zoológico para eu ver o elefante?”

Sally: “Se o seu Tio Tomir deixar, eu levo sim. Pergunta pra ele!”

Ela se levantou com sua cara de “Gato de Botas do Shrek”, andou até o Tomir e deu um show. Impressionante como uma criancinha tão pequena sabia lidar com Tomir melhor do que uma macaca velha como eu:

Sobrinha: “Tiiiiiioooooooo…”

Siago: “Hã?”

Sobrinha: “Você deixa a Tia Sally me levar no Zoológico?”

Siago: “SAAAAAALYYYYY!”

Sobrinha: “Tiiiioooo… não briga com ela não, a idéia foi minha”

Siago:

Sobrinha: “Sabe o que é, Tiiiiooo, é que eu nunca vi um elefante, assim… de verdade”

Siago:

Sobrinha: “Eu só vi um elefante de brinquedo” *apontando para um elefante de pelúcia que estava no sofá “e ele é tão pequenininho… o elefante de verdade deve ser maior, né Tiiioooo?”

Siago: É… mas…

Sobrinha: “E o elefante é o bicho que eu mais gosto”

Siago: *início de lágrimas nos olhos

Sobrinha: “Aí eu tenho medo de acontecer alguma coisa e eu nunca mais poder ver o elefante, eu quero ver logo!”

Siago: “SAAAAAALLYYYYY!”

Sally: “Credo, Siago! Custa levar e menina logo ali para ver um elefante?”

Siago: *rangendo os dentes “O Zoológico daqui NÃO TEM elefante, Sally”

Sally: “NÃO?”

Siago: “NÃO”

Sally: “Que tipo de Zoológico não tem elefante?”

Sobrinha: *olhos enchendo de lágrimas

Siago: “O daqui!”

Sally: “Gente, mas até em circo furreca tinha elefante!”

Siago: * palavrão

Sobrinha: *chorando

Siago: “O Zoológico daqui não tem elefante, o máximo de tromba que você vai ver por lá são mulheres de tromba, porque à noite lá é ponto de traveco!”

Sobrinha: “O que é traveco?”

Sally: “Que merda de Zoológico é esse?”

Sobrinha: “O que é traveco?”

Siago: “Agora tira da cabeça dela essa história de elefante!”

Sobrinha: “EU QUERO VER O ELEFAAAAANTEEEE” * chorando

Quando você conhece muito bem uma pessoa, desenvolve uma espécie de telepatia baseada na linguagem corporal. Antes que eu comece a falar, Siago começou a gritar:

Siago: “NÃO, SALLY! NÃO! NEGATIVO!”

Sally: “Você iria na semana que vem de qualquer jeito!”

Siago: “NÃO!”

Sally: “Em vez de deixar ela com a sua mãe, leva ela! o que que tem?”

Sobrinha: “TRAVECO! TRAVECO! LÁ LÁ LÁ LÁ LÁ… MULHER DE TROMBAAAA!”

Sally: “Sua irmã não vai ficar feliz com o novo vocabulário dela…”

Siago: “Eu não acredito nisso… Eu não acredito que eu vou fazer isso…”

Sally: “Qual é o problema?”

Siago: “Minha irmã vai me matar!”

Sally: “Porque?”

Siago: “Vou levar a filha dela pro Vietnã!”

Sally: “Minha cidade é o Vietnã?”

Siago: “Não, é PIOR.”

Sally: “MAS TEM ELEFANTE! SEU BABACA!”

Sobrinha: “BABACA! BABACA! LÁ LÁ LÁ LÁ LÁ… BABACAAAAAA”

Na semana seguinte, Siago veio me visitar com a Sobrinha. No caminho para o Zoológico…

Siago: “Passamos por um tiroteio! UM TIROTEIO. Você não tem vergonha, Sally?”

Sally: “Deixa de drama…”

Sobrinha: “Tiiiiooo… eu tô tão feliz que vou ver o elefante! até hoje eu só tinha visto…”

Siago: “O ELEFANTE DE BRINQUEDO. Tô sabendo”

Sobrinha: “Tia Sally, quais são os bichos que tem no Zoológico daqui?”

Sally: “Macaco, Leão, Girafa, Elefante, tigre…”

Siago: “Zoológico… NESSE CALOR!”

Sally: “Isso não é calor. Você não sabe o que é calor!”

Siago: “Lá vou eu passar o meu dia cheirando bosta de bicho”

Sobrinha: “Tio, o que é bosta?”

Sally: “É o que o seu Tio tem dentro da cabeça”

Siago: “Por isso que seu Tio namora com a sua Tia Sally”

Chegando no Zoológico, nos deparamos com uma fila improvável. Aparentemente havia excursões de colégios ou algo do tipo, porque trocentas crianças uniformizadas lotavam a entrada aos berros.

Siago: “Tá feliz?”

Sally: “Tô”

Siago: “TÁ FELIZ?”

Sally: “TÔ”

Siago: “Inacreditável. Só comigo que isso acontece!”

Sally: “Sabe, Siago… você diz que Deus não existe…”

Siago:

Sally: “Mas eu acho que existe sim. Existe e ele é SÁDICO”

Siago: *bufando

Sally: “E acho que hoje ele vai te torturar. Cuidado para o macaco não jogar excrementos em você…”

Sobrinha: “Tia Sally, o que é excrementos?”

Sally: “Também é o que seu Tio tem na cabeça”

Siago: “Por isso que seu Tio namora com a sua Tia Sally”

Sally: “aff…”

Siago: “Macaco jogando bosta nas visitas! Até os macacos são mal educados no Hell de Janeiro”

Logo na entrada, estava a jaula dos Babuínos. Siago Tomir, como sempre, muito oportuno, difundindo seu conhecimento em biologia

Sobrinha: “Tiiioooo… porque o macaco tem o bumbum vermelho?”

Siago: *bufando

Sobrinha: “Tiiioooo… porque o macaco tem o bumbum vermelho?”

Siago: “Porque ele tem hemorróidas!”

Sally: “Você não tem vergonha de trollar uma criancinha não?”

Sobrinha: “Tiiiioooo, o que são hemorróidas?”

Siago: “Pergunta pro seu Tio-Avô, ele também tem”

Siago Tomir é tãããão família…

Depois passamos pelo hipopótamo:

Sobrinha: “Tia Sally, que bicho é esse?”

