FAQ: Coronavírus – 8

Como está a questão do covid e os animais? Já li várias notícias de bichos contaminados, teve alguma novidade?

O último caso reportado até a data desta coluna foram leões no zoológico de Barcelona, mas tivemos também alguns relatos de cães e gatos pelo mundo. O que se sabe, por enquanto, é que sim, alguns animais podem pegar de humanos (apesar de ser improvável), sendo os felinos mais vulneráveis. Portanto, se o dono ou tratador do animal tem covid, o ideal é que ele faça distanciamento do bichinho, mais por precaução do que por uma questão epidemiológica.

Até onde se sabe, é uma mão de via única: nós humanos, passamos para os animais, mas os animais não contaminam os humanos. Então, se um bicho está com covid, podem ter certeza que ele teve contato com um humano infectado. Mas, nem sempre é possível se prevenir e poupar seu pet. Um ser humano pode ter covid, estar assintomático e passar para seu pet. Não tem muito o que fazer. Não dá para fazer distanciamento social do seu pet enquanto durar a pandemia, de forma preventiva, então, é um risco que seu gato terá que correr. Mas, nada de hostilizar gatos por aí, ainda não houve nenhum caso de contágio partindo de cães e gatos para pessoas, apenas o inverso.

Uma das poucas exceções são os Visons (ou Mink, ou Marta, em cada lugar são chamados de uma forma) que sim, podem contrair coronavírus de humanos e também passar coronavírus para humanos. Por isso milhões de visons foram sacrificados na Dinamarca, como explicamos na última coluna. Além do risco de contágio, havia o risco de uma nova cepa que seria muito complicada para o ser humano. Acreditávamos que o problema estivesse resolvidos, mas houve um “pequeno contratempo” com os visons da Dinamarca, que vale uma menção.

Como tiveram que sacrificar muitos visons (mais de 10 milhões), ao enterrá-los, os corpos dos visons começaram a contaminar o lençol freático do país. Não é uma contaminação com coronavírus, até onde se sabe, e sim dos corpos em decomposição mesmo, que poderiam comprometer a água que as pessoas bebem. Além disso, muitos corpos de visons enterrados começaram a aparecer desenterrados, provavelmente por outros animais que se alimentariam deles, o que poderia causar mais acidentes de contágio.

Resumindo: enterrar parece não ter sido a melhor escolha, então agora a Dinamarca estuda a ideia de desenterrar mais de 10 milhões de visons e queimá-los. Observem que um dos países mais evoluídos do mundo está batendo cabeça sobre como lidar com isso. Esse evento mostra o perigo que é se o coronavírus saltar de humanos para outros animais e puder recontaminar humanos. Então, até aqui, tudo sob controle, mas é possível que tenhamos que sacrificar em massa, erradicar, aniquilar por completo do dia para a noite, uma espécie animal.


Se está tendo uma segunda onda tão grave na Europa, por qual motivo não vemos caminhão carregando corpos, container guardando cadáveres etc?

Como acontece com os vírus respiratórios no geral (e vimos acontecer com a gripe espanhola em 1918), há uma segunda onda e ela é mais letal do que a primeira. Esta segunda onda está acontecendo na Europa e sim, já há mais mortos agora do que na primeira onda. Se você pegar os números de mortos de março até julho e comparar com o número de mortos de agosto a dezembro verá que os da segunda onda são maiores. De agosto até hoje a Europa passou de 150 mil mortes.

Não vemos aquele caos de container refrigerado ou caminhão com mortos pois as mortes estão mais diluídas: todos os países estão com problemas sérios. Daí você pode pensar que, sendo assim, alguns países que passaram pela primeira onda estão tendo menos mortes e o somatório geral, por incluir mais países, é que está maior. Não. A Alemanha, por exemplo, teve seu pior dia (pior do que qualquer dia de pico na primeira onda) na semana passada. Está todo mundo tendo mais mortes.

Isso é um baita sinal de fracasso. Nós, seres humanos, fracassamos epicamente. Primeiro que era informação de domínio público que vírus respiratório pode ter segunda onda pior do que a primeira, vide o que aconteceu em outras ocasiões, como na Gripe Espanhola. O que a Europa fez? Em vez de se proteger, se programar, se preparar, abriu para turismo para não perder dinheiro. Taí o resultado.

