Skip to main content

Colunas

Milei presidente.

A vitória de Javier Milei nas eleições presidenciais argentinas aflorou no brasileiro o que ele sabe fazer de melhor: comentar um assunto do sofá de casa sem ter qualquer vivência, estudo ou fonte direta de informação. Sim, basta uma notícia no prexequinha.com ou informação enviada pelo zap e pronto, a convicção, cheia de certezas, está formada. Não sejam essa pessoa.

Se você quiser saber mais sobre essa eleição e possíveis desdobramentos pelas mãos de quem vive a realidade do país, deixo aqui minha humilde contribuição.

Como já falamos neste texto não somos muito fãs de Milei e temos severas críticas em vários aspectos, inclusive no que diz respeito à saúde mental. Portanto, esta não é uma visão contaminada por nenhum tipo de simpatia ou fanatismo nem tampouco por nenhuma antipatia extrema.

Vamos estabelecer um ponto de partida: a principal razão pela qual a Argentina, que já foi um dos países mais ricos do mundo, entrou em colapso econômico. Obviamente algo assim nunca tem um único motivo, é um somatório de motivos, mas existe um mais relevante: governos assistencialistas, populistas, peronistas e seus gastos exorbitantes.

Esse é o ponto chave, o ponto principal e desconfie muito da competência ou da imparcialidade de quem te diga o contrário. Essa política de dar mil benefícios, subsídios, auxílios, presentes e isenções se tornou, com o tempo, insustentável e emburacou o país.

E, vejam bem, nada contra a esquerda. Não é preciso ser assistencialista para ser de esquerda, bem como também é possível ser assistencialista sendo de direita. Nossa crítica aqui não é a “lados”, é a um modo de funcionar que pode ser muito bem explorado por qualquer lado.

Então, sendo esse o problema central a resolver para tentar começar a pensar a sair do buraco, o que seria necessário? Um candidato que aceite revogar todas essas benesses que vêm sendo outorgadas a argentinos e estrangeiros residentes na Argentina por décadas. Isso é especialmente complicado por dois motivos: 1) o decurso do tempo fez o povo sentir que é um direito seu ter acesso a isso e 2) sem isso, mais da metade da população não teria como se sustentar.

Quem tentou flertar com essa ideia até aqui acabou escorraçado, preso, linchado ou morto. Por isso, os políticos argentinos pararam de tentar. Infelizmente não há possibilidade de melhora enquanto o Estado sustentar mais da metade da população. Hoje, cerca de 89% da população tem alguma dependência do Estado para viver, seja por serem funcionários públicos, sejam por viverem de auxílios e subsídios governamentais.

Some-se a isso o fato do argentino ser um povo raivoso, revoltoso, ensandecido. Não é difícil emputecer o argentino, já enxotaram mais de um Presidente de forma muito pouco amistosa.

Então, diante desse cenário, existem duas opções: um político que não vai ter coragem de comprar briga com o país inteiro e vai dar continuidade ao esquema atual ou um político maluco suficiente para comprar briga com o país todo, com grandes chances de ser sabotado, enxotado e até morto e fracassar na sua missão. Por muitas décadas não apareceu ninguém insano o bastante para ousar romper com esse esquema. Até chegar Milei. Milei é insano, é idiota, é falastrão, é tudo que vocês quiserem, mas é o único nos últimos 50 anos que está disposto a pelo menos tentar fazer a única coisa que pode fazer uma diferença na economia argentina.

É muito fácil abrir o celular sentado no sofá de casa e escrever “Ain, argentino maluco, votou no Milei”. Se eu não entendo a motivação, então o outro só pode ser maluco. Ou idiota. Ou burro. O argentino sabe em quem está votando, foi uma escolha consciente. Ele quer um maluco. Ele precisa de um maluco. Ninguém em sã consciência vai fazer 1% do que o Milei prometeu se não for completamente maluco.

Não confundam as realidades. Como eu disse, a Argentina já foi um dos países mais ricos do mundo, e justamente por isso construiu uma base muito boa de educação, saúde e serviços públicos no geral. É inegável que o povo argentino, apesar da atual e longa crise, tem mais cultura e educação que a média da América Latina. O Argentino não é Hue que vota em agitador por ele ter sacudido um objeto brilhante na sua frente.