Sally: “Esse é o hipop…”

Siago: “É a Tia Maristela, uma Amiga da Tia Sally! HAHAHAHAHA” – porque sim, ele ri da própria piada, ele é esse tipo de pessoa

Sally: * cara feia

Sobrinha: “Tia Sally, você é amiga de uma hipopótama?”

Siago: “HAHAHAHAHAHAHA”

Sally: “Como você é infantil…”

Siago: “Ela é amiga de uma pessoa que parece muito com esse hipopótamo”

Sally: *tentando mudar de assunto “Olha que fofinho o hipopótamo! Não é fofinho?”

Siago: “Fofinho? ele fica na água onde ele faz cocô e xixi! Isso é fofinho?”

Sobrinha: * cara de nojo

Sally: “Você está proibido de falar enquanto a gente estiver no setor dos hipopótamos” *beliscando Siago

Siago: *fazendo gesto em uma alusão a pessoa obesa e apontando pro hipopótamo

No setor dos primatas…

Sobrinha: “É um macaco?”

Siago: *encarando o macaco com cara feia

Sally: “É sim, é um tipo de macaco chamado Chimpanzé”

Sobrinha: “O que o macaco tá fazendo, Tia Sally?”

Siago: * encarando o macaco com cara feia

Sally: “Ele tá pegando alguma coisa do chão…”

Siago: *encarando o macaco com cara feia

Sally: Ihhh…

O Chimpanzé começa a arremessar fezes na nossa direção

Siago: “Mas que bicho filho da puta!”

Sobrinha: “O macaco é filho de quem?”

Sally: “São as suas energias negativas, Madame! Você aborreceu o macaco!”

Siago: “A culpa é MINHA? É isso?”

Sally: “Precisava ficar encarando o macaco?”

Siago: “Você quer que eu peide para um macaco?”

Sally: “Não acredito que você está competindo com um macaco!”

Sobrinha: “Eu acho que o macaco ganhou! hahahaha”

Siago armou uma tromba e ficou de mau humor o resto do passeio

Na jaula do Leão:

Sobrinha: “É um tigre?”

Sally: “Não, Meu Amor, é um leão”

Sobrinha: “Porque não é um tigre?”

Sally: “O tigre é listrado, o leão é amarelinho. E o leão tem esse pêlo em volta da cabeça, que se chama juba”

Siago: “Igual à sua Tia Raquel”

Sally: “SIAGO!”

Siago: “Mas não parece?”

Sally: “Além de falar mal das minhas amigas, agora você vai falar mal da sua família também?”

Siago: “E como!”

Sally: “Siago! Crianças repetem tudo! E se ela solta isso em um almoço de família?”

Siago: “Naqueles que eu nunca vou? Observe eu não me importar!”

Sally: “Você ainda vai ter problemas!”

Siago: “Mais? Eu já sou ovelha negra da família…”

Sobrinha: “O que o Leão está fazendo?”

Siago:

Sally:

Sobrinha: ” O QUE O LEÃO ESTÁ FAZENDO?”

Siago: “Sally, o que o leão está fazendo?”

Sally: * palavrão mental “Ele tá… ele tá… ele tá namorando com a leoa…”

Assim que acabaram de fazer sexo, a leoa enfiou a porrada muito seriamente no leão

Sobrinha: “Isso é namorar?”

Sally: “é…”

Sobrinha: “Vocês namoram?”

Somir: “Saindo daqui você vai ligar as trompas, combinado?”

Sally: “Combinado”

Sobrinha: “VOCÊS NAMORAM QUE NEM O LEÃO?”

* Todos os transeuntes pararam para olhar a resposta

Sally: “Não, Meu Amor. A gente namora também, mas leão é bicho, namora de um jeito. Nós somos gente, namoramos de outro”

Sobrinha: “Mas quando vocês brigam, parece com o leão”

* Todos os transeuntes olharam com cara de reprovação

Siago: “Puxa ela pelo braço antes que alguém chame o Conselho Tutelar e uma Assistente Social tire ela de nós”

Saimos correndo para outro setor. Por sorte no final do corredor dos felinos fica o elefante, o que fez com que o assunto mude rapidamente. Quando a sobrinha do Somir viu o elefante só faltou chorar de emoção.

Sobrinha: “TIOOOO! TIOOO! OLHA O ELEFAAANTE!”

Siago: “E o cheiro… que elefante fedido!”

Sally: *beliscando Somir “Não tira a magia do momento!”

Sobrinha: “Eu quero uma foto com o elefante!”

Peguei a menina no colo e viramos de costas para o elefante, para tirar a foto com ele ao fundo. Siago se posicionou (porque sim, ele se acha fotógrafo profissional) e começou a tirar várias fotos sorrindo. Siago Tomir sorrindo, naquelas condições, me preocupou. Dei um confere na minha roupa para ver se eu não estava pagando peitinho ou calcinha, porque tinha alguma coisa errada. Não achei nada errado, então, a Sobrinha e eu sorrimos, acenamos e mandamos beijinhos enquanto ele tirava as fotos.

Só depois eu vi o motivo da graça, quando ele baixou as fotos no computador: o elefante simplesmente virou de costas e começou a cagar no momento das fotos. Ficou uma coisa linda: as duas sorrindo, acenando e mandando beijinhos com uma bunda de elefante despejando toneladas de bosta ao fundo! Me digam, ele não podia ter avisado? Ele não podia ter esperado o elefante acabar de cagar? A lembrança que a sobrinha dele tem do elefante, o bicho que ela mais gosta, nesse momento tão especial, é um amontoado de bosta!

Na volta, resolvi brincar com a Sobrinha do Siago:

Sally: “Me conta tudo que você aprendeu hoje! Quero saber o que você vai contar para a sua mãe sobre o nosso passeio!”

A menina ficou pensativa e começou a contar em silêncio nos dedos das mãos

Sobrinha: “TRAVECO, BOSTA, EXCREMENTO, MULHER DE TROMBA, BABACA, VIETNÃ, HEMORRÓIDAS, MACACO FILHO DA PUTA”

Siago: “Fudeu”

Sobrinha: “TRAVECO, BOSTA, EXCREMENTO, MULHER DE TROMBA, BABACA, VIETNÃ, HEMORRÓIDAS, MACACO FILHO DA PUTA, FUDEEEEEEU! HAHAHAHAHA”

A irmã de Siago NUNCA MAIS deixou a filha com ele quando viaja. E já se passaram anos…

Para dizer que agora entende porque eu sempre digo que não quero ter filhos, para dizer que ir ao zoológico com a gente é divertido e para lamentar que o macaco não tenha acertado no arremesso: sally@desfavor.com

Des Contos

Sequestro é coisa séria, a não ser quando sequestram um palhaço...