Segundo, pelo aprendizado que tivemos com a primeira onda: hoje já se entende melhor como a doença funciona, quais medicamentos realmente ajuda, qual a melhor forma de usar um respirador, quais as melhores formas de prevenir o contágio, a necessidade de usar máscaras e etc. Ainda assim, mais informados, estamos deixando morrer mais gente.

De posse de todas estas informações, deveríamos estar todos muito bem preparados para uma segunda onda. Mas não. As pessoas relaxaram, acharam que o vírus estava indo embora, que a pandemia estava no fim, que tinham que “tirar o atraso” e “correr atrás do tempo perdido” de quarentena. Taí a resposta. Estamos morrendo mais, mesmo com um melhor entendimento do vírus, com o conhecimento para uma melhor prevenção e tratamento.

E a Europa tinha todas as condições de performar melhor: baixa densidade demográfica (como regra), boa economia (como regra) e povo civilizado (como regra). Com estes três pilares, basta seguir a receita de bolo que já se sabe que funciona melhor contra covid: muitos testes, rastreio de contatos e isolamento social (com a rigidez necessária de acordo com o número de casos/mortes).

Para testar muito o ideal é que o país tenha capacidade de produzir seus próprios testes, pois há uma demanda mundial pela compra deles. Europa tem tecnologia para isso. Eles são um bloco, a União Européia, basta que um país desenvolva um teste eficiente e todos terão acesso – e eles tem vários países com alta capacidade científica.

Rastreio de contatos significa que, cada vez que alguém testa positivo para covid, funcionários do governo treinados para isso apuram com quem essa pessoa esteve em contato nas últimas semanas e entram com essas pessoas, impondo que façam quarentena e sejam testadas, só estando liberadas para sair de casa depois do resultado do teste, para impedir que elas contaminem terceiros. Europa também tem condições de fazer isso.

Por fim, isolamento social também poderia ser feito, mas a maior parte dos países esperou a coisa ficar muito grave para decretar a medida. Lockdown tarde demais não surte o mesmo efeito. Lockdown sozinho não resolve. Todo o resto sem lockdown também não. Após apanhar muito da doença, após avaliar todos os países do mundo por meses, o tripé da eficiência é esse: muitos testes, rastreio de contatos e isolamento social na medida necessária.

O que aconteceu com a Europa na primeira onda não serviu de aviso para o Brasil e poucos realmente fizeram o que tinha que ser feito para se cuidar. Vamos ver se agora, com um número ainda maior de mortos na Europa, mais pessoas despertam e se mancam que isso vai chegar na América do Sul e começam, desde já, a se cuidar da forma mais rigorosa possível.

Há previsão de vacina (ainda que não seja tão rápida quanto se esperava, ainda que não resolva 100% dos problemas), portanto, fazer medidas restritivas agora não é algo indefinido, é algo com prazo para acabar (ainda que seja mais longo do que muitos gostariam). Portanto, é burrice morrer agora. A partir de hoje, redobrem os cuidados, pois tem uma tempestade muito mais forte se formando e rumando para o Brasil.


Deu ruim na vacina da Pfizer e ela está causando alergia em todo mundo, é isso?

Não, não é isso. Vamos com muita calma.

A vacina da Pfizer mostrou algumas reações alérgicas preocupantes apenas em algumas pessoas que já tinham históricos de alergias severas.

Isso quer dizer que a vacina falhou? Não. Vacinas são por natureza alergênicas, pois são feitas para despertar uma resposta imune, é natural que isso aconteça. Inclusive esse efeito em pessoas com alergias acentuadas estava previsto no documento que a Pfizer submeteu para ter a vacina aprovada, então, nem sequer é uma surpresa.

Quando uma pessoa tem alergia a amendoim, o que deu errado, o organismo da pessoa ou a fabricação do creme de amendoim? Pode ser que pessoas com certas alergias não possam usar essa vacina, mas não quer dizer que não possam usar outras. Não quer dizer que a vacina falhou, quer dizer que ela não é indicada para uma pequena parcela de pessoas.