Milei é o desespero por fazer diferente, e a única opção que o país teve nas últimas décadas de alguém que se dispôs a mexer nesse vespeiro. Vocês acham que o argentino gostou de votar no Milei? Vocês acham que o argentino ficaria feliz se, por exemplo, sua filha apresentasse Milei como namorado? Ou se seu colega de trabalho na mesa ao lado fosse o Milei? Não. Não ficaria. Milei é a única opção de fazer diferente, mesmo com todo o pacote hediondo que vem com ele. E tá todo mundo bem ciente desse pacote hediondo.

Então, já estabelecemos a premissa de que só um maluco, insano, quase demente, teria a coragem de segurar o rojão que será fazer as mudanças que precisam ser feitas. Só uma pessoa muito kamikaze, radical e surtada topa ser a ponte para essa transição. Milei se encaixa no papel. E vai se foder muito por isso.

Para resolver o problema atual do país, é condição inegociável reduzir o déficit, ou seja, tem que cortar benefícios, subsídios, descontos e isenções. Ao menos é esse o primeiro grande passo. O que nos leva para um problema: o argentino (e vale para o brasileiro também) quer que a situação do país melhore, mas sem ter que fazer nenhum sacrifício. “Não mexe em nada que me desagrade e melhora o país”. Basicamente, querem um milagre. Nunca, jamais, em tempo algum um governante vai suprir essa expectativa.

Um exemplo: na Argentina os serviços públicos são subsidiados, o que significa que o consumidor não paga um valor real, ele paga uma parte e o governo para a outra parte. Uma pessoa paga em média 30 reais em uma conta de luz em Buenos Aires, mesmo morando em um bairro bom e gastando bastante luz. Pagando todas as contas (luz, gás, telefone, água e até tv a cabo) o argentino gasta o que o brasileiro gasta apenas em um desses itens. Não são valores reais, o governo está pagando parte do valor e isso está desmontando a estrutura do país, gerando inflação e outros problemas.

Essa situação não é viável. Os valores não são reais. Isso é fictício. Isso é fruto de um populismo secular que cria uma falsa realidade para comprar o povo: “vote na gente e o valor das suas contas diminui”. Não dá para manter o país de pé com essa estratégia.

A Argentina também banca universidade boa e gratuita para todo mundo, todo o mundo mesmo: qualquer estrangeiro que venha morar na argentina pode cursar qualquer universidade sem necessidade de vestibular ou nada do tipo. Hoje, quase metade dos estudantes das principais universidades argentinas são brasileiros.

Sim, aqueles brasileiros que ficam postando que argentino vai ter que comer cachorro, que a argentina é um país quebrado, etc. Esses mesmos, que não conseguem passar em medicina nem na Unimerda, vem cursar uma das melhores faculdades da América Latina de forma gratuita – e ainda estão reclamando que os professores falam em espanhol muito rápido, que não tem empatia! Não basta estuda de graça no país que tanto falam mal, tem que ser abusados também. Se tudo der certo, essa palhaçada vai acabar.

Outro exemplo de dreno de dinheiro: qualquer estrangeiro (e nem residente precisa ser) tem direito a atendimento médico gratuito, gerando o chamado “turismo de saúde”, no qual milhões de pessoas de países vizinhos cruzam a fronteira para fazer cirurgias, ressonâncias, tomografias e todo tipo de exame ou procedimento. O sistema de saúde pública argentino é razoavelmente bom e tem um atendimento razoavelmente eficiente. Adivinha se não aparece gente até do México para utilizá-lo?

E estes são só alguns poucos exemplos do mau uso do dinheiro público que emburacou o país. Não é viável que um país pequeno pague as contas da população, sustente estudo, saúde e muitas outras coisas dos seus moradores e de todos os vizinhos. Não é sobre desgostar de imigrantes, é sobre pagar as contas para eles! Não é viável, o país não tem esse dinheiro!