Enquanto isso, num cativeiro:

SEQUESTRADO: Quando eu vou sair daqui?
SEQUESTRADOR: Quando pagarem seu resgate.
SEQUESTRADO: Mas já faz três semanas que eu estou aqui…
SEQUESTRADOR: Então não pagaram seu resgate.
SEQUESTRADO: Quanto vocês pediram?
SEQUESTRADOR: Você.
SEQUESTRADO: Hã?
SEQUESTRADOR: Quanto você pediu… Você porque eu trabalho sozinha.
SEQUESTRADO: … Sozinha?
SEQUESTRADOR: É… Não! SozinhÔ! Sô macho, porra!
SEQUESTRADO: É que sua voz é meio…
SEQUESTRADOR: MEIO O QUÊ?
SEQUESTRADO: Nada… nada… esquece.
SEQUESTRADOR: Humpf… Agora vê se fica quieto!
SEQUESTRADO: Sim senho… senhor…
SEQUESTRADOR: …
SEQUESTRADO: Mas…
SEQUESTRADOR: *suspiro*
SEQUESTRADO: Quanto você pediu?
SEQUESTRADOR: Um milhão de reais.
SEQUESTRADO: Pfft… hahaha…
SEQUESTRADOR: Tá rindo doquê?
SEQUESTRADO: Minha família é pobre! Nunca que daria pra pedir essa quantia.
SEQUESTRADOR: Ah, vai começar a criticar o meu trabalho agora?
SEQUESTRADO: Trabalho?
SEQUESTRADOR: Crime… Mas, você entendeu.
SEQUESTRADO: Não entendi a parte do um milhão de reais.
SEQUESTRADOR: Eu não te solto por menos.
SEQUESTRADO: Mas esse dinheiro minha família nunca vai ter!
SEQUESTRADOR: Vem cá, quantos seqüestros você orquestrou?
SEQUESTRADO: Nenhum.
SEQUESTRADOR: Então pode me considerar a especialista daqui, ok?
SEQUESTRADO: A especialista?
SEQUESTRADOR: Isso aqui virou a patrulha do artigo?
SEQUESTRADO: Você é mulher.
SEQUESTRADOR: Mesmo se fosse, você não percebe que estaria mais seguro sabendo o mínimo possível sobre mim?
SEQUESTRADO: Agora as coisas fazem sentido.
SEQUESTRADOR: Cuidado… você não está em posição de abusar do meu bom humor…
SEQUESTRADO: …
SEQUESTRADOR: E eu não sou mulher. Esquece isso.
SEQUESTRADO: …
SEQUESTRADOR: …
SEQUESTRADO: Você tem medo que eu te respeite menos por ser mulher?
SEQUESTRADOR: *bufando* Cala a boca!
SEQUESTRADO: Até que você me seqüestrou bem… sabe, considerando…
SEQUESTRADOR: Você não tem medo de morrer, é?
SEQUESTRADO: Você não me mataria…
SEQUESTRADOR: Porque eu sou mulher?
SEQUESTRADO: AHÁ!
SEQUESTRADORA: Não estou confirmando!
SEQUESTRADO: Essa sua voz de homem não é muito convincente.
SEQUESTRADORA: Tá bom, eu sou uma mulher. Feliz?
SEQUESTRADO: Não, eu estou amarrado e vendado num lugar que não sei onde fica e minha família está desesperada. Não estou feliz.
SEQUESTRADORA: Você andou brigando com a sua família?
SEQUESTRADO: Hã?
SEQUESTRADORA: Sei lá, eles não me pareciam muito empolgados para pagar…
SEQUESTRADO: Claro! Você pediu um dinheiro que eles nunca vão ter!
SEQUESTRADORA: Olha, sua mulher não me passou a impressão de estar desesperada.
SEQUESTRADO: Isso é tortura psicológica. Não caio nessa.
SEQUESTRADORA: Nem chorar ela chorou.
SEQUESTRADO: Cala a boca!
SEQUESTRADORA: Eu já seqüestrei um cachorro e a dona chorou…
SEQUESTRADO: Um cachorro?
SEQUESTRADORA: Você nem imagina o mercado que existe aí.
SEQUESTRADO: …
SEQUESTRADORA: As madames pagam mais rápido do que se fosse o filho delas.
SEQUESTRADO: Me parece um crime meio…
SEQUESTRADORA: MEIO O QUÊ?
SEQUESTRADO: Fraquinho.
SEQUESTRADORA: Chega, vou te colocar uma mordaça!
SEQUESTRADO: Ou uma focinheira… hahahaha…
SEQUESTRADORA: Cala essa boca, seqüestrado!
SEQUESTRADO: Não precisa ficar nervosa, Cruela.
SEQUESTRADORA: …
SEQUESTRADO: O que te fez sair do ramo de sequestro de cachorros?
SEQUESTRADORA: Não te interessa.
SEQUESTRADO: Me parece um grande avanço partir para humanos.
SEQUESTRADORA: Pelo seu nível, acho que foi até um retrocesso.
SEQUESTRADO: Preciso mesmo ficar com essa venda?
SEQUESTRADORA: Se quiser ficar vivo, precisa.
SEQUESTRADO: Vamos resolver isso de forma pacífica.
SEQUESTRADORA: Claro, é só sua família pagar.
SEQUESTRADO: Sabe, eu acho que a gente se entende bem.
SEQUESTRADORA: Faça-me o favor.
SEQUESTRADO: Não precisamos ser inimigos. Você me solta e a gente se conhece melhor…
SEQUESTRADORA: Escuta aqui, Síndrome de Estocolmo acontece no seqüestrado. Não adianta tentar virar o jogo.
SEQUESTRADO: Meu casamento vai mal.
SEQUESTRADORA: …
SEQUESTRADO: Faz tempo que eu quero sair daquilo.
SEQUESTRADORA: …
SEQUESTRADO: E você parece ser uma mulher tão corajosa, tão… dinâmica.
SEQUESTRADORA: Obrigada.
SEQUESTRADO: E agora que você parou de fingir, deu para perceber que você tem uma voz muito bonita.
SEQUESTRADORA: Eu mereço…
SEQUESTRADO: A dona é tão bonita quanto?
SEQUESTRADORA: Deveria existir um curso de seqüestrados. Assim você não falaria tanta bobagem.
SEQUESTRADO: A gente pode trabalhar junto!
SEQUESTRADORA: Eu preferia trabalhar com cachorros…
SEQUESTRADO: Podemos fingir que eu morri, assim minha família ganha o meu seguro de vida e para de me procurar.
SEQUESTRADORA: E o que eu ganho com isso?
SEQUESTRADO: Um cúmplice.
SEQUESTRADORA: Ainda prefiro um cachorro.
SEQUESTRADO: Você se acha feia?
SEQUESTRADORA: Não!
SEQUESTRADO: Então porque não quer me dar uma chance de te ver?
SEQUESTRADORA: Você é maluco ou muito carente? Eu sou sua seqüestradora! Para de tentar me conquistar!
SEQUESTRADO: O amor surge nos lugares onde menos esperamos.
SEQUESTRADORA: Agora você está sendo brega.
SEQUESTRADO: Você gosta mais quando eu sou grosso?
SEQUESTRADORA: Eu não gosto de nada! Cala essa boca e fica quieto no seu canto.
SEQUESTRADO: Pensa comigo… Minha família não vai pagar e você vai ter que decidir o que fazer. Se você é malvada mesmo, vai me matar…
SEQUESTRADORA: …
SEQUESTRADO: Se vai me matar, pelo menos pode me conceder um último pedido.
SEQUESTRADORA: Seu último pedido é me ver?
SEQUESTRADO: Sim.
SEQUESTRADORA: Certeza que sua família não tem esse dinheiro?
SEQUESTRADO: Certeza. Acho que o último rico da linhagem foi meu bisavô.
SEQUESTRADORA: Merda!
SEQUESTRADO: Mas se você me aceitar como seu parceiro de crimes, ambos só temos a ganhar.
SEQUESTRADORA: De um jeito absurdo, você tem um bom ponto.
SEQUESTRADO: Deixa eu ver minha Clyde.
SEQUESTRADORA: Brega de novo.
SEQUESTRADO: Estou esperando, meu amor!
SEQUESTRADORA: Olha, eu não estou maquiada, toda descabelada… Minha meia calça estava na minha cabeça até pouco tempo atrás e…
SEQUESTRADO: Eu não ligo. Vamos… Você também está sentindo o que eu estou sentindo, eu posso perceber pela sua voz…
SEQUESTRADORA: Você é maluco… Eu… Gosto.
SEQUESTRADO: Então me solta e vamos ficar juntos. É coisa do destino você ter me pegado.
SEQUESTRADORA: Tá bom. Eu quero viver essa paixão! Estou tirando a venda…
SEQUESTRADO: Isso! Eu quero ver a mulher da minha vi…
SEQUESTRADORA: …
SEQUESTRADO: …
SEQUESTRADORA: …
SEQUESTRADO: É…
SEQUESTRADORA: O que foi, meu querido?
SEQUESTRADO: Não vai dar certo.
SEQUESTRADORA: …
SEQUESTRADO: Não é você, sou eu. Eu não sei se posso… é… ser um fora-da-lei.
SEQUESTRADORA: …
SEQUESTRADO: E eu tenho a minha família.
SEQUESTRADORA: …
SEQUESTRADO: Mas você entende, né? Talvez mais para o futuro…
SEQUESTRADORA: …
SEQUESTRADO: Eu me divorcio com calma, você faz uma dieta…
SEQUESTRADORA: …
SEQUESTRADO: Está saltando uma veia… Na sua… testa…
SEQUESTRADORA: …
SEQUESTRADO: Pode colocar a venda de volta? Eu acho melhor enquanto espero para ver se a minha mulher consegue esse dinheiro.
SEQUESTRADORA: *click*