O aviso foi: pessoas com histórico de alergia muito forte não devem tomar esta vacina por agora. Isso nem de longe quer dizer que a vacina “deu errado”. Vão vacinar oito bilhões de pessoas, vamos ver de tudo um pouco e isso não quer dizer que as vacinas deram errado, isso quer dizer que alguns efeitos só aparecem quando vacinam milhões de pessoas. E, não custa esclarecer: vacina alguma é capaz de mudar seu DNA, quem diz uma coisa dessas ou é muito ignorante ou muito mal intencionado.


Como pode o coronavírus pular de um morcego para um humano e já sair totalmente adaptado matando geral?

Não foi bem assim. Vários lugares testaram positivo para covid no esgoto antes da data oficial do surgimento do coronavírus, mas, como falamos em outras coluna, isso poderia ser um falso positivo. Só que agora conseguiram provar um positivo verdadeiro, com data anterior ao surgimento oficial, em uma amostra que tem um pedaço do vírus, o que torna a identificação mais precisa.

Na Itália encontraram, no muco de uma criança que estava sendo tratada para rinite, restos de um coronavírus idêntico ao encontrado em Wuhan, datado do começo de dezembro. Com isso se sabe que o vírus já estava na Itália em dezembro do ano passado, o que, até então, era algo não comprovado.

Daí você pode estar se perguntando por qual motivo demorou tanto para que o corona se alastre pela Europa se em dezembro ele já estava por lá. Normalmente vírus que saltam de uma espécie para a outra (que é o caso), precisam de um período de adaptação, afinal, o novo hospedeiro é diferente do anterior em diversos aspectos.

Então, ele não faz tanto estrago no começo, pois ainda está se adaptando. Por isso é possível que vários coroninhas estivessem espalhados por todo o mundo faz mais tempo do que a gente imagina, fraquinhos, sem potencial para causar muito estrago, agindo discretamente, se preparando, se adaptando ao ser humano.

Se nós, seres humanos, tivéssemos percebido isso a tempo, teríamos agido mais rápido e talvez a tempo de evitar uma pandemia. Deveríamos ter percebido, afinal, todo mundo sabia que uma pandemia estava por via a qualquer momento. Bastava fazer uma análise do genoma do vírus que ficaria claro que era uma novidade.

Mas, só percebemos quando o vírus já estava muito bem adaptado, ou seja, quando ele era capaz de infectar e reproduzir muito rápido. Esse erro teve consequências bizarras: quando foi detectado pela primeira vez, se pensou que era um vírus em estágio inicial que ainda demoraria para ser adaptado e letal e foi tratado como algo que provavelmente ainda era inofensivo. Mas já era altamente contagioso. E esse erro custou esta porcaria de pandemia difícil de controlar.

Para piorar, ao que tudo indica, houve um baita toque de azar : ao que tudo indica, para chegar ao que é hoje, o corona deu mais voltas do que a gente imagina. Ele seria uma combinação entre vírus do morcego e vírus do pangolim (algo parecido a um tatu) que pegou os pontos fortes de ambos e virou um terceiro vírus muito mais potente.

Como funciona isso: quando dois vírus diferentes infectam uma única célula, eles têm a capacidade de se fundir e criar um terceiro vírus composto por ambos (papo técnico: recombinante). Se isso aconteceu com o coronavírus, ele pulou de um morcego para um pangolim. Ambos estavam em jaulas próximas nos mercados chineses e ambos podem ter se juntado na natureza também, o fato é que essa combinação gerou um vírus muito mais versátil e melhor adaptado e foi ele que entrou nos humanos.

Especula-se que o corona esteja em humanos pelo menos desde setembro do ano passado, mas como não estava bem adaptado, não fez muitos estragos, por isso não foi notado. Mesmo sabendo que estava por vir uma pandemia, não estávamos atentos o bastante. Deixamos que o vírus se adapte, deixamos que o vírus se torne forte e só depois percebemos e começamos a combatê-lo.

A afirmação de que este vírus surgiu de forma natural, não foi produzido como arma biológica, continua. Ele não tem nenhum dos traços que existem em todos os vírus propositadamente modificados, como já falamos em detalhes em outra edição.