Eu digo isso em voz alta fora do Desfavor? Não. É certo que vão distorcer e dizer que sou contra imigrantes, nazista ou sei lá o quê. Periga de fazerem isso aqui mesmo, nos comentários. Não é sobre as pessoas não merecerem, é sobre o país não conseguir bancar. Tanto é que o Brasil, um país muito mais rico, não o faz.

Mais um exemplo do absurdo de más decisões de um governo dez vezes mais populista do que a esquerda do Brasil: a isenção de imposto de renda imposta pelo então Ministro da Economia Sergio Massa (candidato que disputou o segundo turno com o Milei). Ele criou uma aberração tão bizarra isentando tantas pessoas se imposto que apenas 1% da população ficou responsável por pagar um imposto cujo investimento beneficia aos outros 99%. Percebem o grau de insanidade? Percebem que isso se torna inviável mesmo para países muito ricos?

Massa, por sinal, assumiu como Ministro da Economia prometendo reduzir a inflação a menos de 10% ao mês e conseguiu a proeza de colocar o país à beira da hiperinflação. Os dados oficiais são muito mentirosos e maquiados, é preciso viver no país para sentir o que está acontecendo. A inflação mensal real está quase em 100%. Depois perguntam por qual motivo ele não se elegeu. Certamente até o cachorro morto do Milei é melhor ao gerir o país.

Todo mundo sabe o que precisa ser feito: cortar os gastos públicos excessivos para reduzir o déficit. O grande problema é: uma população acostumada há décadas a todo tipo de subsídio, benefício e isenção, está preparada para receber boletos com cobranças integrais (o preço das contas, no mínimo, vai triplicar) e segurar essa barra em nome do progresso do país? Eu não acho que o argentino esteja. E tomara que eu esteja errada, mas assim que as benesses acabarem, vamos ver uma reação nada amigável.

Primeiro a reação da canalhada de oposição, os que criaram esse problema, que vai apontar e dizer “está vendo? Com Milei tudo fica caro! Conosco era melhor, nós cuidávamos do povo e não deixávamos o preço ficar tão alto”. E vai ter gente comprando o discurso. Quem não tem um conhecimento médio de economia não vai entender a necessidade de tudo ficar “caro” (caro = preço real das coisas, maquiado por décadas para conseguir votos) e vai querer o peronismo de volta.

Depois vai ter a reação do próprio povo: ninguém gosta de ver seu custo de vida aumentar drasticamente. Mesmo quem tem consciência do mecanismo de funcionamento desse sistema cruel, mesmo quem quer romper com essa dependência escrota populista. Dói. Não é fácil. Até um certo ponto as pessoas aguentam, daí para frente, começa a doer muito e as pessoas começam a se perguntar se não era melhor aquela realidade maquiada.

E mesmo que dê certo qualquer eventual estratégia do Milei, vai demorar até melhorar. Eu sinceramente espero estar enganada, mas acho que o argentino não segura o rojão até essa melhora começar a aparecer. E há antecedentes para isso: quem tentou não teve um final feliz e foi “saído” do cargo antes do tempo.

Se para uma pessoa normal essa transição já seria difícil, na realidade argentina fica quase impossível. Depois de 40 anos de peronismo populista presenteando seu eleitorado com isenções, geladeiras, benefícios, pagamentos de auxílios mensais e todo tipo de coisa que vocês possam imaginar, criou-se não uma, mas duas gerações parasitárias que acham um desaforo ter que trabalhar, ter que ralar. Desconfio que nem saibam como se faz. E boa parte nem argentinos são, são pessoas de outros países que descobriram que dá para não fazer nada e ser muito bem remunerado no país.

Há registros de estrangeiros que moram na Argentina e enviam cartas para seus parentes sugerindo que se mudem para o país, pois o governo paga uma quantia generosa para desempregados, assim, podem largar seus trabalho em seus países de origem, ir para a Argentina e não precisar trabalhar. Não foi uma nem duas vezes, é uma prática rotineira.