Des Contos

Quando você namora uma pessoa que mora longe, que aproveitar ao máximo cada momento. Começo de namoro, então, é pior ainda. Você quer fazer surpresas, quer criar momentos marcantes. Infelizmente, quando você namora com uma pessoa que nasceu sem coração, as únicas surpresas que relamente agradam são as de cunho sexual. Isto já me fez passar diversos maus momentos com a Madame que divide o blog comigo e hoje vou contar um deles: Siago Tomir + Eu, Desfavor.

Um belo dia decidi fazer uma surpresa desse tipo a Siago Tomir. Por algum motivo, a imbecilóide aqui achou que seria bacana ir buscá-lo no aeroporto usando uma lingerie bem ousada e um sapato de salto muito alto – apenas. Queria ver a reação dele ao entrar no meu carro e me ver assim. Eu sempre o buscava já do lado de fora do aeroporto, por isso, como sabia que não teria que sair do carro, me pareceu uma boa idéia. Sim, isto é uma constante na minha vida. As maiores merdas que eu faço me parecem uma boa idéia em um primeiro momento. Um misto de falta de discernimento com burrice.

Coloquei um casacão tipo sobretudo e uma lingerie por baixo, porque a lingerie era tão cheia de trecos que não dava nem para colocar um vestido ou uma calça. Era verão, o que implica em 35º à noite. Mas como eu só usaria o casaco do caminho do elavador até o carro, achei que não teria problema. Entrei no carro, tirei o casacão e o coloquei no banco de trás. Lá fui eu, dirigindo que nem uma lesma para não correr o risco de me envolver em nenhum acidente. Cheguei no aeroporto e parei o carro na área de desembarque. Enquanto esperava ouvindo música, me achando 100% protegida pelos vidros pretos do meu carro, percebi que outro carro de aproximava em alta velocidade.

Meio segundo depois, uma batida. Não em mim, mas em um taxista que estava saindo da área de desembarque e bateu no carrão importado que vinha em alta velocidade. Uma batida feia. O taxista saiu do carro com a cara ensanguentada berrando e o motorista do carrão, um atorzinho global, saiu do carro com um olhar e uns trejeitos tipo Rafael Pilha, que indicavam o uso de algum tipo de substância questionável.

Essa mania babaca que eu tenho de me meter fez com que eu abra dois dedos do vidro e pergunte: “Tá todo mundo bem? Vocês precisam de ajuda? Quer que chame uma ambulância?”. Ambos fizeram sinal de que estavam bem e eu fechei de volta o vidro. Não deu nem dez segundos, começaram a bater boca. Para quem não sabe, alguns (eu disse alguns, antes que o sindicato dos taxistas venha aqui dizer que vai me processar para depois não processar porra nenhuma) taxistas do Rio de Janeiro podem ser bastante estressados. Não recomendo brigar com taxista. Muitos andam armados. Mas o Global estava se sentindo invencível, e começou a colocar a culpa do acidente no taxista, que não teve culpa alguma. E falar sem parar todo tipo de inconveniência. Gente cheirada é uma merda.

A briga foi aumentando. A coisa foi ficando feia. Começou a juntar gente em volta. Não que alguém fosse apartar, geralmente os populares daqui ou ficam olhando ou ainda botam pilha. Taxista e Global começaram a trocar ameaças. Eu peguei o celular e comecei a ligar para Siago Tomir, porque queria sair logo dali, com medo de levar uma rebarba de um tiro. O telefone toca e eu vejo Siago Tomir pelo meu retrovisor, parado em um cantinho, lá atrás, do lado de fora, procurando o celular e FUMANDO:

Sally: “Siago, você já desembarcou?”

Tomir: “Já. Estou tomando uma coca-cola. Você já chegou?”

Sally: “Já cheguei sim, Meu Amor”

Tomir: “Assim que eu acabar aqui eu te encontro”

Sally: “Tá gostosa a coca-cola?”

Tomir: “Oi?”

Sally: “Meu sexto sentido me diz que você está fumando”

Tomir: “Não, não estou”

Sally: “Então devo estar enganada”

Tomir: “Está sim”

Sally: “Até porque, se você estiver fumando, eu vou sentir o cheiro”

Tomir: “Não começa, Sally! Tem pessoas fumando perto de mim, se eu estiver com cheiro, é do cigarro dos outros”

Sally: “Na sua boca?”

Tomir: “hahaha” *riso nervoso

Sally: “Bom, só liguei porque tá tendo um quase tiroteio aqui, queria te pedir que viesse logo”

Tomir: “TÔ INDO!”

Não-cariocas costumam ficar nervosos em situações de violência urbana. A gente aqui no Rio meio que se acostumou e nem se assusta tanto. Mas Siago Tomir ficava alarmado. Fiquei olhando pelo retrovisor e vi ele jogando o cigarro pro alto desesperado, enchendo a boca de balas e correndo com a mala na mão. Enquanto isso, o Global ameaçava o Taxista e o chamava de “seu merda” e um carro da polícia parava no local.

Taxista: “Ele bateu no meu carro! Ele vinha em alta velocidade, feito um maluco!”

Global: “MENTIRA!”

Taxista: “Mentira porra nenhuma, seu playboy! Você tava em alta velocidade sim!”

Global: “MENTIRA!”

Policial: “Tem testemunhas?”

Todos olharam em direção a meu carro. Senti aquela sensação de “tem coisas que só acontecem comigo”. O policial se aproximou do meu carro. Abri dois dedinhos da janela, enquanto Siago Tomir se aproximava correndo do carro.

Policial: “Boa noite”

Sally: “Boa noite”

Policial: “A Senhora presenciou o evento?”

Sally: “Presenciei”

Policial: “A senhora sabe precisar se o condutor que abalroou o veículo estava em alta velocidade?”

Sally: “Altíssima velocidade”

Global: “MENTIRA!”

Policial: “A Senhora pode sair do veículo para prestar alguns esclarecimentos?”

Sally: “Não”

Policial, Taxista e Global se olharam com cara de interrogação. Somir, que tinha acabado de chegar, também me olhou com uma cara estranha. O Policial ficou visivelmente puto. El achou que eu estava escondendo algo ou fazendo algo de errado.

Sally: “Quer dizer… até posso, mas preciso de uns minutinhos. Deixa eu fechar o vidro e já já eu saio…”

Policial: “Senhora, saia do veículo agora”

Sally: “Só um minutinho…”

Policial: “Agora”

Existem policiais que quando se acham confrontados querem mostrar poder. Não são todos, mas infelizmente era o caso deste. Ele achou que eu ia esconder alguma coisa, ou pegar alguma arma ou fazer alguma merda e queria me fazer sair do carro na mesma hora. Eu queria fechar o vidro e colocar meu casacão, mesmo sendo verão.

Sally: “Não”

Tomir: “Sally… p que está acontecendo?”

Sally: “Cala a boca que você estava fumando”

Tomir:

Policial: “Senhora, saia do veículo”

Tomir tentou abrir a porta do carro. Em um golpe ninja, tranquei as portas gritando “NÃÃÃÃÃÃO!”

Tomir: “Tem alguém aí com você?” * visivelmente puto

Sally: “Tem sim, vim te buscar com meu amante no banco de trás do carro, eu espertona!”

Taxista: “Ô Dona, desce logo desse carro e vamos acabar com isso”

Global: “Eu vou embora”

Policial: “Ninguém sai daqui”

Global: “Você sabe com quem você está falando?”

Taxista: “Seu playboy! Você vai ter que pagar meu prejuízo!”

Global:Fala com o meu advogado! Quero ver provar!”

Pensei em me virar e pegar o casacão, mas para isso teria que levantar a bunda para o alto e todo mundo veria até o meu útero. Peguei meu celular e mandei uma mensagem de texto para o Tomir:

SÓ DE CALCINHA. TIRA O POLICIAL DAQUI

Tomir recebeu, leu e ficou com a cara toda vermelha. Depois ficou me fuzilando com o olhar. A veia na testa dele começou a saltar. Quando a veia na testa dele salta, coisas boas não acontecem.

Tomir: “Acho que estou enfartando!”

Tomir se jogou no chão tremendo. Talvez ele não saiba que isso é sinal de epilepsia. Mesmo assim, o policial foi socorrê-lo e se ofereceu para chamar uma ambulância. Aproveitei o factóide, vesti o casaco e sai do carro. De casacão. No verão. Suando até o cu.

Tomir: “Acho que melhorei…” *levantando sem a menor cerimônia

Policial: “Senhora, vou pedir que a senhora retire o casaco”

Sally: “Não”

Policial: “Senhora, vou ter que revistá-la”

Tomir: “NÃO!”

Sally: “Olha só, o casaco não é para esconder armas nem drogas, por favor, acredite em mim”

Global: “Deve estar cheia de pó…”

Policial: “Senhora, por favor encoste as mãos no veículo”

Global: “Tá vendo o que você fez, seu taxista de merda?”

O taxista correu para o carro e voltou com pedaço de pau na mão

Taxista: “QUEM É MERDA? QUEM É MERDA?”

O Policial puxou a arma:

Policial: TODO MUNDO ENCOSTADO NO VEÍCULO! Você! Larga esse pau!

Somir: Precisava, Sally? Precisava?

Sally: Tudo teria dado certo se VOCÊ não estivesse atrasado por estar fumando escondido!

Global: Maconheiro?

Taxista: Eu quero saber quem vai pagar meu prejuízo!

Policial: TODO MUNDO CALADO!

O Policial solicitou “reforços”. Os seguranças do aeroporto saíram para ver o que estava acontecendo. Mais pessoas começaram a se juntar à nossa volta.

Popular 1: O que ela está fazendo com esse casaco nesse calor?

Popular 2: É o menino da novela?

Popular 3: Vamos tirar foto com o celular!

Policial: “Senhora, tire o casaco”

Sally: “Só aceito ser revistada por uma policial mulher, eu tenho esse direito”

Global: “Eu vou processar todos vocês!”

Taxista: “Cala a boca, seu playboy!”

Tomir: “Daqui a pouco vai ter gente da imprensa aqui…”

Mais policiais chegaram. Uma policial fêmea me revistou. Expliquei para ela que estava sem roupa por baixo e ela riu. Contei o que tinha visto do acidente e ela fez um mini-relatório. Eu suava, de casaco em um calor infernal. Depois colheram o depoimento do Global, que berrava, gesticulava e falava coisas desconexas:

Global: “ESSE MERDA, SAIU SEM OLHAR E BATEU EM MIM! É UM MERDA, UM FUDIDO! SE FOSSE INTELIGENTE NÃO SERIA TAXISTA!”

Foi quando o taxista pegou de volta o pedaço de pau e deu na cara do Global

Policial: “CHEGA! TODO MUNDO PRA DELEGACIA!”

Lá fui eu para a delegacia, suando. Chegando lá, aquela espera que só quem já passou por delegacia sabe como é. Suando, suando, suando.

Tomir: “Quer que eu pegue uma roupa minha, da minha mala, para você vestir?”

Sally: “Suas bermudas vão cair em mim”

Tomir: “Sério que você não percebeu que podia dar merda?”

Sally: “Não, não percebi”

Tomir: “Evidente que ia dar merda!”

Sally: “Tá bom, Tomir. Não achei que ia dar merda”

Tomir: “O que você tem na cabeça?”

Sally: “Merda. MERDA. MER-DA. Se não, não estaria com você!”

No dia seguinte, sai uma notinha em um jornaleco de quinta categoria: “O ator fulano de tal caiu da escada de sua casa e machucou o rosto”…

Des Contos

¡HOLA! Estamonos hoje aqui para contarte una historia muy bela que criamos de nuestra própria imaginación.

SÍ! Sempre ficamonos imaginativas quando dejamos el cine! Homens estúpidos siempre dizem que mujeres como nosotras sán incapazes de inventar uma buena historia. Eles que nos leam hoje e calessem!

SÍ! Vamonos começar?

SÍ!
Todos los derechos reservados para nosotras!

SÍ! Era uma viez uma chica muy guapa llamada Bella! Bella tinha um namorado llamado Cullen que era um vampiro! Sí! Um vampiro! Bella és uma mujer mucho fuerte e corajosa para ficar corriendo atrás de um vampiro! Aunque ele queriendo matarla. Uno exemplo para todas nosotras!

SÍ! El amor vience todo, no? Bella, como todo mujer poderosa, tenta a todo custo mudar su namorado e fazer de su vida uma cosa terrible! El namorado vampiro vira vegetariano, mas como homens san fraquitos, fraquitos, ele fica com vontade de comela, e nón daquele jeito que nosotras gostamonos!

NO! El namorado de Bella entra em crise e vá llorar mucho por ser sensible. Ele no queria comela de jeito ninguno, no era de su feitio. Ele era um Cullen!

NO! El namorado de Bella no come ninguém! Ele mudase para mucho mucho longe e miente para Bella que no a ama más. Mucho triste.

SÍ! Bella fica mucho triste tambiém e llora.

NO! Que triste.

SÍ! Mas Bella tienes amigos que no sán vampiros e no tentam comela. Um desses amigos diz para ella que ela tinha que animarse. Mas el corazón dela pertence a su namorado mucho sensible. Bella no consiegue ficar feliz.

NO! E o que acontece después? Algo triste ó sensible?

Após uma longa caminhada, ele finalmente chega a seu destino. A noite chuvosa e fria não diminuíra sua convicção, nada poderia impedi-lo de completar a tarefa que foi programado para fazer.

Señor Somir?

O pesado sobretudo de couro mal podia esconder o armamento pesado que carregava. Metralhadoras, rifles de assalto, pistolas automáticas, granadas e uma serra elétrica adornavam seu corpo como extensões de seus membros. Mas nenhuma arma era mais mortífera do que ele mesmo. Ciborgue Van Helsing estava pronto para clamar mais uma alma imortal, com 90% de seu corpo substituído pela mais moderna tecnologia biomecânica disponível, ele era a máquina perfeita para livrar o mundo dos vampiros.

NO! La história é nuestra! No tienes Ciborg Van Helsing!

A casa dos Cullen era definitivamente o esconderijo mais ridiculamente mal protegido que Ciborgue Van Helsing tinha visto. É como se uma mulher histérica tivesse pensado num plano de defesa. Ele termina de fumar seu cigarro…

Cigarro? Mas no estava choviendo?

ELE É UM CIBORGUE QUE MATA VAMPIROS! SE ELE QUISER FUMAR DEBAIXO DO MAR, ELE FUMA! De qualquer forma… Ciborgue Van Helsing joga a bituca (que cai em câmera lenta em direção da câmera, muito foda!) e puxa suas duas calibre 12 (cano serrado… com lasers!) e vai andando em câmera lenta até a entrada da casa.

Señor Somir, no faça esso!