Mas isso não impede que, sem querer, algum laboratório no mundo tivesse pangolins e morcegos em jaulas próximas demais, que o vírus tenha se fundido lá naturalmente e tenha escapado do laboratório sem que os cientistas sequer soubessem que havia um vírus novo escapando de lá. Em qualquer dos casos, deveríamos ter percebido antes, tínhamos os avisos de uma possível pandemia, poderíamos ter sido mais diligentes.


É seguro me reunir com a minha família no Natal, com meus amigos no réveillon ou viajar nas férias tomando todas as medidas de segurança?

Não, não é seguro. Uma das principais fontes de contágio são essas “reuniõezinhas” supostamente inofensivas. Muita gente se permite isso com o consolo de que está tomando todas as medidas de segurança necessárias. Isso é uma mentira. Muita gente que tomou todas as medidas de segurança possíveis acabou morrendo ou contaminando e matando pessoas próximas.

A única medida que eliminaria de verdade o risco de contágio seria não respirar. Você pode fazer isso? Se não, há risco e não é pouco. Os casos estão subindo no Brasil e, como já conversamos antes, a segunda onda de vírus respiratório tende a ser muito mais letal do que a primeira. Sossega o cu que já existe vacina para essa doença, não vai ser um ano sem Natal ou réveillon que vão te fazer infeliz. E se sim, procure terapia.

Tanto no Natal, como no Reveillon como em uma viagem de férias você não vai ficar de máscara o tempo todo (vai comer e beber), não vai ficar a vários metros de distância de outras pessoas (pois a essa distância não dá para interagir) e não vai ter controle do ambiente onde está (na sua casa você sabe que tudo está limpo e desinfectado). Além disso, nos três eventos é bem provável que exista bebida alcoólica envolvida, que pode comprometer seu cuidado e discernimento.

Olhe à sua volta. Leia a nossa coluna de sábado, com as principais notícias da semana (“A semana desfavor”), escute o que médicos, infectologista, epidemiologistas e intensivistas estão dizendo. Leia estudos sérios publicados por revistas científicas de renome. Observe o número de contágios e mortos por dia. Converse com um médico que dá plantão na linha de frente de combate à covid.

Será que todo mundo é exagerado, pessimista ou alarmista? Ou será que de fato a situação está realmente piorando e rumando para uma falta de controle maior ainda? Já tem cidade com a saúde colapsada e fila de espera para leito hospitalar. O que vocês acham que vem depois desse período de festas e férias? Redução dos casos? Provavelmente não. Se você se contaminar no Réveillon, por exemplo, pode ser que os sintomas só apareçam no dia 15 de janeiro, quando a lotação hospitalar provavelmente estará ainda mais sobrecarregada, com todos os gênios que resolveram sair em uma época crítica para contágio.

É um vírus com letalidade baixa? Sim. Desde que a pessoa seja bem atendida. Se você estiver sem conseguir respirar na fila do hospital sem conseguir atendimento, acredite, a mortalidade vai ser bem maior. A coisa ruim para um período crítico no Brasil, não é seguro fazer nada que te coloque em risco no momento. “Ah mas eu já paguei”. Beleza, perde a vida para não perder o dinheiro, como prega o Presidente de vocês. “Ah, mas eu já peguei”. Reinfecção é uma realidade comprovada. Não tem para onde correr, se você quiser, você se engana e se convence que tem uma forma de sair em segurança para uma comemoração. A realidade não liga a mínima para o que você pensa: não tem.

A atual realidade é: não existe remédio preventivo para coronavírus, nenhum medicamento é capaz de reduzir os riscos de contágio ou de tratar ou melhorar sua situação em um estágio inicial da doença. Quem te fornece isso mente. Se você vai a uma viagem ou comemoração tomando Ivermectina, Cloroquina, Azitromicina ou qualquer outra coisa achando que está mais protegido, saiba que não está. Não existe remédio preventivo para covid. Se existisse o mundo todo estaria tomando, não apenas você, o sabichão, o pequeno alecrim dourado detentor de uma informação privilegiada.

O que pode ser tratado é a inflamação aguda que o covid poderá provocar, com dexametasona, para tentar impedir uma tempestade inflamatória que te mate. Mas isso só se aplica para estágios avançados, quando a doença já gerou internação. Qualquer coisa tomada antes disso vai te fazer mais mal do que bem.

Além disso, não é uma gripezinha. Pode deixar sequelas duradouras, em alguns casos até permanentes, e não são sequelas pequenas. Estamos falando de problemas neurológicos, problemas cardíacos e coisas ainda piores, ainda que você não seja do grupo de risco, ainda que você fosse completamente saudável antes de pegar coronavírus, ainda que você seja jovem e atleta. Não há nenhuma garantia de que, se você pegar, vai sair bem. Pode não sentir nada, pode ficar com sequelas graves para sempre. É um risco. Você está disposto a correr esse risco?

Não existem protocolos de segurança que garantam que você não vai pegar coronavírus. Se máscara bastasse, médico algum se contaminava, pois além de andarem todos encapotados ainda usam as melhores mascarás disponíveis (N95), muito melhor que essa merda de pano que todo mundo usa. A única coisa que te protege efetivamente é isolamento social, ficar com a bunda em casa. Precisa sair para trabalhar? Que pena, tome o máximo de cuidado possível, mas, para todo o resto que é escolha, pense bem nos riscos. Cada saída de casa majora o risco. Não o eleve mais do que o necessário.

“Mas não dá para passar um ano trancado em casa”. Suponho que você nunca enterrou uma pessoa que ama. Eu já. E te asseguro: se somada à dor do luto ainda houver sentimento de culpa seu, o resto da sua vida vai ser uma merda. Melhor um ano merda do que uma vida inteira merda. Tá aí meu conselho, se te servir pega, se não servir, desconsidere.

Para dizer que agora vai sair em datas comemorativas, mas com culpa, para dizer que estamos precisando de um Fucked Asked Questions de tanta mentira que estão espalhando sobre vacina ou ainda para dizer que se for para evitar risco de morte de quem você ama pode sim ficar um ano em casa: sally@desfavor.com

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Comments (14)

  • Uma pessoa quase que foi pra terra so pé junto por causa de vacina lá nos EUA e não era alérgica!
    https://saude.ig.com.br/2020-12-16/vacina-da-pfizer-causa-reacao-alergica-grave-nos-eua.html
    Agora imagina pessoas como eu, que já pegaram covid e não morreram, vão obrigar vacina senão não trabalham, já imaginou não morrer da doença e sim da vacina? Só de anestesia de dente a taquicardia já bomba, imagina injetar algo mais forte no corpo! Vou passar a senha bancária pra um parente próximo pra ele pegar minha reserva sem burocracia quando eu morrer.

    • Sim, a pessoa era alérgica e o aviso de cuidados com alergia estava especificado desde a fase de testes.
      Não se preocupe, o Brasil só vai receber a vacina da Pfizer (se receber) lá pra 2022, pois ignorou as propostas da empresa e não fechou a compra na data certa, então, provavelmente, você nem vai poder tomar essa vacina.

    • O que você tem a oferecer? Deixa aqui suas habilidades/qualificações, pode ser que alguém se interesse e você consiga um emprego!

      • Claro. Se quiser pode até fazer um Desfavor Convidado falando um pouco sobre você, sobre suas habilidades, que a gente publica. Nunca se sabe quem está lendo, vai que surge uma oportunidade…

  • Por causa do trabalho (serviço essencial) eu nunca fiz lockdown e tenho quase certeza de que peguei essa porra mas assintomático.

    • Eu fui obrigado a sair várias vezes esse ano pra ir a médicos, clínicas, etc. Cada vez que saia de casa morria de medo disso acontecer também.

  • O que mais me espanta nisso tudo é que, numa era em que a interlocução entre as pessoas está facilitada do que nunca, haja tão pouca comunicação, no sentido estrito da palavra. As informações reais até circulam, mas sempre soterradas por um universo de mentiras, de maus-entendidos, de crendices e de falsificações geradas por pura e simples canalhice. Sem falar na preguiça de aprender e na incrível dificuldade que muita gente por aí tem para lidar com dados científicos e palavras “difíceis”.

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