A quantidade de imigrantes é surreal, e eles não são o problema, o problema é o governo pagar as contas para eles, inclusive acho isso de uma indignidade terrível. A Argentina é um país pequeno e em crise, o Brasil é um país grande e em crescimento. Por qual motivo vocês acham que estas pessoas estão escolhendo a Argentina? O Brasil tem pouco mais de 800 mil imigrantes e a Argentina tem mais de 2 milhões. A Argentina tem uma população cinco vezes menor do que a do Brasil, mas o dobro de imigrantes. O que isso te diz?

Quando você fala em retirar os benefícios de quem nasceu e cresceu com esses benefícios, é mais do que esperado que as pessoas se exaltem violentamente como se estivessem sendo sacaneadas. Elas têm uma noção errada de direito adquirido e, mesmo sendo estrangeiras, elas têm a convicção de que o governo argentino deve isso a elas. Vai ser muito complicado de comprar briga com tanta gente raivosa, agressiva e surtada.

Some-se a isso o fato de que o peronismo organizado (sindicatos e máfias em geral) já declarou que vão infernizar cada segundo da vida de Milei. Greves, atentados, fechamento de ruas, você pode esperar basicamente qualquer coisa. Inclusive já começaram greves e manifestações e o infeliz ainda nem assumiu. Na Argentina o povo não brinca em serviço e se estiver incitado e patrocinado por uma oposição a coisa fica pior ainda. É papo de expulsar todos os juízes da Suprema Corte e tacar fogo em tudo, é papo de Presidente ter que renunciar e fugir em helicóptero para não morrer, é Mad Max.

Então, querido leitor, depois de tudo isso que eu te contei, que não arranha nem 1% da superfície do que está acontecendo na Argentina e dos problemas, vocês acham que uma pessoa normal, civilizada, de posse de suas faculdades mentais, enfrentaria tudo isso? Óbvio que não. Uma pessoa mentalmente sã, equilibrada e ponderada não serve para fazer o que precisa ser feito. O argentino nem votaria em uma pessoa “normal” pois sabe que não daria conta. O próprio Macri, quando foi chamado para concorrer à Presidência, disse “não, Deus me livre”. Só um insano, um Insano com I maiúsculo, se presta a comprar essa briga que, salvo uma surpresa muito boa, é uma causa perdida.

Mesmo sem conseguir fazer metade do que quer, Milei vai passar os quatro piores anos da sua vida. Muitas coisas serão inviáveis, como por exemplo, dolarizar a economia: não há dólares no país, o atual governo, em uma política de terra arrasada, gastou tudo. Não deixou um centavo e ainda deixou dívidas. Neste exato momento, não há dinheiro nem para pagar o 13° do funcionalismo público, pois tudo foi gasto em campanha e, depois que perderam, o pouco que restava sumiu dos cofres públicos.

É impossível dolarizar economia sem dólares, é uma impossibilidade física, mas não será dito desta forma, será dito “Milei prometeu dolarizar e não o fez, Milei mente”. Preparem-se para escutar muita fala como se fosse promessa não cumprida do Milei, arregada, desistência, quando, na verdade, é impossibilidade física de executar. Só depois de assumir, em 10 de dezembro, é que ele terá a exata noção do rombo e do tamanho do problema.

Típico: como toda esquerda populista, em campanha usam o medo, na derrota usam a máquina de moer reputações. A primeira parte já vimos, Massa importou publicitários brasileiros (tem de tudo, desde marketeiro de Lula até o responsável pela comunicação do PT) para incutir medo. Medo dos preços “subirem” (só ficarão os preços reais) e todos aqueles medos que vocês já viram aí, desde suástica invertida pois a mula se automutilou na frente do espelho até ameaças veladas.

Felizmente o argentino não é suscetível a campanha de medo e o efeito foi rebote: Milei, a porra do maluco, lunático descompensado do Milei, ganhou com o maior índice de aprovação da história recente do país. Isso, por si só, já me deixa bem feliz e orgulhosa. Não por gostar do Milei, mas por abominar campanha de medo. Não colou. Voltem para o Brasil, onde conseguem assustar as pessoas. A partir de 10 de dezembro começa a máquina de moer reputação. E como o país de vocês é dirigido por pessoas que precisam demonizar tudo que não é esquerda, se preparem para escutar muita merda e inverdade.