Com um poderoso chute, Ciborgue Van Helsing destrói a porta de entrada e depara-se com a família Cullen assistindo TV. Com um sorriso robótico, diz: “Parece que hoje eu vou arregaçar mais do que um Cullen…” E ri ridiculamente do próprio trocadilho. Os vampiros, com exceção do Cullen que namorava Bella, preparam-se para a batalha!

NO!

O que aqueles Cullen não sabiam é que não existe batalha onde Ciborgue Van Helsing está envolvido. Só existe dor. Dor. BANG! Um tiro certeiro da sua arma eviscera o vampiro de meia-idade que tentava proteger os outros. Mas nosso herói biônico não se impressiona com isso, ele sabe que vampiros não morrem tão fácil assim. Com um rápido movimento, ele puxa sua moto-serra e prepara-se para fatiar o maldito sanguessuga!

NO! No faça esso!

Ao cortar fora o braço de sua vítima, Ciborgue Van Helsing percebe que o Cullen que namorava Bella estava todo encolhido num canto da sala, chorando. “Rapaz sensível…” – pensou.

SÍ! Ele é lindo e sensible. Um vampiro que parece um príncipe encantado… um hombre problemáctico que precisa solamente de cariño e uma mujer que consiga mudalo! *suspiro*

Ao perceber que a vampira matriarca estava quase escapando, Ciborgue Van Helsing atirou uma estaca diretamente no coração da maligna amaldiçoada usando um compartimento secreto de estacas em seu peito. Agora a situação estava sob controle. Ciborgue Van Helsing cortou o outro braço do vampiro que se contorcia de dor e usou-o para esmagar seu crânio imortal com violentas pancadas. Uma pasta de sangue coagulado e pedaços de massa encefálica escorreu por todo o carpete.

NO! Eles eram vampiros del bien! Mamá e papá de Cullito!

“Não existe vampiro do bem…” – disse Ciborgue Van Helsing. A melhor parte do trabalho do caçador de vampiros era poder torturar suas vítimas pelo tempo que quisesse sem matá-las. Agora era a hora de pegar o rapaz sensível.

NO! No matas Cullito!

“Eu posso ler sua mente, caçador de vampiros!” – disse o Cullen que namorava Bella.
“Ah é? E o que eu estou pensando agora?” – O ciborgue respondeu com um tom desafiador.
“Zero… Um… Zero… Zero… Merda…” – O Cullen que namorava Bella descobriu que seus poderes de nada valiam contra um ciborgue.

E los otros vampiros? Eles van salvar Cullito!

“Eu deixei toda sua família amarrada num campo aberto para morrer assim que o sol nascer!” – Disse confiante Ciborgue Van Helsing.
“Há! Os vampiros desta história foram criados por uma mulher que não sabia patavinas sobre vampiros! Nós não morremos quando ficamos no sol!” – O Cullen que namorava Bella parou de chorar e sorriu confiante.
“Ainda bem que eu deixei vinte quilos de dinamite para detonar embaixo deles… Obrigado pela dica. Diga adeus para sua família… Há há há há há!” – Ciborgue Van Helsing aperta um botão em seu braço e uma grande explosão pode ser ouvida.

NOOOOO!!! Dejanos com nuestra historia Señor Somir.

Ciborgue Van Helsing procura dentro de seu sobretudo a arma que usaria para destruir aquele vampiro… Depois de alguns segundos, parece entusiasmado por encontrar o que procurava num bolso interno. Uma colher.

¿Que?

O Cullen restante se encolhe enquanto Ciborgue Van Helsing começa a cutucar o corpo do vampiro com certeiros golpes de colher. O processo parecia lento e indolor, mas depois de seis dias, Ciborgue Van Helsing consegue finalmente retirar todos os órgãos internos de Cullen. A longa tortura faz com que o sensível vampiro que não come ninguém chore todas as lágrimas possíveis até o ponto de ficar apenas com sua maquiagem borrada embaixo dos olhos.

NOOOOOO!!!

Ciborgue Van Helsing tinha o terreno perfeito. Sua vítima ainda estava viva, mas com o interior completamente oco. Uma das poucas partes humanas do ciborgue estava justamente no sistema digestivo e excretor, o qual usou para decorar o interior da caixa toráxica do vampiro “do bem” com poderosos jatos fétidos/fecais que escorriam por dentro da garganta de Cullen até vazarem por sua boca.

NOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!

“Eu adoro meu trabalho!” – Disse Ciborgue Van Helsing. Com sua missão de torturar e humilhar aqueles parasitas imortais completa, ele arrancou os corações dos três caídos e esmagou com suas mãos robóticas. Era o fim dos Cullen.

NO! *llorando*

Quando estava quase saindo da casa, notou uma garota correndo em direção da porta de entrada. Era Bella. Eufórica, ela adentrou a casa berrando com imensa felicidade: “Agora eu também sou uma vampira, podemos ser felizes para sem…”

“Vampira, você diz?” – Ciborgue Van Helsing abre seu sobretudo e uma enorme estaca de madeira surge lentamente de sua pélvis.

FIM!

*sniff*

Ah sim, vocês estão demitidas.

Des Contos

Des Contos: Versão On Crack

Enquanto isso:

Numa rua movimentada…

POPULAR 1: O que é aquela confusão ali na frente?
POPULAR 2: Parece um bloqueio policial…
POPULAR 1: Na calçada?
POPULAR 3: E bandido não anda a pé?
POPULAR 2: Mas que é estranho, é.
POPULAR 4: Tomara que peguem o safado!
POPULAR 5: Se eu pegar antes, não é pra cadeia que ele vai!
POPULAR 4: Merece morrer mesmo!
POPULAR 1: Vocês sabem quem eles estão procurando?
POPULAR 5: Sim, é um filho-da-puta que teve a coragem de…
POLICIAL 1: Alto! Identidade, agora!
POPULAR 1: Vocês estão procurando quem?
POLICIAL 1:
POPULAR 1: O quê? Por que está todo mundo olhando pra mim?
POLICIAL 2: Parado! Mão na cabeça! *apontando a arma*
POPULAR 1: Eu?
POLICIAL 1: Armando Pereira, você está preso por…
ARMANDO: Eu não fiz nada! Me larga!
POLICIAL 2: Ele está reagindo! *tiro*

ARMANDO: Não! Não atira!
POPULAR 2: É só um bloqueio, eles não estão atirando.
ARMANDO:*procurando marcas de tiro no próprio corpo*
POPULAR 3: Finalmente eles estão fazendo algo.
POPULAR 2: É, eu acho que sim…
POPULAR 4: Tomara que peguem o safado!
POPULAR 5: Se eu pegar antes, não é pra cadeia que ele vai!
POPULAR 4: Merece morrer mesmo!
ARMANDO: O… que… o que ele fez?
POPULAR 5: Matou um policial!
POLICIAL 1: Alto! Identidade, agora!
ARMANDO: Aqui… aqui está…
POLICIAL 1:
ARMANDO: Ah não! Seja o que for, não sou eu!
POLICIAL 2: Parado! Mão na cabeça! *apontando a arma*
ARMANDO: Vocês vão me matar!
POLICIAL 1: Armando Pereira, você está preso por…
ARMANDO: Não! Não atira!
POLICIAL 2: Ele está reagindo! *tiro*

ARMANDO: Eu to ficando maluco?
POPULAR 2: Ei! Eles atiraram em você!
ARMANDO: Você viu?
POPULAR 3: Que história é essa, Chico?
CHICO: O policial! Atirou… o que está acontecendo?
POPULAR 4: Tomara que peguem o safado!
POPULAR 5: Se eu pegar antes, não é pra cadeia que ele vai!
POPULAR 4: Merece morrer mesmo!
ARMANDO: Mas eu não fiz nada!
POPULAR 5: Eles estão procurando você?
POPULAR 4: Socorro! Ele matou o policial!
POLICIAL 1: Parados!
ARMANDO: Tem coisa errada aqui!
POLICIAL 2: Parado! Mão na cabeça! *apontando a arma*
ARMANDO: Ok! Eu me rendo! Não atira!
POLICIAL 1: Armando Pereira, você está preso por…
ARMANDO:
POLICIAL 2: Ele está reagindo! *tiro*

ARMANDO: Não!!!
CHICO: De novo?
ARMANDO: Eu não matei policial nenhum!
POPULAR 3: O que aconteceu? Por que a gente voltou? Hã?
CHICO: Paula! Vamos sair daqui!
PAULA: O policial atirou nele… por nada…
POPULAR 4: Tomara que peguem o safado!
POPULAR 5: Se eu pegar antes…
CHICO: Não dá para escapar, muita gente…
ARMANDO: Socorro! Eles vão me matar!
POPULAR 5: Polícia! Polícia! Ele está aqui!
POLICIAL 1: Parados!
PAULA: A gente não tem nada a ver com isso!
POLICIAL 2: Parado! Mão na cabeça! *apontando a arma*
ARMANDO: Não, dessa vez não! *correndo*
CHICO: Cuidado!
POLICIAL 2: Ele está reagindo! *tiro*

ARMANDO:
CHICO: Você… Mas que caralho! O que está acontecendo?
PAULA: Dói? Quando… ele atira?
ARMANDO: Muito. Mas passa quando a gente volta.
CHICO: Isso não faz sentido… Por que a gente volta?
PAULA: Você matou mesmo um policial?
ARMANDO: Não! Não! Eu nunca matei ninguém! Eles que me matam!
POPULAR 4: Você! Você acabou de levar um tiro!
POPULAR 5: Quem é ele, Fernando?
FERNANDO: O cara que matou o policial… Eu acho…
ARMANDO: Eu não matei ninguém!
POPULAR 5: Cacete! Polícia! Polícia! Aqui!
CHICO: Não!
POLICIAL 1: Parados!
PAULA: Ele não fez nada!
ARMANDO: Eu sou inocente! Eu juro!
POLICIAL 2: Parado! Mão na cabeça! *apontando a arma*
ARMANDO: Ok! Olha pra mim! Eu não vou reagir. Mãos para cima… Olha!
FERNANDO: Se entrega em paz, cara.
CHICO: Dessa vez não tem desculpa para ele ati…
POLICIAL 2: Ele está reagindo! *tiro*

ARMANDO: Chega disso!
CHICO: Foge agora!
PAULA: Eu vou fingir um desmaio e distrair o povo… *caindo*
ARMANDO: Obrigado! *trombando*
FERNANDO: Ei! Você! O que você fez com a moça?
ARMANDO: Nada! Eu não fiz nada! Deixa eu sair.
POPULAR 5: Eles acabaram de atirar em você…
FERNANDO: Carlos, você viu dessa vez?
CARLOS: Vi! Ele deve ser muito perigoso…
ARMANDO: Puta que pariu! Eu não fiz nada! Nada!
POLICIAL 1: Parados!
CHICO: Eu tenho um plano. Armando, deixa eles te pegarem mais uma vez.
ARMANDO: E se não tiver outra vez?
POLICIAL 2: Parado! Mão na cabeça! *apontando a arma*
CARLOS: Isso aconteceu quantas vezes?
PAULA: É a terceira vez que eu vejo.
POLICIAL 2: Ele está reagindo! *tiro*

ARMANDO: Ai… Chega! *correndo e trombando todos*
POLICIAL 1: Parado!
POLICIAL 2: Ele está reagindo! *tiro*

ARMANDO: Ele.. sempre… sempre acerta.
CHICO: Cada vez que acontece, mais uma pessoa percebe. É só esperar até o policial que atira em você perceba.
ARMANDO: E ficar morrendo?
CHICO: Você está aqui, não está?
PAULA: Até o relógio volta no mesmo minuto…
FERNANDO: Você não matou um policial mesmo?
ARMANDO: Não!
POLICIAL 1: Parados!
CARLOS: Eu ainda não confio nesse cara…
POLICIAL 2: Parado! Mão na cabeça! *apontando a arma*
ARMANDO: Atira logo em mim, seu desgraçado! *pegando a arma do policial na sua frente*
POLICIAL 1: Droga! Ele está armado! *pulando em cima de Armando*
POLICIAL 2: Ele está reagindo!
ARMANDO:*tiro*
POLICIAL 1: *caindo no chão*
CHICO: Ah, não…
ARMANDO: Eu… eu não queria… *soltando a arma*
PAULA: Foi um acidente!
POLICIAL 3: Você está preso! *derrubando Armando no chão*
POLICIAL 2: Chama a ambulância! Ele está morrendo! *sobre o corpo inerte de seu colega*
CARLOS: Eu sabia que esse cara era culpado!

E todos foram felizes para sempre.
Wat?