Uma delas é que Milei é comparável a Bolsonaro. Não, não é. E não é sobre defender Milei, dá para ser uma merda em diferentes estilos. Se você tiver tempo, veja este vídeo de apenas três minutos, com um dos discursos mais emblemáticos do Milei, que resume muito bem sua postura e me diga se encontra uma única similaridade com Bolsonaro.

Mas, para a esquerda, tudo que não é esquerda é direita. E inimigo. E precisa ser destruído, ter a reputação moída, ser aniquilado. Você ainda vai ler muito que Milei é “extrema direita”. Extrema direita que quer eliminar o Estado? Reduzir seus poderes? Haja paciência…

Ao contrário do que estão te dizendo agora e do que vão te dizer nos próximos quatro anos, tudo isso dar certo ou dar muito errado não é sobre Milei e sim sobre o quanto o povo argentino estará disposto a aguentar a realidade sem maquiagem. Todo mundo sabe o que precisa ser feito, o que não se sabe é quanto o argentino vai aguentar.

Milei não vai subir preço nenhum, vai tirar a maquiagem, remover um subsídio que o Estado não pode mais pagar. Milei não vai sair do Mercosul, para isso é preciso uma votação em um Congresso no qual ele não tem maioria. Milei não vai poder fazer nem 10% do que ele prometeu em campanha por total inviabilidade. É aquilo que a gente sempre fala: Presidente da República não tem tanto poder como as pessoas pensam.

Milei não vai poder fazer boa parte do que prometeu não por ser mentiroso (provavelmente seja) ou fazer papel de maluco para ser eleito (ele é efetivamente maluco, acreditem) e sim por impossibilidade, graças ao depredamento que o kirchnerismo, a mais nociva, peçonhenta e gananciosa esquerda da América Latina fez. Mas o que vocês escutarão aí é outra versão, dos BFF dos kirchneristas. Então, cuidado com a narrativa. Provavelmente Milei será sim uma bosta, mas não pelos motivos que vocês vão escutar.

Por fim, um último “detalhe”: na Argentina, para realizar o impeachment de um Presidente da República não é preciso comprovar nenhum crime, basta que se ache que ele está fazendo uma má administração e que se consiga os votos favoráveis no Congresso. Milei está longe de ter maioria no Congresso, então, a qualquer momento ele pode sofrer um impeachment. Isso significa que ele vai ter um limite muito curto sobre o que poderá fazer sem ser enxotado do cargo. Como diz o Capitão Nascimento, o sistema é foda.

Enquanto não acabar o assistencialismo, os descontos, as isenções, as benesses, os auxílios, os subsídios, não tem nem de onde partir: a Argentina vai continuar sendo um país economicamente inviável. É necessário arrancar esse band-aid, é preciso cortar na carne e fazer isso – e vai ser ruim para todo mundo. Felizmente apareceu uma pessoa doente mental, insana, demente o bastante para abraçar essa missão e a leva adiante.

Então, não, o argentino não votou no Milei por ser idiota, idiota ele foi quando deixou 40 anos de assistencialismo emburacarem o país de tal forma que agora ninguém quer resolver esse abacaxi. Repito: eu não acho que Milei vá conseguir, mas, diante da situação do país, é bônus ele ser completamente louco e descontrolado. O argentino votou muito consciente de que era esse tipo de pessoa que a situação demandava. Vamos ver quanto tempo de realidade o povo aguenta.

Nunca na história da Argentina um candidato foi votado independente da classe social do eleitor. Milei é o único que reuniu voto de ricos e pobres. Nunca na história da Argentina um Presidente foi tão votado. Se o brasileiro quer resumir isso a “kkkk o argentino é maluco”, fique à vontade. A realidade é outra.

Para me corrigir sobre o meu país, para me dar o seu ponto de vista diretamente do sofá da sua casa ou ainda para dizer que o Milei tem uma vibe meio Alborghetti (tem mesmo): sally@desfavor.com

Se você encontrou algum erro na postagem, selecione o pedaço e digite Ctrl+Enter para nos avisar.

argentina, brasileiro médio, Javier Milei

Comentários (24)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Relatório de erros de ortografia

O texto a seguir será enviado para nossos editores: